quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Uerj: campus Petrópolis começa a funcionar no primeiro semestre de 2014


Foto: Alexandre Carius
Embora o convênio para a instalação de cursos da Universidade Federal Fluminense (UFF), na área de Engenharia, tenha sido assinado antes, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) começará a funcionar primeiro do que a UFF. Será a primeira escola pública superior em Petrópolis. A Uerj pretende iniciar o curso de Arquitetura já no primeiro semestre de 2014, enquanto a previsão é de que obras necessárias para a instalação da UFF, no Quitandinha, sejam concluídas somente no segundo semestre.
O campus da Uerj vai funcionar no prédio que hoje abriga o Centro de Ensino Supletivo, uma unidade do governo estadual, na Avenida Barão do Rio Branco. O prédio vai ser reformado e adaptado para as primeiras turmas. 
"O curso de Arquitetura está intrinsecamente ligado a Petrópolis pela sua condição histórica e cultural, por ser a primeira cidade planejada das Américas e por preservar características do Império e de sua colonização. A Cidade Imperial pode ser considerada uma sala de aula ao ar livre e  por isso começamos oferecendo a Arquitetura, porém vamos fazer o campus crescer e avançar na cidade", afirma o reitor da UERJ, Ricardo Vieiralves.
O próprio campus vai ocupar um prédio histórico. A Casa do Barão do Rio Branco, um dos imóveis importantes do século XIX, foi palco, em 1903, da solenidade de assinatura do tratado entre Brasil e Bolívia assinaram o tratado que resultou na incorporação do território do Acre ao Brasil. Tombado pelo Patrimônio Histórico, o prédio será adaptado para salas de aula.  
Considerada uma das melhores universidades do país, a Uerj está entre as 100 melhores da América Latina no ranking da QS (Quacquarelli Symonds), do Reino Unido, organização internacional de pesquisa educacional que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.
A Uerj oferece  atualmente 32 cursos de graduação, que se desdobram em diferentes habilitações, licenciaturas e bacharelados. Os cursos são oferecidos por 30 unidades acadêmicas, abrangendo as cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Teresópolis, Resende e São Gonçalo.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Que tal bicicletas que armazenam energia das pedaladas?

Na Europa, 30% dos trajetos feitos por carros dentro das cidades têm, no máximo, 2 quilômetros. Nos Estados Unidos, 10% das viagens urbanas de automóveis têm menos de 1?600 metros. Dados assim estão no radar da startup americana Superpedestrian, com sede em Massachusetts, que aposta que uma parcela crescente de pessoas vai fazer esses pequenos trajetos sobre duas rodas.

A empresa lançou no início de dezembro um sistema que transforma qualquer bicicleta em um modelo elétrico, movido por uma bateria de lítio.
A roda traseira de uma bicicleta comum é trocada pelo pneu fabricado pela Superpedestrian. Nele, está acoplado um motor capaz de armazenar a energia gerada pelas pedaladas. Esse estoque é acionado para impulsionar os pedais quando o ciclista precisa de ajuda, por exemplo, para vencer uma subida.

A engenhoca, batizada de Copenhagen Wheel, foi desenvolvida dentro do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e já faz sucesso. Em novembro, recebeu um aporte de 2,1 milhões de dólares do fundo americano Spark Capital, do investidor David Karp, criador do Tumblr, plataforma de criação de sites comprada em maio pelo Yahoo! por 1,1 bilhão de dólares.

“A tecnologia foi concebida com dois objetivos: ser uma opção muito mais barata do que as que existem no mercado e acessível a qualquer pessoa que tenha uma bicicleta”, afirma o americano Assaf Biderman, presidente da Superpedestrian. O preço da Copenhagen Wheel é 700 dólares, enquanto uma bicicleta elétrica simples nos Estados Unidos custa, em média, 1?500 dólares.

Biderman, que também é diretor do laboratório SENSEable City, do MIT, centro cujo objetivo é estudar o impacto das tecnologias na vida urbana, afirma que há um renascimento do ciclismo em várias partes do mundo. Na Europa, as vendas de bicicletas comuns ultrapassaram recentemente as vendas de carros.

Nos Estados Unidos, em 1998, mais de dois terços das pessoas com 19 anos tinham carteira de motorista. Hoje, elas são menos da metade. Segundo a consultoria americana Navigant Research, as vendas de bicicletas elétricas crescerão 23% até 2020, formando um mercado de 10,8 bilhões de dólares.

Biderman diz que pretende trazer a Copenhagen Wheel para o Brasil em breve. A Caloi, recentemente comprada pela canadense Dorel, também estuda um modelo elétrico, mas só o lançará quando forem feitas mudanças na lei federal, que coloca as bicicletas elétricas na mesma categoria das motos.

“No Brasil, a venda de bicicletas elétricas é muito desestimulada pela legislação”, diz Eduardo Musa, presidente da Caloi. A falta de infraestrutura viária nas grandes cidades brasileiras é outro obstáculo. Mesmo com todas essas dificuldades, os fabricantes estão confiantes de que as barreiras serão vencidas.

A seu lado estão especialistas em mobilidade urbana, que veem as bicicletas como uma ferramenta para diminuir os problemas do trânsito. “Em Amsterdã, a bicicleta substitui boa parte da frota de ônibus”, diz Adalberto Maluf, diretor do grupo C40, que reúne representantes de cidades de todo o mundo para discutir as mudanças climáticas. Em tempos de aquecimento global e engarrafamentos, a Copenhagen Wheel acha que chegou a hora de dar um empurrão na alternativa em duas rodas.

Fonte:

Verena Fornetti
Exame
07/12/2013

Como identificar os falsos produtos sustentáveis


Diante da crescente preocupação com a interferência do homem no meio ambiente, o mercado ecosustentável, em todas as suas formas, vem atraindo a atenção dos consumidores. O problema é que o crescimento não vem sendo aproveitado da maneira necessariamente devida por todas as empresas. Essa prática é conhecida como greenwashing.

O termo inglês se refere a falsos benefícios ambientais oferecidos por empresas de produtos ou serviços, uma espécie de máscara colocada nos rótulos para induzir a compra de forma enganosa. Como não cair neste erro?
Foi pensando nisso que a TerraChoice criou um relatório dos pecados cometidos quando o assunto é greenwashing (veja lista abaixo), que funciona desde 2007 como um manual para se prevenir dessas práticas.

“Como o consumidor ficou muito sensibilizado com as questões ambientais e éticas, a forma como uma empresa gerencia seus impactos tornou-se um dos pontos que trazem reputação para a marca no mercado”, ressalta Natalia Pasishnyk, consultora sênior da Keyassociados.

Característricas genéricas como "verde", "natural", "sem produtos agrotóxicos” também podem ser utilizadas de maneira imprecisa.

