sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Projeto prevê multa para quem jogar lixo nas ruas

Foto: Reprodução
Quem depositar o lixo em local proibido poderá ser multado em valores que vão de R$ 50 a R$ 2 mil, conforme projeto do vereador Silmar Fortes, que altera o Código de Posturas do Município. A matéria seria votada na sessão de quarta-feira, mais um pedido de vistas, apresentado pelo vereador Ronaldo Ramos, fez com que a votação ficasse suspensa por três semanas e com isso, deve entrar na pauta na sessão do dia 5 de setembro.
De acordo com o projeto fica proibido depositar  ou jogar lixo nos espaços públicos como praça, calçadas, vias públicas, lagos, parques, encostas, rios, áreas protegidas ou qualquer outro local não autorizado pelo Poder Público. Ainda segundo a matéria, a pena será média quando o lixo for igual ou inferior a uma latinha de alumínio; será grave quando for superior a uma latinha; e gravíssima quando for superior a um metro cúbico. 
O vereador Silmar Fortes disse que atualmente é grande a quantidade de lixo descartado impropriamente nos espaços públicos, gerando um severo impacto negativo ambiental, assim como o lixo jogado na rua pelas pessoas, mesmo estando próximo as lixeiras ou coletoras de lixo. “É importante ressaltar que o lixo jogado na rua, nas margens do rios e encostas apresenta diversos problemas  como agravamento de enchentes, entupimento de bueiros, aumento de gastos com a limpeza pública e outros causando sérios problemas em períodos de chuva forte”, frisou o vereador. 
Com objetivo de contribuir para mudança de cultura e também numa ação preventiva, o vereador destaca a importância de uma legislação voltada a coibir o comportamento ilícito, diminuindo a quantidade de lixo descartado impropriamente. “O atual código d eposturas não prevê nenhuma punição para esta prática que causa grandes problemas para sociedade, inclusive para aqueles que jogam o lixo em locais impróprios”. 
Apesar do projeto ter o parecer favorável do Departamento Jurídico da Câmara e das comissões da Câmara, o vereador Thiago Damaceno, líder do governo, argumentou que o projeto de lei seria inconstitucional por ter vício de iniciativa, que seria do Poder Executivo e não do vereador. Ele chegou apresentar algumas ações ocorridas em municípios onde lei semelhante foi aprovada e derrubada pela Justiça. 
Damaceno afirmou que não falava em nome do Governo Municipal, mais a partir dos estudos realizados sobre o projeto. “Estou preocupado, pois podemos correr o risco de ficar fazendo matéria e o Poder Executivo vetar e começarem a comentar que os vereadores estão fazendo leis inconstitucionais”, comentou, esclarecendo que esta é uma preocupação, lembrando outros projetos que foram vetados pelo Executivo por serem inconstitucionais. 
Rogerio Tosta
Redação Tribuna

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

50 ações pelo Planeta

1. TAMPE SUAS PANELAS ENQUANTO COZINHA
Parece óbvio, não é? E é mesmo! Ao tampar as panelas enquanto cozinha você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar.

2. USE UMA GARRAFA TÉRMICA COM ÁGUA GELADA
Compre daquelas garrafas térmicas de acampamento, de 2 ou 5 litros . Abasteça-a de água bem gelada com uma bandeja de cubos de gelo pela manhã. Você terá água gelada até a noite e evitará o abre-fecha da geladeira.

3. APRENDA A COZINHAR EM PANELA DE PRESSÃO
Acredite, dá pra cozinhar tudo em panela de pressão: Feijão, arroz, macarrão, carne, peixe etc. Muito mais rápido e economizando 70% de gás.

4. COZINHE COM FOGO MÍNIMO
Não adianta! Por mais que você aumente o fogo, sua comida não vai cozinhar mais depressa, pois a água não ultrapassa 100ºC em uma panela comum. Com o fogo alto, você vai é queimar sua comida.

5. ANTES DE COZINHAR, RETIRE DA GELADEIRA TODOS OS INGREDIENTES DE UMA SÓ VEZ
Evite o abre-fecha da geladeira toda vez que seu cozido precisar de uma cebola, uma cenoura, etc…

6. COMA MENOS CARNE VERMELHA
A criação de bovinos é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. Não é piada. Você já sentiu aquele cheiro pavoroso quando você se aproximou de alguma fazenda/criação de gado (ou de porcos)? Pois é: metano, um gás inflamável, poluente e mega fedorento. Além disso a produção de carne vermelha demanda uma quantidade enorme de água. Para você ter uma idéia, para produzir 1kg de carne vermelha são necessários 200 litros de água potável.
O mesmo quilo de frango só consome 10 litros.

7. NÃO TROQUE O SEU CELULAR
Já foi tempo que celular era sinal de status. Hoje em dia é necessidade. Trocar por um mais moderno para tirar onda?
Pense. Fique com o antigo pelo menos enquanto estiver funcionando perfeitamente ou em bom estado. Se o problema é a bateria, considere trocá-la e descart a antiga adequadamente, encaminhando- a em postos de coleta. Celulares trouxeram muita comodidade à nossa vida, mas utilizam derivados de petróleo em suas peças e metais pesados em suas baterias. Além disso, na maioria das vezes sua produção é feita utilizando mão de obra barata em países em desenvolvimento. Utilize seus “gadgets” até o final da vida útil deles, lembre-se de que eles certamente não foram nada baratos.

8. COMPRE UM VENTILADOR DE TETO
Nem sempre faz calor suficiente pra ser preciso ligar o ar condicionado. Na maioria das vezes um ventilador de teto é o ideal para refrescar o ambiente gastando 90% menos energia. Combinar o uso dos dois também é uma boa idéia. Regule seu ar condicionado para o mínimo e ligue o ventilador de teto.

9. USE SOMENTE PILHAS E BATERIAS RECARREGÁVEIS
É certo que são mais caras, mas ao uso em médio e longo prazo elas se pagam com muito lucro. Duram anos e podem ser recarregadas em média 1000 vezes.

10. LIMPE OU TROQUE OS FILTROS O SEU AR CONDICIONADO
Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.


11.TROQUE SUAS LÂMPADAS INCANDESCENTES POR FLUORESCENTES
Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136 quilos de gás carbônico anualmente.

