terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Empresas envolvidas em fraude da fiscalização trabalhista também serão alvo de investigação

Foto: Reprodução

Mais empresários e até mesmo representantes de sindicatos podem ser presos se comprovada a participação no escândalo do “mensalão” trabalhista. Na última semana, a operação “workaholic” prendeu nove pessoas (duas em Petrópolis) pelo envolvimento no esquema de propina pago por empresas para fugir da fiscalização trabalhista. Entre os presos estavam um empresário, três contadores e quatro auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Porém, nas próximas etapas da investigação, que foi iniciada em 2008, mais pessoas podem ser presas.
Segundo o delegado da núcleo Petrópolis da Polícia Federal, Adriano Kaipper, que está à frente do caso, o Ministério Público avaliará quais empresas foram vítimas e quais participaram espontaneamente do esquema fraudulento. “Esse caso ainda será aprofundado. Ainda não podemos divulgar agora, porque estamos fazendo o levantamento de quais empresas foram envolvidas. Mas, é possível que mais gente venha a ser presa. É preciso saber que foi coagido à participar e quem foi corruptor ativo”, explica o delegado.
As investigações da PF também não exclui a possibilidade de sindicatos estarem envolvidos no esquema. “Tudo será avaliado em etapas futuras da investigação”, afirma Kaipper.

Entenda o caso

Sete homens e duas mulheres, entre contadores, empresários e auditores-fiscais do MTE, foram presos durante a operação “Workaholic”, deflagrada na última sexta-feira pela PF em Petrópolis e nas cidades do Rio de Janeiro, Teresópolis e Três Rios. O cabeça da quadrilha, segundo a Polícia Federal, era um auditor-fiscal do MTE, morador do Vale do Cuiabá. Na residência dele a PF recolheu documentos que estão sendo analisados. O empresário petropolitano preso também na sexta-feira, seria o responsável por organizar a cobrança junto às empresas envolvidas. O esquema vinha sendo investigado desde 2008.

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