sábado, 17 de abril de 2010

Indenizações ficaram para uma próxima reunião

Durante os últimos cinco meses, foram registrados cerca de 10 apagões em diferentes pontos de Petrópolis, levando ao prejuízo grande parte dos 150 mil usuários da Ampla. Com o objetivo de traçar um plano de trabalho para harmonizar a rede com o meio ambiente, como arborização urbana e poda técnica, buscar parceria com a Comdep e associações, orientação da população sobre os pedidos de ressarcimento e divulgação do andamento do trabalho para a imprensa, foi feita uma reunião na sede da concessionária, na Rua Fonseca Ramos, durante a manhã de ontem. Entretanto, apenas 15 representantes da Ampla, do Instituto de Defesa do Consumidor (Indecon) e da Comissão da Câmara dos Vereadores, que vão fiscalizar o serviço do fornecimento de energia na cidade, puderam participar. Como resultado final, o encontro serviu apenas para marcar uma nova reunião no próximo dia 18 de maio, quando a Ampla deve definir ainda onde serão investidos os R$ 15 milhões na região.
Assim, para o vereador Wagner Silva o resultado foi positivo e esclarecedor. “A Ampla foi transparente quanto aos problemas e o plano de trabalho que pretende desenvolver. Marcamos uma nova reunião em maio para que tudo fique definido concretamente e seja dado o início efetivo ao trabalho”, disse Wagner.
Segundo o presidente do Indecon, Márcio Tesch, o encontro foi satisfatório também para o ponto de vista do consumidor, já que a empresa trará na própria conta de luz o procedimento para ressarcimento em caso de danos materiais. “A Ampla não vai se negar a indenizar ninguém que tenha tido algum prejuízo material, basta provar que teve algum aparelho queimado por conta do apagão. Deve levar um laudo técnico anexo à conta de luz em uma das lojas do Centro ou Itaipava, ou pelo telefone 0800 28 00 120. Outro ganho será um setor específico de atendimento destes casos na sede da Ampla, na Rua Aureliano Coutinho, no Centro. Acredito que o serviço vai agilizar o serviço. Mais um benefício será o aumento das equipes emergenciais, para que o problema seja solucionado mais rápido”, explicou.
Porém, para quem teve prejuízos, como comércios e as pousadas de Itaipava, a situação é ainda mais complicada. “De acordo com a regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Ampla é obrigada a indenizar apenas os consumidores com perda material ou de energia elétrica, que neste caso vem como desconto na próxima conta de luz. Já quem sofreu algum tipo de prejuízo como perda de clientes ou hóspedes, este deve ser provado judicialmente”, acrescentou Tesch.
Além das promessas da Ampla, que devem ser postas em plano de metas na próxima conglomeração, a previsão é de que até o final deste ano sejam renovadas todas as redes elétricas antigas, para evitar os problemas crônicos de queda de energia. “As principais causas dos últimos apagões em Petrópolis foram por efeitos climáticos como descargas elétricas, fortes chuvas e ventos e queda de árvores. Apesar de termos um plano preventivo, esses fatores foram muito mais intensos do que esperávamos. Estamos definindo um plano de metas para investir os 15 milhões e tentar solucionar estes problemas até o final deste ano”, afirmou o representante da distribuição norte da Ampla, Fábio Fonseca.
Também estiveram presentes na reunião o vereador Baninho, o advogado J. Rodrigues, coronel Saciloti e os representantes da Ampla: Sérgio Carvalho, responsável técnico da Região Serrana; Paulo César Gomes, ouvidor; e Aline Aguiar, advogada.

