sexta-feira, 27 de maio de 2011
Alerj quer sistema de monitoramento de catástrofes em Petrópolis
Logo em seguida do acontecido, a Assembléia Legislativa do Rio, instaurou uma comissão parlamentar de inquérito para cobrar, fiscalizar e captar benefícios para as áreas atingidas.
Áreas inteiras foram devastadas pelas águas do Rio Santo Antônio, inúmeras famílias desestruturadas com a perda de um ente querido e histórias inteiras perdidas, além de milhares de mortos e mais de 6 mil desabrigados somente em Petrópolis. Os números assustam, mas não podem inibir as ações de autoridades municipais, estaduais e federais. Logo após a tragédia, a Alerj instituiu uma CPI das chuvas, para fiscalizar, cobrar e elaborar medidas em favor das cidades atingidas. A mais recente conquista da CPI foi a desapropiação de terrenos para a construção de casas populares.
Outro projeto elaborado pelos deputados da CPI é a redução do ICMS para empresas que foram atingidas na região; uma vez que no Vale do Cuiabá, existiam muitos estabelecimentos comerciais. Para o deputado estadual Bernardo Rossi, um dos projetos mais importantes é a instalação de um sistema de monitoramento de catástrofes, não só em Petrópolis, mas em outras cidades da Região Serrana atingidas pelas chuvas.
Bernardo Rossi fez questão de lembrar que em abril deste ano, foi lançado o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Rio de Janeiro; com base nesse documento, os municípios tem um prazo até o fim de 2011 para apresentar um Plano Municipal de Habitação, uma importante ação para evitar incidentes.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Três cidades da Região Serrana podem ser incluídas em fundo de recuperação
FONTE:MONITOR MERCANTIL
Bernardo Rossi quer Petrópolis incluída no Fundo de Recuperação Econômica de Municípios Fluminenses
B.Rossi e P.Igor pedem que E.Paes apresente alternativa para que Petrópolis- Castelo
Fonte: Assessoria
terça-feira, 24 de maio de 2011
Região Serrana convive com risco de deslizamentos
FONTE: TRIBUNA DE PETRÓPOLIS
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Inea busca interagir com o MP para celeridade de ações ambientais
FONTE: DIÁRIO DE PETRÓPOLIS
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Deputado federal Hugo Leal esteve com presidente do Inea
FONTE: TRIBUNA DE PETRÓPOLIS
Debate sobre famílias em áreas de risco
FONTE: TRIBUNA DE PETRÓPOLIS
Inea vai anunciar, até o dia 31, área que será proibidaà construção no Vale do Cuiabá
FONTE: DIÁRIO DE PETRÓPOLIS
CPI Da Serra fará reunião com comissão da Câmara
Medidas preventivas para catástrofes climáticas discutida com membros
Da Redação
FONTE: DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
Comissão das catástrofes se reúne com CPI da Região Serrana
FONTE: JORNAL DO BRASIL
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Rossi e Neskau anunciam em audiência mil moradias
Prefeitura define terrenos para assentar os desabrigados das chuvas de verão
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Investimento milionário na beira do rio chama atenção
Comissão da Câmara vai conhecer sistema de alerta de chuvas do Rio
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Condomínio sobe 10% acima da inflação
Um dos motivos para a alta foram os salários dos funcionários, segundo Angélica Arbex, gerente de marketing da Lello Condomínios. "O peso maior, no caso dos condomínios, é a folha de pagamento, que responde por metade do valor das cotas. Com o dissídio anual dos funcionários, houve aumento proporcional dos valores", explica.
Examinar a folha de pagamento pode proporcionar economias aos condomínios, segundo Angélica Arbex. "É importante realizar uma análise criteriosa para identificar eventuais gorduras, como horas extras em demasia, por exemplo", aponta.
O aumento registrado também é reflexo do reajuste de tarifas de serviços como água e luz, além de alguns contratos de manutenção e conservação, lembra Angélica Arbex. Alguns prédios, especialmente em bairros mais nobres, reforçaram a segurança, o que também pode ter causado um impacto nos valores.
O estudo levou em consideração os condomínios considerados "clássicos": formados por um prédio que possua entre 54 e 64 apartamentos, dois elevadores e seis funcionários. Nesse caso, a média do condomínio saltou de R$ 338,75 pagos em abril de 2008 para R$ 439,50, em abril deste ano.
Maior alta na zona norte
O levantamento apontou também que o maior aumento, de 37,3%, foi registrado nos condomínios da zona norte. No período, eles subiram de R$ 252,00 para R$ 346,00.
Na zona oeste, a alta foi de 34,3%; na zona sul, de 30%. O menor aumento, de 19,9%, foi registrado nos condomínios da zona leste.
Fonte: Destak Jornal
sábado, 14 de maio de 2011
Rio tem projetos de energia para suprir necessidade de novos empreendimentos
Virgínia Cavalcante/Imprensa RJ
Entre eles, quatro térmicas a gás e uma pequena central hidrelétrica entre Petrópolis e Teresópolis
Para gerar a oferta de energia necessária à segurança dos empreendimentos em andamento no Rio, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços cadastrou seis projetos para as licitações de energia nova (A-3) e reserva.