“O falso sustentável pode ser reconhecido pela ausência de informações críveis no rótulo do produto, tais como ausência de selos de certificação de origem orgânica, comércio justo ou outra forma de rastrear a cadeia produtiva daquele bem", esclarece Clarissa Lins, sócio-fundadora da Catavento Consultoria em Gestão e Negócios em Sustentabilidade.

Outra forma de tentar enganar o consumidor é financiar ONGs com atividades ambientais para esconder que a marca promove impactos pesados, como desmatamento e poluição. Desta forma, as atenções se voltam para a boa prática, deixando as políticas incorretas em segundo plano. Em todos os casos, o marketing é a maneira mais fácil de induzir o consumidor ao erro.

Veja abaixo as regras para não cair nas mentiras do mercado.

1. O custo ambiental camuflado

Ocorre quando a empresa até resolve um problema ambiental, mas a sua ação acaba acarretando outro problema, sendo necessária uma escolha do consumidor. Ou, mais grave, a marca prefere abordar uma questão ambiental em detrimento de outras muito mais sérias. “Por exemplo, uma indústria intensiva em poluição do ar fala que usa papel reciclado nos seus escritórios, mas evita falar dos principais impactos causados por sua atividade”, explica Natalia, da Keyassociados.

2. A falta de prova

De que adianta a empresa trazer afirmações ambientais que não têm respaldo de provas ou certificações? Em alguns casos, a empresa até reconhece seus principais impactos, porém de forma que não permite que o consumidor entenda o contexto e a escala do problema. “Aqui a marca informa que reduziu as emissões de gases de efeito estufa em 10 mil toneladas sem dizer o que isso representa de fato”, afirma Natalia.

Muitas empresas usam essa estratégia. É bastante fácil colocar uma palavra que remeta a algo ecosustentável. Mas se o termo não fizer sentido, de nada adianta usá-lo. Por exemplo, empregar a palavra “natural” pode se referir até ao urânio e ao mercúrio, que também são naturais, apesar de danosos. “Normalmente, esse pecado aparece para distrair a atenção do consumidor, usando algumas palavras genéricas que fazem sentido apenas em certos setores, como um "verde" vago”, diz Natalia. É preciso ter uma explicação junto com o termo usado.

4. Culto a falsos rótulos

Esse é um dos pecados mais usados pelos marketeiros. A marca cria uma falsa imagem dando a entender que aquele produto tem certificação como produto verde. Cuidado para não confundir um selo de certificação do programa ambiental da própria empresa com os que são feitos por entidades reconhecidas no mercado.

5. Irrelevância

Quando ler algo nos rótulos sobre um problema ambiental, sempre questione se a afirmação é realmente substancial. Não adianta alegar que um produto é isento de CFC quando isso já é proibido por lei, por exemplo.

6. O menor de dois males

Este pecado está divido em dois pontos: o pecado do “Menos Pior” aparece quando um produto de uma categoria que não tem benefícios ambientais se classifica como verde, caso dos cigarros orgânicos; já o pecado da mentira ocorre nos casos em que a empresa faz alegações ambientais falsas. “Geralmente os resultados informados não são verificáveis, ou seja, nenhuma terceira parte os classificou como válidos”, ressalta a consultora sênior da Keyassociados.

Fonte:

Lygia Haydée
Exame
09/12/2013

Um país sem emissões de carbono: um sonho possível?

Um país sem emissões de carbono: um sonho possível?
Parece difícil imaginar que algum país populoso pode zerar emissões de gases efeito estufa e, consequentemente, ajudar a desacelerar o aquecimento global? Pois o Centro de Tecnologia Alternativa da Inglaterra garante que sim, no estudo "Zero Carbon Britain: Rethinking the Future", lançado em julho deste ano.

O time responsável por esse documento - que reúne engenheiros, um físico, uma nutricionista, um cientista social, entre outros pesquisadores - não propõe retrocesso econômico ou político com base em "planos mirabolantes", mas a aliança natural entre qualidade de vida da população e meio ambiente. Até porque, já é mais do que comprovado que para ser feliz por completo é preciso estar de bem com a natureza.
Não se trata, portanto, de parar de emitir. Basta reduzir as emissões e compensar o que não foi possível cortar. Por exemplo, em 2010 a Inglaterra emitiu 652.1 MtCO2; destas, 23.8 MtCO2 foram reabsorvidas – balanceando parte das emissões do país. Portanto, o saldo terminou em 628.3 MtCO2 negativos.

O objetivo do grupo é transformar o saldo final em nada mais que ZERO, sem depender de tecnologias em desenvolvimento. Ou seja, só foram levadas em conta tecnologias já existentes.

Investimentos em eficiência energética e energia renovável – especialmente eólica – foram apontados como fundamentais para alcançar essa meta. Hoje, a energia daquele país é responsável por 82% das emissões de gases de efeito estufa. Plantar florestas, enterrar materiais orgânicos e capturar e armazenar carbono também estão entre as medidas sugeridas para reabsorver os gases emitidos.

Confira o estudo completo e conte-nos o que você acha. Será que a ideia sairá do papel?

Fonte:

Jéssica Miwa
Planeta Sustentável
09/12/2013

ONU autoriza hidrelétrica a negociar crédito de carbono

A Hidrelétrica Ferreira Gomes (AP), da Alupar, obteve registro na Organização das Nações Unidas (ONU) para participar do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

A autorização torna possível a comercialização de 402,722 mil toneladas de créditos de carbono por um período de sete anos, renováveis por mais três períodos consecutivos.

De acordo com a Alupar, o benefício do uso dos créditos será concedido a partir da entrada em operação da usina, prevista para o meio de 2014.

A hidrelétrica, o maior empreendimento de geração em construção pela Alupar, com 252 megawatts de capacidade, é fundamental para o abastecimento da Região Norte, ainda muito dependente da geração térmica.

Atualmente, 70% da energia que abastece o Amapá é gerada a partir do consumo de óleo diesel, altamente poluente e caro.

Fonte:

Wellington Bahnemann
Estadão
11/12/2013

Retrofit verde ajuda no bolso (e revoluciona seu prédio)


Já ouviu falar em retrofit verde? Este movimento, hoje tendência mundial, é uma técnica que consiste na adaptação e na melhoria de edificações já existentes, aproveitando sua parte estrutural para transformá-la por dentro. É um caminho mais rápido para que edifícios antigos e clássicos atinjam um padrão sustentável em comparação à construção de um novo projeto. O processo traz ganhos em 5 áreas (veja-as ao final).

A tendência ganha mais espaço a cada dia. Nos Estados Unidos, o mercado da construção sustentável saiu dos míseros U$ 10 bilhões em 2005 para atingir U$ 236 bilhões atualmente. O exemplo de maior destaque é o Empire State Building.

Os americanos não agiram apenas por preocupação ambiental: como resultado, houve uma redução de 38% com os gastos de energia de um dos prédios mais conhecidos de Nova York, com a expectativa de economia de US$ 4,4 milhões de dólares por ano.