domingo, 11 de abril de 2010

Falta de luz permanece em 10 bairros

Apesar das promessas de solução dos problemas, petropolitanos de diversas comunidades estão convivendo esta semana com os constantes apagões e, ontem, por volta das 16h29, o 0800 da Ampla informava que, mais de 10 comunidades estavam sem energia elétrica. Entre as comunidades afetadas está o Contorno e a Rua Visconde Taunnay, no Castelo São Manoel, com comerciantes tendo prejuízos com produtos armazenados em freezer. Fátima Souza Macedo, moradora da rua no Castelo São Manoel, contou que esta semana por diversas vezes o abastecimento de energia elétrica ficou em uma fase e ontem pela manhã estavam sem energia. Ela, como outros moradores da localidade, reclamou da Ampla e pediu que as autoridades tomem providências, pois todos estão sendo prejudicados.
No Contorno, os moradores estão tomando as providências para acionar judicialmente a Ampla, pois alguns estão tendo dificuldades em manter, inclusive, medicamentos. Um dos moradores contou que a mãe toma insulina e como a geladeira está desligada por falta de energia elétrica, parte do material armazenado já foi perdido. Os moradores esperam que o problema seja resolvido o mais rápido, mesmo assim, disseram que devido ao prejuízo vão procurar seus direitos na Justiça. De acordo com informações do 0800 da Ampla, algumas das comunidades sem energia eram: Rio da Cidade, Fazenda Ingleza, Moinho Preto, Bataillard, Vale Florido, Mata Cavalo e outras.
O problema, segundo a Ampla, seria causado pela chuva e que todas as medidas estavam sendo tomadas para retornar com o fornecimento de energia, no entanto, até o final da tarde de ontem, diversas localidades continuavam sem luz..

Vereador defende ação judicial contra apagões Ampla

Depois de participar dos movimentos que levaram aos processos movidos pela Câmara Municipal contra a Concer, por cobrança de tarifa de pedágio considerada abusiva e por não realizar obras que estaria obrigada por contrato, como a nova pista de subida da serra e a ligação Bingen-Quitandinha, e contra o município e as empresas de ônibus de Petrópolis, por causa dos maus serviços prestados, o vereador Wagner Silva (PPS) quer agora que a sociedade reaja contra os prejuízos que lhe são causados pela concessionária de energia elétrica Ampla.
“A cidade vem sofrendo há tempos com os constantes apagões e os comerciantes e empresários têm sofrido prejuízos. Sem energia fica impossível manter a qualidade dos produtos a serem comercializados ou receber valores com uso de cartão de débito ou crédito”, disse o vereador. Segundo ele, a audiência pública realizada na Câmara dos Vereadores, organizada pela Alerj a pedido do deputado Marcus Vinícius (PTB), foi um avanço, mas nada foi solucionado. “Todos têm tido prejuízos constantes e a empresa Ampla só sabe colocar a culpa na chuva ou no excesso de calor, sem assumir a sua responsabilidade de modernizar os sistemas e oferecer um serviço de qualidade, já que as pessoas pagam caro por ele, sempre vivendo de promessas”, acrescenta Wagner.
O vereador diz que o problema merece a atenção do Ministério Público e da Justiça para que uma providência efetiva seja tomada ou para que sejam feitos ajustamentos de conduta, já que nas reuniões ocorridas até hoje nenhum tipo de documento foi formalizado entre as partes, ou seja, nenhum tipo de compromisso com a população foi assumido.
“Não é possível ficar vendo uma cidade inteira ser prejudicada por um serviço de primeira necessidade, imprescindível para a vida, o bem-estar e a segurança do ser humano”. O vereador cita como exemplos os açougues, padarias e supermercados, restaurantes e lanchonetes – que comercializam produtos que estragam se não permanecerem resfriados ou congelados e, além de ficarem impedidos de comercializar seus produtos, não tem como executar tarefas básicas (pessoas podem estar comprando produtos sem a devida proteção devido às constantes quedas de energia). Lojas, hotéis e pousadas – tem tido grandes prejuízos porque ficam impedidos de oferecer um serviço essencial: o pagamento com cartão (o Petrópolis Convention & Visitors Bureau analisa grandes perdas por conta deste problema, principalmente na região de Itaipava e Araras). Transmissões de Rádio, TV e TV a cabo – também contabilizam prejuízos porque os anunciantes reclamam da falta de propagandas no ar e os assinantes de TV a cabo buscam os descontos a que têm direito. Hospitais, Prontos Socorros, clínicas e Postos de Saúde – quando possuem geradores, o dano é menor, mas o contrário gera insatisfação, reclamação e mais prejuízos. Edifícios comerciais e Condomínios – não são raros os casos de pessoas com fobia de espaços pequenos (claustrofobia) e o elevador destes locais é uma constante ameaça à saúde das pessoas que trabalham, moram ou freqüentam estes locais.
Outro problema que esta empresa gera para o município é a falta de pagamento da Taxa de Uso do Solo dos postes da cidade e a morosidade com que trata do assunto: fios subterrâneos no Centro Histórico. Em Paraty, esta mesma empresa fez o serviço sem cobrar um centavo sequer. Já em Petrópolis a Ampla se recusa a realizar o serviço. Com a má prestação do serviço de energia a cidade toda perde, já que o turismo, uma de suas principais vocações, é o mais atingido. A propaganda negativa gerada por um acontecimento desta natureza acaba exigindo dos empresários e do governo grandes investimentos para ser revertida e por tudo o que ficou exposto. Por isso, mais uma vez o vereador Wagner Silva, PPS, diz que é preciso que a Justiça determine um ajustamento de conduta para que os serviços sejam modificados e a população não fique refém de uma prestadora que acredita não ser necessário ter um atendimento mais eficaz, já que seu Call Center está fora do município; de uma prestadora que acredita não haver problema algum em a população ou o comércio ficar horas sem o restabelecimento de energia.