Representantes da secretaria se reuniram com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para discutir as necessidades regionais. Entre os seis projetos, há uma pequena central hidrelétrica (PCH), de 14 megawatts, entre Petrópolis e Teresópolis, o primeiro programa do tipo na Região Serrana. Há também o plano de expansão da usina eólica de Gargaú, já em operação em São Francisco de Itabapoana. Além disso, há a previsão de quatro térmicas a gás nos municípios de Resende, Paracambi, Seropédica e Queimados.
Estímulo de incentivos fiscais
De acordo com a subsecretária de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial, Renata Cavalcanti , a implantação destas unidades será estimulada com incentivos fiscais.
– Esses quatro municípios serão estratégicos porque abrigam ou vão abrigar grandes projetos empresariais – afirmou.
Ainda segundo Renata, as inscrições dos projetos para os próximos leilões da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no segundo semestre, são a materialização do plano energético fluminense e vem ao encontro dos planos de desenvolvimento regional do governo.
FONTE: DIARIO DE PETRÓPOLIS
Para gerar a oferta de energia necessária à segurança dos empreendimentos em andamento no Rio, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços cadastrou seis projetos para as licitações de energia nova (A-3) e reserva.
Representantes da secretaria se reuniram com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para discutir as necessidades regionais. Entre os seis projetos, há uma pequena central hidrelétrica (PCH), de 14 megawatts, entre Petrópolis e Teresópolis, o primeiro programa do tipo na Região Serrana. Há também o plano de expansão da usina eólica de Gargaú, já em operação em São Francisco de Itabapoana. Além disso, há a previsão de quatro térmicas a gás nos municípios de Resende, Paracambi, Seropédica e Queimados.
Estímulo de incentivos fiscais
De acordo com a subsecretária de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial, Renata Cavalcanti , a implantação destas unidades será estimulada com incentivos fiscais.
– Esses quatro municípios serão estratégicos porque abrigam ou vão abrigar grandes projetos empresariais – afirmou.
Ainda segundo Renata, as inscrições dos projetos para os próximos leilões da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no segundo semestre, são a materialização do plano energético fluminense e vem ao encontro dos planos de desenvolvimento regional do governo.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Inea estima em R$ 820 mi recuperação ambiental Serra
A presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, apresentou nesta quinta-feira (12) um projeto de recuperação ambiental para as cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, com o custo total de R$ 820 milhões, que ainda necessita de aprovação do Ministério da Integração Nacional. A apresentação aconteceu durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os responsáveis pela tragédia das chuvas na Região SerraNa, presidida pelo deputado Luiz Paulo (PSDB). Segundo Marilene, o Governo do estado, em parceria com o Banco Mundial, pretende comprar dois radares capacitados para trabalhar exclusivamente no Plano de Prevenção a Enchentes.
“Verifico que o Inea fez essa estimativa superior a R$ 800 milhões sem o valor das desapropriações e das habitações novas. É necessário que se tenha uma programação dos investimentos ao longo de quatro anos, com o Plano Plurianual (PPA), porque não haverá recuperação desses valores da noite para o dia. Acho que as estimativas estão de acordo com o grau da tragédia”, comentou Luiz Paulo. De acordo com os estudos apresentados, os recursos do projeto de recuperação ambiental serão utilizados
na intervenção das calhas dos rios, em parques fluviais, na reconstrução de pontes e travessias, em demolições, na limpeza manual e na macrodrenagem, dentre outras coisas.
Serão construídos também mais dois reservatórios em Nova Friburgo para impedir novas cheias. Além disso, a preocupação com o sistema de alerta é grande. “Nosso maior problema é a capacidade de prever as chuvas. São poucos radares e não são dedicados somente ao Rio. O estado necessita de um radar meteorológico. Ele poderá prever o horário, a intensidade e o local onde a chuva cairá”, explicou Marilene. Durante o encontro, o Inea apresentou os últimos números da tragédia: mais de 850 mortos e 21 mil desalojados, 180 pontes danificadas ou destruídas e 9 mil desabrigados.
Fonte: Agência Rio
Suspeita de fraude no aluguel social: moradora do Rio recebe o dinheiro
A dona de casa Márcia Cristina Damasceno foi notificada ontem a prestar depoimento sobre a sua inclusão no Programa do Aluguel Social pago pelo governo do estado às vítimas das chuvas de janeiro. Ela é acusada de fraudar o cadastro, utilizando endereço falso para receber o benefício. Segundo o secretário de Assistência Social, Luiz Eduardo Peixoto, ela estava sendo investigada desde o dia 30 de março, após uma denúncia de uma moradora de Itaipava. “Nós estamos visitando todas as famílias que estão incluídas no Programa do Aluguel Social pago pelo estado. Estamos fazendo um levantamento e investigando 87 nomes acusados de algum tipo de irregularidade”, informou.