No Brasil, o exemplo com maior repercussão é a reforma do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Visando a Copa do Mundo 2014, o local conta hoje com placas de energia solar que garantem uma redução de 25% da energia consumida. Melhor: o novo Maracanã reusou boa parte de sua estrutura antiga, um dos preceitos do retrofit.

Benefícios

Existe, primeiro, a questão ambiental. “No Brasil, os edifícios respondem por cerca de 45% do consumo anual de energia de todo o país, por 22% da emissão de CO2 e por 21% do consumo de água potável”, diz Manoel Gameiro, diretor comercial e de produtos aplicados da Trane para América Latina.

E há a economia direta no bolso: com a técnica, o uso de energia diminui cerca de 30% e o de água cai pela metade. É, ainda, uma boa solução comercial, já que pode aumentar em até 10% os valores para venda e locação de empreendimentos.

Acima de tudo, é preciso levar em conta que há uma demanda crescente por novas construções nas grandes cidades sem que haja espaço para tantos novos projetos.

O investimento, é verdade, não é dos mais baratos. “Mas, apesar disso, ele se paga em um curto espaço de tempo”, diz Walter Serer, diretor geral de Soluções Climáticas da Trane Brasil. Dados mostram que a redução dos custos operacionais durante um ano chega a 8%.

O retrofit verde pressupõe que qualquer tipo de atualização em um edifício que já exista pode ajudar na melhora do seu desempenho energético e ambiental. Veja o que pode ser feito:

1) Iluminação

Com o apagão de 2001, as pessoas ficaram mais atentas ao assunto da economia de luz. “Creio que esse tenha sido um divisor de águas para que melhorias energéticas simples pudessem ser feitas em todos os tipos de prédio, principalmente nos residenciais”, diz Serer. Aqui, as possibilidade são a substituição de lâmpadas antigas por equipamentos mais modernos, como lâmpadas de led, sensores de movimento, películas protetoras para diminuição da luz e temperatura do ambiente.

2) Conservação da água

Como este é um dos pontos que causa maior gasto desnecessário nas edificações, é importante haver investimento em equipamentos para redução do fluxo de água, reaproveitando a água da chuva, juntamente com o controle e medição do consumo através da aplicação de medidores. Outra solução é recolher a água das pias de banheiro e da cozinha também para reuso. Elas são levadas a uma pequena estação de tratamento e guardadas em um reservatório para posterior uso em uma tubulação exclusiva para os vasos sanitários.
3) Climatização
As estratégias típicas para melhorar a climatização do ambiente incluem um estudo térmico do edifício para determinar as cargas térmicas de aquecimento e arrefecimento ainda na fase de concepção do projeto. “Para ter êxito, é importante que haja a substituição de equipamentos primários por sistemas mais eficientes e bem dimensionados de acordo com as necessidades do espaço. Isso traz a otimização das unidades terminais, ajuda no balanceamento de aquecimento e na refrigeração dos espaços”, diz Gilbert Simionato, consultor de novos negócios da Empresa Verde Consultoria em Sustentabilidade.

4) Fachada

Aqui é recomendável o uso de vidros espelhados que mantêm a temperatura interna nos dias mais quentes. Para isso, no entanto, é preciso prever mecanismos que permitam a abertura das janelas em determinadas horas do dia, aproveitando, também, a ventilação natural. “Vigas refrigeradas e a aplicação de sistemas de sombreamento controlados por computador também são ótimas alternativas”, explica Simionato.

5) Eficiência energética

Esse é um dos principais focos do retrofit verde. Foi, inclusive, alvo de importantes discussões mundiais, tendo como resultado o pacote ambiental do governo de Barack Obama, que destinou US$ 20 bilhões para o assunto.

Algumas soluções bastante eficientes já tem surgido no mercado brasileiro. “Sabemos que um prédio, ao longo de 50 anos de existência, gasta 15% do orçamento no projeto e na construção e 85% com reformas e manutenção”, conta Gameiro.

Por isso, a preocupação em fazer com que os produtos tragam eficiência energética ao empreendimento sem dar dores de cabeça. Para tanto, as máquinas usadas pelas empresas da área contam com dispositivos eletrônicos que reúnem dados de como estão as variações de pressão, temperatura e quantidade de óleo usado.

“Com isso, o cliente pode avaliar o que deve ser alterado para que continue com a mesma performance sem consumir mais”, finaliza Gameiro.

Fonte:

Lygia Haydée
Exame
12/12/2013

Preservação da Amazônia será o eixo de Fórum


A preservação da Amazônia, que, segundo povos indígenas, é ameaçada por planos de estradas supranacionais, será o eixo de um fórum que começa nesta sexta-feira e reúne federações de aborígenes e autoridades na Colômbia.

"Está sendo travada uma intensa batalha entre os povos indígenas que a habitam (a Amazônia) e que estão lutando para conservá-la ante a avalanche de novos projetos que buscam a construção de estradas", afirmou em um comunicado a Coordenadora das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA), que convoca o evento.
Este fórum, realizado na localidade colombiana de Villavicencio, situada 70 km a sudeste de Bogotá, é organizado por federações de povos indígenas amazônicos de oito países (Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname) e pela Guiana Francesa.

O debate girará em torno do plano IIRSA (Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional na América do Sul), um projeto para a construção de caminhos que os indígenas afirmam que pode ter um impacto negativo em seus territórios.

Os indígenas sustentam que as mega-represas hidroelétricas, assim como os grandes projetos de mineração, a extração de hidrocarbonetos e o desmatamento são suas principais ameaças, e temem que uma melhoria do sistema viário da região impulsione estas atividades e as facilite.

A Amazônia, a maior floresta do mundo, possui quase 12% das reservas de água doce do planeta, segundo dados da COICA.

Este encontro, que se estenderá até domingo, reunirá funcionários dos ministérios de Ambiente e Assuntos Indígenas de vários países, especialistas de organizações internacionais, como Nações Unidas, e grupos ambientalistas, como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, em inglês).

Fonte:

AFP
13/12/2013

37,7 mil toneladas de agrotóxicos tiveram destino corretos


De janeiro a novembro deste ano, mais de 37,7 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos foram recolhidas e encaminhadas para o destino ambientalmente correto.

O dado foi divulgado hoje (13) pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade que representa os fabricantes desses produtos.

O número representa um crescimento de 9% no volume coletado em todo o país, em relação ao mesmo período de 2012.
O estado de Mato Grosso, área com intensa atividade agrícola, foi o que mais recolheu embalagens nesse período.

Foram 8,8 toneladas, que representam um crescimento de 8% em relação ao ano passado. Em seguida, estão os estados do Paraná (4.751 toneladas), de São Paulo (4.457), Goiás (4.203) e Rio Grande do Sul (3.541). Juntos, eles respondem por cerca de 70% do total do país.