Falta de manutenção causa mairia dos apagões que atingem 8 bairros

Na Vista Alegre, árvores pressionam a fiação elétrica. Problema foi agravado pela queda de uma torre de telefonia, que interditou a rua.
Resultado de falta de manutenção, de poda de árvores e da equipe insuficiente para atender os problemas da região ligada ao escritório da Ampla, em Petrópolis, pelo menos oito bairros de Petrópolis continuam sem o fornecimento de energia elétrica, desde o início da semana. Entre os lugares afetados pelo apagão estão as Comunidades do Grotão e Vista Alegre, em Araras; Comunidade do Neylor, no Retiro; Floresta; Bela Vista; Boa Vista; Corrêas; Estrada do Contorno – Km-81; Bairro da Glória; Pedro do Rio; e Estrada dos Eucaliptos, na Fazenda Inglesa, dentre outras. Muitos petropolitanos revoltados com a situação aproveitaram para criticar os serviços prestados pela concessionária Ampla. Este foi o caso da empregada doméstica Elisana Correa da Silva, residente no número 7.558 da Comunidade do Grotão.
“Estamos sem energia desde segunda-feira e temos a ideia de fechar a rua para protestar contra isso. Nós já ligamos várias vezes para eles, mas até agora ninguém fez nada, e eles alegam ainda que vão mandar um carro para reparar o defeito”, afirmou. A doméstica relata a situação da filha de uma das vizinhas, que necessita de medicamento conservado na geladeira. “Aqui tem uma criança de três anos que precisa de uma vacina, mas por causa da falta de luz ela não pode mais receber a dose, porque se der o líquido fora da temperatura é fatal. O pior é que subiram três veículos da Ampla e nada de resolver o caso, que é muito simples. São quatro chaves nos postes na rua, é só ligar”, explicou.
Na Comunidade Vista Alegre, em Araras, a Ampla tem a cumplicidade de uma empresa de telefonia. Uma torre tombou na rua e deixou os moradores sem energia elétrica e sem condução, porque a passagem ficou interditada.
A torre caiu na tarde de terça-feira, mas até ontem, segundo a moradora Priscila Aneslar, de 24 anos, ninguém havia aparecido para fazer a remoção do objeto. “Já ligamos para vários órgãos, inclusive para a operadora de celular, mas ninguém apareceu”, diz.
Elisana destaca ainda os outros prejuízos que os moradores da região estão tendo por conta da falta de energia elétrica. “Muitas pessoas estão esquentando a água e tomando banho de canequinha, e todo mundo já está colocando os alimentos dentro de um saco para jogar no carro da Ampla. Está tudo estragando”, disse. No Vale do Sossego, em Corrêas, a energia elétrica está em falta há três dias, e para a professora universitária Andrea de Almeida Lima a preocupação é redobrada devido ao estado de saúde do esposo dela. “Meu marido é deficiente físico, tem paralisia cerebral, por isso não posso deixá-lo sozinho à noite. Na verdade, tenho que trabalhar de noite, mas agora, sem luz, não há como ficar sem mim aqui”.
O médico Mário Alves informou que a companhia esteve no Vale do Sossego, mas não solucionou o caso. “Veio uma equipe, ficou três horas, tirou os galhos, colocou os fios no lugar e na hora em que foram ligar a energia disseram que o transformador estava com problema e não poderiam fazer nada. Daí, informaram que outra equipe seria enviada”. Já na Comunidade Vista Alegre, em Araras, o dedetizador José Carlos de Souza é outro consumidor prejudicado pela demora no retorno da energia elétrica, especialmente a filha de nove anos. “Ela precisa fazer nebulização em casa, mas está sendo obrigada a ficar na casa do vizinho porque na parte de cima, onde ele reside, tem luz”, contou.
Para o dedetizador, o problema na local se restringe apenas a um fio arrebentado e a Ampla é ineficiente no atendimento aos clientes. “Estamos sem luz há quatro dias e quando ligamos eles dizem que em meia hora vão mandar uma equipe, mas chega no fim não vem. Além disso, o alimento que eu comprei para a minha filha está todo estragado. A preocupação é com minha filha, que necessita de nebulização e não pode ir à escola porque fica sem tomar banho e por isso pretendo acionar a empresa na Justiça por tudo o que a gente está perdendo”, argumentou o morador da Rua Jorge Moura.


