terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Prefeitura anuncia aumento na passagem de ônibus

Criado em Segunda, 29 Dezembro 2014 19:31

Foto: Marco Oddone
Usuários do sistema de bilhetagem eletrônica, incluindo os que recebem vale-transporte, terão desconto na tarifa de transporte urbano. O benefício está previsto em decreto municipal que trata da revisão tarifária do serviço e será  publicado nesta terça-feira (30/12) no Diário Oficial do Município. A partir das 0h de 6 de janeiro, a passagem passa a ser de R$ 3,20, mas usuários do sistema pagarão 0,10 a menos, ou seja, R$ 3,10. A medida, que beneficia também os empresários que pagam vale-transporte aos seus funcionários, tem como objetivo garantir a recomposição da tarifa, assegurando a manutenção dos investimentos no serviço de transporte público oferecido no município e, ao mesmo tempo, estimular o uso do sistema de bilhetagem, que beneficia diretamente a população com a integração de 100% das linhas.
A necessidade de revisão da tarifa de transporte vinha sendo analisada há mais de um mês pelo Conselho Municipal de Transportes (Comutran), que é composto por representantes do Executivo, do Legislativo e da sociedade civil. Relatório do Grupo de Trabalho criado especificamente para estudar as planilhas apontou a necessidade da recomposição e indicou os cálculos da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) - que constatavam necessidade de reposição inferior ao que vinha sendo pleiteado pelas empresas (elas defendiam tarifa de R$ 3,25) - como os mais viáveis.
A tarifa paga hoje pelos usuários do transporte público do município, de R$ 2,80, é a mesma que vigorava há dois anos. Em junho de 2013, a passagem sofreu redução de R$ 2,80 para R$ 2,65. Neste ano, sob a condição da integração de 100% das linhas de transporte do município, a tarifa voltou a R$ 2,80.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Prefeitura e Inea começam trabalho de dragagem para evitar enchentes

Prefeitura e Inea começam trabalho de dragagem para evitar enchentes

Foto divulgação


















A Prefeitura e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) iniciaram ontem a limpeza dos rios da cidade. O trabalho, realizado por meio do Programa Limpa Rio, começou por Corrêas e, segundo o prefeito Rubens Bomtempo, irá priorizar os pontos mais críticos de alagamentos em todo o município.
O trabalho será concluído em dois meses, quando o período de chuvas começa a se intensificar. “Estamos priorizando os distritos e, após essa etapa, as máquinas serão levadas para o Quitandinha e para o Bingen”, antecipou o prefeito.
Com a retirada dos pontos de retenção, formados por bolsões de areia e outros detritos, a água tende a seguir seu curso com mais facilidade, reduzindo significativamente os riscos de alagamentos. Ao todo, duas máquinas e quatro caminhões estão sendo empregados no trabalho. 
Segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, apenas em Corrêas o trabalho deve durar cerca de 10 dias, garantindo a retirada de aproximadamente 1.800 metros cúbicos de areia e outros detritos. “Esse prazo, no entanto, irá depender das condições climáticas. Essa parceria com o Inea é fundamental para a cidade”, destacou o secretário, Almir Schmidt. 
O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis, Hélio Dias, lembrou que a dragagem dos rios nesta época garante mais tranquilidade à população durante o verão. “É uma preocupação constante do município manter os rios limpos e sem os bancos de areia. Sabemos bem a diferença que isso faz na hora da chuva”, lembrou.       
Moradores e comerciantes de Corrêas comemoraram a medida. “Esse trabalho é fundamental, pois com frequência toda a comunidade é prejudicada pelos alagamentos. No ano passado já não sofremos com as enchentes, pois a limpeza foi realizada nesse mesmo período”, disse o morador Carlos Alberto Pinto Braga.
Outro que elogiou a parceria entre a Prefeitura e o Inea foi o comerciante Norberto Leal, de 33 anos. “Nos anos em que ficamos sem esse serviço, o rio transbordou e invadiu as lojas. Muitos comerciantes tiveram prejuízos. No ano passado já não tivemos esse problema”, complementou.

sábado, 18 de outubro de 2014

Deputado de Petrópolis quer pena mais severa para quem provoca queimadas

Deputado de Petrópolis quer pena mais severa para quem provoca queimadas

Penalidades severas aos responsáveis por queimadas no estado do Rio vão entrar em pauta na forma de projetos de lei na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj).