12. ESCOLHA ELETRODOMÉSTICOS DE BAIXO CONSUMO ENERGÉTICO
Procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star (no caso de importados).

13. NÃO DEIXE SEUS APARELHOS EM STAND BY
Simplesmente desligue ou tire da tomada quando não estiver usando um eletrodoméstico. A função de stand by de um aparelho usa cerca de 15% a 40% da energia consumida quando ele está em uso.

14. CUIDADO ONDE COLOCA SUA GELADEIRA OU FREEZER
Ao colocá-los próximos ao fogão, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Mantenha-os afastados pelos menos 15cm das paredes para evitar o superaquecimento. Colocar roupas e tênis para secar atrás deles então, nem pensar!

15. DESCONGELE GELADEIRAS E FREEZERS ANTIGOS A CADA 15 OU 20 DIAS
O excesso de gelo reduz a circulação de ar frio no aparelho, fazendo com que gaste mais energia para compensar. Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia o valor do eletrodoméstico a médio/longo prazo.

16. USE A MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS/LOUÇA SÓ QUANDO ESTIVEREM CHEIAS
Caso você realmente precise usá-las com metade da capacidade, selecione os modos de menor consumo de água. Se você usa lava-louças não é necessário usar água quente para pratos e talheres pouco sujos. Só o detergente já resolve.

17. RETIRE IMEDIATAMENTE AS ROUPAS DA MÁQUINA DE LAVAR QUANDO ESTIVEREM LIMPAS.
As roupas esquecidas na máquina de lavar ficam muito amassadas, exigindo muito mais trabalho e tempo para passar e consumindo
assim muito mais energia elétrica.

18. TOME BANHO DE CHUVEIRO
E de preferência, rápido. Um banho de banheira consome até quatro vezes mais energia e água que um chuveiro.

19. USE MENOS ÁGUA QUENTE
Aquecer água consome muita energia. Para lavar a louça ou as roupas, prefira usar água morna ou fria.

20. PENDURE AO INVÉS DE USAR A SECADORA
Você pode economizar mais de 317 quilos de gás carbônico se pendurar as roupas durante metade do ano ao invés de usar a secadora.

21. NUNCA É DEMAIS LEMBRAR: RECICLE NO TRABALHO E EM CASA
Se a sua cidade ou bairro não tem coleta seletiva, leve o lixo até um posto de coleta. Procure onde eles estão perto da sua casa. Lembre-se de que o material reciclável deve ser lavado (no caso de plásticos, vidros e metais) e dobrado (papel).

22. FAÇA COMPOSTAGEM
Cerca de 3% do metano que ajuda a causar o efeito estufa é gerado pelo lixo orgânico doméstico. Aprenda a fazer compostagem: além de reduzir o problema, você terá um jardim saudável e bonito.

23. REDUZA O USO DE EMBALAGENS
Embalagem menor é sinônimo de desperdício de água, combustível e recursos naturais. Prefira embalagens maiores, de preferência com refil. Evite ao máximo comprar água em garrafinhas, leve sempre com você a sua própria.

24. COMPRE PAPEL RECICLADO
Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum e poupa nossas florestas.
25. UTILIZE SUA SACOLA PARA AS COMPRAS
Sacolinhas plásticas descartáveis são um dos grandes inimigos do meio-ambiente. Elas não apenas liberam gás carbônico e metano na atmosfera, como também poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve sua sacola de feira ou suas próprias sacolinhas plásticas.

26. PLANTE UMA ÁRVORE NO JARDIM DE SEU EDIFÍCIO
Uma árvore absorve uma tonelada de gás carbônico durante sua vida. Plante árvores no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlântica ou Iniciativa Verde.

27. COMPRE ALIMENTOS PRODUZIDOS NA SUA REGIÃO
Fazendo isso, além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade.

28. COMPRE ALIMENTOS FRESCOS AO INVÉS DE CONGELADOS
Comida congelada além de mais cara, consome até 10 vezes mais energia para ser produzida. É uma praticidade que nem sempre vale a pena.

29. COMPRE ORGÂNICOS
Por enquanto, alimentos orgânicos são um pouco mais caros pois a demanda ainda é pequena no Brasil. Mas você sabia que, além de não usar agrotóxicos, os orgânicos respeitam os ciclos de vida de animais e ainda por cima absorvem mais gás carbônico da atmosfera que a agricultura “tradicional” ?
Portanto, incentive o comércio de orgânicos para que os preços possam cair com o tempo.

30. ANDE MENOS DE CARRO
Use menos o carro e mais o transporte coletivo (ônibus, metrô) ou o limpo (bicicleta ou a pé). Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano.

31. NÃO COLOQUE BAGAGEM EM CIMA DO CARRO
Qualquer peso extra no carro causa aumento no consumo de combustível. Um bagageiro cheio gasta 10% a mais de combustível,
devido ao seu peso e aumento da resistência do ar.

32. MANTENHA SEU CARRO REGULADO
Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses, ou de acordo com a recomendação do fabricante.
Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera.

33. LAVE O CARRO A SECO
Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping.

34. QUANDO FOR TROCAR DE CARRO, ESCOLHA UM MODELO MENOS POLUENTE
Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos.
Em cidades como São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10km/h, não faz muito sentido ter carro potente para ficar parado no congestionamento.

35. USE O TELEFONE OU A INTERNET
A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar ? Usar o telefone ou skype pode evitar o stress, economizar um bom dinheiro e poupar a atmosfera.

36. VOE MENOS, REÚNA-SE POR VIDEOCONFERÊNCIA
Reuniões por videoconferência são tão efetivas quanto as presenciais. E deixar de pegar um avião faz uma diferença significativa para a atmosfera.

37. ECONOMIZE CDS E DVDS
CDs e DVDs sem dúvida são mídias eficientes e baratas, mas você sabia que um CD leva cerca de 450 anos para se decompor e que, ao ser incinerado, ele volta como chuva ácida (como a maioria dos plásticos) ? Utilize mídias regraváveis, como CD- RWs, drives USB ou mesmo e-mail ou FTP para carregar ou partilhar seus arquivos. Hoje em dia, são poucos arquivos que não podem ser disponibilizados virtualmente ao invés de em mídias físicas.