O Maranhão, Rondônia e Roraima, por sua vez, destacaram-se em relação ao aumento do volume recolhido.

O total de embalagens que foram utilizadas em plantações maranhenses passou de 605 toneladas, de janeiro a novembro de 2012, para 934 em igual período deste ano, um incremento de 54% no descarte adequado.

Em Rondônia, houve crescimento de 53%, tendo passado de 153 toneladas para 233. Em Roraima, a coleta aumentou 24%, totalizando 15 toneladas.

De acordo com o inpEV, cerca de 94% das embalagens plásticas primárias, que entram em contato direto com o agrotóxico, são devolvidas pelos agricultores.

A entrega é feita em 400 unidades de recebimento espalhadas pelo país. Parte desse insumo é reciclada, sendo novamente transformada em recipiente para esss produtos ou em embalagens plásticas. Outra parte é incinerada.

Além das unidades de recebimento, unidades itinerantes contribuem para que a entrega seja feita por pequenos e médios produtores que têm propriedades em lugares remotos. Cerca de 10% de todo o material coletado foram recolhidos nesses postos temporários.

Fonte:

Agência Brasil
13/12/2013

Minc promete que Estado do Rio vai acabar com lixões


O secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse hoje (13) que o estado deve ser o primeiro do país a acabar com os lixões, o que está previsto para ocorrer no próximo ano.

Ele apresentou, nesta sexta-feira, o balanço de 2013 do Programa Coleta Seletiva Solidária, da Secretaria de Estado do Ambiente, que reuniu cerca de 180 pessoas, entre representantes de prefeituras, cooperativas de catadores de lixo e agentes ambientais.
“Em 2014 vamos acabar com todos os lixões do estado. Talvez seremos o primeiro estado do Brasil a cumprir a lei, segundo a ministra [do Meio Ambiente] Izabella Teixeira”, adiantou Minc.

Segundo ele, no entorno da Baía de Guanabara já foram fechados todos os grandes lixões, citando Itaoca, em São Gonçalo, na região metropolitana; e Babi, em Belford Roxo, e Gramacho, em Caxias, ambos na Baixada Fluminense.

“Em matéria de lixão, em seis anos, invertemos de 90% do lixo em lixões para 10%, e os 10% de lixo em aterros, para 90%”, assegurou

De acordo com ele, o Rio de Janeiro deu um grande salto com o fechamento dos lixões e a abertura de aterros sanitários para substituí-los. No entanto, como ocorre segundo ele em todo o Brasil, está atrasado na coleta seletiva e na reciclagem.

“Do ponto de vista da reciclagem, nesses mesmos anos, passamos de 1% de coleta seletiva domiciliar para 3%. Ou seja, 95% das residências ainda não fazem a separação e a coleta seletiva”, admitiu Minc.

Durante o evento, foram avaliadas duas estratégias para solucionar o problema da coleta seletiva e reciclagem no estado.

A primeira sugestão da secretaria é apoiar os municípios a organizarem a coleta seletiva, dividindo as cidades por bairros, fazendo galpões, organizando a distribuição de material reciclado para as cooperativas e conseguindo transportes.

A outra proposta é apoiar as cooperativas, qualificando os catadores, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Ministério do Trabalho, porém com recursos e orientação do órgão estadual.

Além disso, a secretaria disponibilizaria às cooperativas instrumentos, como compactadores e esteiras.

No encontro, também foi abordada a hipótese das licenças estaduais e municipais concedidas às empresas agregarem uma condicionante ambiental. Nele, as empresas entregariam seu lixo reciclável às cooperativas de catadores, já que esse insumo é vital para a categoria.

O Programa Coleta Seletiva Solidária foi criado em 2011, a fim de assessorar os municípios fluminenses na elaboração, implantação e acompanhamento da coleta seletiva, valorizando a categoria dos catadores de materiais recicláveis.

Ao longo desses dois anos, a Secretaria de Estado do Ambiente apoiou ações em 60 prefeituras, qualificando mais de 60 cooperativas de catadores.

“Essas ações estão em curso, mas vimos que é necessário um maior volume de recursos, mais setores das prefeituras envolvidos, orientar as empresas para que forneçam seu resíduo limpo.

Essas medidas vão impulsionar para que o resultado da reciclagem atinja outra escala”, explicou Carlos Minc.

Pela Lei 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, após 2014 o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários.

Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados.

Fonte:

Agência Brasil
13/12/2013

Empresas envolvidas em fraude da fiscalização trabalhista também serão alvo de investigação

Foto: Reprodução

Mais empresários e até mesmo representantes de sindicatos podem ser presos se comprovada a participação no escândalo do “mensalão” trabalhista. Na última semana, a operação “workaholic” prendeu nove pessoas (duas em Petrópolis) pelo envolvimento no esquema de propina pago por empresas para fugir da fiscalização trabalhista. Entre os presos estavam um empresário, três contadores e quatro auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Porém, nas próximas etapas da investigação, que foi iniciada em 2008, mais pessoas podem ser presas.
Segundo o delegado da núcleo Petrópolis da Polícia Federal, Adriano Kaipper, que está à frente do caso, o Ministério Público avaliará quais empresas foram vítimas e quais participaram espontaneamente do esquema fraudulento. “Esse caso ainda será aprofundado. Ainda não podemos divulgar agora, porque estamos fazendo o levantamento de quais empresas foram envolvidas. Mas, é possível que mais gente venha a ser presa. É preciso saber que foi coagido à participar e quem foi corruptor ativo”, explica o delegado.
As investigações da PF também não exclui a possibilidade de sindicatos estarem envolvidos no esquema. “Tudo será avaliado em etapas futuras da investigação”, afirma Kaipper.

Entenda o caso

Sete homens e duas mulheres, entre contadores, empresários e auditores-fiscais do MTE, foram presos durante a operação “Workaholic”, deflagrada na última sexta-feira pela PF em Petrópolis e nas cidades do Rio de Janeiro, Teresópolis e Três Rios. O cabeça da quadrilha, segundo a Polícia Federal, era um auditor-fiscal do MTE, morador do Vale do Cuiabá. Na residência dele a PF recolheu documentos que estão sendo analisados. O empresário petropolitano preso também na sexta-feira, seria o responsável por organizar a cobrança junto às empresas envolvidas. O esquema vinha sendo investigado desde 2008.

Petrópolis vai receber sede da UERJ

Foto: Alexandre Carius

Durante a inauguração do Centro Vocacional Tecnológico (CVT), e a ampliação do polo Cederj no início da tarde de ontem, em Cascatinha, o governador Sérgio Cabral declarou que Petrópolis vai receber uma sede da UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, já no próximo ano. A intenção é criar, em 2014, o polo de ensino, possibilitando que vários setores educacionais funcionem de maneira otimizada. Além disso, também foi anunciada a aplicação das verbas do projeto somando forças, que totalizam mais de R$ 20 milhões, que serão destinadas a cidade. 