Acidente em Pedro do Rio
Os moradores da localidade de José Joaquim Rodrigues, mais conhecida como Paiolinho, em Pedro do Rio, estão há aproximadamente 72 horas sem o fornecimento de energia devido à queda de uma árvore na fiação elétrica e, apesar dos vários pedidos para o reparo, a Ampla não solucionou o caso. Eles falam que o carro de emergência está a caminho, mas quando eu liguei para a empresa setorizada prestadora de serviço da Ampla aqui na região, falei da necessidade de termos energia, mas não resolveu. A gente não sabe mais o que fazer”, lamentou a artesã Ana Maria Linhares.

JOSÉ ÂNGELO
Redação Tribuna

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Reciclagem

A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo descartado (matéria-prima secundária) em produto semelhante ao inicial ou outro.Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. A palavra reciclagem foi introduzida ao vocabulário internacional no final da década de 80, quando foi constatado que as fontes de petróleo e outras matérias-primas não renováveis estavam e estão se esgotando. Reciclar significa = Re (repetir) + Cycle (ciclo).

Para compreendermos a reciclagem, é importante "reciclarmos" o conceito que temos de lixo, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. O primeiro passo é perceber que o lixo é fonte de riqueza e que para ser reciclado deve ser separado. Ele pode ser separado de diversas maneiras, sendo a mais simples separar o lixo orgânico do inorgânico (lixo molhado/ lixo seco).


Na natureza nada se perde. Seres vivos chamados decompositores "comem" material sem vida ou em decomposição. Eles dividem a matéria para que ela possa ser reciclada e usada de novo. Esse é o chamado material biodegradável. Quando um animal morre, ele é reciclado pela natureza. Quando um material é dividido em pequenas peças, as bactérias e fungos, os mais importantes decompositores, já podem trabalhar.

A decomposição aeróbia é mais completa que a anaeróbia por gerar gás carbônico, vapor de água e os sais minerais, substâncias indispensáveis ao crescimento de todos os vegetais, o qual gera o húmus, ótimo adubo para o solo.

No processo anaeróbio, são gerados os gases (metano e sulfídrico), que causam um odor desagradável; a decomposição anaeróbia produz um líquido escuro denominado chorume (líquido com grande quantidade de poluentes) encontrado normalmente no fundo das latas de lixo. Este chorume é o principal causador da contaminação dos rios e do lençol freático.


A reciclagem traz os seguintes benefícios:

* Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar.
* Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população.
* Prolonga a vida útil de aterros sanitários.
* Melhora a produção de compostos orgânicos.
* Gera empregos para a população não qualificada.
* Gera receita com a comercialização dos recicláveis.
* Estimula a concorrência, uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados são comercializados em paralelo àqueles gerados a partir de matérias-primas virgens.
* Contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma consciência ecológica.

No Brasil, seria importante que as pequenas e médias empresas recicladoras tivessem apoio financeiro e tecnológico para melhorar suas tecnologias de reciclagem, pois assim estariam contribuindo na geração de empregos, na diminuição de lixo e na produção de produtos de melhor qualidade com tecnologia "limpa".

A grande solução para os resíduos sólidos é aquela que prevê a máxima redução da quantidade de resíduos na fonte geradora. Quando os resíduos não podem ser evitados, deverão ser reciclados por reutilização ou recuperação, de tal modo que seja o mínimo possível o que tenha como destino final os aterros sanitários.