38. PROTEJA AS FLORESTAS
Por anos os ambientalistas foram vistos como “eco-chatos”.
Mas em tempos de aquecimento global, as árvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel delas no aquecimento global é crítico, pois mantém a quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera.

39. CONSIDERE O IMPACTO DE SEUS INVESTIMENTOS
O dinheiro que você investe não rende juros sozinho. Isso só acontece quando ele é investido em empresas ou países que dão lucro. Na onda da sustentabilidade, vários bancos estão considerando o impacto ambiental das empresas em que investem o dinheiro dos seus clientes. Informe-se com o seu gerente antes de escolher o melhor investimento para você e o meio ambiente.

40. INFORME-SE SOBRE A POLÍTICA AMBIENTAL DAS EMPRESAS QUE VOCÊ CONTRATA
Seja o banco onde você investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as empresas deveriam ter políticas ambientais claras
para seus consumidores. Ainda que a prática esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos lucros e na imagem institucional do que em ações concretas. Por isso, não olhe apenas para as ações que a empresa promove, mas também a sua margem de lucro acionada todos os anos. Será mesmo que eles estão colaborando tanto assim?

41. DESLIGUE O COMPUTADOR
Muita gente tem o péssimo hábito de deixar o computador de casa ou da empresa ligado ininterruptamente, às vezes fazendo downloads, às vezes simplesmente por comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utilizá-lo
e o monitor por até quinze minutos.

42. CONSIDERE TROCAR SEU MONITOR
O maior responsável pelo consumo de energia de um computador é o monitor. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo ? Doe a instituições como o Comitê para a Democratização da Informática.

43. NO ESCRITÓRIO, DESLIGUE O AR CONDICIONADO 
UMA HORA ANTES DO FINAL DO EXPEDIENTE
Num período de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diária, o que representa quase um mês de economia no final do ano.
Além disso, no final do expediente a temperatura começa a ser mais amena.

44. NÃO PERMITA QUE AS CRIANÇAS BRINQUEM COM ÁGUA
Banho de mangueira, guerrinha de balões de água e toda sorte de brincadeiras com água são sem dúvida divertidas, mas passam a equivocada idéia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação, as crianças. Não deixe que seus filhos brinquem com água, ensine a eles o valor desse bem tão precioso.

45. NO HOTEL, ECONOMIZE TOALHAS E LENÇOIS
Use o bom senso… Você realmente precisa de uma toalha nova todo dia? Em alguns hotéis o hóspede tem a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente, para economizar água e energia. Trocar uma vez a cada 2 dias já está de bom tamanho. Mesma coisa para os lençóis.

46. PARTICIPE DE AÇÕES VIRTUAIS
A Internet é uma arma poderosa na conscientização e mobilização das pessoas. Um exemplo é o site ClickÁrvore, que planta árvores com a ajuda dos internautas. Informe-se e aja!

47. INSTALE UMA VÁLVULA REGULÁVEL NA SUA DESCARGA
Já existem válvulas que regulam a quantidade de água liberada no seu vaso sanitário: mais quantidade para o número 2, menos para o número 1!

48. NÃO PEÇA COMIDA PARA VIAGEM
Se você já foi até o restaurante ou à lanchonete, que tal sentar um pouco e curtir sua comida ao invés de pedir para viagem? Assim você economiza as embalagens de plástico e isopor utilizadas.

49. REGUE AS PLANTAS À NOITE
Ao regar as plantas à noite ou de manhãzinha, você impede que a água se perca na evaporação e também evita choques térmicos
que podem agredir suas plantas.

50. VÁ DE ESCADA
Para subir até dois andares ou descer três, que tal ir de escada? Além de fazer exercício, você economiza energia elétrica dos elevadores.

Humanidade sustentável

Desenvolvimento sustentável significa alcançar um crescimento económico que seja largamente partilhado e que proteja os recursos vitais da Terra. Com mais de mil milhões de pessoas a não beneficiarem do progresso económico e com o ambiente a sofrer danos terríveis da actividade humanas, a actual economia global não é sustentável. O desenvolvimento sustentável exige a mobilização de novas tecnologias baseadas em valores sociais comuns.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, colocou, correctamente, o desenvolvimento sustentável no topo da agenda global. Entrámos num período perigoso em que uma população crescente, em conjunto com um rápido crescimento económico, ameaça ter um impacto catastrófico no clima, biodiversidade e oferta de água potável da Terra. Os cientistas classificam este período como Antropoceno – em que os seres humanos se tornaram a principal causa das alterações físicas e biológicas da Terra.

O Painel de Sustentabilidade Global (GPS, sigla original) das Nações Unidas emitiu um novo relatório em que define um enquadramento para o desenvolvimento sustentável. O GPS sublinha que o desenvolvimento sustentável tem três pilares: acabar com a pobreza extrema, garantir que a prosperidade é partilhada por todos, incluindo as mulheres, jovens e minorias, e proteger o ambiente. Estes são os pilares económicos, sociais e ambientais do desenvolvimento sustentável, ou de forma mais simples, as bases do desenvolvimento sustentável.

O GPS apelou aos líderes mundiais para adoptarem um novo conjunto de Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (SDG, sigla original), que vão ajudar a criar as políticas e as acções globais após 2015 – ano limite para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDG, sigla original). Enquanto os MDG se focam na redução da pobreza extrema, os SDG irão focar-se nos três pilares do desenvolvimento sustentável: acabar com a pobreza extrema, partilhar os benefícios do desenvolvimento económico com toda a sociedade e proteger a Terra.

Como é óbvio, uma coisa é definir os SDG e outra, bem diferente, é alcançá-los. O problema é evidente quando olhamos para um dos principais desafios: as alterações climáticas. Actualmente, há sete mil milhões de pessoas no Planeta e cada uma é responsável, em média, anualmente, pelo lançamento de mais de quatro toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera. Este dióxido de carbono é emitido quando queimamos carvão, petróleo e gás para produzir electricidade, conduzir os nossos carros e aquecer as nossas casas. No total, os seres humanos emitem cerca de 30 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano para a atmosfera, montante suficiente para mudar, drasticamente, o clima no espaço de algumas décadas.

