terça-feira, 15 de abril de 2014

Três anos depois da tragédia, pouco foi feito no Vale do Cuiabá


Foto: Reprodução
Pouco mais de três anos depois da chuva que assolou a região do Vale do Cuiabá, em Itaipava, deixando o saldo de 71 mortes e milhares de desabrigados, o cenário de destruição ainda pode ser visto. As ações dos governos federal, estadual e municipal serviram, até agora, para minimizar os problemas da área, mas, ainda assim, o rastro da tragédia continua visível a quem visita o local.
Com a função de investigar e levantar dados sobre o que não foi feito e também apontar o que deve ser realizado para atender as vítimas, a Câmara dos Vereadores criou, em setembro do mesmo ano, a Comissão Especial de Acontecimentos das Chuvas de 2011. De lá para cá, 34 reuniões foram realizadas na tentativa de encontrar alternativas que beneficiem os moradores das áreas atingidas. 
“Na época da tragédia foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o que estava sendo feito. Na época, foram elencadas 43 determinações. A comissão foi criada em seguida, para que pudéssemos dar continuidade ao trabalhar e acompanhar o que seria feito", informou o hoje presidente do grupo, o vereador Silmar Fortes.
Composta pela Frente Pró-Petrópolis, Ministério Público Estadual, CDDH, Associação de Moradores do Madame Machado e do Vale do Cuiabá, INEA, dentre outras entidades, a última discussão do grupo serviu para que técnicos do Instituto Estadual do Ambiente e as empresas responsáveis pelas intervenções apresentassem os projetos de dois Parques Fluviais que serão construídos ao longo do Vale do Cuiabá, o Cuiabá 3 e o Skate Park. 
Ambos os projetos estão em fase de aprovação na Caixa Econômica Federal e, segundo o representante do INEA, João Grilo Carletti, uma audiência pública será marcada para que a sociedade tome conhecimento de como os projetos serão executados. O Skate Park ficará ao lado do estacionamento do supermercado Bramil, em Itaipava. Já o Cuiabá 3 próximo ao ponto final do Vale do Cuiabá. 
Zilda Beck, representante do Ministério Público do Rio de Janeiro, afirmou ser favorável à construção dos parques fluviais. “Desde que as obras tenham sustentabilidade e sejam garantidas, para que não haja novas ocorrências em pouco tempo e os problemas recaiam na população”, declarou.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Sem acordo, greve continua











A proposta de aumento de 6% nos salários e 15% nas cestas básicas feita hoje pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro) aos rodoviários foi recusada. Por conta disso, a greve continua. Os trabalhadores da classe reivindicam acréscimo de 15%  elevando os salários dos cobradores de RS 920 para R$ 1,058 e dos motoristas de R$ 1679 para R$ 1927,40, além de R$ 200 de cesta básica, plano de saúde e a condição de não demitir nenhum funcionário por causa das manifestações.
Por conta da greve, nenhuma das 222 linhas que atendem o município circulou nesta quinta-feira. Durante à tarde, profissionais da categoria estiveram em peso em frente a sede do Setranspetro, enquanto uma comissão eleita pelos próprios rodoviários negociavam com os empresários e o prefeito Rubens Bomtempo. O patronal, ofereceu, ainda que os rodoviários aceitassem os 6% de aumento até o dia 30, quando seria feito um novo acordo, o que foi recusado pela categoria. 
Sem acordo, a classe continuará em greve. Segundo Carlos Madureira, porta-voz dos rodoviários, os empresários estão inflexíveis quanto ao aumento de 15% no valor da passagem. “Iremos continuar a greve enquanto não houver acordo favorável para a categoria. Os patrões, que negociem com o prefeito”, anunciou para os profissionais da categoria em frente ao Setranspetro. Por conta da grupo que estava na rua, a Guarda Civil fechou parte da Rua do Imperador para que não houvesse acidente.
Amanhã, a partir de 8h, os profissionais da classe se reúnem na Praça da Inconfidência e, às 10h30, a comissão representando os rodoviários se reúne com o patronal para, mais uma vez, tentar uma negociação. 
Bruno Rodrigues
Redação Tribuna

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Greve dos rodoviários: milhares de petropolitanos têm dificuldades para chegar ao trabalho



Foto: Pedro Eletherio
Petrópolis amanheceu sem ônibus urbanos nas ruas, nesta quinta-feira (10). Milhares de usuários das 222 linhas de ônibus da cidade estão tendo problemas para chegar ao trabalho. A greve dos rodoviários, decretada ontem, após uma assembleia no Centro, atinge mais de 109 mil passageiros, e não há previsão para terminar.