“O nosso objetivo é criar um polo com diferentes universidades, que estimulem os alunos. No mês passado também foi assinado um convênio, que viabiliza a vinda da Universidade Federal Fluminense (UFF),  para o município. O PED de Petrópolis vai ser o primeiro a ter um conceito que engloba alunos do ensino fundamental, o que vai entusiasmar os estudantes que muitas vezes, precisam de estímulo. A UERJ é mais uma conquista, o prédio localizado na Av. Barão do Rio Branco, ainda está em processo de desapropriação, mas tudo foi encaminhado. A principio será oferecido apenas o curso à distância de arquitetura, mas já existem projetos para o futuro com ampliações”, disse o governador do Estado Sérgio Cabral. 
Para o presidente da fundação de Apoio à Escola Técnica, Celso Pansera, a medida é fundamental para garantir um bom crescimento. “A tecnologia aliada a educação de qualidade é a fórmula perfeita para qualquer estrutura social. A Faetec por exemplo, forma por ano, cerca de 250 mil alunos. Então é muita gente qualificada, com um alto índice de empregabilidade. No início do ano vamos oferecer 880 vagas, nos 14 cursos que serão disponibilizados aqui, todos direcionados para o mercado de trabalho de Petrópolis. Entre eles estão a formação de profissionais voltados para a área de hospitalidade e lazer, e setores estratégicos na economia da cidade. Também teremos cursos de espanhol e inglês, ”, afirmou. 
No dia 15 de janeiro as inscrições para os cursos vão estar abertas. “Universidades Federais e centros de formação técnica qualificados, atraem novas empresas para a cidade e isso movimenta a economia, sem contar o crescimento que o município tem. Até 2016 esperamos ter todos os cursos do Cederj, a disposição aqui no bairro, um dos mais populosos. Termos em um único local, ensino fundamental, médio, universitário e até pós-graduação, é uma evolução e tanto, que só vai trazer benefícios para os estudantes de todas as idades. Seja para se especializar, como para se reciclar como é o caso de muitas pessoas”, declarou o prefeito Rubens Bomtempo.
“Com a inauguração da unidade, chegamos à marca de 39 CVTs no estado. Continuaremos com a política de expansão de cursos de qualificação profissional, que tem gerado ótimos resultados no atendimento às demandas do mercado de trabalho. É importante que as pessoas entendam que o setor tecnológico é o suporte para um desenvolvimento adequado. Fator que o atual governo tem levado em consideração, tendo em vista os R$ 400 milhões em investimentos, que já foram feitos à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), apenas em 2013”, contou o secretário de Desenvolvimento e Tecnologia do Estado, Gustavo Tutuca. 
A unidade abriga ainda o Centro de Educação Infantil Carolina Amorim. No CVT também é oferecido ensino universitário à distância, de cursos das maiores universidades públicas do estado. As inscrições para os cursos do Centro Vocacional Tecnológico devem ser feitas através do site www.faetec.rj.gov.br, e a seleção é por meio de sorteio.

Verbas do programa Somando Forças são anunciadas para Petrópolis
Na ocasião o vice-governador do estado, Luiz Fernando de Souza, mais conhecido como Pezão, anunciou a aplicação de verbas em Petrópolis. R$ 5 milhões e 500 serão destinadas para obras de contenção de encosta. “A cidade sofre muito com as chuvas, construções irregulares acabam agravando o problema, e por isso precisamos criar medidas que minimizem as constantes tragédias. Mais de R$ 6 milhões também foram disponibilizados, para a reestruturação do Hospital Alcides Carneiro, setor que verificamos depois de muitos encontros com o prefeito, a necessidade de uma intervenção rápida. Além, de R$ 8 milhões e 587 mil para a pavimentação. Com isso esperamos trazer grandes melhorias”, informou. 

sábado, 14 de dezembro de 2013

Sai relatório da Comissão da Chuva

Sujeira após às chuvas. / Foto: Bruno Rodrigues/Arquivo

Durante audiência pública nesta semana na Câmara Municipal, a comissão especial para apurar possíveis conflitos, omissões e divergências nas ações desempenhadas pelos órgãos federais, estaduais e municipais frente à catástrofe das chuvas, apresentou o relatório final de 2013. Entre as várias cobranças realizadas pela comissão, uma delas afirma que o Poder Executivo precisa dar respostas claras e concretas às demandas urgentes da população, tais como habitação, pontes, reflorestamento, obras de infraestrutura, construção da Unidade de PSF e Sistema de Alerta e Alarme.
O presidente da comissão, vereador Silmar Fortes, disse que durante o ano de 2013 foram realizadas reuniões mensais e setoriais, visando uma aproximação maior com os órgãos responsáveis por área de atuação, e assim esperava-se chegar a respostas mais concretas. “Apesar da dificuldade, acredito cumprimos nosso papel até o momento, pois com a participação de várias instituições conseguimos criar um ambiente democrático, onde as críticas aparecem, mas todos sabem com responsabilidade responder e assimilar”, afirmou Fortes, lamentando a ausência do governo municipal na última audiência realizada na terça-feira, dia 10. 
Ainda segundo o relatório da comissão, foi grande a participação nas reuniões, com a presença de representantes do estado e do município, do Ministério Público, de técnicos da cidade, além de representantes das comunidades atingidas. “Durante os encontros, constatamos a existência ainda de muitos entraves burocráticos e dificuldades na obtenção de informações, e as respostas são insuficientes para aplacar a ansiedade das comunidades atingidas”, afirma o documento. 
A principal demanda, entre as várias existentes, conforme apurou a comissão, é a habitação. Atualmente, um dos principais problemas do município é o déficit habitacional e, de acordo com o documento, “tem-se aproximadamente 15 mil famílias vivendo em áreas de risco e um passivo de décadas de desastres naturais que deixaram centenas de petropolitanos desabrigados, à espera de uma resposta por parte do governo”.
O relatório da comissão afirma que com as chuvas de 2011, Petrópolis contabilizou aproximadamente 900 famílias desabrigadas, que se cadastraram no aluguel social do estado ou do município. “Hoje, após difíceis negociações com o Inea para escolha de uma unidade habitacional, compra assistida ou indenização, algumas dessas famílias estão sendo retiradas desse cadastro, de acordo com informações da Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania, que após o recadastramento feito neste ano informou que 200 famílias deixaram de comparecer”. 
Outro dado apurado pela comissão, a partir de informações do Inea, é que existem 580 famílias que não estão em qualquer dos cadastros, mas recebem aluguel social do estado. O objetivo é que seja feito um cadastro único no município, para acabar com essas irregularidades. Desde o início dos trabalhos, a comissão cobrou do estado a unificação do cadastro, com o objetivo de evitar possíveis irregularidades.
A comissão constatou ainda que apenas 27 unidades habitacionais foram construídas, pela iniciativa privada, para atender às vítimas do Vale do Cuiabá, e que 50 unidades habitacionais pré-moldadas feitas pelo governo do estado ainda estão em fase de conclusão. “Os demais empreendimentos que seriam construídos em terrenos desapropriados pelo governo do estado no Vale do Cuiabá e Benfica e um que a União transferiu para o estado no bairro Mosela não tiveram concluídos os projetos de licitação e liberação de financiamento na CEF. As empresas ganhadoras das licitações desistiram dos projetos e, no momento, o Estado negocia com o Município a cessão desses terrenos para que o Município promova nova licitação para a construção desses três conjuntos habitacionais”, afirma a comissão no relatório. 

