sábado, 19 de janeiro de 2013

Nova empresa assume coleta de lixo na cidade

SÁBADO, 19 JANERIO 2013 10:13

ALocar Saneamento Ambiental (sediada em Caruaru, Pernambuco) será a nova empresa de lixo da cidade. Na tarde de ontem, a empresa venceu a licitação pública por carta convite, que contou com a participação de duas outras firmas. O contrato com a Prefeitura é emergencial, com duração de seis meses. E a coleta de lixo já começa hoje.




Segundo o presidente da Comdep, Hélio Dias, com a entrada da nova empresa, acredita-se que dentro de poucos dias o serviço de coleta já esteja normalizado. “Essa empresa já presta serviço para 20 municípios e mostrou que tem capacidade técnica para operar na nossa cidade”, ressaltou ele, lembrando que 130 funcionários, entre administração, agentes de limpeza urbana e motoristas estarão atuando.



ALocar vai operar com 26 caminhões, realizando 15 rotas de coleta por dia no primeiro distrito, oito nos demais distritos e mais sete rotas no período da noite. Para normalizar a coleta de lixo nomunicípio, a empresa também irá dobrar o número de caminhões aos domingos. “O objetivo é regularizar a coleta, e para isso intensificar os trabalhos nos domingos é essencial”, salientou Hélio Dias.



A Locar também se comprometeu a reaproveitar os funcionários da Carfilurb (empresa que foi contratada emergencialmente pela administração anterior e que teve o contrato encerrado ontem, dia 18). Segundo o presidente da Comdep, a Locar também irá utilizar a antiga sede da Locanty, localizada na Rua Coronel Veiga.



Redação Tribuna

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Bomtempo denuncia desvio de doações para empreiteira

O prefeito Rubens Bomtempo vai denunciar ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado o desvio de R$ 776 mil destinados às vítimas da tragédia do Vale do Cuiabá. Proveniente da conta SOS Doações Petrópolis, o dinheiro foi utilizado pelo governo anterior para pagar serviços de uma empreiteira contratada para realizar obras de urbanização naquela região de Itaipava.

O contrato original previa que o pagamento fosse realizado com recursos orçamentários do município, mas, faltando apenas três dias para encerrar o ano e a gestão do ex-prefeito, o governo anterior cancelou o documento e saldou a dívida por meio de outro empenho, desta vez utilizando os recursos das doações de pessoas físicas e entidades privadas feitas à Prefeitura exclusivamente para socorro às vítimas das chuvas.
A denúncia ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado foi um dos compromissos assumidos por Bomtempo em defesa dos interesses dos moradores, durante reunião realizada no dia 12 de janeiro, no Centro de Cidadania de Itaipava, para lembrar os dois anos da tragédia ocorrida no Vale do Cuiabá. Na visão do prefeito Rubens Bomtempo, além do aspecto imoral da utilização desses recursos, houve também o descumprimento de trâmites administrativos legais. “O Departamento de Licitações da Prefeitura sequer deu parecer ou lavrou o documento que alterou a fonte pagadora do contrato. Ainda assim, naquele momento, quase dois anos depois da tragédia, a obra não caracterizava qualquer situação emergencial que pudesse sustentar a utilização dessas verbas para socorro às vítimas,” disse Bomtempo.
O prefeito também lamentou que a utilização dos recursos jamais tivesse sido discutida com os moradores que foram afetados diretamente pela tragédia. O dinheiro de instituições privadas ou pessoas físicas que foram solidárias com as vítimas das chuvas ficou parado na conta SOS Doações Petrópolis, enquanto as famílias precisavam de recursos para restabelecer a normalidade de suas vidas. A obra, licitada em junho e realizada entre os meses de agosto e novembro de 2012, teve a finalidade de urbanizar o acesso a apenas 24 casas das mais de 700 unidades habitacionais que ainda precisam ser construídas para as famílias que ficaram desabrigadas na região. “Promoveram uma injustiça com as comunidades, ao arrepio da lei e no apagar das luzes do governo anterior. Não há justificativa para essa atitude”, disse Bomtempo, ao comentar a nota divulgada pelo governo anterior sobre o ocorrido.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Setrac investiga doação de R$ 4 mil no Cuiabá