De acordo com o relatório feito pela Setrac, Márcia não morava em Petrópolis na época da tragédia e sim na cidade do Rio de Janeiro. Ela estava hospedada, junto com o marido e dois filhos menores, na casa de uma amiga no distrito de Pedro do Rio. Segundo Peixoto, no dia 12 de janeiro a residência desta amiga foi invadida pela enchente do Rio Piabanha e todos os moradores foram levados para um abrigo. “A família desta amiga fez um cadastro na Setrac para receber o aluguel social. E a Márcia fez o mesmo. Disse que morava na Estrada das Arcas, em Itaipava, e que perdeu tudo com a chuva. Nos primeiros dias após a tragédia, não tínhamos como fazer um controle mais rígido e acabamos cadastrando todos que nos procuravam. A única informação que pedíamos era a confirmação de algum morador de que aquela pessoa realmente morava em algum local atingido pelas chuvas”, informou Peixoto.
Mulher passou pelos Correios
Após ficar em um abrigo no Vale do Cuiabá, Márcia, o marido e os filhos foram transferidos para o Centro de Treinamento dos Correios, na Fazenda Inglesa, junto com outras 30 famílias. Eles permaneceram no local por dois meses e em março mudaram-se para um imóvel alugado no Cuiabá, próximo à escola Santa Terezinha. De acordo com Peixoto, Márcia recebe os R$ 500 referentes ao Aluguel Social desde janeiro. Quatro parcelas já foram pagas. Além do benefício, ela também recebeu do governo do estado um kit contendo fogão, geladeira, três camas (duas de solteiro e um de casal), colchões, jogo de panela, edredons e travesseiros. Os kits foram entregues no dia 23 de março às famílias que estavam abrigadas no Centro de Treinamento e também às que faziam parte do programa do governo federal Bolsa Família.
Márcia negou todas as acusações. Ela afirmou morar em Petrópolis na época da chuva e confirmou que no dia da tragédia estava na casa da amiga, em Pedro do Rio. Segundo ela, a casa que alugou na Estrada das Arcas estava com problemas, por isso não pôde mudar-se. “Viemos com parte da nossa mudança. Deixei na casa, mas por problemas com a dona do imóvel não ficamos no local. Então procurei minha amiga e ficamos com ela. Infelizmente, veio a chuva e não conseguimos voltar para a nossa casa, que foi invadida pelas águas. Perdi tudo que trouxe”, contou.
Família vai perder direito ao benefício
Segundo Peixoto, Márcia e o marido confessaram durante encontros com assistentes sociais que não moravam em Petrópolis e que apresentaram documentos falsos para provar que residiam em Itaipava. Márcia poderá se defender das acusações, mas até lá o benefício será cortado. De acordo com Peixoto, o processo já foi encaminhado a Procuradoria Geral do Estado, que irá chamar Márcia e os outros envolvidos para depor. Se for constatada a fraude, ela poderá devolver todo o dinheiro recebido nesses quatro meses, cerca de R$ 2 mil. Além disso, terá que entregar os móveis e eletrodomésticos que recebeu do governo do estado. A amiga de Márcia poderá ser acusada de co-participação, uma vez que confirmou a versão dela no ato da inscrição do cadastro no programa do Aluguel Social.
De acordo com Peixoto, outras duas pessoas também estão sendo investigadas pela mesma fraude. Uma é moradora do bairro Vila Rica e outra do Quitandinha. Todas recebem o aluguel social, cestas básicas da Prefeitura e foram contempladas com os kits de móveis e eletrodomésticos fornecidos pelo governo do estado. “Estamos investigando todos os inscritos no Aluguel Social pago pelo estado. Não estamos fazendo uma caça às bruxas, mas não podemos permitir que pessoas que não necessitam sejam beneficiadas, enquanto famílias que realmente precisam estão fora. Esta investigação e avaliação são necessárias e darão mais transparência a todo o processo”, comentou.
Ainda de acordo com Peixoto, boa parte das pessoas que estão sendo investigadas é de famílias que pagavam aluguel na época da tragédia e que não poderiam ser beneficiadas pelo Aluguel Social, uma vez que o programa beneficia com o valor de R$ 500 mensais os donos dos imóveis destruídos ou danificados. Segundo ele, essas pessoas serão incluídas no auxílio-emergência, do mesmo valor do Aluguel Social, que será pago também pelo governo do Estado por três meses.
“Vamos migrar essas famílias para outro programa. Não estamos acusando ninguém, acredito que na época houve falta de informação e até uma certa confusão com relação a esse assunto. Mas agora estamos revendo as falhas e regularizando esse cadastro”, explicou.
JANAINA DO CARMO
Redação Tribuna
Rossi apela ao Inea por definição no Vale do Cuiabá
O deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB) oficiou o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) pedindo providências imediatas para duas questões decorrentes das chuvas de 12 de janeiro em Petrópolis: o retorno de famílias do Vale do Cuiabá para casas condenadas e ainda o "bota-fora" de entulhos do Vale do Cuiabá colocado em área inapropriada, às margens do Rio Piabanha, na BR-040, altura de Itaipava. Membro da CPI das Chuvas da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) que investiga responsabilidades sobre o desastre que devastou sete municípios da Região Serrana, Bernardo acredita que só a fiscalização da secretaria municipal de Meio Ambiente não é suficiente.