Penalidades severas aos responsáveis por queimadas no estado do Rio vão entrar em pauta na forma de projetos de lei na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). Os projetos estão sendo propostos pelo deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB) com embasamento técnico do Corpo de Bombeiros. Bernardo recepcionou o governador Luiz Fernando Pezão, que sobrevoou a cidade ontem pela manhã em vistoria a uma das piores situações de fogo em vegetação registradas em Petrópolis. O problema ocorre há uma semana e consumiu 2.600 hectares, incluindo 600 hectares do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
A recuperação ambiental de cada hectare é avaliada em pelo menos R$ 20 mil por especialistas em Meio Ambiente. “O dano em Petrópolis é estimado em R$ 52 milhões, mas o prejuízo ambiental é incalculável. A punição por uma queimada chega a R$ 1,5 mil a R$ 2 mil por hectare. Sem contar as dificuldades em identificação de incendiários criminosos. Uma legislação mais severa precisa estar em vigor”, defende Bernardo Rossi.
Os oito focos de incêndio estão sendo combatidos por 600 homens dos Bombeiros em quatro aeronaves. Outros quatro helicópteros chegam à cidade nesta sexta-feira. A previsão do Secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, é de debelar os focos em até 72 horas. “A situação é grave, mas sob controle. Estamos aqui para, de perto, garantir que todos os meios estão sendo colocados à disposição pelo Estado”, afirmou Pezão. O governador não descartou possibilidade de pedido de ajuda ao governo federal e às Forças Armadas, mas assegurou a pontualidade das operações na cidade. “Quatro focos estão dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e quatro na Reserva Biológica de Araras. Além destes, temos focos pontuais que estão sendo combatidos”, afirma Simões.
Ainda pela manhã, as equipes combateram focos próximos a residências em Secretário e no Calembe. Bombeiros estiveram ainda em áreas às margens da BR-040 como em Barra Mansa e na altura do Castelo de Itaipava. Desde o início das operações em helicópteros pelo menos 400 mil litros de água foram usados em lançamentos sobre as chamas.
“Há a indicação também que o governo do Estado e as entidades envolvidas engajem a população pelo Disque-Denúncia. O número (21) 2253-1177, que recebe mensalmente mais de 12 mil ligações em sigilo, hoje é um canal importante para o combate à criminalidade e os incêndios em vegetação são crimes contra o ambiente e contra a população”, aponta Bernardo Rossi.
A vistoria do governador Pezão foi acompanhada ainda pelo presidente da Câmara, Paulo Igor, e pelo vereador Maurinho Branco (SDD). “O legislativo petropolitano se soma aos esforços de haver principalmente prevenção. Hoje, a situação requer o pronto combate às chamas, mas estamos dispostos a abrir a casa para debater legislação, buscar recursos, aumentar efetivo, enfim, o que puder ser feito para que estado e município atuem juntos em prevenção”, afirma Paulo Igor.

Força Aérea Brasileira envia aeronave para ajudar nas ações de combate aos focos de incêndio















O trabalho de combate às queimadas que assolam a região de Itaipava, em Petrópolis, continua intenso, mas o número de registos de focos diminuiu. O ponto mais crítico continua sendo na área do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), já que o local é de difícil acesso e também perigoso. A área destruída já chegou a 3 mil hectares de mata e vegetação e o efetivo de bombeiros militares e brigadistas continua alto, com 146 homens atuando diretamente no combate.
Segundo o comandante dos Bombeiros da Área Serrana, Roberto Robadey, poucos novos focos de incêndios foram registrados, mas os combatentes continuam atuando principalmente em áreas onde o fogo está próximo a residências, como Secretário e Pedro do Rio. O trabalho ontem foi realizado com auxílio de três helicópteros.
“O fogo se alastra muito rapidamente, com o tempo muito quente e o mato seco fica ainda mais difícil conter todos os focos. Mas as equipes permanecem nos pontos, e temos efetivo para ser encaminhado para novos focos. O auxílio das aeronaves é de extrema importância para o trabalho nos locais mais complicados no acesso, como no Parque Nacional”, disse o coronel Robadey.
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), já teve 600 hectares de área destruída e o acesso aos locais onde acontece o incêndio é muito complicado e precisa ser feito por especialistas na área da Mata Atlântica. São mais de quatro horas de caminha e ainda envolvem riscos com o tipo de vegetação, como no caso de bromélias nativas da área, que caindo podem causar riscos aos socorristas. O combate ao fogo está sendo realizado por 51 brigadistas do próprio parque com auxílio de bombeiros e uma aeronave.

