quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Condomínios participam de disputa por economia de água


Nada melhor do que uma competição saudável para incentivar mudanças de hábito, não é mesmo? Funcionários e moradores de 15 prédios residenciais do bairro de Moema, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, viveram na pele essa experiência. Eles foram convidados a participar da Disputa de Condomínios, iniciativa que desafia edifícios a economizar água.

A ideia é conscientizar todas as pessoas que participam do dia a dia dos prédios - como moradores, zeladores, porteiros, faxineiros e empregadas domésticas - para a importância de reduzir os gastos hídricos e, em seguida, desafiá-los a poupar a maior quantidade possível do recurso.
Quem economizar mais vence a brincadeira e ainda ganha como prêmio equipamentos que facilitam a economia de água - entre eles, torneiras e descargas - para as áreas comuns do condomínio e, também, para todos os apartamentos.

Escolhidos a partir de uma rigorosa avaliação - que levou em conta critérios como tempo de construção, período em que foi feita a última reforma e tipo de medição dos gastos com água -, os edifícios passaram dois meses, junho e julho deste ano, participando da competição e, juntos, conseguiram baixar seu consumo em 73%, economizando cerca de dois milhões de litros do recurso - quantidade suficiente para uma pessoa viver por 2.670 anos.

O vencedor da brincadeira foi o condomínio Ponte di Rialto, que teve uma economia média de 14% no consumo de água, poupando mais de 200 mil litros do recurso nos dois meses de desafio.

Os bons resultados fez a iniciativa crescer. Em 2013, a Disputa de Condomínios - promovida pela Sagarana Comunicação, em parceria com a Sabesp - será ampliada para outros bairros de São Paulo e, ainda, será adaptada para ser realizada em estabelecimentos comerciais e colégios. Quer participar? Inscreva seu condomínio.

Fonte:

Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável
23/11/2012

Programa “Papa-lâmpadas” ultrapassa 10 mil unidades recicladas

A Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) finalizou o mês de outubro com um total de 10.391 lâmpadas fluorescentes recicladas, no primeiro mês de atividades do programa que amplia os serviços de coleta de materiais recicláveis, o “Papa-lâmpadas”.
Após parceria com a Idéia Cíclica (Instituto para o Desenvolvimento Ambiental e Tecnológico), as lâmpadas passaram a ter seus componentes reaproveitados, com funcionalidade e segurança, conforme salientou o coordenador do Programa de Coleta Seletiva Porta a Porta, Claudionor Portílio.“Vínhamos recolhendo em hospitais, fábricas e residências, procurando um destino correto que seria a descontaminação. Esse número é resultado desse estoque e das lojas e empresas como Garboni e Werner, que entraram em contato solicitando a coleta, após o surgimento do programa”, disse.
O equipamento tritura e separa o vidro e o alumínio do mercúrio, e é montado sobre um tambor metálico de 200 litros com sistema triplo de filtragem: um para o pó fosfórico, outro para partículas de vidro e o terceiro para retenção de gases venenosos. O equipamento possui capacidade para compactar aproximadamente 850 lâmpadas.
O rompimento de uma lâmpada fluorescente lança uma poeira rica em vapor de mercúrio, de alta toxidade, que além de agredir o meio ambiente, é capaz de ir direto para os alvéolos pulmonares de quem estiver exposto ao pó. O sistema de operação do equipamento funciona a vácuo, e o operador se vê seguro dos riscos de contaminação.
 “Esta é uma opção excelente que encontramos para dar um destino a esse material. Esperamos manter esses bons números, e até superá-los com o tempo, e a divulgação de mais este serviço”, ressaltou o presidente da Comdep, Jorge Luiz Plácido.
Após o término da separação dos componentes, e descontaminação, a Idéia Cíclica se encarrega do transporte, e destinação correta de todo o resíduo oriundo do serviço. Não há quantidade mínima para a realização da coleta, que pode ser solicitada no centro de reciclagem pelo telefone 2243-3262.

sábado, 10 de novembro de 2012

Estado promete casas, mas reunião na Câmara termina sem ações concretas

SÁBADO, 10 NOVEMBRO 2012 08:02
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A reunião, presidida pelo vereador Silmar Fortes, teve a presença de um representante da Secretaria Estadual de Obras. / Foto: Marco Oddone.
Após um ano e dez meses, a Comissão Parlamentar de Inquérito Municipal (CPIM) das chuvas, formada logo após a catástrofe no Vale do Cuiabá, em Petrópolis, realizou a 16ª reunião na tarde de ontem, na Câmara de Vereadores. Apesar do governo estadual ter apresentado uma prévia dos projetos de habitação para a cidade, não houve adiantamento de outros problemas.