Nessa quinta-feira, os rodoviários rejeitaram a contra-proposta do Sindicato dos Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro), de 6% de reajuste no piso salarial.

Uma equipe da Tribuna acompanha a situação.
Assembleia decidiu a paralisação
Uma assembleia do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviário de Petrópolis, realizada ontem à tarde, no Centro, decidiu pela paralisação dos ônibus a partir das 00h de hoje.

Cerca de 2.200 profissionais, reivindicam o aumento de 15% nos salários, cesta básica de R$ 200, e carga horária de trabalho igualada a do Rio de Janeiro, de 6h diárias. Segundo os rodoviários, o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis, o Setranspetro, ofereceu reajuste de 2%. 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Inea apresenta projetos para Comissão Especial de Acompanhamento das Chuvas

Criado em Quarta, 09 Abril 2014 10:39

Mais uma reunião da Comissão Especial de Acompanhamento das Chuvas de 2011, que é presidida pelo vereador Silmar Fortes (PMDB), foi realizada no início desta semana. 

Mais uma reunião da Comissão Especial de Acompanhamento das Chuvas de 2011, que é presidida pelo vereador Silmar Fortes (PMDB), foi realizada no início desta semana. O encontro serviu para que técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e das empresas responsáveis pelas intervenções apresentassem os projetos dos Parques Fluviais (Projeto Rios da Serra) que serão construídos ao longo do Vale do Cuiabá e demandas referentes ao andamento das obras de melhoria na região.
O vereador Silmar Fortes destacou a falta, mais uma vez, de um representante da prefeitura e avaliou que a comissão está avançando em relação aos problemas da região.
“Mais uma vez não contamos com a presença de um representante do poder Executivo. A maioria dos assuntos que são abordados tem a participação direta da prefeitura, e a ausência deste poder prejudica a solução de demandas apresentadas nos encontros. Mesmo com esse entrave, as reuniões são muito propositivas e estamos avançando para resolver as questões que afligem a região do Vale do Cuiabá”, finalizou.
O representante do Inea, João Grilo Carletti, informou aos presentes que realizou reuniões com as secretários do município e que os projetos do Cuiabá 3 e do Skate Park já estão em fase de aprovação na Caixa Econômica Federal. Também disse que tão logo esse processo esteja concluído, irá organizar uma Audiência Pública para que a sociedade tome conhecimento dos projetos.
A representante do Ministério Público do Rio de Janeiro, Zilda Beck, reforçou a ideia da realização de uma Audiência Pública promovida pelo Inea e “afirmou ser favorável à construção dos parques fluviais, desde que as obras tenham sustentabilidade e sejam garantidas, para que não haja novas ocorrências em pouco tempo e os problemas recaiam na população”.
O representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Adacto Ottoni, questionou a falta de um projeto de recomposição da mata ciliar ao longo do leito dos rios que cortam o Vale do Cuiabá. Os técnicos das empresas e do Inea responderam que pode existir uma margem para modificações, com a inclusão de propostas que possam angariar melhorias à região.
A integrante da comissão, Rafaela Facchetti, apresentou um relatório fotográfico com problemas relacionados às intervenções nas calhas dos rios, com a queda de pedras no curso d’água.
“Em nenhum momento eu quero desqualificar o projeto, mas precisamos ter a certeza que todas as intervenções que estão sendo feitas terão condições de aguentar uma forte chuva que eventualmente possa acontecer”, disse ela.
Para atender a solicitação da comissão, será feito um laudo geotécnico e hidráulico para averiguar a atual situação das obras de revestimento nas calhas dos rios, que será entregue a todos os participantes da comissão no prazo de 30 dias, que será realizada pela empresa Cohidro. A próxima reunião está marcada para o dia 13 de maio.