Fogo chega próximo a residências
O local onde mais militares estão deslocados para combate ao fogo é a região de Pedro do Rio, onde o incêndio florestal avança rapidamente e está próximo a residências. Segundo moradores, o foco teve início na madrugada de ontem e ainda não foi extinto. 
“É uma queimada muito grande que teve início próximo ao condomínio Alto Pegado e se alastrou desde então. O fogo está se espalhando muito rapidamente e os moradores já estão receosos com suas casas. Sem contar com a fumaça que tomou praticamente todo o céu”, disse Rotiana Gonçalves, moradora da localidade.

Ministério da Defesa envia aeronaves para combater incêndios
O Ministério da Defesa está enviando dois helicópteros (um da Marinha e outro do Exército), equipados com o “bambi bucket”, para ações de combate aos focos de incêndio na região serrana. As aeronaves atendem ao pedido da Defesa Civil do governo fluminense encaminhado ao Ministério da Integração Nacional, por meio do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. “São aeronaves disponíveis no momento. Trabalhamos com a possibilidade de envio de um avião Hércules C-130”, informou o brigadeiro Carlos Eurico Peclat dos Santos, vice-chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa.
De acordo com o brigadeiro Peclat, o Ministério receberá o monitoramento constante sobre a situação na região e, dependendo da necessidade, as Forças Armadas poderão enviar mais aeronaves para apoio ao combate ao incêndio.
Ontem, o helicóptero da Marinha foi deslocado para o local. A aeronave do Exército estará disponível já a partir de amanhã. A participação do Hércules C-130 está sendo acertada com a Força Aérea Brasileira (FAB). O avião foi empregado recentemente em apoio ao governo do Chile, país sul-americano que enfrentou problemas de incêndio este ano. A aeronave é equipada para o transporte e lançamento de até 12 mil litros de água por sobrevoo. 

População deve denunciar crime
Foto Fernando Frazão


















As autoridades estão pedindo que a população denuncie pessoas que coloquem fogo em vegetação ou em lixo. A ação é crime ambiental e passível de multa e até reclusão. A punição, além de reclusão, pode ter multa de R$ 1.500,00 por hectare queimado, além disso,  provando a ação do criminoso, ele pode até arcar com os custos do trabalho de combate ao fogo. O número para as denúncias é o do Linha Verde, 0300-253-1157, custo de uma ligação local. Além disso, quem quiser também pode denunciar o caso a Polícia Militar, pelo 190.

Ariane Nascimento
Redação Tribuna

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Pezão visita Itaipava e oferece apoio aos bombeiros

Criado em Quinta, 16 Outubro 2014 15:37


Foto: Alexandre Carius


















O governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, esteve reunido em Petrópolis na manhã de hoje com o comandante geral do Corpo de Bombeiros Sérgio Simões e também do comandante da Área Serrana Roberto Robadey para avaliar a situação das queimadas que desde o último fim de semana assolam a região. Após sobrevoar a área atingida pelos grandes incêndios florestais ofereceu apoio ao município para atuação no combate ao fogo que continua se alastrando. Segundo último laudo divulgado pelos bombeiros, 2.600 hectares de vegetação já foram destruídos em apenas cinco dias.
Desde a madrugada do último domingo, dia 12, que as queimadas se espalharam por áreas de vegetação e de preservação em Petrópolis. Entre a parte destruída há ainda combate intenso por brigadistas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), Reserva Biológica de Araras (Rebio) e diversos pontos próximos a residências e de difícil acesso para os militares. Ao todo são 146 homens que trabalham desde a lojística ao trabalho braçal, para conter o avando do fogo.
Sobrevoando a região vimos a proporção do que foi destruído pelo fogo e em muito tempo não sofremos com uma situação neste porte. Oferecemos todo o apoio a região, com suporte de aeronaves e já ficamos sabendo que a Força Aérea Brasileira e também o Exército já disponibilizaram helicópteros para o trabalho. A previsão é de chuva apenas para a próxima semana, o que nos deixa ainda preocupados”, disse o governador.
O número de ocorrências de novos focos registrados pelos bombeiros na base em Itaipava, montada para atuar com mais rapidez, chegou a nove na manhã de ontem. Segundo os bombeiros, a maior parte deles se encontram dentro das áreas de preservação, que são o Parnaso e a Rebio. O trabalho ontem contou com o suporte de cinco aeronaves, entre elas do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e da Marinha do Brasil.
A situação hoje está muito mais controlada em comparação com a última terça-feira, dia 14, momento mais crítico em toda a cidade. Os brigadistas chegaram a trabalhar 132 horas seguidas para tentar conter o avanço das chamas e dos focos que eram detectados em muitos pontos distintos. Hoje estão mais concentrados nas áreas de proteção o que reduz o espaço, no entanto, o acesso a estas localidades é muito mais difícil”, disse o comandante dos Bombeiros da Área Serrana, Roberto Robadey.

