sexta-feira, 9 de maio de 2014

Crescimento desordenado nos distritos está em debate

Quinta, 08 Maio 2014 16:34


Preocupados com a degradação da qualidade de vida nos distritos, cinco entidades se uniram para defender a região contra o crescimento desordenado, provocado pelos investimentos imobiliários e por outras ações. O presidente do GAPA-Itaipava, Carlos Eduardo da Cunha Pereira, chamou atenção para o fato de que as imobiliárias estão vendendo os imóveis nos condomínios em construção, afirmando que é o novo bairro do Rio de Janeiro e por isso, uma das propostas é pedir a moratória de todos os projetos imobiliários aprovados para os distritos. 
Para Carlos Eduardo a lógica deles é interessante, pois argumentam que o tempo do centro do Rio para o Recreio dos Bandeirantes é o mesmo para chegar em Petrópolis. Outro atrativo é o valor do imóvel, que no Recreio está em torno de R$ 8 a 10 mil o metro quadrado e nos distritos estão vendendo a R$ 5 mil. “Esta distância ainda pode ser reduzida com a inauguração do arco rodoviário, pois vai reduzir o número de veículos na Linha Vermelha e também quando a nova pista de subida estiver pronta”, comentou. 
A preocupação das cinco entidades -  UDAM, Novamosanta, Petrolis Convention & Visitors Bureau, Projeto Araras e GAPA-Itaipava "com o aumento populacional que estes investimentos vão trazer para a região, aumentando o problema com abastecimento de água, coleta do esgoto e acima de tudo a qualidade de vida. Carlos Eduardo acredita que um dos problemas será a mobilidade nos distritos, que ficarácomprometida, pois estão acabando com duas ou mais casas, para construção de condomínios com 50 ou mais moradias, aumentando a população e o número de carros na região". 
O crescimento desordenado já é percebido de Correas a Posse, com casas construídas na margem do rio Piabanha, investimentos imobiliários que não respeitam as características da região, como ocorreu em Nogueira, próximo a Igreja católica, onde o nível do terreno foi levantado cerca de dois metros da rua, assim como um desvio no rio. “Estas e outras situações nos preocupam, pois a Estrada União Indústria está sufocada e temos congestionamentos diários em Bonsucesso e no Aranha Céu”. 
Carlos Eduardo afirma que é preciso fazer uma diferença entre os oportunidades, que veem a oportunidade de ganhar dinheiro, e os que precisam de um local seguro para morar. “Estes nós precisamos dar apoio e apoiar o governo municipal nas ações para atendê-los. Defendo a construção de pequenos núcleos para as famílias carentes e não grandes condomínios, pois trazem inúmeros problemas sociais e ambientais”, frisou.
O Termo de Cooperação com as Diretrizes para atuação conjunta das entidades da sociedade civil dos distritos de Petrópolis e criação do Movimento Distritos de Petrópolis, será assinado no dia 12 de maio, às 19h, no auditório do Arcadia Mall. As entidades defendem também a destinação de recursos para os distritos, para realização de obras e melhorias fundamentais para melhorar a qualidade de vida. A partir da assinatura do termo de cooperação, as entidades estarão atuando conjuntamente na busca de respostas por parte do poder público. 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Diversos entulhos são jogados em rio de Petrópolis, RJ

Azulejos, pisos, pedaços de televisão e terra são alguns itens encontrados.
Moradores flagraram caminhões jogando entulho no rio Santo Antônio.

Do G1 Região Serrana
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Equipe da Superintendência Regional do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) esteve na manhã desta terça-feira fazendo uma vistoria às margens do Rio Santo Antônio no Vale do Cuiabá, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e detectou que no local hၠdespejo irregular de terra e entulho.
No terreno, o entulho está espalhado. Restos de paredes ainda com azulejos e pisos, pedaços de televisão, vergalhões e muita terra são alguns itens encontrados a menos de dez metros do rio, na altura de Benfica. Os moradores fizeram fotografias de caminhões jogando entulho no local. Segundo o Inea, desde março de 2013 acontecem obras de adequação de calha, proteção das margens e implantação de parques fluviais às margens do Santo Antonio. Um investimento de R$ 58 milhões feito no rio pode ser prejudicado caso chova forte na região. Os vizinhos contam que a Defesa Civil foi informada do problema, mas a solução ainda não foi proposta.
Os moradores do Vale do Cuiabၠhaviam informado que os caminhões que fizeram o depósito irregular às margens do rio eram da empresa Prosplan, que venceu a licitação para operar o serviço no local. Em nota, a empresa informou que foi contratada pelo Inea para os serviços de  demolição de imóveis condenados em Petrópolis, e que o entulho colocado às margens foi solicitado pelo próprio Inea, para melhorar os acessos.
O Inea afirmou em nota que os caminhões que estariam fazendo o descarte irregular não são da empresa Prosplan. O Consórcio Vale do Cuiabá, que executa o projeto de recuperação ambiental na região, foi acionado para restringir o acesso ao terreno e identificar os infratores que serão punidos.

Entidades querem suspensão de novas obras nos distritos




Foto: Reprodução

















Cinco entidades com sede nos distritos, vão assinar termo de cooperação entre si e uma das principais revindicações é a moratória dos projetos imobiliários aprovados para os distritos, até que seja apresentado um estudo de impacto ambiental e de vizinhança. A união das entidades – UDAM, Novamosanta, Petrópolis Convention & Visitors Bureau, Projeto Araras e GAPA-Itaipava – tem o crescimento desordenado da região como uma das principais preocupações. O Termo de Cooperação com as Diretrizes para atuação conjunta das entidades da sociedade civil dos distritos de Petrópolis e criação do Movimento Distritos de Petrópolis, será assinado no dia 12 de maio, às 19h, no auditório do Arcadia Mall. O presidente da Udam, Sérgio Mattos disse que os representantes das cinco entidades, durante conversa, constataram que existem muitas reivindicações comuns e por isso decidiram unir forças em prol da qualidade de vida dos distritos. O pedido de moratória dos projetos imobiliários aprovados para região de Itaipava, Correas, Nogueira, Pedro do Rio e Posse é em função da perda de qualidade de vida na região, que vai surgir com o aumento da população.As entidades não querem impedir o crescimento e desenvolvimento da região, mas desejam que seja realizado dentro um projeto de desenvolvimento sustentável, com plano de mobilidade e que as licenças de obras tenham o estudo de impacto ambiental e de vizinhança, previstos no Estatuto das Cidades e também no Plano Diretor de Petrópolis (PDP). Outra questão que as entidades defendem é a destinação de recursos para os distritos, para realização de obras e melhorias fundamentais para melhorar a qualidade de vida. A partir da assinatura do termo de cooperação, as entidades estarão atuando conjuntamente na busca de respostas por parte do poder público.