Brejal e Cuiabá ganham cinco novas pontes


A Ipê Engenharia, empresa vencedora de licitação realizada na última quarta-feira, começa em janeiro a reconstrução de cinco pontes, investimento de R$ 3,9 milhões do governo do Estado para recompor áreas atingidas pelas chuvas. As obras foram garantidas no orçamento do Estado por indicação do deputado petropolitano Bernardo Rossi (PMDB).
As estruturas serão erguidas no Brejal (Córrego do Brejal e Estrada das Peras), no Vale do Cuiabá (Buraco do Sapo e Rio Carvão) e no bairro Santa Mônica (Ponte Geni Gomes). 
Leonel Costa Junior, sócio-proprietário da empresa, engenheiro responsável pelas intervenções, acredita em sua execução "o mais rápido possível",  principalmente em função do caráter social do empreendimento,  que vai atender a comunidades. "O fator climático característico dessas regiões nesta época do ano influencia, mas estamos confiantes do cumprimento de prazos e, o mais importante: garantia de qualidade das estruturas", afirma.
O governo do Estado está investindo ainda R$ 1,1 milhão em obras nas estradas do Cantagalo, no Vale do Cuiabá, e em Boa Vista, no Brejal. Elas foram iniciadas há dois meses e serão concluídas em 90 dias. - As pontes e as estradas foram priorizadas por serem importantes para o trânsito dos moradores e também para o escoamento da produção rural, sobretudo no Brejal", aponta Bernardo Rossi. A localidade, no quinto distrito da Posse, tem mais de 100 produtores rurais. 
No total, em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, são R$ 110 milhões aplicados pelo governo do Estado somente em pontes. "Nós já reconstruímos 63 pontes na Região Serrana, estamos começando agora mais 23, e ainda temos cerca de 20 para lançar. São cerca de 100 pontes no total", explica o vice-governador e coordenador de infraestrutura do estado, Luiz Fernando Pezão.

Polícia apreende crack e prende quatro em Petrópolis, no RJ Material foi encontrado no Morro da Oficina por meio de denúncias. Suspeito de ser o chefe do grupo veio do Rio de Janeiro.

Equipes da Polícia Militar prenderam três homens e apreenderam um menor de idade suspeitos de tráfico e associação para o tráfico de drogas. A ação aconteceu na comunidade do Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra, em Petrópolis, Região Serrana do Rio. Os policiais apreenderam ainda 63 pedras de crack, 65 cápsulas de cocaína, material para embalar a droga, radiotransmissor e binóculo. A equipe do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) recebeu o apoio de outra equipe da PM que fica baseada no bairro.
Segundo o cabo Anderson, que participou da operação, o esquema no local se assemelha ao adotado em favelas da capital. “Eles já ficam monitorando a chegada da polícia e se comunicam com rádios. O primeiro suspeito que abordamos havia acabado de jogar o aparelho no mato, mas nós conseguimos resgatá-lo”, explicou o PM. Ele acrescentou que o crack não é uma droga comum na cidade e que o suposto chefe do grupo teria vindo do Rio de Janeiro. O caso está sendo registrado na 105ª Delegacia de Polícia.
Os policiais chegaram até uma casa abandonada onde encontraram material para embalar drogas, mas o material foi encontrado com outros dois homens que estavam escondidos em uma laje. Eles apontaram um quarto envolvido como sendo o chefe do bando. Este chegou ao local de taxi em meio à operação. Ele estava sem documentos pessoais e os policiais suspeitaram da atitude do jovem. O homem foi levado para a delegacia após ser apontado como o chefe do grupo pelos outros três.
Segundo o cabo Anderson, da equipe do Patamo, “ele é conhecido como Pará, o mesmo apelido do chefe do tráfico na comunidade da 24 de Maio, que prendemos na última semana”. O PM ressaltou que a colaboração da população, através do disque denúncia, foi fundamental para que os suspeitos e os entorpecentes fossem encontrados.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Prefeitura de Petrópolis, RJ, começa limpeza em áreas de encostas Prefeitura vai construir um muro de contenção nas áreas afetadas. Obra vai custar R$ 284 mil; verbas são do governo do Estado.

12/12/2013 19h35 - Atualizado em 12/12/2013 21h07
A prefeitura de Petrópolis, Região Serrana do Rio, começou a retirar pedras que deslizaram de uma encosta no bairro Alto da Serra. O primeiro deslizamento aconteceu em dezembro de 2011. Em fevereiro de 2013, outro deslizamento atingiu a região.
Um muro de contenção deve ser construído para evitar novos casos. A previsão é que a obra fique pronta em abril de 2014. O investimento está avaliado em R$ 284 mil, e os recursos são do governo do Estado.
A primeira etapa prevê apenas a limpeza do terreno. Os operários estão quebrando as pedras para que sejam reduzidas, sendo que boa parte já foi retirada. Nesta quinta-feira (12), o trabalho precisou ser interrompido por causa da chuva.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Instituto faz teste em espuma do mar de Angra dos Reis


Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), fazem hoje (2) nova vistoria para descobrir a origem da espuma que se acumula nas praias da região entre Angra dos Reis e Paraty, na costa verde fluminense.

Dessa vez, a análise será feita na captação de água e no descarte de efluentes das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, pertencentes à Eletrobras/Eletronuclear, que ficam próximas aos locais onde a espuma apareceu, há cerca de dois meses.

"Vamos fazer essa análise nas usinas para termos uma comparação entre essas amostras, apenas com o intuito de confirmar os primeiros exames", disse a presidenta do Inea, Marilene Ramos.
Os primeiros testes com amostras da espuma foram feitos na semana passada e os resultados mostraram que a composição é orgânica e não apresenta risco ao meio ambiente.

O presidente da colônia de pescadores de Angra dos Reis, Alexandre de Castro, se queixou que até o momento nenhuma autoridade se reuniu com os pescadores para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.

"A espuma é muito densa, e os peixes não circulam nos locais onde ela está concentrada. A renda dos pescadores aqui da região depende única e exclusivamente da pesca, e nós estamos sendo muito prejudicados. Esperamos uma explicação ou justificativa, para entendermos o que está ocorrendo", contou.