Punição mais severa para crimes
O deputado estadual Bernardo Rossi, que também esteve no local na manhã de ontem, afirmou que vai trabalhar da Assembléia Legislativa para que novas leis de punição para crimes ambientais sejam criadas. Segundo ele, a pena precisa ser mais severa. “Voltando para a Alerj agora vamos elaboras leis que permitam uma punição mais severa, para que as pessoas sintam medo de cometer o crime. É um trabalho que precisa ter fiscalização mais incisiva, mas a pena também precisa ser revista”, disse o deputado.
Segundo o coordenador da Coordenação Integrada de Combate a Crimes Ambientais (CICCA), vinculada ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA), coronel José Maurício Madrone, a identificação de pessoas que cometem este tipo de crime é muito difícil.
Trabalhamos com perícia, fiscalização na área destruída, mas é muito difícil comprovar quem é o responsável pelo crime. É muito importante a ajuda da sociedade nesta identificação, seja por uma foto que comprova o ato ou apenas pela denúncia mesmo. As pessoas podem denúnciar de forma anônima também”, disse. Segundo o coordenador, duas viaturas foram deslocadas para a área e deram início a perícia nos locais onde ocorreram focos de incêndio em Petrópolis ontem.
É quase impossível uma área de vegetação como por exemplo os parques nacionais terem focos de incêndio gerados pela própria natureza com o calor. Não podemos afirmar que todos, mas a maior parte das queimadas registradas em áreas deste tipo são por crime, ação do próprio homem. Geralmente para queima de lixo, devido a pouca informação, mas esse tipo de ação deve ser punida”, explicou o coronel.
A punição, além de reclusão, pode ter multa de R$ 1.500,00 por hectare queimado, além disso, com provando a ação do criminoso, ele pode até arcar com os custos do trabalho de combate ao fogo. O número para as denúncias é o do Linha Verde, 0300-253-1157, custo de uma ligação local.

Estiagem e reservatórios vazios
Com a falta de chuvas há pelos menos 20 dias, os reservatórios e mananciais que abastecem com água a cidade de Petrópolis já operam com níveis bem abaixo do normal como por exemplo o do Bonfim, que está com sua capacidade em apenas 20%. Segundo o diretor executivo da concessionária Águas do Imperador, Márcio Salles, os reservatórios de alternativa já estão sendo usados.
Ponte de Ferro e Rio da Cidade aumentam em 30% a capacidade, são normalmente utilizados nesta época de estiagem. Alguns bairros mais altos, onde a pressão da água não consegue chegar estamos abastecendo com caminhão pipa. Apesar do níveis estar baixo, não é uma situação crítica, mas as pessoas devem ter o consumo responsável”, disse.
Ainda de acordo com Márcio, são duas cisternas com a capacidade operando em apenas 20%, mas que o abastecimento em toda cidade continua normalizado. A orientação é que se evite o desperdício com o uso desnecessário da água.