- O órgão tem apenas um fiscal para cobrir os nove mil quilômetros da cidade e, no Vale do Cuiabá, o Inea precisa dizer o que é área edificável e o que não poderá mais ser ocupado. Isso ainda não foi feito. O plano de recuperação apresentado pelo Inea pode ser muito bom, mas há questões que precisam ser resolvidas agora, como a fiscalização”, afirma o deputado estadual.
A presidente do Inea, Marilene Ramos, foi ouvida nesta quinta-feira (12.04) pela CPI das Chuvas E apresentou um projeto de recuperação ambiental para as cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, com o custo total de R$ 820 milhões, que ainda necessita de aprovação do Ministério da Integração Nacional. De acordo com os estudos apresentados, os recursos do projeto de recuperação ambiental serão utilizados na intervenção das calhas dos rios, em parques fluviais, na reconstrução de pontes e travessias, em demolições, na limpeza manual e na macrodrenagem, dentre outras coisas.
Bernardo Rossi estima os esforços dos governos municipal, estadual e federal no socorro e reconstrução das cidades, mas crê que ainda não é o suficiente.
- A demora na definição de questões como áreas que devem ser desocupadas é um dos complicadores. A própria imprensa vem acompanhando e noticiando que famílias estão fazendo obras de pequenas melhorias em casas que foram atingidas pelas chuvas no Vale do Cuiabá. É o que não queremos.
O deputado estadual cita uma visita da CPI das Chuvas, da Câmara de Vereadores, semana passada ao Vale do Cuiabá. "Os vereadores flagraram, acompanhados do secretário municipal de Meio Ambiente, uma movimentação irregular de terra. O responsável pela obra foi notificado no ato pelo secretário. Ainda assim, passados apenas três meses da tragédia, já é uma amostra do que vai acontecer quando os holofotes deixarem a região", considera.
Já o bota-fora do Vale do Cuiabá foi colocado em um terreno particular na altura do km 59 (Itaipava) sentido Juiz de Fora da BR-040. Lá foram acondicionados 30 mil cúbicos de detritos.
- É o equivalente a 17.800 viagens de caminhão!", afirma Bernardo Rossi.
O Inea, admitiu que deu uma autorização verbal para o uso da área, de Proteção Permanente e que fica às margens do Rio Piabanha. "Durante uma vistoria da Comissão de Meio Ambiente da Alerj da qual fiz parte, em março, ficou acertado a recuperação da área. O Inea deu prazo até junho para que a prefeitura fizesse um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad). "Queremos rigor neste plano e fiscalização de sua aplicação", frisa Bernardo Rossi.
Fonte: Assessoria
FONTE: TRIBUNA DE PETRÓPOLIS
Vítimas da chuva podem ter isenção de IPTU
Os contribuintes que efetuaram o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbana (IPTU) e da Taxa de Coleta de Lixo antes do dia 12 de janeiro e tiveram os imóveis danificados pelas chuvas poderão pedir a compensação do crédito para o próximo ano. O benefício está estipulado na Lei Municipal 6.821/11, já aprovada pela Câmara dos Vereadores.
Para ter direito à compensação é preciso obter laudos de interdição da Defesa Civil e um documento da Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) comprovando o cadastro na entidade. Segundo o secretário de Fazenda, Hélio Volgari, a apresentação desses documentos é fundamental para comprovar a necessidade de compensação do valor do imposto pago antes da chuva, mas é preciso ficar atento porque nem todos os imóveis poderão ser contemplados. Volgari explica que é preciso provar a extensão da falta de “habitabilidade” do imóvel, ou seja, a moradia não pode estar sendo ocupada.
“Casas que foram praticamente destruídas e que os moradores não puderam voltar terão direito à compensação. É preciso estudar caso a caso. Algumas pessoas têm sim o direito e outras não”, comentou o secretário. Segundo Volgari, o ressarcimento será referente ao valor pago pelo contribuinte. Se o morador quitou o valor total do imposto, terá a compensação integral na próxima cobrança, em 2012. Se apenas uma parcela do IPTU foi paga, o benefício será referente à primeira parcela.
Muitos moradores das regiões atingidas pelas chuvas não sabem da compensação do IPTU. Um exemplo é a dona de casa Marli Silva Goulart Pereira. Sem saber sobre o benefício, ela lamentou não ter esperado alguns dias para pagar o imposto. A casa onde mora, no Vale do Cuiabá, em Itaipava, foi invadida pelas águas do rio. A parte de trás da residência ficou danificada com rachaduras de quase um dedo de profundidade. No mesmo terreno existem outras duas casas que pertencem aos filhos de dona Marli. Uma delas foi totalmente destruída e levada pela correnteza. “Nós pagamos o IPTU dias antes da chuva. Agora não sei como será. Se irão nos ressarcir ou se vai ficar por isso mesmo”, comentou a dona de casa.