A reciclagem surgiu como uma maneira de reintroduzir no sistema uma parte da matéria (e da energia), que se tornaria lixo. Assim desviados, os resíduos são coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de bens, os quais eram feitos anteriormente com matéria prima virgem. Dessa forma, os recursos naturais ficam menos comprometidos.



Economia Global Verde – O papel da avaliação de impactos


Mais de 600 experts de 75 países se reúnem hoje em Genébra para discutir os impactos sociais e ambientais da transição para uma “economia verde”

Os delegados da 30º Conferência Anual da Associação Internacional de Avaliação de Impactos (IAIA), organizada pela UNEP, segmento da ONU responsável pelo meio ambiente, irão discutir sobre 5 setores que foram identificados como as principais oportunidades de investimento verde. São eles: agricultura, indústria, turismo,cidades e transporte.

“Quando eles se encontraram em Bali há dois meses atrás, os ministros de meio ambiente de todo o mundo enfatizaram que todos os impactos referentes a políticas de economia sustentável devem ser avaliados, incluindo os aspectos ambientais, econômicos e sociais,” disse Achim Steiner,diretor executivo da UNEP.

“Profissionais envolvidos na avaliação de impactos consequentemente tem a importante tarefa de fornecer escolhas mais inteligentes e sustentáveis aos seus consumidores e clientes, incluindo o governo, empresas, autoridades locais e sociedade civil: escolhas que podem adequar os investimentos às necessidades locais, nacionais e regionais, enquanto se trabalha com redução de carbono, desenvolvimento de recursos eficientes, erradicação da pobreza e aumento dos níveis de empregamento descente,” Steiner acrescentou.

Um dos principais objetivos da conferência, que foi organizada pela primeira vez por uma agência da ONU, é apresentar as ferramentas e métodos que irão ajudar países a identificar e avaliar quais os tipos de investimento verde mais adequados a cada um.

E por falar em Genébra, Nick Taylor, Presidente da IAIA, disse que os delegados devem compartilhar suas idéias e percepções sobre como a avaliação de impactos pode remeter a uma faixa complexa de problemas globais.

“Um campo crescente do conhecimento, a avaliação de impactos pode identificar as ligações entre investimentos e o meio ambiente, saúde, criação de empregos, diversificação econômica e redução da pobreza. Este fórum veio em um momento no qual há amplo interesse no potencial das avaliações de impactos, então é vital que os experts troquem informações e contribuam para o crescimento do conhecimento,” disse Taylor.

terça-feira, 6 de abril de 2010

O que é Educação Ambiental?

O conceito de Educação Ambiental varia de interpretações, de acordo com cada contexto, conforme a influência e vivência de cada um.

Para muitos, a Educação Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos relacionados à natureza: lixo, preservação, paisagens naturais, animais, etc. Dentro deste enfoque, a Educação Ambiental assume um caráter basicamente naturalista.

Atualmente, a Educação Ambiental assume um caráter mais realista, embasado na busca de um equilíbrio entre o homem e o ambiente, com vista à construção de um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso (pensamento positivista). Neste contexto, a Educação Ambiental é ferramenta de educação para o desenvolvimento sustentável (apesar de polêmico o conceito de desenvolvimento sustentável, tendo em vista ser o próprio "desenvolvimento" o causador de tantos danos sócio-ambientais).

Ampliando a maneira de perceber a Educação Ambiental podemos dizer que se trata de uma prática de educação para a sustentabilidade. Para muitos especialistas, uma Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável é severamente criticada pela dicotomia existente entre "desenvolvimento e sustentabilidade".

Na tentativa de fazer uma análise sobre os conceitos desta prática, colocamos à disposição diferentes definições para a Educação Ambiental, a fim de perceber este conceito de forma mais abrangente e contextual. Para perceber a abrangência e o significado da Educação Ambiental é preciso uma forma de pensar mais complexa – da teoria moriniana. Só assim será possível a evolução deste conceito ao seu amplo significado.

A fim de colaborar para uma visão mais abrangente da Educação Ambiental, aqui são apresentadas algumas "definições". A fonte de pesquisa foi exclusivamente a Internet, e após cada definição está disponibilizada a autoria e o link correspondente. Que este trabalho possa colaborar para a construção e elaboração do conceito de Educação Ambiental.

Definições:

- Educação Ambiental foi definida como uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da Educação, orientada para a solução dos problemas concretos do meio ambiente, através de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade. I Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental - Tbilisi, Georgia (ex URSS).