População deve economizar
A necessidade de economia de água já é uma realidade para os moradores de Petrópolis. Além do uso criterioso da água, a adequação do reservatório, pois o consumo médio de uma pessoa que fique em casa o dia inteiro é de 200 litros. Em casas cuja caixa d'água é pequena e há muitos moradores, a possibilidade de ficar sem água é bem maior, pois o abastecimento fica intermitente.
Entre as orientações da empresa estão evitar lavar carros ou “varrer” calçadas com a mangueira aberta, evitar tomar banhos prolongados, lavar roupas e regar jardins diariamente. A empresa também pede que a existência de vazamentos sejam informados o mais rápido, para que o problema seja sanado.

A cidade conta com sete Estações de Água, como ETAs Montevideo, Mosela, Bonfim, Itaipava, Pedro do Rio, Secretário e Taquaril, que captam água dos seguintes mananciais: Caxambu Grande, Itamarati, Vargem Grande (esquerda e direita), Rio da Cidade, Pinheiral, Mata Porcos, Santo Antônio, Córrego da Prata, Ribeirão, Maria Comprida e Taquaril.
Ariane Nascimento
Redação Tribuna

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Estiagem: Petropolitanos devem poupar água

Estiagem: Petropolitanos devem poupar água

Foto: Marco Oddone


















O clima seco e a falta de chuvas na região trouxe de volta também outro problema, a falta de água. A prolongada estiagem continua causando transtornos à cidade, além da redução da quantidade de água nos mananciais, que estão com níveis bem abaixo do normal, têm causado incêndios e queimadas em vegetações vistos em diversos pontos da cidade. Alguns bairros, como por exemplo no Roseiral, já há residências sem abastecimento de água.
Segundo a concessionária Águas do Imperador, responsável pelo abastecimento em Petrópolis, fora do período de estiagem são distribuídos 61,8 milhões de litros de água por dia. Quando há o período de estiagem, os mananciais da Ponte de Ferro e Rio da Cidade, são os que abastecem o restante da cidade e é o que tem acontecido nestes dias. A concessionária não divulgou a quantidade de água que precisou ser reposta pelos reservatórios alternativos, mas afirmou que já faz uso destes mananciais.
Os mananciais secundários que são da Ponte de Ferro e Rio da Cidade, somam 30% da capacidade diária de água distribuída, geralmente utilizados em épocas de estiagem. Segundo a concessionária, toda sua capacidade está sendo utilizada. 
No caso do morador do Roseiral Arthur Viana, a falta de água completou três dias. Eles não tem como lavar louças, roupas e nem mesmo para o banho. Segundo ele, precisaram recorrer a encher baldes de água de moradores da rua. “Desde sabado que o abastecimento parou, enchemos baldes com vizinhos da rua para poder tomar banho. Somo quatro moradores aqui em casa e o quanto a caixa conseguiu aguentar foi, mas agora já esvaziou completamente. Não tem mais nada”, disse Arthur.
Segundo a Águas do Imperador, a região do Roseiral é abastecida pelo sistema do Bonfim, que é composto por dois mananciais superficiais, recarregados principalmente por chuvas. Como não chove há, pelo menos, 15 dias, a produção de água ficou afetada. A concionária afirmou que disponibiliza caminhões-pipa para abastecer a área. Ainda de acordo com a nota enviada pela concessionária, para minimizar os efeitos da estiagem e disponibilizar mais água para o bairro, a concessionária está utilizando a interligação dos anéis de abastecimento para deslocar água do Centro para Corrêas.

População deve economizar

A necessidade de economia de água já é uma realidade para os moradores de Petrópolis. Além do uso criterioso da água, a adequação do reservatório, pois o consumo médio de uma pessoa que fique em casa o dia inteiro é de 200 litros. Em casas cuja caixa d'água é pequena e há muitos moradores, a possibilidade de ficar sem água é bem maior, pois o abastecimento fica intermitente.
Entre as orientações da empresa estão evitar lavar carros ou “varrer” calçadas com a mangueira aberta, evitar tomar banhos prolongados, lavar roupas e regar jardins diariamente. A empresa também pede que a existência de vazamentos sejam informados o mais rápido, para que o problema seja sanado.
A cidade conta com sete Estações de Água, como ETAs Montevideo, Mosela, Bonfim, Itaipava, Pedro do Rio, Secretário e Taquaril, que captam água dos seguintes mananciais: Caxambu Grande, Itamarati, Vargem Grande (esquerda e direita), Rio da Cidade, Pinheiral, Mata Porcos, Santo Antônio, Córrego da Prata, Ribeirão, Maria Comprida e Taquaril.
 Ariane Nascimento
Redação Tribuna