O representante da secretaria de Obras do estado, Gerard Fischgold, apresentou uma prévia do projeto de habitação para a cidade, que inclui a construção e montagem de 430 unidades habitacionais. “Alguns projetos já foram encaminhados à Caixa Econômica Federal, outros ainda vão ser enviados”, disse. Gerard citou ainda um pacote, já aprovado pelo Ministério das Cidades, de R$ 60 milhões para Petrópolis, no entanto, a verba já tem destino. “O dinheiro é direcionado ao plano de contingência enviado pelo município ao governo federal, que levantou mais de 60 áreas em estado de risco. Boa parte desta área poderá ter a prevenção de encostas”, lembrou.
Até o momento, são quatro terrenos, dois no Vale do Cuiabá, que somarão 130 unidades habitacionais, um em Itaipava, com 140 casas, e por último na Mosela, com 160. Este é o número no primeiro momento, já que serão necessárias mais de 800 unidades para suprir o número na cidade.

Atraso no pagamento das indenizações

O presidente da associação de moradores do Vale do Cuiabá, José Quintela, garante que algumas pessoas não conseguem contato com o Inea para dar andamento às negociações dos terrenos. “Uma reunião a cada seis meses é muito tempo, não dá pra dar continuidade. O atendimento no canteiro social também não está agradando aos moradores, que acabam saindo de lá sem qualquer resposta aceitável”, disse. “O que não pode acontecer é isso, passar quase dois anos da tragédia e muitas pessoas ainda estarem sem qualquer resposta dos governos, seja municipal ou estadual”, lamentou o vereador Silmar Fortes sobre a demora do Inea em estabelecer as negociações comos moradores da área, para que eles sejam ressarcidos, seja pela compra assistida ou indenização do imóvel que não poderá mais ser utilizado.
Os representantes do Inea, no entanto, afirmaram que das mais de 800 pessoas que estão sendo assistidas, 265 estão em negociações adiantadas para o fechamento das indenizações, algumas também já optaram por ficar com uma das unidades habitacionais.
Presidida pelo vereador Silmar Fortes, a reunião contou com a presença de diversos órgãos ambientais e sociais de Petrópolis, além de representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Secretaria Estadual de Obras (Seobras). A CPIM foi criada para investigar os riscos de catástrofes e minimizar os constantes alagamentos e deslizamentos de terra, que todos os anos atingem diversas famílias petropolitanas. Entre a série de apontamentos feitos pela CPIM da chuva, se destacam o desmatamento realizado principalmente nos topos de morros e encostas assim como a falta de preocupação com a área de risco e inexistência de uma política habitacional ao longo dos anos. Além disso, a fiscalização dos trabalhos que estão sendo realizados para conter estes problemas constantes em Petrópolis.

Redação Tribuna

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Passados quase dois anos da tragédia da Região Serrana, casas ainda não foram construídas

Moradores da região mais atingida pelo temporal em janeiro de 2011 protestaram em frente ao Palácio Guanabara./Foto: Divulgação.
Vítimas das chuvas de janeiro do ano passado, do Vale do Cuiabá, realizaram na última terça-feira, dia seis, uma manifestação em frente ao Palácio Guanabara (sede do governo do Estado do Rio de Janeiro). Cerca de 60 moradores protestaram contra o atraso do pagamento das indenizações pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Segundo eles, existem famílias que já assinaram os acordos há 10 meses e até agora não receberam o dinheiro. “Não dá para entender por que essa demora para pagar as indenizações. Queremos agilidade neste processo e, acima de tudo, queremos respostas”, destacou o presidente da Associação de Moradores do Vale do Cuiabá, José Quintella. Ele faz parte do grupo de moradores que já assinaram os acordos e ainda não foram indenizados. “Assinei o meu acordo com o Inea em maio deste ano. Até agora estou aguardando. E existem pessoas esperando há muito mais tempo”, informou.
Além dos moradores do Vale do Cuiabá, vítimas da chuva de Teresópolis e Nova Friburgo também participaram do protesto. Os manifestantes foram recebidos pelo secretário estadual de Obras, Afonso Monerat. Os moradores entregaram a ele uma carta com um pedido de urgência para a construção das casas, além do pagamento das indenizações e a dragagem dos rios.
No próximo domingo, a tragédia que atingiu sete municípios da Região Serrana completa um ano e 10 meses sem que nenhuma casa tenha sido construída. Segundo Quintella, a manifestação em frente ao Palácio Guanabara foi a forma que os moradores encontraram para ser ouvidos pelas autoridades. “Não aguentamos mais reclamar e solicitar respostas sem que nada seja feito. É importante dizer que o Inea não está cumprindo o acordo com os moradores do Cuiabá”, frisou. Nesta sexta-feira, dia nove, o presidente da Associação de Moradores do Vale do Cuiabá estará participando, na Câmara de Vereadores, de um encontro com os membros da Comissão Especial da CPI das Chuvas. Segundo José Quintella, o secretário de Obras do estado garantiu que um representante do governo estadual iria participar da reunião. “Esperamos que neste encontro tenhamos algum posicionamento sobre o andamento dos processos, tanto das indenizações quanto das construções das casas”, disse.
Janaína do Carmo
Redação Tribuna