Fonte: http://www.cprh.pe.gov.br/sec-educamb/secund-edamb.html

- A definição oficial de educação ambiental, do Ministério do Meio Ambiente: “Educação ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas ambientais presentes e futuros”.

Fonte:http://www.revistaeducacao.com.br/apresenta2.php?edicao=254&pag_id=239

- De acordo com o conceito de educação ambiental definido pela comissão interministerial na preparação da ECO-92 " A educação ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões sócio-econômica, política, cultural e histórica, não podendo se basear em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e estágios de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva histórica. Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação material e espiritual da sociedade, no presente e no futuro." ( in Leão & Silva,1995).

Fonte:http://www.cprh.pe.gov.br/sec-educamb/ctudo-edamb_art_documento.html

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educação Ambiental como um processo de formação e informação orientado para o desenvolvimento da consciência critica sobre as questões ambientais, e de atividades que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.

Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/multirio/cime/CE09/CE09_012.html

- A Lei Federal nº 9.795 define a Educação Ambiental como “o processo por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (art.1º, Lei Federal nº 9.795, de 27/4/99)

Fonte: http://www.aultimaarcadenoe.com.br/educatrata.htm

- Para a UNESCO “A educação ambiental é um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a determinação que os tornam capazes de agir, individual ou coletivamente, na busca de soluções para os problemas ambientais, presentes e futuros (UNESCO, 1987)”.

Fonte: http://www.mma.gov.br/port/sbf/dap/educamb.html

- Na conferência de Estocolmo em 1972 "A finalidade da educação ambiental é formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e problemas com ele relacionados, e que possua os conhecimentos, as capacidades, as atitudes, a motivação e o compromisso para colaborar individual e coletivamente na resolução de problemas atuais e na prevenção de problemas futuros" (UNESCO, 1976, p.2).

Fonte: http://www.terravista.pt/enseada/3185/educao.htm

- Stapp et alii (1969), definiu a Educação Ambiental como um processo que tem como objetivo a formação de cidadãos, cujos conhecimentos acerca do ambiente biofísico e seus problemas associados, possam alertá-los e habilitá-los a resolver seus problemas.

Fonte: http://www.dorvalm.hpg.ig.com.br/governo_e_politica/72/index_int_3.html

- Mellowes (1972), define que Educação Ambiental seria um processo no qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o meio ambiente, baseado em um completo e sensível entendimento de relação do homem com o meio.

Fonte: http://www.dorvalm.hpg.ig.com.br/governo_e_politica/72/index_int_3.html

- Para Aziz Ab’ Saber a “Educação Ambiental é um processo que envolve um vigoroso esforço de recuperação de realidades e que garante um compromisso com o futuro. Uma ação entre missionária utópica destinada a reformular comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcançados. Trata-se de um novo ideário comportamental, tanto no âmbito individual quanto coletivo”.

Fonte: http://educar.sc.usp.br/biologia/quadrinhos/definicao.jpg

- Segundo Lucas (1980) a EA tem sido entendida e desenvolvida enquanto educação sobre o ambiente, educação no ambiente, educação para o ambiente e pelas classes formadas pelas possíveis combinações entre estas três categorias. A educação sobre o ambiente procura desenvolver o conhecimento e a compreensão, incluindo as capacidades necessárias para obter este conhecimento. A educação para o ambiente procura a preservação ou melhoria do ambiente. Ambas são caracterizadas pelos seus objetivos. Por outro lado, a educação no ambiente caracteriza-se por ser uma técnica de ensino – aprendizagem, e o termo ambiente geralmente significa o mundo fora da sala de aula ou, de uma forma geral, o contexto natural e/ou social em que as pessoas vivem.

Fonte: http://www.terravista.pt/enseada/3185/educao.htm

- Educação Ambiental é “o processo de reconhecer valores e aclarar conceitos para criar habilidades e atitudes necessárias que sirvam para compreender e apreciar a relação mútua entre o homem, sua cultura e seu meio circundante biofísico. A educação ambiental também incluiu a prática de tomar decisões e autoformular um código de comportamento com relação às questões que concernem à qualidade ambiental “ ( GONÇALVEZ,1990)

Fonte: http://geocities.yahoo.com.br/mcrecena/

- Educação Ambiental é "o processo educacional de estudos e aprendizagem dos problemas ambientais e suas interligações com o homem na busca de soluções que visem a preservação do meio ambiente" (SANTOS, Antônio Silveira R. dos. A importância da Educação Ambiental. Jornal A Tribuna – Santos-SP,31.5.99).