Em 2050, a população mundial deverá aumentar para nove mil milhões de pessoas. Se estas pessoas foram mais ricas do que as actuais (utilizando assim mais energia por pessoa), o total de emissões globais podem duplicar ou mesmo triplicar. Este é o grande dilema: precisamos de emitir menos dióxido de carbono mas a tendência é para que se emitam muito mais.

Devemos preocupar-nos com este cenário: manter a tendência de aumento das emissões globais causará, certamente, estragos e sofrimento a milhões de pessoas à medida que são atingidas por secas, ondas de calor ou furacões. Nos últimos anos já presenciamos diversas fomes devastadoras, cheias e outros desastres relacionados com o clima.

Assim, será possível que as pessoas (em especial as mais pobres) beneficiem de mais electricidade e mais acesso a meios de transporte modernos e, ao mesmo tempo, consigam salvar – e não destruir – o planeta? A verdade é que não é possível – a não ser que melhoremos drasticamente a tecnologia.

Precisamos de usar a energia de forma muito mais inteligente, mudando dos combustíveis fósseis para fontes de energia de baixo carbono. Esta melhoria é, certamente, possível e economicamente realista.

Consideremos, por exemplo, a ineficiência energética de um automóvel. Na verdade, movemos mil a dois mil quilos de maquinaria para transportar uma ou poucas pessoas, pesando cada uma cerca de 75 quilos. E fazemo-lo usando um motor de combustão interna que utiliza apenas uma pequena parte da energia libertada pela queima de gasolina. A maior parte da energia perde-se como calor residual.

Poderíamos obter grandes reduções das emissões de CO2 mudando para veículos pequenos e leves, movidos por motores eléctricos altamente eficientes e alimentados por fontes de energia de baixo carbono, como a energia solar. Ao utilizar veículos eléctricos, seriamos capazes de usar as últimas tecnologias de informação para os tornar mais inteligentes – suficientemente inteligentes para conduzirem sozinhos utilizando sistemas avançados de processamento de dados e posicionamento.

Os benefícios das tecnologias de informação e comunicação podem encontrar-se em todas as áreas da actividade humana: melhor produção agrícola através da utilização de GPS e microdifusão de fertilizantes; produção mais precisa; edifícios que sabem economizar o uso de energia e, como é óbvio, o poder transformador e aproximador da Internet. A banda larga móvel já liga até as aldeias mais remotas de África e da Índia, reduzindo, significativamente, a necessidade de viajar.

Hoje, as operações bancárias são feitas por telefone, tal como uma variedade crescente de diagnósticos médicos. Os livros electrónicos são transmitidos directamente para os tablets, sem necessidade de livrarias, viagens, e pasta e papel dos livros físicos. A educação online também está a crescer e, muito em breve, irá permitir que em qualquer ponto do planeta, os estudantes recebam instrução, com um custo marginal quase nulo por cada novo estudante.

Ainda assim, o passo para um desenvolvimento sustentável não passa apenas pela tecnologia. Será também uma questão de incentivos de mercado, regulação governamental e apoio público à pesquisa e desenvolvimento. Mas, mais importante do que mudar as políticas e a governação, será mudar os valores. Devemos entender o nosso destino comum e adoptar o desenvolvimento sustentável como um compromisso comum para a decência de todos os seres humanos de hoje e do futuro.


Fonte:

Jeffrey D. Sachs
Jornal de Negócios 
27/02/2012

Empresa diz ter criado primeira bike urbana “inteligente”

As bicicletas elétricas estão, pouco a pouco, ganhando adeptos pelo mundo. De olho nesse mercado, que cresce à “rodas” largas especialmente na China, a empresa holandesa especializada em magrelas Vanmoof diz ter criado a primeira bike elétrica “inteligente” para uso na cidade.

No visual, o modelo chamado de Vanmoof 10 Electrified segue um design minimalista, todo em aço e de cores neutras. Agora, em termos de desempenho, a bike mostra a que veio.
Ela combina sensores inteligentes, um computador de bordo, GPS, e um sistema elétrico auxiliar capaz de aumentar a entrega de energia para os pedais em 80%. Segundo a empresa, tudo isso combinado deixa a bike “esperta” para o ciclista urbano.

A bicicleta é acionada por um motor elétrico sobre o cubo da frente, que tem um alcance de 30 km a 60 km, dependendo das condições de condução. De acordo com a Vanmoof, são necessárias apenas três horas para a recarga completa das baterias.

Além de ajudar o ciclista nos seus deslocamentos pela cidade, o sistema de rastreamento GPS ajuda a localizar a magrela em caso de roubo. Claro que com qualidades assim, ela não sai barato.

A primeira leva de pré-produção com 200 bicicletas já foi toda vendida – cada uma ao custo de US$ 2598. Em breve a empresa deve abrir uma nova chamada para pré-encomendas, mas que só deverão ser entregues em 2014. Confira o vídeo promocional da bike.

Veja o vídeo:

http://vimeo.com/67448016

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
19/08/2013

Rio-2016 lança programa de sustentabilidade

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos lançou nesta segunda-feira o seu Plano de Gestão da Sustentabilidade dos Jogos do Rio/2016. O programa, elaborado de forma conjunta pelas esferas federal, estadual e municipal de poder, estabelece os fundamentos relativos à sustentabilidade no planejamento e também durante os Jogos.

"Nosso objetivo é integrar a sustentabilidade a todo processo de organização, reduzindo o impacto dos Jogos e deixando um exemplo de boas práticas para toda a sociedade", afirmou o presidente do Rio/2016, Carlos Nuzman.
O Plano de Gestão da Sustentabilidade firmou cooperação técnica com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que prevê, entre outras atividades, uma avaliação do plano e a mediação do diálogo entre o Rio/2016 e a sociedade civil sobre sustentabilidade.

O programa de sustentabilidade terá uma submarca, a "Abraça Rio 2016", que será utilizada em todas a comunicação dos Jogos que estiver relacionada ao tema. A submarca leva a cor azul e é inspirada na identidade visual Rio 2016, com o objetivo de promover comportamentos responsáveis.