Além da compensação, outro benefício previsto na mesma lei, a isenção do IPTU para os imóveis atingidos pelas chuvas, também é pouco conhecido da população. Muitos moradores do Vale do Cuiabá denunciaram que tiveram que pagar o imposto mesmo tendo a casa destruída na tragédia. Segundo o secretário Hélio Volgari, para ter direito aos dois benefícios (isenção para quem ainda não pagou e compensação para quem já efetuou o pagamento) é preciso solicitá-los junto à Secretaria de Fazenda. “O benefício não é automático, uma vez que ele se estende às moradias atingidas e não às regiões ou localidades. É importante que as pessoas procurem a Secretaria de Fazenda e façam a solicitação”, disse.
A maior reclamação dos moradores é a falta de informação nos locais de recebimento do imposto – casas lotéricas e bancos, por exemplo. Sem saber da isenção, esses postos receberão os valores do IPTU. Volgari alerta que é preciso partir do contribuinte a solicitação do benefício. “Se uma pessoa chegar com o carnê do IPTU em uma casa lotérica, a loja vai receber o dinheiro. Não há como impedir, não temos como informá-los sobre benefício pois ele refere-se a cada moradia em particular, portanto é importantíssimo que o contribuinte vá a Secretaria de Fazenda e peça a sua solicitação de isenção do IPTU”, informou. De acordo com o decreto, o contribuinte tem até o dia 31 de agosto para pedir o benefício
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Duas mil cruzes em Copacabana lembram tragédia das chuvas na Região Serrana
De acordo com o idealizador do protesto e vice-presidente da CDP, Azra Vieira, de 20 anos, a situação em Teresópolis 120 dias depois da enxurrada é igual ou pior a de janeiro, quando ocorreu a tragédia. Ele denuncia a lentidão e o descaso no processo de reconstrução da cidade serrana. O movimento cobra a transparência na aplicação das verbas já liberadas pelo governo federal. Segundo Azra, cerca de cinco mil pessoas ainda estão desabrigadas e vivendo amontoadas e em situação precária no Ginásio Poliesportivo Pedrão. Apenas 1 mil aluguéis sociais estão sendo pagos, segundo o movimento
O protesto tem por objetivo chamar a atenção da presidente Dilma Roussef e o governador Sérgio Cabral a pressionar o prefeito Jorge Mário. A CDP quer também que o representante de Teresópolis e relator da CPI da Região Serrana na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Nilton Salomão (PT), peça o impeachment do prefeito.
Vestindo blusas pretas, todos os 25 integrantes do CDP que vieram ao Rio são moradores de Teresópolis, na maioria estudantes e profissionais liberais. As duas mil cruzes foram confeccionadas no sábado. O material foi doado por um dos integrantes.
Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
"Escolhemos a Praia de Copacabana e o Copacabana Palace por serem cartões postais do Rio de Janeiro. Queremos fazer com que o mundo saiba que nada foi feito em Teresópolis. E como todo mundo sabe, no Brasil tudo cai no esquecimento", justificou Azra.
Estudante de Direito do Centro Univesitário Serra dos Órgãos (Unifeso), ele perdeu a casa no bairro Cascata do Imbuí. Todos de sua família e os dois cães se salvaram. Atualmente, ele mora na casa da avó, também em Teresópolis.
O protesto em Copacabana vai até o meio-dia. Às 18h30, em frente a Prefeitura de Teresópolis, os integrantes do movimento promovem mais um protesto pela situação do município e das vítimas.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
A Prefeitura fiscaliza possíveis fraudes no aluguel social
A Prefeitura de Petrópolis está fiscalizando, por meio da Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) 868 famílias beneficiadas com o aluguel social concedido pelo governo do estado, para os desabrigados do Vale do Cuiabá.
Segundo o secretário Luis Eduardo Peixoto, o levantamento está sendo feito para corrigir injustiças, pois na época da tragédia as pessoas não tinham sequer documentos para comprovar a sua real situação e algumas falhas podem ter ocorrido.
Na manhã dessa terça-feira (10), uma família do Vale do Cuiabá que pode estar irregular no programa, foi visitada. Caso seja confirmado o uso de má fé, os envolvidos serão acompanhados pela Procuradoria do Município e pelo Ministério Público.
“A prefeitura quer identificar quais as necessidades de cada família para enquadrá-las em nossos programas sociais. Só através deste levantamento é que vamos saber quem realmente faz jus ao aluguel social,” explicou Luis Eduardo Peixoto.
Fonte: Ascom PMP
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Prefeito participa de sessão da CPI das chuvas na Alerj
Mustrangi iniciou sua participação lembrando aos deputados que anteriormente e posteriormente ao acidente no Vale do Cuiabá, Petrópolis sofreu uma seqüência de transtornos ocasionados por trombas d’água na Posse, Bingen, Mosela, Araras, chuva de granizo no Quitandinha e por final, em fevereiro, antes do Carnaval, as enchentes que atingiram parte do Cascatinha, Corrêas e Nogueira.
