quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Prefeito de Três Rios estuda medidas para evitar falta de água

Criado em Quarta, 28 Janeiro 2015 20:11

Foto: reprodução


















A crise de abastecimento de água foi descartada pelo prefeito de Três Rios, Vinícius Farah. Em resposta à Tribuna, o prefeito admitiu que embora o desvio do rio Paraíba do Sul seja preocupante, não há nenhum motivo para alarde da população.
De acordo com Farah, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Três Rios (Saaetri) – autarquia responsável pelo abastecimento da água do município – está em fase de testes e reparos para entregar aos munícipes mais duas Estações de Tratamento de Água, que deverão aliviar o fluxo nas demais estações da cidade. 
A primeira será a ETA Rua Direita I, que atenderá não somente a população da Rua Direita, como também 100% das comunidades como Vila Paraíso, Boa Vista, Park dos Ipês e Rua Américo Lopes de Moraes.
No mesmo local, outra funcionará para atender as comunidades do Palmital e Barros Franco, na Vila Isabel. Denominada ETA Rua Direita II, deverá atender especificamente aos moradores dos novos empreendimentos imobiliários inaugurados no bairro nos últimos anos.
Segundo o prefeito, a estação terá um novo sistema de captação e tratamento de água com um reservatório de 500 mil litros. Vale lembrar que o município de Três Rios conta com quase 79 mil habitantes. 
“Estamos passando por um momento complicado no abastecimento de água em todo o sudeste. O desvio do Rio Paraíba do Sul nos serve de alerta, mas não é um fator determinante, porque Três Rios está preparado para esse tipo de situação. Ainda assim, é sempre importante alertar sobre o uso consciente da água”, destacou Farah. 

O Rio Paraíba do Sul
Segundo informações divulgadas pela Agência Nacional de Água, a bacia do Rio Paraíba do Sul tem aproximadamente 62.074 quilômetros quadrados abrangendo a 184 municípios, sendo 88 em Minas Gerais, 57 no estado do Rio e 39 em São Paulo – estado que enfrenta uma das piores secas de sua história. 
O Paraíba do Sul é resultado da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga, que nascem no estado de São Paulo, a cerca de 1.800 metros de altitude. O curso d’água percorre 1.150 quilômetros, passando por Minas, até desaguar no Oceano Atlântico em São João da Barra, no Rio de Janeiro (RJ).
No último domingo, o reservatório de água de Santa Branca (SP) atingiu o volume morto, sendo o segundo a chegar neste ponto desde o início do ano. Na quarta-feira, dia 21, o reservatório de Paraibuna (SP), principal do sistema, também esgotou o volume útil. Ambas as usinas foram desligadas. 

Seca: governo do Rio pode tomar medidas drásticas contra a falta de água

Criado em Quarta, 28 Janeiro 2015 19:56

O governador Luiz Fernando Pezão participou, nesta quarta-feira  (28/01), em Brasília, de uma reunião convocada pela presidente Dilma Rousseff para discutir medidas contra a estiagem.  A presidente colocou à disposição do estado recursos federais e ajuda técnica. Os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento), além do secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, e do presidente da Cedae,  Jorge Briard, também participaram do encontro.
- A presidente se mostrou preocupada com a situação do Sudeste e colocou a ajuda do Governo Federal à nossa disposição.  A previsão de seca continua nos próximos meses, mas acreditamos que as medidas já adotadas pelo Estado, nos últimos quatro anos, serão suficientes para manter o abastecimento no Rio de Janeiro. Caso não chova o volume previsto até maio, teremos de adotar medidas drásticas - afirmou o governador.
Pezão reiterou que a prioridade é o consumo humano e que as indústrias alertadas pelo Governo do Rio sobre um possível racionamento, ainda no ano passado, serão novamente convocadas.
O secretário André Corrêa vai se reunir mais uma vez com representantes de indústrias, nesta quinta-feira (29/01). O objetivo é cobrar alternativas na captação de água. Se alguém tiver de ser penalizado, serão as indústrias – adiantou Pezão.
O governador aproveitou para anunciar que vai acelerar a construção da represa do Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu. 
– Vamos tirá-la do papel e, com isso, ajudar no abastecimento de água do Comperj e das regiões de Itaboraí, São Gonçalo e Niterói. Queremos também estimular o emprego da água de reuso que, por exemplo, já é utilizada na região portuária do Rio – disse Pezão.
Pezão afirmou que o Governo do Estado vai lançar, nos próximos dias, uma nova campanha de conscientização pelo uso racional da água. 
– A população já está colaborando. Esperamos que, desta forma, consigamos acabar com o desperdício – afirmou o governador.  
No início desta semana, o Governo do Estado lançou um programa – em parceria com o Banco Mundial – para ajudar o Norte e Noroeste fluminense a enfrentar os efeitos da estiagem. O Rio Rural Emergencial vai destinar R$ 53 milhões (sendo R$ 23 milhões do Governo do Estado e R$ 30 milhões do Banco Mundial) a essas regiões. Os recursos serão aplicados em sistemas de nutrição para os rebanhos, que sofrem com a falta de pasto, e na perfuração de poços artesianos para uso coletivo.
As ações vão beneficiar cerca de 13 mil pequenos produtores e serão executadas durante todo o ano de 2015. Além dos municípios das regiões Norte e Noroeste, também receberão o auxílio agricultores familiares de São Sebastião do Alto, Cantagalo e Trajano de Moraes, cidades da Região Serrana mais afetadas pela estiagem.
Para ter acesso aos benefícios, os proprietários deverão adotar práticas indicadas pelo programa Rio Rural, que promove a agricultura sustentável em 350 microbacias do estado.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Tarifa de água já é mais cara no bolso do petropolitano