Fonte: http://www.aultimaarcadenoe.com.br/educatrata.htm

- Faria (1992) define educação ambiental como conhecimento das estruturas, de composição e da funcionalidade da natureza, das interferências do que o homem produziu sobre esta estrutura, essa composição e essa funcionalidade.

Fonte: http://www.dorvalm.hpg.ig.com.br/governo_e_politica/72/index_int_8.html

- Segundo Gonçalves (1990) a Educação Ambiental não deve ser entendida como um tipo especial de educação. Trata-se de um processo longo e continuo de aprendizagem de uma filosofia de trabalho participativo em que todos: família, escola e comunidade; devem estar envolvidos. O processo de aprendizagem de que trata a educação ambiental, não pode ficar restrito exclusivamente à transmissão de conhecimentos, à herança cultural do povo às geração mais novas ou a simples preocupação com a formulação integral do educando inserindo em seu contexto social. Deve ser um processos de aprendizagem centrado no aluno, gradativo, continuo e respeitador de sua cultura e de sua comunidade. Deve ser um processo critico, criativo e político, com preocupação de transmitir conhecimentos, a partir da discussão e avaliação critica dos problemas comunitários e também da avaliação feita pelo aluno, de sua realidade individual e social, na comunidades em que vive".

Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/multirio/cime/CE09/CE09_012.html

- Educação Ambiental é "um processo no curso do qual o indivíduo consegue assimilar os conceitos e interiorizar as atitudes mediante as quais adquire as capacidades e comportamentos que lhe permitem compreender e julgar as relações de interdependência estabelecidas entre a sociedade, com seu modo de produção, sua ideologia e sua estrutura de poder dominante, e seu meio biofísico, assim como para atuar em conseqüência da análise efetuada" (Pedro Cañal, José E. Garcia e Rafael Porlán).

Fonte: http://sallesm.sites.uol.com.br/Oqeedamb/ea.htm

- Para Jaume Sureda e Antoni J. Colom deve ocorrer "conjunção e coordenação de três fases ou etapas: educação sobre o meio (em referência explícita aos conteúdos), educação através do meio (incidência metodológica e mediadora) e educação em prol do meio (mensagem axiológica e teleológica)".

Fonte: http://sallesm.sites.uol.com.br/Oqeedamb/ea.htm

- “A EA deve considerar o Meio Ambiente em sua totalidade, deve ser contínua, deve atingir todas as faixas etárias, ocorrer dentro e fora da Escola e examinar as questões ambientais locais, nacionais e internacionais, sob um enfoque interdisciplinar. Estes princípios devem orientar nossas ações” (João Agnaldo da Costa Muniz).

Fonte: http://www.cefetgo.br/ecologia/Educacoo_ambiental.htm#proposta

- “A educação ambiental se torna um exercício para a cidadania.
Ela tem como objetivo a conscientização das pessoas em relação ao mundo em que vivem para que possam Ter cada vez mais qualidade de vida sem desrespeitar o meio ambiente natural que a cercam. Essa conscientização se dá a partir do conhecimento do seus recursos, os aspectos da fauna e da flora gerais e, específicos de cada região; e, os problemas ambientais causados pela exploração do homem, assim como Os aspectos culturais que vão se modificando com o passar do tempo e da mudança dos recursos naturais, como a extinção de algumas espécies por exemplo. O maior objetivo é tentar criar uma nova mentalidade com relação a como usufruir dos recursos oferecidos pela natureza, criando assim um novo modelo de comportamento (...) A educação ambiental é um exercício para a participação comunitária e não individualista” (Márcia Helena Quinteiro Leda – Fonte: Marcos Reigota).