Mustrangi também falou sobre os investimentos em diversas medidas de prevenção que foram feitas ao longo de seu governo como a instauração do Comitê de Ações Emergenciais, a capacitação de lideranças comunitárias de diversos bairros realizada em parceria com a Defesa Civil (mais de 300 pessoas), além da limpeza das encostas, dragagem dos rios e demolição de imóveis em áreas de risco. Também foi citado pelo prefeito que existe um grupo da sociedade civil que auxilia o poder público com radioamadores, entre outras ações pontuais.
Mustrangi ressaltou que Petrópolis, ao longo das últimas décadas, sofreu com o processo de ocupação do solo totalmente irresponsável, sem nenhum critério técnico e muitas vezes incentivado por políticas populistas.
“Na busca por sua dignidade, a população foi construindo em áreas que não deveriam ser habitadas e o poder público vinha atrás fazendo os remendos, com obras de drenagem e contenções, após a ocupação irregular. Petrópolis, que deveria ter uma população de cerca de 150 mil habitantes, tem hoje quase o dobro. Não existiu um planejamento de ocupação ao longo do tempo. Vale lembrar que Petrópolis foi uma das primeiras cidades planejadas do país e hoje sofre, infelizmente, com esses problemas que são fruto de políticas populistas, políticas que naquele momento visavam cabalar votos. Hoje, só a Prefeitura não tem como assumir o ônus de forma isolada de todo o trâmite de mudança na política habitacional. Devemos unir forças, executivo, legislativo e sociedade civil, para construir um plano real de enfrentamento para que no futuro situações emergenciais não ocorram mais”, disse Mustrangi.
O prefeito também falou que o governo concluiu ainda em 2009 o plano contendo as áreas de risco no 1º distrito, identificando principalmente as que precisam sofrer intervenções. Mustrangi disse que existem 96 locais em área de risco de desabamento, com um total de cinco mil famílias que precisam ser realocadas e destacou ainda o alto custo dos terrenos na cidade.
“Temos em torno 96 áreas de risco mapeadas e no mínimo teríamos que remanejar cerca de cinco mil famílias. Temos os projetos do Independência e da Estrada da Saudade tramitando na Caixa Econômica, onde ambos irão beneficiar uma grande parte da população necessitada dessas novas moradias. Tenho certeza que vamos conseguir atender a todas as demandas, pois estamos em um processo de trabalho continuado”, salientou Mustrangi.
O prefeito lembrou ainda que estarão sendo construídas mais 144 unidades habitacionais na Posse e falou sobre as construções de novas casas prometidas pelo Governo do estado.
“Os terrenos que estamos identificando são para 1,5 mil famílias. Neste momento não vamos removê-las de onde estão. O Vicente Loureiro (governo estadual) esteve na cidade para identificar novos terrenos para a construção das habitações populares. Quero aqui tranquilizar a população das localidades atingidas para que elas tenham a certeza de que não serão retiradas do seu bairro. Também estaremos tomando cuidado com as sequelas ambientais”, finalizou Mustrangi.
Participaram da reunião os deputados Luiz Paulo, que preside a CPI; o deputado Sabino, que atua como vice-presidente; Nilton Salomão (relator); Marcus Vinícius; Rogério Cabral; Bernardo Rossi e Janira Rocha.
CPI das Chuvas da Alerj: prioridade em habitação
A moradia para os desabrigados das chuvas de janeiro, para os que vivem de aluguel social por terem perdido suas casas em desastres de anos anteriores e para mais de cinco mil famílias que vivem em áreas de risco só no primeiro distrito - não há estudos sobre os outros quatro - pontuaram a reunião desta quinta-feira (05.05) pela manhã, na CPI das Chuvas da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O questionamento foi feito pelo deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB), que integra a Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada para apurar as responsabilidades de agentes políticos e públicos na tragédia deste ano que deixou 906 mortos e mais de 400 desaparecidos na Região Serrana. A CPI ouviu nesta manhã o prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi. A chuva em Petrópolis deixou saldo de 72 mortos, 47 desaparecidos e um prejuízo de mais de R$ 500 milhões.
Bernardo acentuou a construção imediata de 280 casas - um investimento de R$ 12 milhões do governo estadual - entre Posse, Itaipava e Mosela, em terrenos apontados pela prefeitura. Mas, a preocupação é em relação às 1.500 unidades que a administração municipal assinala como necessárias para suprir 480 famílias que são atendidas com aluguel social desde 2001, as 420 famílias atingidas pelas chuvas recentes, também atendidas pelo programa, e mais desalojados - em casas de parentes - e ainda as 111 pessoas abrigadas em um prédio cedido pelos Correios.
- Chegamos ao número de 96 áreas afetadas e a promessa de construção de 1.500 novas habitações, de um total de demanda de cinco mil moradias. Precisamos conhecer todas as áreas de risco. Cinco mil imóveis são R$ 300 milhões, aproximadamente. Se você somar as três principais cidades, chegamos à necessidade de R$ 1 bilhão. Por isso é necessário ter programação financeira. Essa é uma questão gravíssima", disse o prefeito.