Fonte:

Estadão
19/08/2013

Por bike e gente, cidade reduz limite de velocidade a 30km/h

Edimburgo está empenhada em mudar a forma como sua população se desloca no dia-a-dia. A cidade escocesa acaba de anunciar que vai reduzir o limite de velocidade de 50km/h para 30km/h (ou 20MPH) de todas as suas ruas residenciais e das vias próximas a shoppings e supermercados.

Com carros menos apressados, a cidade espera estimular o uso de bicicletas e garantir um ir e vir mais tranquilo aos pedestres. O centro da cidade também será uma zona com limite reduzido, como parte de um esforço de distribuição mais igualitária do espaço urbano.
O plano inovador, que foi testado com sucesso no bairro de Marchmont, está sendo bem recebido pelos ciclistas e também pelo setor automobilistico, em meio às evidências de que a redução da velocidade diminui as estatísticas de acidentes e mortes nas estradas, relata o jornal Edinburgh News.

Por todo o Reino Unido, cresce a campanha por ruas mais seguras para pessoas. Na liderança desses apelos, está o grupo 20’ Plenty for Us. Em um vídeo, o coordenador do movimento, Rod King, fala de como a mudança pode significar a diferença entre viver e morrer em decorrência de um acidente.

“Vários estudos indicam que uma pessoa atingida por um carro a 50km/h tem 15% de chance de sobreviver. Ao passo, que se atingida por um em veículo a 30k/h, suas chances pulam para 95%”, explica.

Veja o vídeo:

http://vimeo.com/14549963

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
23/08/2013

Concer e Ibama terão que explicar obra de túnel ao Ministério Público

Foto: Alexandre Carius

















A Concer e o Ibama terão que dar informações precisas sobre a construção do túnel de cinco quilômetros que passará sobre o principal aquífero de Petrópolis. Os esclarecimentos, que devem ser feitos na primeira quinzena de setembro, foram solicitados pelo Ministério Público Federal. O reservatório natural de água foi citado em apenas uma linha do relatório de impacto ambiental feito por uma empresa contratada pela concessionária que administra a BR-040. O documento foi entregue ao Ibama e a obra foi aprovada pelo Departamento de Licenciamento Ambiental (Dilic), mesmo sem a apresentação de um estudo específico sobre o recurso que corre o risco de ser contaminado. O órgão não comenta o assunto.
Mesmo diante das dúvidas sobre os prejuízos que a ação pode causar ao aquífero, ontem as intervenções no bairro Duarte da Silveira, onde será construído o túnel, receberam reforços. Até o fim da tarde, aproximadamente 80 trabalhadores seriam deslocados da Raiz da Serra, ponto de início da obra, para o local onde será a nova entrada da cidade, na altura da Rua Luiz Winter, em frente à casa de nº 710. O inquérito que deverá investigar o caso foi aberto no MP Federal pela procuradora da República Vanessa Seguezzi. Apesar da grande movimentação na região, os moradores ainda não têm informações sobre quais casas terão que ser demolidas. O abastecimento continua normal para as residências que utilizam a água da nascente que passa ao lado do trecho desmatado e que teria origem no aquífero. 

Redação Tribuna
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Churrasqueira assa alimentos com energia solar

Olhando rápido, dá até para confundir com uma escultura de ferro em forma de flor. Mas a SolSource é uma churrasqueira movida a energia solar, só que no lugar de painéis, ela utiliza um conjunto de espelhos. Além de dispensar carvão, funcionando inteiramente com ajuda do sol, a churrasqueira não gera toda aquela fumaça dos aparelhos convencionais, poupando o usuário de limpar a sujeira depois.

Portátil, a SolSource foi desenvolvida pelos designers Scot Frank e Catlin Powers, do OneEarthDesigns, quando eles trabalhavam nas montanhas do Himalaia.
Ao notarem que as comunidades locais enfrentavam dificuldades na hora de cozinhar – soluções comuns, como fornos a lenha ou a óleo se revelavam uma fonte de poluição interna nas casas, além de se tornarem escassas – eles criaram uma dúzia de protótipos de churrasqueiras solares e as doaram para o povo local.

Com o sucesso da empreitada, decidiram lançar uma campanha no site de financiamento coletivo Kickstarter para viabilizar comercialmente o projeto. A investida funcionou e, ao final da campanha, eles arrecadaram mais de 140 mil dólares, mais que o triplo da meta estabelecida.

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
12/08/2013

Brasil recebe apoio inglês para agricultura sustentável

Com o objetivo de reduzir a emissão de carbono, além de recuperar e proteger florestas de áreas rurais nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, o governo federal lançou hoje (14) o Projeto Agricultura Sustentável para o Desenvolvimento Rural, que vai beneficiar diretamente mais de 3.700 produtores rurais de 70 municípios brasileiros em sete estados: Mato Grosso, Pará, Rondônia, Bahia, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
A iniciativa é uma cooperação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o Ministério do Meio Ambiente, da Alimentação e dos Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido, além de apoio do Fundo Internacional para o Clima, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), responsável gestão e implementação técnica.
O lançamento ocorreu no auditório da Embrapa, com a presença do embaixador inglês, Alex Ellis, e da representante do BID, Daniela Carrera Marquis. De acordo com o Mapa, a Inglaterra vai investir R$ 80 milhões a fundo perdido (o recurso não precisará ser devolvido) no projeto.

Segundo o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, a iniciativa visa à adoção ampla pelos produtores rurais brasileiros de tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono, para que recuperem o potencial produtivo de áreas agrícolas degradadas e possam restaurar áreas de manutenção legal de vegetação nativa.

O ministro destacou que recuperar áreas degradas é uma preocupação do governo, assim como reduzir a emissão de carbono no ar. “O produtor rural é o grande beneficiado com isso, pois terá água para cultivar sua produção. Ao mesmo tempo, o consumidor também tem benefícios quando oferecemos produtos de boa qualidade a preços mais baixos”.