Criado em Sábado, 24 Janeiro 2015 11:56

Foto: Marco Oddone



















O reajuste de 7,8% na conta de água já pode ser sentido no bolso dos petropolitanos. De acordo com a Águas do Imperador – concessionária responsável pelo abastecimento no município – a Tarifa Referencial de Água (TRA) passou para R$ 2,4407 o metro cúbico, o que vem gerando reclamações de moradores de diversas regiões.
Este é o caso de Gilberto Clementino. Morador da Estrada do Gentio, em Itaipava, o auxiliar de produção mora em uma casa de um quarto, sala, cozinha e banheiro com a mulher e mais duas crianças e este mês viu a conta subir R$ 7,00. 
“Eu pagava, em média, R$ 20,00 ao mês e agora a conta está mais alta. Parece que não, mas esse valor pesa no fim das contas. Em um ano são mais R$ 84,00. É muito complicado porque tudo sobe, mas nosso salário nunca é proporcional a todos esses reajustes”, reclama Gilberto. 
Quem tem ainda mais motivos para reclamar é Roberto Rodrigues de Souza. Ele mora com o companheiro em uma casa na Rua Manoel Torres, no Bingen, com quarto, sala, cozinha e banheiro e foi surpreendido com uma conta no valor de R$ 337,00. 
“Eu saio de casa às 7h e só chego depois das 20h todos os dias. Meu companheiro sai ainda mais cedo, às 6h, e chega às 18h30. Em dezembro compramos uma piscina de 2 mil litros, mas não acredito que tal gasto de água seja suficiente para chegar a este valor”, reclamou Roberto, que trabalha em um salão de beleza, no Centro, e chega a sair ainda mais tarde quando o local está cheio. 
Ele relata que, quando foi morar na casa, em 2011, a conta de água girava em torno de R$ 35,00. Aos poucos, o valor foi crescendo e, no mês passado, chegou a R$ 260,00. “Mas este mês fiquei abismado com o preço. Vou trabalhar para pagar conta de água?”, questiona ele, que afirma ter ido à sede da Águas do Imperador e ter ouvido que “o valor está correto”. 
Em resposta à Tribuna, a concessionária informou “que o valor cobrado neste mês está dentro da média de consumo dos últimos três meses”. A empresa esclarece, no entanto, que o cliente pode solicitar uma vistoria em uma das centrais de atendimento no Centro, localizada na Rua Irmãos D'Angelo, 52; ou em Itaipava, na Estrada União e Indústria, 10.126, shopping Arcádia. 
“Em cima da minha casa moram quatro pessoas em uma residência maior que a minha e a conta deles, este mês, veio em torno de R$ 50,00. É visível a todos que esse valor está errado, menos para a Águas do Imperador”, finalizou Roberto. 