A Eletrobrás/Eletronuclear informou em nota publicada em seu site que o fenômeno não tem qualquer relação com as atividades da empresa e que o mesmo fenômeno ocorreu em Mooloolaba, na Costa Leste da Austrália, e em Aberdeen, no Norte da Escócia.

De acordo com a empresa, os estudos do Inea constataram que "se trata de um feito natural, que ocorre praticamente todos os anos também na costa brasileira e que, neste ano, alcançou grandes proporções devido às condições oceanográficas e meteorológicas".

A Eletrobras/Eletronuclear disse que, atualmente, há uma expansão da quantidade de nutrientes no mar que servem de alimento para diversos tipos de microalgas marinhas, provocando uma grande proliferação delas, que se agrupam em massas.

Essas massas de microalgas são “quebradas” quando há turbulência das massas d’água, como ocorre nas ressacas. O fenômeno é potencializado por fatores físicos como a turbulência do mar e o vento.

A empresa informou também que, para a refrigeração das usinas Angra 1 e Angra 2, há necessidade de captação de água do mar em Itaorna, que é retornada ao meio ambiente no Saco Piraquara de Fora sem qualquer contato com o sistema radioativo das usinas durante a circulação no sistema.

A estatal estimou que a espuma orgânica vai permanecer na região enquanto permanecerem as condições ambientais, e que não ocorreu nenhuma mudança ou alterações nos processos operativos das usinas, mesmas no período de ocorrência dessa espuma.

Fonte:

Agência Brasil
02/12/2013

Doenças aumentam com o mau uso das ecobags


As ecobags ou sacolas retornáveis – feitas de tecido e outros materiais – conquistaram o mundo e têm marcado presença nas ruas, supermercados, feiras etc, mostrando que substituem muito bem qualquer sacola plástica que leva mais de 400 anos para se decompor.

Só que essa boa prática tem causado outro problema: grande parte dos usuários não sabe manter suas ecobags limpas, o que resultou no aumento de doenças provocadas por bactérias como E.coli – que provoca infecções urinárias e diarreia, entre outras.
Em uma análise na cidade de São Francisco, por exemplo, 12% das sacolas reutilizáveis da cidade estavam contaminadas.

Para resolver o problema, não é preciso adotar as sacolas plásticas novamente. Claro que não! Basta ter higiene. Isso mesmo!

Parece óbvio, mas muita gente esquece que é preciso lavar suas sacolas retornáveis com água e sabão sempre que forem usadas ou, uma vez por semana, pelo menos. Se for possível usar água quente, melhor ainda.

Fonte:

Planeta Sustentável
04/12/2013

Percentual de compras federais sustentáveis é muito baixo

A secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, disse hoje (5) que apenas 0,1% do total das compras do governo federal, produtos e serviços, são sustentáveis.

Para ela, a administração pública tem um enorme desafio para melhorar esse indicador.

“Desde a [Conferência] Rio + 20 tem havido um aumento [nas compras sustentáveis]. No ano passado, houve um crescimento de 236% nas compras sustentáveis [usando critérios ambientais], mas ainda assim é muito baixo o percentual [do volume total]”, disse a secretária, ao participar do diálogo público promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre contratações públicas sustentáveis.
Segundo Mariana, a mudança no padrão de consumo e produção deve começar pelo governo em parceria com o setor produtivo. “O governo tem que, de fato, promover o desenvolvimento sustentável e tem mecanismos para isso, por meio de compras públicas e licitações sustentáveis”.

De acordo com a secretária e o vice-presidente do TCU, Aroldo Cedraz de Oliveira, é preciso mudar o paradigma das compras públicas do menor preço a qualquer custo sem levar em consideração os aspectos socioambientais.

“Existe uma prerrogativa de que os princípios da economicidade e da isonomia concorrencial prevalecem sobre os demais aceitando que empresas não sustentáveis possam ter a mesma atenção que empresas sustentáveis”, disse Mariana.

O vice-presidente do TCU informou que o Decreto 7.746/12 - que regulamenta o Artigo 3º da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações) estabelecendo critérios para a promoção do desenvolvimento sustentável por meio das contratações feitas pela administração pública federal – traz avanços para as compras públicas sustentáveis, mas o marco regulatório ainda precisa de ajustes.

“A Lei 8.666 se mostra em alguns aspectos já ultrapassada e tem que ser revista”.

Para Oliveira, o tema precisa estar na agenda dos gestores públicos para que o país cresça de forma sustentável. “Começa a haver um movimento para que possamos a partir de agora entender que os recursos públicos federais têm que ser aplicados dentro do parâmetro de uma economia que preserve nossos recursos naturais”, acrescentou.

O presidente do TCU, Augusto Nardes, ressaltou que o tribunal tem observado que os projetos de obras de infraestrutura não contemplam o meio ambiente e comprometem a biodiversidade.

“Queremos que as obras de infraestrutura obedeçam a critérios socioambientais desde o início. O que o TCU tem encontrado é que a obra já está em andamento e não foi levada em consideração a questão ambiental. Isso leva a um desperdício do dinheiro público e de tempo”.

O diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, que participou do evento, informou que a sustentabilidade é um dos valores da missão e do plano estratégico da empresa.

“Precisamos incorporar a sustentabilidade às nossas compras para estimular que as contratações que a gente faça, tanto para obras quanto para outros equipamentos, sejam com materiais sustentáveis. Esse seminário é importante porque aponta os caminhos com experiências que algumas áreas [governamentais] já trilharam. Estamos aqui aprendendo como fazer”, disse.

Fonte:

Agência Brasil
05/12/2013

Produção de alimentos precisa crescer 70% até 2050


Em menos de 40 anos, seremos 9,6 bilhões de pessoas no planeta, de acordo com estimativa da ONU, e para dar conta de alimentar com dignidade cada uma delas será preciso aumentar em 70% a produção alimentar.

O dado foi divulgado nesta terça-feira (03/12), no relatório preliminar Criando um Futuro Sustentável para a Alimentação. O documento apresenta uma lista de medidas que podem ser adotadas para garantir que, em 2050, toda a população seja alimentada de forma sustentável.
Entre elas:
- conscientizar os cidadãos para que melhorem seus hábitos alimentares;
- aumentar a produtividade das colheitas e da pecuária em terras agrícolas e
- reduzir o desperdício de alimentos e a produção de resíduos, o que diminui o excesso de demanda.

"É preciso focar nos princípios da agricultura de clima inteligente, que faz com que plantações, pecuária, florestas e pesca tenham o potencial de aumentar de forma sustentável a segurança alimentar, a resistência e a redução da pegada de carbono da agricultura. Seguir esta abordagem não é um luxo, é uma necessidade", alerta Juergen Voegele, diretor do Banco Mundial para Agricultura e Serviços Ambientais.

O relatório Criando um Futuro Sustentável para a Alimentação foi produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Banco Mundial e Instituto de Recursos Mundiais. A versão completa do documento será lançada em 2014.