Antônio Andrade ressaltou que a agricultura brasileira está sempre crescendo e apresentando resultados importantes para a balança comercial, com as exportações atingindo mais de US$ 49 bilhões no primeiro semestre deste ano, Ele ressaltou também que a atual safra brasileira deverá chegar a 186 milhões de toneladas, com a expectativa de que, em 2013/2014, alcance 190 milhões de toneladas.

O Projeto Agricultura Sustentável para o Desenvolvimento Rural tem como principais objetivos aumentar a sustentabilidade da produção agrícola preservando o meio ambiente; reduzir a pressão para desmatamento de novas áreas; diminuir a emissão de gases do efeito estufa; aumentar os estoques de carbono; e conservar a biodiversidade e melhorar a renda no meio rural.

Para o embaixador do Reino Unido, Alex Ellis, o Brasil é uma grande potência, que atinge todo o mundo com a sua agricultura. “A nossa relação é de parceria. Já trabalhamos com a Embrapa em outras ocasiões e ela tem muito a nos ensinar. O país reduziu o desmatamento em 80% e isso mostra a competência da gestão brasileira”, ressaltou.

Os editais de seleção das unidades demonstrativas devem sair dentro de seis meses, e os produtores vão receber financiamentos para custear os serviços ambientais e a implantação das unidades.

Fonte:

Jorge Wamburg
Agência Brasil
14/08/2013

Vaga de carro vira zona de convivência em SP

Nesta vaga havia um carro, mas agora não há mais. E quem chega perto se espanta com o que encontra no lugar – uma área para encostar a bicicleta, tomar uma banho de sol, ou ainda relaxar entre uma pausa e outra no expediente. Bem-vindo à Zona Verde, a versão paulistana do projeto conhecido como "parklet", tendência mundial que transforma vagas de carro em zonas de convivência.

Numa primeira etapa, o Zona Verde vai ocupar, de hoje até domingo (18), duas vagas do estacionamento rotativo pago Zona Azul, uma na Rua Maria Antônia, no bairro da Consolação (cima) e outra na Rua Amauri, no Itaim Bimbi, como parte do projeto Design Weekend (DW!).
O mobiliário é composto por peças de madeira e de concreto em estrutura modular, que criam floreiras e bancos. A coluna vertebral da empreitada é a ideia de recuperar o espaço público para o uso coletivo e tornar ruas e bairros mais humanos e amigáveis.

“São Paulo não é uma cidade para pessoas, é uma cidade para carros. Isso precisa mudar. E o primeiro passo é atacar a questão da mobilidade”, diz Lincoln Paiva, presidente do Instituto Mobilidade Verde. “Uma cidade boa para pessoas tem que criar meios para que possamos nos deslocar a pé, com facilidade e com prazer. O simples ato de sair de casa até o ponto de ônibus pode ser um martírio aqui”, critica.

Além do Instituto Mobilidade Verde, participam do projeto o grupo Design Ok, o Gentilezas Urbanas do Secovi-SP e os escritórios de arquitetura Zoom e H2C.

Com o Zona Verde, os organizadores pretendem criar um canal de diálogo com a sociedade, para debater questões ligadas à ocupação do espaço. Para atrair a sociedade para o debate, foi criado um site onde as pessoas podem contribuir com propostas. Esta é apenas uma prévia do que vem por aí.

Os desafios de se ocupar uma vaga

Numa segunda etapa, novas Zonas Verdes deverão ser instaladas pela cidade durante a 10º Bienal de Arquitetura, que começa em outubro. Com essas investidas, o projeto pretende se tornar parte da realidade da cidade, ainda que com intervenções temporárias, em dias específicos da semana.

O desafio maior será ganhar status permanente. Só para realizar as duas instalações durante o Design Weekend, foram necessários mais de seis meses de negociações com as autoridades públicas. Embora não tenham encontrado muitas resistências no caminho, os organizadores apontam a burocracia e os impedimentos legais como principais entraves. Pela lei paulistana, a Zona Azul só pode ser ocupada por carros.

Em São Francisco, nos EUA, berço do movimento do parklet, as vagas poderiam ser ocupadas com outros fins desde que se pagasse pelo tempo de ocupação do espaço. Por aqui, a abordagem da Zona Verde é mexer mais fundo na estrutura e questionar a própria gestão do espaço público. Estimular mudanças na lei faz parte disso.

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
15/08/2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Constantes engarrafamentos em Itaipava continuam irritando moradores e motorista

 

















O trânsito lento tem sido um problema enfrentado com frequência pelos motoristas. Em alguns trechos onde, segundo os condutores, esse tipo de situação ocorria apenas nos fins de semana e nos horários de pico, como entre 18h e 19h30, passou a ser diário. O distrito de Itaipava tem sido apontado como uma dessas áreas, principalmente próximo ao Trevo de Bonsucesso e em dois outros pontos da Estrada União e Indústria – em frente ao Hortomercado Jornalista José Carneiro Dias e perto da entrada para a Estrada de Teresópolis.
Ontem, mesmo entre 15h e 16h, o trânsito era lento nesses pontos. Os motoristas profissionais são um dos que mais sofrem com esse problema por acabarem tendo prejuízo e maior desgaste do veículo e também do próprio motorista por causa do estresse.
- Você pode ver que hoje ainda está cedo e já tem trânsito. Agora pode chegar aqui em qualquer horário que é isso aí, tudo lento. Hoje uma corrida de 20 minutos, leva uma hora por causa do trânsito, que está péssimo – disse o taxista Carlos Augusto.
- Todo dia e toda hora tem trânsito agora. É claro que às seis horas é o pior horário. Largo esse horário e levo um tempão para chegar à minha casa na Estrada de Teresópolis porque fico parado em vários lugares, daqui até chegar lá – declarou o taxista Gil Gonçalves.
Quem passa todos os dias pela região acredita que é necessário um projeto amplo para dar fluidez ao trânsito.
- Esse quebra-mola é um problema porque toda hora que alguém vai atravessar o trânsito para. Tinham que fazer uma passarela, montar um esquema maior para melhorar isso aqui – destacou Augusto.
- Já passou da hora de fazerem uma ponte da Vila Epitácio até Itaipava, ou ainda um viaduto porque tem muita gente que só passa por aqui para seguir para outros trechos. Desafogaria o trânsito – afirmou Gil.
A CPTrans informa que recentemente realizou algumas intervenções em Itaipava. Foram elas: revitalização da sinalização viária entre o trevo de Bonsucesso e o Bramil; implantação de bloqueio próximo à ponte de Bonsucesso, evitando as conversões à esquerda; implantação de sinalização regulamentar no acesso à Estrada do Catobira; e reinstalação de sinalização vertical entre o hortomercado e o trevo de acesso à Estrada de Teresópolis. Uma proposta de melhoria geométrica na interseção com a estrada de Teresópolis foi desenvolvida pelo departamento de projetos da CPTrans e encaminhada à secretaria de Obras para execução.
Além disso, no fim do mês de junho a CPTrans realizou um estudo nos tacógrafos de todos os coletivos que fazem a linha 700, onde foi constatada a redução de 20% no tempo de viagem entre o Terminal de Itaipava e o Centro.
- A pesquisa foi um indicador muito preciso de como as mudanças na região de Bonsucesso impactaram no trânsito e principalmente no percurso do transporte coletivo. Trata-se de uma linha que transporta cerca de dois mil usuários por hora, nos horários de pico, os quais foram beneficiados com a redução no tempo de viagem - comemorou o presidente da CPTrans, Gilmar de Oliveira.
A pesquisa foi realizada de segunda a sexta-feira durante todo o dia. O tempo médio de percurso passou de 2 horas e 9 minutos para 1 hora e 41 minutos. A velocidade média dos veículos passou de 18,7 km/h para 24,07 km/h. Uma nova pesquisa deve ser realizada no fim deste mês.