Fonte: http://www.filhosonline.com.br/educambiental2.asp

- “Sou um pouco avesso a definições fechadas. Peço desculpas as pessoas veteranas na área, mas seria mais interessante falar de um breve histórico da evolução do conceito de Educação Ambiental (EA), desde o seu aparecimento em 1965, na Royal Society of London, quando foi associado à preservação dos sistemas vivos. Já na década de 70, a União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) associou o mesmo à conservação da biodiversidade. Como um prolongamento da histórica Conferência de Estocolmo (1972) e da Reunião de Belgrado (1975), na Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental promovida pela UNESCO em Tbilisi (Geórgia, ex-URSS), em 1977, a Educação Ambiental (EA) foi definida como "um processo de reconhecimento de valores e elucidação de conceitos que levam a desenvolver as habilidades e as atitudes necessárias para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios físicos. A EA também envolve a prática para as tomadas de decisões e para as auto-formulações de comportamentos sobre os temas relacionados com a qualidade do meio ambiente". No Fórum das ONGs, realizado paralelamente à Conferência Rio 92 (o qual produziu a Agenda 21), referendando e ampliando o conceito anterior, o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, "reconhece o papel central da educação na formação de valores e na ação social e para criar sociedades sustentáveis e eqüitativas (socialmente justas e ecologicamente equilibradas)", e considera a EA "um processo de aprendizagem permanente baseado no respeito a todas as formas de vida, o que requer responsabilidade individual e coletiva em níveis local, nacional e planetário". Como se vê, aqui já se constata uma profunda transformação de uma visão extremamente naturalista e antropocêntrica (animais e plantas servem para...), confundindo natureza e meio ambiente (que é uma representação social), para uma conceituação que envolve outras dimensões, além da ecológica: afetiva, social, histórica, cultural, política, ética e estética. A própria Constituição de 1988 e a Lei da EA (Lei 9795 de 27/4/1999) incorporam esta evolução conceitual, como se vê no art. 1º da mesma: "Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade" (Fernando Antônio Guerra).

Fonte: http://www.revistaea.arvore.com.br/artigo.php?idartigo=5&class=08&

- Vou resumir a importância da educação ambiental com uma palavra, pois para mim ela é – fundamental. Como eu tenho contato com pessoas que se envolvem com educação ambiental em diferentes realidades, verifiquei que os conceitos são trabalhados de forma a adequá-los ao público alvo e a realidade local. Hoje sabemos que a educação ambiental enquanto processo pedagógico abarca uma diversidade muito grande de metodologias, enfoques e abordagens. O que me parece ser relevante em todo o processo da educação ambiental, seja formal ou não formal, é que os indivíduos - educandos e educadores - sejam respeitados nas suas idiossincrasias, e que as atividades e ações levem em consideração as particularidades do entorno, ou seja, do contexto social. Penso que nós seres humanos precisamos reaprender a nossa existência na Terra, para podermos enxergar e entender que a teia da vida é um intricado movimento de aprendizagem que vem ocorrendo há bilhões de anos. Para isso é necessário que incorporemos a modéstia que nos cabe em relação a quem somos, da onde viemos e para onde vamos. O avanço do conhecimento humano no campo da ecologia nos faz compreender que somos apenas mais um elo da corrente de sustentação da vida na Terra. Por isso acredito que agora, além da necessidade da educação ambiental é preciso desencadear com urgência um amplo processo de alfabetização ecológica, visto que é fundamental que todos adquiram conhecimentos básicos de ecologia, para que se possa aprender com a vida, que não pára nunca, de aprender. Vejo que os educadores e educadoras ambientais são pessoas muito altruístas, desprendidas e dedicadas ao outro e ao mundo. Digo isto porque todo educador e educadora ambiental trabalham para o futuro e dependendo da situação, é um futuro muito longínquo, o que significa que provavelmente eles não vejam o resultado das mudanças pelas quais se dedicam. Mas isso para um verdadeiro educador e educadora ambiental não tem a menor importância. Isso é o verdadeiro compromisso intergeracional. Acredito na idéia de que somos seres espirituais vivendo uma aventura humana, por isso acredito, também, que com o nosso trabalho estamos contribuindo para um novo tempo que está por vir, e que depende muito das decisões que estamos tomando agora no presente. A vida está continuamente a aprender, Oxalá consigamos aprender com ela!” (Ellen Regina Mayhé Nunes).

Fonte: http://www.revistaea.arvore.com.br/artigo.php?idartigo=72&class=08&

E para você, o que é Educação Ambiental? É importante fazer esta reflexão para que possamos consolidar uma prática educativa que desenvolva novos valores em relação à forma como vemos, sentimos e vivemos; onde a cidadania, a inclusão, o respeito, a alteridade, a convivência harmônica e a tolerância sejam uma constante na prática educacional.

Publicado no website do Projeto Apoema - Educação Ambiental em 05/06/2005.


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