Clima seco piora doenças respiratórias

Criado em Terça, 14 Outubro 2014 09:11













As altas temperaturas, baixa umidade do ar e falta de chuva são as circunstâncias que tornam o tempo seco. O problema é que o clima nessas situações pode causar problemas respiratórios. E para evitar estas reações, os médicos indicam alguns cuidados básicos como beber bastante água e manter a casa higienizada e arejada. 
Embora as pessoas relacionem frio a problemas respiratórios, na verdade o que causa esses problemas de saúde é o tempo seco, pois com isso mais partículas de diversos tipos ficam suspensas no ar e são inaladas pelas pessoas. Dentre essas partículas estão, por exemplo, os ácaros, o enxofre que sai do escapamento de veículos, partículas de poeira, restos de materiais queimados e outros.
Segundo dados da prefeitura, não há um levantamento e um número certo sobre o aumento na procura por especialistas devido a doenças respiratórias, no entanto, acontece.
As principais reações alérgicas deste período são vistas facilmente por aí como a tosse seca, chiado, crises de rinite alérgica, ressecamento da pele com coceiras e também falta de ar. No entanto, o tempo seco pode também desenvolver doenças respiratórias como a asma ou bronquite, que é a principal vilã do tempo seco. Ela é uma doença inflamatória crônica, ou seja, o pulmão do asmático ou bronquítico já é mais inflamado do que o das pessoas normais. Como o ar chega menos filtrado, sobrecarrega o sistema respiratório, que já não é bom.
As crianças são as mais prejudicadas, pois ainda estão com o sistema respiratório incompleto e essa sobrecarga nos pulmões em desenvolvimento leva ao aparecimento de sintomas respiratórios mais facilmente.
Algumas medidas simples para evitar problemas respiratórios com o tempo seco são substituir alimentos fritos pelos assados, que facilitam o processo de digestão e, além disso, consumir frutas e verduras ricas em vitamina C, beber água com frequência e evitar o acúmulo de poeira. Quem não tiver purificador de ar, uma boa saída é usar toalhas molhadas no ambiente e também bacias com água que ajudam a melhorar a umidade do ar. 

Ariane Nascimento
Redação Tribuna

Focos de incendios

1,2 e3) Nogueira, vista do Condomínio Vale do Calembe – Fotos: Luana Tedesco
4) Fumaça em Santa Monica – Foto: Patricia Saldanha
5 e 6) Helicóptero da polícia civil pegando água ao lago do condomínio Terra Boa Esperança para ajudar no incêndio – Foto: Helio Toraldo
7) Vale das Videiras – Foto: Patricia Saldanha
A Secretaria de Meio Ambiente informa que queimada é infração prevista no Código de Posturas do município passível de multa. As denúncias podem ser feitas à Coordenadoria de Fiscalização pelos telefones 2246-9042 / 2246-9043. Além disso, os petropolitanos também contam com a Linha Verde, que é um canal de denúncias sobre crimes ambientais. O anonimato é garantido: 0300 253 1177 ou 2253 1177.
Telefone dos bombeiros: 193 ou (24) 2291-0082 / 2245-4343 (Corpo de Bombeiros localizado na Barão do Rio Branco) ou 2232-1385 (Corpo de Bombeiros de Itaipava).

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Petrópolis registra mais de 402 focos de incêndio