Fonte:

Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável
05/12/2013

4 bons motivos para sua empresa medir emissões de carbono


Muitos empreendedores ainda não sabem, mas medir as emissões de carbono pode trazer diversos benefícios para o próprio negócio não restritos às questões ambientais. As vantagens são, inclusive, legais e econômicas.

“Isso, antes de ser uma barreira, é um diferencial. Muitas empresas com forte empenho nas questões ambientais se preocupam com a elaboração completa de seus inventários. Neste caso, necessitam dos dados de seus fornecedores para complementarem as próprias estatísticas”, salienta Guy Ladvocat, gerente de Certificação de Sistemas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Nesses casos, ter as informações em mãos pode ser uma necessidade para o negócio. Hoje, em diversos processos de aquisição de bens e serviços, é cada vez mais requerido que os fornecedores sejam certificados ou tenham o inventário da emissão de gases verificado.

Se não por isso, a empresa pode se beneficiar também com vantagens comerciais, particularmente em relação aos gastos com energia e tratamento de dejetos e efluentes.

“A adoção de lâmpadas, aparelhos eletrodomésticos, motores, veículos e máquinas mais eficientes em termos energéticos pode significar uma grande redução de gastos numa empresa”, ressalta Carlos Roberto Sanquetta, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diretor do Instituto de Pesquisas em Biomassa e Sequestro de Carbono (Biofix).

Pensar na sustentabilidade, em vários casos, pode ser sinônimo de maior competitividade e melhor imagem da marca no mercado. Veja a seguir quatro razões para fazer a medição de emissões de carbono.

1. Alcance de novos mercados

Esse é um importante fator que o inventário bem feito pode trazer. Além da empresa se manter em solos já conquistados, com os dados em mãos ela consegue ampliar o campo de atuação.

“Lembre-se que muitos clientes importantes somente serão alcançados com a implantação de um sistema de gestão ambiental nas corporações. Essa já é uma exigência de grande parte do mercado”, avalia Sanquetta, da UFPR.

Os dados servem, ainda, para avaliar o desempenho no setor. “Com o inventário disponível no Programa Brasileiro GHG Protocol, muitas empresas têm acesso aos dados de seus concorrentes e podem comparar o seu desempenho”, analisa Ladvocat, da ABNT.

2. Obtenção do Selo Ambiental

Para que a sua empresa tenha um desses selos, tão relevantes nos dias de hoje, a apresentação do inventário de emissões de GEE é um dos requisitos básicos.

3. Antecipação à legislação

“O conhecimento adquirido na elaboração dos primeiros inventários e na sua melhoria contínua permite que a empresa já esteja preparada para futuros marcos regulatórios”, afirma Guy Ladvocat.

Afora isso, a realização de um inventário de GEEs pode representar a antecipação de futuras legislações nacionais. “Isso ocorre devido ao fato do Brasil ter assumido compromissos internos e também no âmbito de tratados internacionais sobre o clima global. Se a empresa estiver preparada, ela não será surpreendida diante de futuras exigências legais”, diz Carlos Roberto Sanquetta.

4. Melhor gestão ambiental = menos efeito estufa

Com o inventário em mãos é possível gerenciar as emissões de carbono. “E esse conhecimento adquirido faz com que o uso dos recursos seja feito de maneira eficiente para as emissões de gases de efeito estufa”, afirma Ladvocat, que é também coordenador na ABNT do projeto “Fomento à Gestão dos Gases de Efeito Estufa e à Verificação em Pequenas e Médias Empresas”.

Isso evita possíveis danos ambientais e até mesmo multas, autuações e outros enfrentamentos que poderiam surgir com a falta de atenção ao tema.

Fonte:

Lygia Haydée
Exame
06/12/2013

Mostra sobre a Caatinga visa a desmestificar o bioma

Mostra sobre a Caatinga visa a desmestificar o bioma
Entre as discussões sobre a modernidade das mídias digitais e os impactos na sociedade, uma exposição analógica e com alguns dispositivos mecânicos chama a atenção dos participantes da Conferência Brasil-Canadá 3.0.

A mostra itinerante Caatinga - Um Novo Olhar tem o intuito de apresentar as características do bioma, exclusivamente brasileiro.

A exposição é uma iniciativa da Associação Caatinga.
Segundo Sandino Moreira Silva, biólogo e coordenador do projeto, o cenário que se concretiza no imaginário coletivo é uma região de pobreza, de chão rachado.

"A exposição tem o objetivo de desmistificar isso. Mas a Caatinga tem outras coisas. A gente percebeu e percebe há muito tempo que existe uma carência de materiais, como publicações tecnocientíficas, artigos e conhecimento mesmo das pessoas”, explica.

A exposição é uma junção do projeto Caatinga Novo Olhar, que publicou um álbum de fotografias, e do projeto Caatinga Novo Clima, em parceria com a Petrobras.

Com os dois materiais, Sandino explica que foi possível montar uma exposição de arte e voltada para a educação ambiental. Ele lembra que o bioma tem uma rica diversidade, com tecnologia sustentável e “um conviver harmônico”.

“São plantas e animais que muitas pessoas acreditam que desapareceram, mas estão lá e podem ser encontrados na Serra das Almas, por exemplo. Lá, é possível encontrar a onça parda, tamanduás, tatus, além de árvores de grande porte e pássaros, como os jacus”, disse.

A exposição mostra alternativas, como um forno solar e técnicas de coleta seletiva, difundida hoje em Crateús, no Ceará, onde está localizada a Serra das Almas.

O projeto difunde ainda a criação da jandaíra, um abelha nativa do Brasil, que não tem ferrão e são dóceis, ao contrário das africanas e europeias, podendo ser criada no quintal de casa com potencial de ajudar na maior polinização de espécies nativas. Para fazer um passeio virtual, basta clicar no seguinte link: http://www.clarear.com.br/tendaitinerante/

“Como não está na cidade, muitas pessoas não sabem, mas a água que chega na cidade, por exemplo, vem da Caatinga. Se não tiver mata ciliar e florestas ao redor das nascentes, irá faltar água, que é um recurso básico e ninguém vive sem”.

É a primeira vez que a exposição sai do Ceará. Na Paraíba, já passou por Campina Grande e agora veio para a Conferência Brasil-Canadá 3.0. Ao todo, desde o início do projeto, em território cearense, os organizadores estimam que 50 mil pessoas já viram a exposição, incluindo em escolas. Os organizadores buscam parcerias para levar a exposição a vários lugares do Nordeste, que concentram o bioma Caatinga.

"Temos que mostrar que aqui não é só papo de seca. Ninguém quer que a gente olhe para cá e diga: coitado do povo do Nordeste. Aqui tem riqueza natural e cultural também”, defende Sandino Moreira Silva.

Fonte:

Agência Brasil
06/12/2013