Petrópolis amanhece sem coleta de lixo

Os 60 funcionários que deveriam trabalhar nesta segunda ficaram parados (Foto: Maria Valente/Intertv)
Na manhã desta segunda-feira os funcionários da Locar, empresa que faz coleta de lixo em Petrópolis, começaram uma greve, e 14 caminhões de lixo não saíram da garagem. Um grupo de aproximadamente 60 funcionários, formados por motoristas e coletores está concentrado em frente à sede da empresa, desde às 7h. De acordo com o grupo, eles estão reivindicando melhores condições de trabalho, cesta básica melhor, aumento no pagamento da insalubridade que hoje é de apenas 20%.

De acordo com os funcionários, eles chegam a fazer cerca de 40 horas extras, mas recebe, apenas, menos da metade. O restante, de acordo com os trabalhadores, é pago em folgas. O grupo quer a garantia de que o acordo feito em fevereiro, quando houve uma paralisação, seja cumprido. Na época, a empresa garantiu o pagamento de pelo menos 35 horas extras por mês, o que foi feito durante dois meses.

O presidente da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (COMDEP), Hélio Dias foi até o local conversar com os trabalhadores. Ele informou que as reivindicações são de questão administrativa e que pode ser negociado e  garantiu que a coleta será feita ainda nesta segunda.

Entulho é problema por toda a cidade

Foto: Marco Oddone
O serviço de Disque-Entulho não funciona mais em Petrópolis, mas os moradores continuam despejando sacos pelas ruas, o que vem acarretando problemas na cidade. Nos quatro cantos é possível ver o problema. Ontem a Tribuna flagrou a irregularidade no Campo do Serrano. A multa para quem despeja esse material na rua pode chegar a R$ 800, e a prefeitura pede que os moradores denunciem quem comete esta infração. Em audiência na Câmara Municipal na última terça-feira, os vereadores confirmaram a necessidade de discutir soluções para o problema gerado pelo descarte ilegal. De acordo com o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), Hélio Dias, a prefeitura estuda um novo formato para retomar o programa de coleta desse tipo de material.

O projeto do Disque Entulho recebia a solicitação dos moradores e agendava a retirada do material devidamente ensacado, não podendo ultrapassar 20 unidades. A coleta era de entulho, lixo verde e bens inutilizáveis como eletrodomésticos e móveis velhos. De acordo com o atual presidente da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), não há máquinas nem mão de obra suficiente na cidade para o serviço continuar sendo realizado.

Redação Tribuna
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Comissão das Chuvas faz reunião hoje na Câmara

A comissão especial para apurar possíveis conflitos, omissões e divergências nas ações desempenhadas pelos órgãos federais, estaduais e municipais frente à tragédia de janeiro de 2011 volta a se reunir na tarde de hoje, às 13h30, na Sala das Comissões da Câmara Municipal de Petrópolis, quando vai tratar, entre outros assuntos, da visita feita na semana passada ao Vale do Cuiabá. A comissão é presidida pelo vereador Silmar Fortes (PMDB) e conta com a participação de representantes de vários órgãos, como Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria Municipal de Defesa Civil e outras instituições.
Na última reunião, um dos assuntos foi o apoio que a cidade vai receber do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para ações de prevenção de desastres. O secretário de Defesa Civil, Rafael Simão, disse que o Cemaden ajudará Petrópolis com a doação de 54 pluviômetros e algumas estações robotizadas, para a verificação de movimentação de encostas.