Foto: Alexandre Carius
Os prejuízos de uma queimada para a fauna e flora são inúmeros e, dependendo da proporção de um incêndio, a vegetação pode levar mais de 20 anos para se restabelecer. Além da perda do verde, os grandes incêndios trazem também prejuízos com perda de patrimônio natural, estabilidade geológica e até mananciais, uma das maiores riquezas naturais de Petrópolis. Segundo dados do Corpo de Bombeiros da cidade, até ontem foram 402 ocorrências de incêndio registradas em Petrópolis neste ano.
Os últimos dias na cidade foram marcados por grandes incêndios em vegetação. O último deles, em Nogueira, atingiu grande parte de mata virgem e após os bombeiros conseguirem apagar, tiveram que voltar para o local no dia seguinte porque as chamas haviam voltado. O incêndio teve início na Rua Bolívia e se alastrou rapidamente até o Bonfim e Calembe. Ainda não se sabe o tamanho do prejuízo para a vegetação e nem as causas do início da queimada, mas normalmente são criminosas. Desde queima de lixo doméstico ou até mesmo de lixo verde, que com o vento e falta de chuvas acaba se espalhando rapidamente. No início da tarde, um foco de incêndio foi registrado em Itaipava, nas proximidades do terminal de ônibus da região.
“A falta de acesso aos locais onde normalmente acontecem as queimadas é uma das dificuldades encontradas pelos militares no socorro, além de ter que carregar abafadores, bombas costais com 10 litros de água e os próprios uniformes para a segurança, que são pesados. Além disso, nos preocupa muito o fato de várias ocorrências ao mesmo tempo e os militares terem de deixar a área urbana 'descoberta'”, disse o coronel Roberto Robadey, comandante da área serrana do Corpo de Bombeiros.
O serviço se torna mais perigoso ainda durante a noite, já que as guarnições precisam pernoitar no local do incêndio pela dificuldade em retornar em segurança pelas trilhas.
Os dados do Corpo de Bombeiros mostram o período mais alarmante para a cidade com as queimadas. No mês de setembro foram registrados pouco mais de um incêndio em vegetação por dia, com total de 108 ocorrências. Neste mês, até ontem, já havia registros de 24 queimadas.

Trabalho continua após apagar o fogo
Mesmo depois de conter as chamas, não significa que o incêndio tenha terminado. Os socorristas precisam ainda ter o cuidado de retornar no dia seguinte para fazer o rescaldo. O rescaldo é o conjunto de operações necessárias para completar a extinção do fogo, impedir a reignição e colocar o local em condições de segurança. Como no caso do incêndio em Nogueira da última quinta-feira, que mesmo após ser contido pelos bombeiros retornou.

Prejuízos para fauna e saúde
Ainda não existe um levantamento sobre as espécies nativas de Petrópolis, mas existem animais comuns encontrados nestas regiões de muita vegetação como: pássaros das espécies trinca-ferro, xanxão, pica-pau, jacus, mico, preguiças, quatis, tatu e até jaguatirica, que é um gato selvagem e já foi visto algumas vezes na região da Reserva Biológica de Araras.
Além disso, a fumaça e a fuligem também causam problemas para a saúde. Diminuem a qualidade do ar, provocando doenças respiratórias como asma e rinite, atingindo, principalmente, crianças e idosos. Às margens das rodovias podem diminuir a visibilidade dos motoristas e provocar acidentes graves.
Estiagem aumenta incidência
Segundo o comandante da área serrana, coronel Roberto Robadey, esta é a época do ano em que o índice de queimadas e incêndios em vegetação acontecem com mais frequência, devido à estiagem (falta de chuvas). O período, que normalmente acontece no mês de setembro, ainda não teve fim neste ano, já que ainda não houve registro de chuvas.
Segundo um levantamento feito no ano passado pelo Corpo de Bombeiros do estado do Rio de Janeiro, a Região Serrana é campeã em incêndios florestais, sendo responsável por mais de mil incêndios por ano e causando uma perda ambiental de cerca de 15.000 hectares de área verde no mesmo período. Ainda de acordo com o levantamento, apenas 2% das queimadas têm causas naturais, as outras 98% são causadas por irresponsabilidade e intenção humanas.
Acompanhando Petrópolis, em Teresópolis o número de ocorrências de queimadas também foi alto, e até ontem totalizou 396 registros. Em Três Rios o número no mês de setembro também foi alto, com 80 ocorrências. No total foram 254 registros.
Crime ambiental pode ser punido
Os moradores podem denunciar quem comete esse tipo de crime. A Lei de Crimes Ambientais prevê multa de R$ 1.000 por hectare ou fração para quem faz uso de fogo em áreas agropastoris sem autorização, prisão e multa para quem fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios e prisão de até cinco anos e multa no valor de R$ 1.500 por hectare ou fração para quem provocar incêndio em mata ou floresta.
A pessoa que queima o lixo em casa pode ser multada em um valor que varia de R$ 500 a R$ 50 milhões, dependendo da área e da quantidade de resíduos que estão sendo eliminados.