Para Bernardo, a prioridade de Petrópolis é definir terrenos seguros para as construções emergenciais. "Precisamos de celeridade neste processo porque os recursos estão garantidos. O governo do estado já sinalizou com R$ 457 milhões por meio de empréstimos do Banco Mundial e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) que serão aplicados na Região Serrana", pontuou.
Também participaram da reunião da CPI os deputados Luiz Paulo (PSDB), Sabino (PSC), Nilton Salomão (PT), Marcus Vinícius (PTB), Rogério Cabral (PSB) e Janira Rocha (PSol).
Prevenção também é destacada pela CPI
Os deputados estaduais também cobraram do prefeito Paulo Mustrangi o funcionamento de 19 estações meteorológicas - que até ano passado operavam em sistema experimental em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), mas que foram desativadas com o fim do convênio. Bernardo Rossi também destacou um projeto de sua autoria, em tramitação na Alerj, obrigando os municípios a, no prazo de três anos, a fazer mapeamento urbano, cadastramento imobiliário e levantamento geológico, o chamado "Sistema de Informações Geográficas". Os SIGs, neste âmbito, são formados por levantamentos informatizados que cruzam informações geográficas e ocupação do solo e vão possibilitar que as cidades invistam, de forma eficiente, em prevenção a desastres.
"Petrópolis pode servir de exemplo para as outras cidades fluminenses e ser a primeira a implementar. o sistema que é fácil de operacionalização, barato e há recursos federais disponíveis para seu financiamento. Os chamados sistemas SIG podem ser disponibilizados para consultas na internet e ainda servirem de ferramenta para projetos na área de habitação e preservação ambiental", apontou Bernardo Rossi.
Fonte: Assessoria
FONTE: http://e-tribuna.com.br/2011/index.php?option=com_content&view=article&id=11692%3Acpi-das-chuvas-da-alerj-prioridade-em-habitacao&catid=74%3Abloco-4-com-foto&Itemid=106
CPIdas Chuvas flagra movimentação irregular de terras no Vale do Cuiabá
Vistorias da Câmara deVereadores vão continuar
É precária ainda afiscalização para coibir crimes ambientais que podem originar novastragédias como a de janeiro que deixou saldo de 72 mortos e 47desaparecidos no Vale do Cuiabá. Em vistoria na região ontem (05) pela manhã, a CPI das Chuvas da Câmara deVereadores flagrou uma movimentação de terra irregular. Osvereadores estavam acompanhados pelo secretário de Meio Ambiente,Leandro Viana, que autuou na hora o responsável pela irregularidadeque terá de apresentar à Secretaria projeto para a execução daintervenção aprovado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Oepisódio, no entanto, evidenciou que faltam funcionários, carros eequipamentos para cobrir os mais de 9 mil metros quadrados de áreade Petrópolis.
O presidente da Câmara deVereadores Paulo Igor (PMDB) e o vereador Gil Magno participaram davistoria, que teve o objetivo de verificar problemas apontados pormoradores durante a audiência pública realizada no plenário daCâmara na segunda-feira (02.05) reunindo parlamentares federais,estaduais e representantes da administração municipal. A audiênciafoi convocada pela Comissão Parlamentar de Inquérito que apura asresponsabilidades de agentes públicos e políticos no desastre dejaneiro.
Os vereadores tambémencontraram uma movimentação irregular de terra em área deencosta, próxima à uma casa na Rua Elvira Maria Cabral, na partealta do Vale do Cuiabá. Na mesma região foi verificada anecessidade de um trabalho de drenagem e a desobstrução de minas. Osecretário de Meio Ambiente, Leandro Viana e representantes daSecretaria de Obras acompanharam a vistoria e explicaram as medidasque estão sendo tomadas e apontaram as providências que deverãoser tomadas.
“Durante a audiênciapública moradores denunciaram que continuam as movimentaçõesirregulares de terra e encostas. Por isso, esta vistoria da CPI.Drenagem e desobtrução de minas d’água são necessárias e umamaior fiscalização para impedir aterros e o comprometimento dasencostas. A secretaria de Meio Ambiente diz que as irregularidadesestão sendo coibidas, obras estão sendo embargas e respaldostécnicos estão sendo exigidos para as intervenções departiculares, mas a situação ainda é difícil”, consideraPaulo Igor. O presidente da casa afirma ainda que as vistorias vãocontinuar. “Na próxima o presidente da CPI, João Tobias, emais vereadores retornarão ao Vale do Cuiabá”.
A CPI já cobrou derepresentantes da concessionária Águas do Imperador e da CompanhiaMunicipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) explicaçõessobre os critérios para ligações de abastecimento de água,limpeza das encostas e desassoreamento dos rios. “A Comissãoestá fazendo o seu papel de acompanhar o que está acontecendo noVale do Cuiabá e acionar o poder público para que tome asprovidências cabíveis para evitar que novas tragédias aconteçam”,afirma Paulo Igor. “Nossa função como vereadores e em especialdentro da Comissão é acompanhar de perto essa situação do Vale doCuiabá, fiscalizar e fazer esta ponte entre o cidadão que se senteprejudicado como é o caso da Paula, e os secretários. Para que osproblemas sejam solucionados”, acrescenta o vereador Gil Magno.