Petrópolis entre as seis piores em conectividade

Foto: Alexandre Carius
Um estudo realizado em 2011 pela empresa Pando Netwoks (especializada na distribuição de jogos, vídeos e softwares em ambiente de nuvem) coloca o Brasil apenas na 163ª posição no ranking de downloads. A taxa de transferência de dados no país alcança média de 105kbps, enquanto a média global é de 508kbps. Para piorar, das dez cidades com a conexão mais lenta do mundo, seis são brasileiras. Entre elas está Petrópolis, que na avaliação da pesquisa apresentou taxas de apenas 65kbps. Com uma internet tão ruim, a pergunta que fica é como a cidade pretende avançar em áreas como turismo e na atração de empresas, que cada vez mais dependem de uma internet de qualidade?
O estudante Juliano Souza, que mora no distrito de Cascatinha, conta com o serviço de internet banda larga oferecido pela empresa de telefonia Oi, a Velox, uma das poucas opções do serviço oferecidas na cidade. Há três anos, ele contratou o serviço e no mesmo período vem solicitando o aumento da velocidade, o que não vem sendo oferecido pela operadora. “Eu pagava cerca de R$ 100 em 1mb de internet, enquanto no Rio de janeiro empresas como a Net e a própria Oi já ofereciam uma velocidade dez vezes maior, por R$ 30. O preço caiu, felizmente, hoje pago R$ 30 pelo mesmo serviço. Mas, sempre que solicito aumento da velocidade, eles alegam que não tem disponibilidade para minha região. Há três anos a desculpa é a mesma”, cobra.
Se consumidor comum é prejudicado com o serviço ruim oferecido pelas prestadoras de serviço de internet, a situação é mais grave nas pousadas e hotéis, que necessitam de bandas de internet maiores. A empresária Marina Maciel, proprietária da pousada Paraíso Açu, localizada no bairro Pinheiral, informa que uma das primeiras perguntas feitas pelas pessoas que desejam se hospedar no estabelecimento se refere à disponibilidade da conexão à internet e que já perdeu hóspedes por causa da falta de uma internet de qualidade. “Eu uso o serviço de internet a rádio. Já tentei a Velox diversas vezes e eles alegam que não há disponibilidade para cá, porque a rede é antiga. Já perdi hóspedes, grupos de empresários e famílias em que o pai precisava trabalhar durante o passeio e dependia da internet, pessoas que se hospedaram e foram embora por falta de internet”, relata.
Para o presidente do Petrópolis Convention & Visitors Bureau (PCVB), Bruno Wanderlei, o crescimento da cidade como polo turístico hoje depende do oferecimento de uma internet de qualidade. “Hoje pagamos mais caro por um serviço muito ruim. Nos grandes centros, como o Rio de Janeiro, a internet é muito mais rápida e o preço muito mais baixo. Aqui, quanto mais afastado do Centro, maiores são os problemas. Além da internet ser ruim, muitas vezes, quando o serviço é interrompido, o restabelecimento do sinal demora demais. Um hotel hoje não pode deixar de oferecer um serviço de internet gratuito, porque as pessoas estão cada vez mais conectadas, com seus celulares, tablets e computadores. Do empresário à criança.Além disso, serviços de geração de nota fiscal eletrônica e Assist hospedagem on-line dependem de uma internet rápida”, afirma. 
Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia, Airton Coelho, dois motivos principais justificam a cidade ainda possuir uma das piores serviços de internet do país: a falta de concorrência entre empresas que prestam o serviço e a infraestrutura de cabeamento telefônico ultrapassada. “Hoje, temos o esforço das prestadoras de serviço focado no primeiro distrito, onde a população é maior. Quando você se distancia do Centro Histórico, a situação fica muito ruim. Isso acontece porque não há praticamente concorrência e pouquíssimo investimento por parte das empresas no desenvolvimento da rede, que é muito antiga”, afirma o secretário, que aponta ainda o terreno acidentado e as tempestades elétricas como fatores agravantes do problema. “As tempestades danificam aparelhos freqüentemente e o relevo da cidade dificulta difusão de internet a rádio, por exemplo”. 
A solução para o grave problema deve vir em breve, afirma o secretário, que adianta que já está em andamento a concessão de serviço a mais empresas de internet banda larga. “Estamos negociando com mais duas empresas. É provável que até o fim do ano já tenhamos alguma novidade boa”, garante o secretário, que afirma que, aumentando a concorrência, a cidade terá pelo menos dois benefícios diretos: “melhor oferta de serviços e preços mais justos”.

Praças voltarão a contar com wi fi gratuito em setembro 
Ainda de acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia, em setembro, “de cinco a oito” praças da cidade voltarão a contar com o serviço de internet banda larga gratuita via wi fi. “As praças dos Expedicionários, Dom Pedro II e da Liberdade estão entre os pontos que receberão o serviço. Durante a Bauernfest e o evento ligado à Jornada Mundial da Juventude, que foi realizado no Parque Municipal em Itaipava, fizemos testes. Na Bauern, foram mais de três mil pessoas atendidas, enquanto em Itaipava cobrimos o parque todo ”, adianta. 

Rede de alta velocidade vai integrar universidades 

Segundo Coelho, as universidades, a prefeitura e os principais pontos turísticos da cidade devem ser integrados, em breve, em um link de internet com velocidade superior à 1gbps. “Uma rede de quase 20 quilômetros de cabo de fibra ótica foi instalada para integrar o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), o Centro Federal de Tecnologia (Cefet), a Fundação Fiocruz, o Museu Imperial e a Prefeitura. O serviço deve começar a funcionar em breve”, explica.


VINÍCIUS FERREIRA 
Redação Tribuna
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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Selo do Inmetro atesta eficiência energética dos prédios

O prédio onde você trabalha ou o edifício em que fica instalada a prefeitura da sua cidade gastam energia demais? Não sabe dizer? Para orientar a população a respeito do consumo de eletricidade em edificações públicas e comerciais, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) lança selo para atestar a eficiência energética dos prédios.

Prevista na Portaria nº 299 do Instituto, a nova norma cria, para todo o Brasil, um Regulamento Técnico de Qualidade (RTQ) que avalia o consumo de eletricidade dos empreendimentos interessados, nos mesmos moldes em que já é feita a análise da eficiência energética dos eletrodomésticos brasileiros - do nível "E", para menos eficientes, ao nível "A", para mais eficientes.
De acordo com o Inmetro, a avaliação do grau de eficiência dos edifícios leva em conta três categorias:

- Envoltória, que analisa, entre outros aspectos, tamanho e dimensão das janelas e os tipos de vidro escolhidos;
- Iluminação, que avalia, por exemplo, a intensidade de luz natural no prédio e o desligamento automático do sistema de iluminação e
- Ar Condicionado, que considera o nível de eficiência do aparelho e o tempo de uso, entre outros aspectos.

Apesar de não ser obrigatório, alguns prédios já demonstraram interesse pelo selo e estão em fase de etiquetação. Entre eles, a Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça, em Santa Catarina, e a Escola Bairro Luz, em São Paulo. As edificações interessadas em obter o selo de eficiência energética devem entrar em contato com o Inmetro.

Fonte:

Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável
30/07/2013