Projetos do Vale do Cuiabá estão em fase de aprovação

Terça, 08 Abril 2014 18:24

Reunião da Comissão Especial de Acompanhamento das Chuvas de 2011 foi realizada no início desta semana.
Mais uma reunião da Comissão Especial de Acompanhamento das Chuvas de 2011, que é presidida pelo vereador Silmar Fortes (PMDB), foi realizada no início desta semana. O encontro serviu para que técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e das empresas responsáveis pelas intervenções apresentassem os projetos dos Parques Fluviais (Projeto Rios da Serra) que serão construídos ao longo do Vale do Cuiabá e demandas referentes ao andamento das obras de melhoria na região.
O vereador Silmar Fortes destacou a falta, mais uma vez, de um representante da prefeitura e avaliou que a comissão está avançando em relação aos problemas da região.
“Mais uma vez não contamos com a presença de um representante do poder Executivo. A maioria dos assuntos que são abordados tem a participação direta da prefeitura, e a ausência deste poder prejudica a solução de demandas apresentadas nos encontros. Mesmo com esse entrave, as reuniões são muito propositivas e estamos avançando para resolver as questões que afligem a região do Vale do Cuiabá”, finalizou.
O representante do Inea, João Grilo Carletti, informou aos presentes que realizou reuniões com as secretários do município e que os projetos do Cuiabá 3 e do Skate Park já estão em fase de aprovação na Caixa Econômica Federal. Também disse que tão logo esse processo esteja concluído, irá organizar uma Audiência Pública para que a sociedade tome conhecimento dos projetos.
A representante do Ministério Público do Rio de Janeiro, Zilda Beck, reforçou a ideia da realização de uma Audiência Pública promovida pelo Inea e “afirmou ser favorável à construção dos parques fluviais, desde que as obras tenham sustentabilidade e sejam garantidas, para que não haja novas ocorrências em pouco tempo e os problemas recaiam na população”.
O representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Adacto Ottoni, questionou a falta de um projeto de recomposição da mata ciliar ao longo do leito dos rios que cortam o Vale do Cuiabá. Os técnicos das empresas e do Inea responderam que pode existir uma margem para modificações, com a inclusão de propostas que possam angariar melhorias à região.
A integrante da comissão, Rafaela Facchetti, apresentou um relatório fotográfico com problemas relacionados às intervenções nas calhas dos rios, com a queda de pedras no curso d’água.
“Em nenhum momento eu quero desqualificar o projeto, mas precisamos ter a certeza que todas as intervenções que estão sendo feitas terão condições de aguentar uma forte chuva que eventualmente possa acontecer”, disse ela.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Petrópolis tem todas as linhas de ônibus integradas

Criado em Terça, 08 Abril 2014 09:04


Foto: Roque Navarro


















A integração total das linhas de ônibus de Petrópolis começou a valer ontem. A condição foi imposta pelo Conselho Municipal de Trânsito, para a autorização de reajuste no valor das passagens, que passou de R$ 2,65 para R$ 2,80. Durante todo o dia, algumas pessoas ainda tentavam compreender como o sistema funciona. Em algumas linhas da viação Cidade das Hortênsias foram detectados problemas no desconto do valor no cartão de passagem.
De acordo com o segurança Jonas Vital, que precisa ir do Itamarati para o Alto da Serra, o cartão foi descontado com o valor de R$ 2,80 duas vezes. "Isso é um problema, porque a medida não é efetiva. No meu caso, nem posso pegar o interbairros, já que os horários não batem com o meu", reclamou o usuário.
Já Márcia Lúcia Lopes, de 40 anos, reclama que o valor da passagem está alto. "Já era caro, agora, nem se fala, principalmente para quem utiliza pequenos trajetos, como eu que venho da Estrada da Saudade até o Centro e tenho que pagar esse absurdo", reclama.
Sônia Aparecida, também de 40 anos, faz coro. A passagem está cada vez mais cara. Os patrões já estão reclamando porque acaba prejudicando o orçamento de todo mundo", disse ela, que trabalha numa padaria.
Para muitos a mudança foi vista de maneira positiva. Com a integração, moradores da Mosela, por exemplo, podem ir para Itaipava pagando apenas uma passagem. Nestes casos, é necessário a aquisição do RioCard, que pode ser comprado da Setranspetro, localizado à Rua do Imperador 100, no Centro.
Morador da Mosela, Felipe Fernandes gostou da notícia. "Para mim valeu a pena porque vou de casa até Itaipava, onde trabalho, com apenas uma passagem. Só falta agora os ônibus andarem no horário certo", destacou.
Sobre o problema com a integração, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transporte (CPTrans) informou que 90% das linhas da empresa Cidade das Hortênsias já eram integradas. A companhia explicou que apenas as linhas 300, 306 e 350 foram incluídas, garantindo a integração total das linhas de responsabilidade da permissionária. A CPTrans informou ainda, que realizou testes nas linhas citadas e o sistema estava funcionando normalmente, mas, no entanto, equipes técnicas farão novas análises. 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Tarifas de ônibus já estão mais caras em Petrópolis