Engenheiros e técnicostambém estão contribuindo com o trabalho da Comissão, com dados eestudos sobre os impactos das chuvas em Petrópolis nos últimos 30anos. Eles foram unânimes em afirmar que o assunto requer atençãoespecial por parte do poder público e que ações imediatas como aimplementação de projetos de recuperação ambiental podemminimizar os danos.
A CPI das Chuvas da Câmarade Vereadores coopera com a CPI das Chuvas da Assembléia Legislativado Estado do Rio (Alerj), uma integração inédita entre os doisparlamentos. “Isto fortalece o trabalho das duas comissões emfunção da troca de informações.A audiência pública realizadaesta semana com a presença de deputados federias, demonstrou quehoje existe uma sintonia nas três esferas do legislativo. Esteconjunto de ações é muito importante para a nossa cidade”,pontua Paulo Igor.
Vistorias da Câmara deVereadores vão continuar
É precária ainda afiscalização para coibir crimes ambientais que podem originar novastragédias como a de janeiro que deixou saldo de 72 mortos e 47desaparecidos no Vale do Cuiabá. Em vistoria na região naquinta-feira (05.05) pela manhã, a CPI das Chuvas da Câmara deVereadores flagrou uma movimentação de terra irregular. Osvereadores estavam acompanhados pelo secretário de Meio Ambiente,Leandro Viana, que autuou na hora o responsável pela irregularidadeque terá de apresentar à Secretaria projeto para a execução daintervenção aprovado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Oepisódio, no entanto, evidenciou que faltam funcionários, carros eequipamentos para cobrir os mais de 9 mil metros quadrados de áreade Petrópolis.
O presidente da Câmara deVereadores Paulo Igor (PMDB) e o vereador Gil Magno participaram davistoria, que teve o objetivo de verificar problemas apontados pormoradores durante a audiência pública realizada no plenário daCâmara na segunda-feira (02.05) reunindo parlamentares federais,estaduais e representantes da administração municipal. A audiênciafoi convocada pela Comissão Parlamentar de Inquérito que apura asresponsabilidades de agentes públicos e políticos no desastre dejaneiro.
Os vereadores tambémencontraram uma movimentação irregular de terra em área deencosta, próxima à uma casa na Rua Elvira Maria Cabral, na partealta do Vale do Cuiabá. Na mesma região foi verificada anecessidade de um trabalho de drenagem e a desobstrução de minas. Osecretário de Meio Ambiente, Leandro Viana e representantes daSecretaria de Obras acompanharam a vistoria e explicaram as medidasque estão sendo tomadas e apontaram as providências que deverãoser tomadas.
“Durante a audiênciapública moradores denunciaram que continuam as movimentaçõesirregulares de terra e encostas. Por isso, esta vistoria da CPI.Drenagem e desobtrução de minas d’água são necessárias e umamaior fiscalização para impedir aterros e o comprometimento dasencostas. A secretaria de Meio Ambiente diz que as irregularidadesestão sendo coibidas, obras estão sendo embargas e respaldostécnicos estão sendo exigidos para as intervenções departiculares, mas a situação ainda é difícil”, consideraPaulo Igor. O presidente da casa afirma ainda que as vistorias vãocontinuar. “Na próxima o presidente da CPI, João Tobias, emais vereadores retornarão ao Vale do Cuiabá”.
A CPI já cobrou derepresentantes da concessionária Águas do Imperador e da CompanhiaMunicipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) explicaçõessobre os critérios para ligações de abastecimento de água,limpeza das encostas e desassoreamento dos rios. “A Comissãoestá fazendo o seu papel de acompanhar o que está acontecendo noVale do Cuiabá e acionar o poder público para que tome asprovidências cabíveis para evitar que novas tragédias aconteçam”,afirma Paulo Igor. “Nossa função como vereadores e em especialdentro da Comissão é acompanhar de perto essa situação do Vale doCuiabá, fiscalizar e fazer esta ponte entre o cidadão que se senteprejudicado como é o caso da Paula, e os secretários. Para que osproblemas sejam solucionados”, acrescenta o vereador Gil Magno.
Engenheiros e técnicostambém estão contribuindo com o trabalho da Comissão, com dados eestudos sobre os impactos das chuvas em Petrópolis nos últimos 30anos. Eles foram unânimes em afirmar que o assunto requer atençãoespecial por parte do poder público e que ações imediatas como aimplementação de projetos de recuperação ambiental podemminimizar os danos.
A CPI das Chuvas da Câmarade Vereadores coopera com a CPI das Chuvas da Assembléia Legislativado Estado do Rio (Alerj), uma integração inédita entre os doisparlamentos. “Isto fortalece o trabalho das duas comissões emfunção da troca de informações.A audiência pública realizadaesta semana com a presença de deputados federias, demonstrou quehoje existe uma sintonia nas três esferas do legislativo. Esteconjunto de ações é muito importante para a nossa cidade”,pontua Paulo Igor.