Motoristas reclamam de buracos e falta de asfalto na Estrada União e Indústria

(Foto: Alexandre Carius / Tribuna de Petrópolis)

Lívia Müller - As pequenas e grandes crateras são obstáculos constantes no dia a dia dos motoristas petropolitanos, porém o diâmetro dos buracos aumentou depois das últimas chuvas e o recorde em reclamações é a estrada que liga o Retiro, na Rua Doutor Hermogênio Silva, à Estrada União Indústria, na altura da Posse. Na manhã de hoje uma equipe da Tribuna apurou a situação e constatou que os buracos são ainda maiores e mais próximos no centro de Itaipava. Os motoristas cobram da Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans) uma qualidade melhor do asfaltamento e ainda querem saber quando serão feitas as obras para melhorias das vias públicas.

Outros lugares como o Centro Histórico e os bairros Carangola e a Mosela também têm ruas prejudicadas. Na Mosela, a rua Cândido Portinari tem uma grande cratera que obstruiu parte da via. No bairro Carangola a rua principal tem diversos buracos que causam quedas constantes de motociclistas. Já na rua do Imperador, na altura do número 675, uma grande cratera também pode ser vista. Porém, a centena de buracos no trecho que liga o Retiro até Itaipava é a maior revolta dos motoristas. Em frente ao terminal de Corrêas uma cratera com cerca de 1m de diâmetro foi sinalizada pela população.

O motoboy Douglas Rabelo trabalha em um restaurante na União e Industria, próximo ao Parque Municipal, e contou que nunca chegou a tomar um tombo passando pelos buracos, mas que já se desequilibrou neles várias vezes. Ele mostrou sua insatisfação com a qualidade das vias. “Pagamos IPVA em dia para estar essa vergonha e quando consertam fazem um serviço meia-sola, que não dura nada”, diz.

(Foto: Alexandre Carius/ Tribuna de Petrópolis)

De acordo com os chefes de cozinha Laerte Dias e Igor Mello, que trabalham em restaurantes no shopping Vilarejo, os buracos aumentaram após as últimas chuvas. “Vim de zigue-zague do Retiro até aqui porque a chuva arrebentou tudo”, disse Igor. Na frente do shopping há um buraco após o quebra-molas que, de acordo com Laerte, é tampado pelo menos uma vez por mês, mas, para ele, o reparo “não adianta nada porque vem as chuvas e eles abrem de novo”.

Segundo uma farmacêutica que preferiu não ser identificada, em Nogueira a situação é semelhante. Ela faz o caminho diariamente e disse estar revoltada com tanta cratera na pista. “Está praticamente impossível de dirigir com tanto buraco. Eles estão acabando com os nossos carros. Em Nogueira tem um redutor de velocidade que os motoristas que não conhecem acabam passando dentro”, diz.

A farmacêutica lembrou que com as chuvas também fica mais difícil de identificar as crateras que são confundidas com poças d'água, principalmente à noite, quando a situação é a inda pior devido à visibilidade que diminui. “Às vezes os motoristas que não têm o hábito de passar pelo local pensam que são apenas poças e quando veem estão dentro da cratera”, fala.

A Secretaria de Obras informou que em consequência das chuvas dos últimos dias constatou intercorrências em diversos pontos do município e que as equipes estão aguardando apenas que o tempo melhore para a execução dos reparos, uma vez que o trabalho não pode ser executado com chuva. Foi lembrado ainda que equipes da Prefeitura estão atuando em todo o município, sem medir esforços para restabelecer não apenas a oferta de transporte público como também a passagem de moradores em diversas ruas onde foram registrados deslizamentos e buracos.

Mais crateras

(Foto: Alexandre Carius/ Tribuna de Petrópolis)

Duas grandes crateras no acesso ao estacionamento do Shopping Vilarejo se formaram no último final de semana. Segundo o síndico do shopping, Marcelo Scistowicz, o problema aconteceu na galeria que passa por baixo da rua e pertence à Prefeitura Municipal. Um carro que estava estacionado indevidamente no local teve que ser rebocado. Não houve danos no estacionamento que, apesar de ter enchido de água, em dois dias foi liberado. Na manhã de ontem, as crateras foram preenchidas de terra pela Prefeitura Municipal, porém o reparo na galeria não foi realizado.

De acordo com Marcelo, os técnicos da Secretaria de Obras atenderam o chamado no domingo e como combinado em cinco dias foram reparar os danos. Segundo ele, os buracos não estão interrompendo o acesso ao estacionamento.

A prefeitura foi questionada sobre o conserto da galeria, mas até o fechamento desta edição não respondeu ao contato.

Inea anuncia investimento de R$ 245 milhões para rios de Itaipava

(Foto: Alexandre Carius / Tribuna de Petrópolis)

Aline Rickly - O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) anunciou mais investimentos para os rios Santo Antônio, Cuiabá e Carvão. A previsão é de que sejam aplicados mais R$ 245,4 milhões nessas áreas. Com essa quantia, serão feitas recomposição vegetal, substituição de travessias e implantação de parques fluviais, além de obras de controle de enchentes no centro da cidade. Segundo o Inea, os projetos encontram-se em aprovação na Caixa Econômica Federal (CEF) e as licitações estão previstas para acontecer no segundo semestre desse ano. A informação foi concedida após o prefeito Rubens Bomtempo anunciar que vai notificar o órgão pelas obras realizadas no Rio Santo Antônio, em Itaipava. Na opinião do prefeito, as intervenções que já foram feitas não foram suficientes para evitar alagamentos na região, como aconteceu no último fim de semana. 

Após as fortes chuvas, que caíram entre os dias 15 e 17 de janeiro, o Inea informou que realizou vistoria técnica no local e verificou que os trechos contemplados pelas obras de controle de inundação se comportaram de forma satisfatória e de acordo com os projetos desenvolvidos. Com relação aos pontos de inundação, disse que são locais que já foram identificados pelos estudos e projetos do Inea, mas ainda não foram abrangidos pelas obras de controle e inundações. 

Informou ainda que, para estas áreas está prevista a realização de intervenções nas calhas e a implantação de parques fluviais, que não somente vão promover o lazer e bem-estar da população, mas também evitar a reocupação de terrenos situadas às margens dos rios. 

Já com relação aos pluviômetros do Sistema de Alerta de Cheias – dos 19, apenas 4 estão funcionando - o Inea informou que existem quatro estações de monitoramento de precipitação (chuva) e nível de rios em funcionamento em Petrópolis, situadas nos rios Palatinato, Piabanha, Quitandinha e Cuiabá. Segundo o Instituto, as estações estão transmitindo dados normalmente para sistema. 

Destacou ainda que está procedendo à adequação do sistema de transmissão das demais 15 estações. Os dados destas, que fazem a medição normalmente, estão sendo armazenados e são enviados manualmente sempre que solicitados. O Inea também pretende fazer a modernização de algumas estações, que passarão também a medir o nível dos rios. A previsão é que este processo esteja concluído ainda neste semestre.