sábado, 24 de janeiro de 2015

Mercado faz promoção com produtos vencidos


Foto: Francisco Xavier

Ariane Nascimento - Consumidores do supermercado Charme, novo em Petrópolis que fica na Praça da Inconfidência, bem no centro da cidade, flagraram a venda de produtos com a validade vencida na tarde de ontem. O item, empanado de frango da marca Sadia, estava fora do período de consumo desde setembro do ano passado. Passados quase quatro meses, o produto foi todo vendido e os estoques terminados. Ao acionarem a Fiscalização Sanitária do Município, mais itens foram recolhidos e inutilizados por mal condicionamento.
A equipe de reportagem esteve no local após receber a denúncia da irregularidade de um consumidor no início da manhã de hoje. Chegando ao supermercado já encontrou as caixas vazias, e mais clientes procurando os produto, que estava sendo vendido na promoção, como dizia o cartaz, de R$ 0,99 por R$ 0,69 cada 100g.
“Quando cheguei aqui cedo, as caixas estavam todas cheias, ia comprar o item para levar pra casa, mas consumo checar sempre a validade. Como eles abriram o pacote e estavam vendendo avulso, olhei na caixa maior e tomei um susto. Vi a validade e a data era de 25 de setembro de 2014. Claro que não comprei e fiz questão de mostrar para todos os consumidores que estavam próximos para que também não comprassem e fotografei a data de validade”, contou um cliente que não quis ter o nome identificado.
Segundo ele, esta é a segunda vez que o item vai para as prateleiras já com a validade vencida. Há cerca de um mês, a esposa foi ao mesmo supermercado e viu o item com a data já ultrapassada.
“No dia ela acionou a gerência e deu uma confusão, porque tinha uma advogada perto e acabaram tendo que retirar o item de exposição. Só que pelo visto eles ao invés de jogarem fora, colocaram novamente para venda, desta vez com mais distancia ainda da data válida para consumo e foi tudo vendido”, lamentou.
Todas as caixas do produto vendido estavam vazias quando a equipe de reportagem chegou ao local e o material já havia sido vendido. O cliente chegou a acionar a Vigilância Sanitária, mas foi informado de que não haviam fiscais disponíveis no momento.
“Recebemos esta reclamação, inclusive de outros produtos também, além disso recebemos a denúncia do supermercado Extra também. Enviamos uma equipe da Fiscalização Sanitária para checar e verificar todos estes e outros itens. Estamos focados em não deixar que estas grandes empresas realizem este tipo de irregularidade com os petropolitanos. Já com relação ao empanado, a empresa será multada, já que o produto foi todo vendido”, disse Paulo Roberto Patuléa, secretário de Fazenda do município.
No início da tarde fiscais da Vigilância Sanitária e Posturas chegaram ao local para verificar as denúncias que receberam ao longo do dia. No entanto, todo o material do empanado de frango da Sadia, já havia sido vendido e as caixas foram retiradas de exposição, e, por isso, não foi possível autuar depois de sair do flagrante. Apesar disso, os fiscais flagraram grande quantidade de salsichas em má condicionamento. As embalagens do produto, que deveriam estar resfriadas até 10° estavam foram de qualquer refrigeração e expostas ao ar ambiente.  Todo o material foi inutilizado pelos fiscais, e, como a irregularidade era reincidente, a rede de supermercados recebeu um auto de infração. Eles tem direito a recorrer da multa em até 15 dias. Grande quantidade de mortadelas defumadas também estavam sem refrigeração, no entanto, como o solicitado pelo fabricante era de 25°, o supermercado foi orientado a colocar os pacotes para resfriamento novamente.
A Fiscalização de Posturas encontrou também cartazes divulgando promoções expostas além da faixa do supermercado e foi notificado a retirá-los. 

Seca no Rio: governador pede uso racional da água

Criado em Sexta, 23 Janeiro 2015 20:13

Foto: Reprodução
Apesar de o Reservatório Paraibuna – o maior dos quatro que abastecem o estado do Rio de Janeiro – ter atingido o volume morto nos últimos dias, não será necessário o racionamento de água nos próximos seis meses.
A situação atual do reservatório não vai alterar as operações já em vigor para minimizar a crise hídrica na Região Sudeste. Uma economia de 400 milhões de metros cúbicos de água já foi obtida, desde o início das medidas, em abril do ano passado – o equivalente a 170 estádios do Maracanã cheios d’água.
Nos últimos nove meses, foram feitas adaptações na captação de água de municípios situados ao longo do Rio Paraíba do Sul. Além disso, a Cedae promoveu mudanças na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu. As Indústrias também fizeram adequações. Todas essas medidas permitiram economia de água nos reservatórios.
O governador Luiz Fernando Pezão e o secretário do Ambiente, André Corrêa, reforçaram, nesta sexta-feira (23/1), a necessidade de se fazer uso racional da água.  

– Estamos enfrentando a maior seca dos últimos 84 anos. Faço um apelo para que a população economize e faça uso inteligente da água. Acredito que conseguiremos atravessar o ano com os volumes acumulados nos reservatórios – afirmou Pezão.

O governador descartou reajuste na tarifa de água:

– Não há nenhum aumento previsto. Essa medida não é necessária e não será tomada. Vamos, sim, promover campanhas para que os moradores do estado evitem o desperdício – observou Pezão.   
O secretário André Corrêa reforçou o discurso do governador, informando que a prioridade do estado é fornecer água para consumo humano. 
- Não está previsto racionamento, por enquanto. O que estamos pedindo à população é uma mudança de hábitos. Não dá, por exemplo, para se lavar carros e calçadas com mangueira. O desperdício precisa ser evitado. Algumas indústrias localizadas no Norte Fluminense podem sofrer algum tipo de racionamento. Essas indústrias foram avisadas há mais de um ano sobre essa possibilidade – afirmou o secretário.
O Paraibuna fica localizado no estado de São Paulo e fornece água para cerca de 12 milhões de moradores fluminenses. O volume morto é um reservatório que concentra uma reserva técnica de água.