Criado em Segunda, 07 Abril 2014 08:51


Foto: Arthur Vieira


















A partir de amanhã as passagens de ônibus de Petrópolis vão estar mais caras, isso por que a tarifa vai passar de R$ 2,65 para R$ 2,80. A determinação só vai entrar em vigor agora que as linhas da cidade estão completamente integradas, 85 novas linhas fazem parte do sistema que passou a contar com 222  linhas em todo o município. Na última quarta e quinta-feira cerca de 100 testes foram realizados pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), para garantir a eficiência do projeto.
Apesar dos resultados positivos, o presidente da CPTans, Gilmar Silva de Oliveira, não descarta possíveis falhas isoladas, tendo em vista que a medida é nova. Mesmo assim ele garantiu que qualquer problema será solucionado rapidamente e da melhor maneira possível. Os testes funcionam com mais de 20 grupos de combinações. O Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro) recebeu a nova matriz de combinações e fez diversas simulações no sistema informatizado.
A extensão do sistema integrado possibilitará que as viagens em determinados locais, como linhas que faziam bairro Independência via Alto da Serra fiquem cerca de 20 minutos mais rápidas, desafogando também os Terminais de Ônibus existentes na cidade. "Antes quem vinha do Bonfin tinha que ir até o Terminal de Corrêas para ir a determinados lugares, agora eles poderão descer na ponte e pegar outro coletivo sem precisar pagar duas passagens. Isso significa uma redução no tempo de percurso. Isso é importante para termos uma nova leitura da movimentação de passageiros na cidade", comentou Gilmar.
Para o estudante de Educação Física Patrick Brandt Dutra de 18 anos, a extensão do sistema integrado vai trazer muitos benefícios. "Atualmente faço faculdade no Bingen e ao invés de esperar um ônibus para ir integrado até o Centro da Cidade e pegar outro rumo ao bairro São Sebastião onde moro, eu preferia ir a pé, até por que pelo horário todos os coletivos que pertenciam ao sistema já haviam encerrado as atividades, pois saio das aulas às 23h. Agora com essa novidade, poderei ir de ônibus até o centro a qualquer momento e de lá utilizar outro coletivo para casa sem gastar dinheiro com duas tarifas", afirmou.
Anteriormente o sistema era utilizado em 60% das linhas e por isso grande parte das frotas já contavam com o serviço. No bairro Independência, por exemplo, existem cinco linhas e duas eram integradas, com a mudança todas passam a fazer parte do sistema.
Sistema integrado só vale para quem possui os quatro tipos de cartões já utilizados no transporte público
 A integração é feita apenas com o bilhete eletrônico e por isso não é válido para que utiliza dinheiro. Apenas aqueles que possuem os cartões dos tipos vale transporte, vale transporte rápido, moedeiros e expressos serão beneficiados com a integração eletrônica, isso por que o procedimento só pode ser adotado através de um controle informatizado, sendo assim necessária a utilização dos cartões.
É importante ressaltar que os cartões Riocard vale transporte e vale transporte rápido, são obrigatoriamente fornecidos pelo empregador ao empregado. Já os moedeiros e expressos podem ser adquiridos na sede da Setranspetro, localizada na Rua do Imperador, n° 100, no centro, ou em agências bancárias do Itaú.
De acordo com a Setranspetro o sistema de integração só funciona se for utilizado sempre em um único sentido. "Se uma pessoa sai da Posse e passa pelo Terminal de Itaipava com o intuito de descer no Centro da Cidade, ela terá uma hora sem contar o tempo de percurso utilizado até o destino, para poder integrar em um coletivo que vá para algum bairro da cidade. Mas se ela quiser voltar para o sentido de onde veio, ou seja, pegar outra linha 700, por exemplo, vai precisar pagar uma nova tarifa", explicou.