Constará no levantamento da Setrac a quantidade de pessoas beneficiadas


Até o fim desta semana, a Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) deverá ter concluído o levantamento com o nome das vítimas das chuvas de janeiro de 2011, na região do Vale do Cuiabá e adjacências, que receberam o benefício extraordinário no valor de R$ 4 mil, pago pela Prefeitura em setembro do ano passado. Constará no levantamento da Setrac a quantidade de pessoas beneficiadas, quantas foram incluídas na lista mas não receberam o dinheiro e os critérios usados para conceder o benefício.

No último sábado, dia 12, durante as manifestações dos moradores das áreas atingidas pelo temporal, o prefeito Rubens Bomtempo denunciou o sumiço de R$ 1,2 milhão de contas bancárias abertas para o recebimento de donativos. Segundo ele, em cinco dias – de 26 de dezembro de 2012 a primeiro de janeiro desse ano – o saldo das contas SOS Doações caiu de pouco mais de R$ 1,2 milhão para apenas R$ 1 mil. Parte dessa verba seria utilizada para o pagamento do benefício extraordinário publicado no Diário Oficial do Município no di a 27 de junho de 2012. O decreto instituiu o Programa de Auxílio Extraordinário às vítimas das áreas atingidas pelo temporal.

De acordo com a publicação, as famílias beneficiárias, entre outros critérios, não poderiam estar recebendo aluguel social, não poderiam ter renda superior a três salários mínimos. Além disso, as moradias dos beneficiados devem estar na área verde delimitada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Os critérios estabelecidos pelo decreto e o número de pessoas beneficiadas motivou uma ação popular proposta pelo Ministério Público (MP).

Atualmente, a ação está tramitando na 4ª Vara Cível. Segundo o advogado do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Aílton Pinheiro, o decreto excluiu boa parte das vítimas da chuva, o que levou a entidade a ingressar com uma denúncia no MP. “Quando tivemos ciência do decreto, solicitamos uma reunião com a Setrac para que alguns pontos fossem esclarecidos. Pedimos que fosse informado quantas famílias receberiam o benefício. Como não conseguimos informações, resolvemos protocolar uma denúncia no Ministério Público. No nosso entendimento, como o benefício seria pago com dinheiro de doações da sociedade civil, não deveria haver exclusão e todas as famílias deveriam receber o dinheiro, mesmo que fosse um valor menor”, destacou Aílton.



Redação Tribuna

Bomtempo percorre o Cuiabá e anuncia mutirão de limpeza

Bomtempo lamentou a ausência do poder público nos últimos dois anos na localidade, onde não foi realizada qualquer melhoria. Foto: Evaldo Macedo

A garantia do acesso seguro e digno dos moradores do Vale do Cuiabá às suas casas foi o compromisso assumido pelo prefeito Rubens Bomtempo ao vistoriar as pontes que foram danificadas com as chuvas que atingiram a região em 2011. Bomtempo lamentou a ausência do poder público nos últimos dois anos na localidade, onde não foi realizada qualquer melhoria.

Ainda nessa semana, a Comdep e a secretaria de Obras farão um mutirão para a limpeza da região, com desentupimento de bueiros e desobstrução das redes de águas pluviais. “É muito triste chegar ao Vale do Cuiabá e ver que nada foi feito, principalmente as obras estruturais nas pontes que dão acesso às comunidades, como a do Buraco do Sapo, que tem mais de 100 famílias. Vamos levantar todos os custos e ver com o Estado a possibilidade de tomarmos a frente dessas intervenções”, disse Bomtempo, ao lado do vereador Ronaldo Luiz de Azevedo, o Ronaldão; do secretário de Obras,Aldir Cony; do secretário de Fazenda, Paulo Roberto Patuléa; do coordenador da Defesa Civil, Rafael Simão; e de moradores da localidade.

O prefeito enviou nesta semana um ofício às secretarias estaduais de Obras e do Meio Ambiente, com cópia para o governador Sérgio Cabral, solicitando a paralisação de todos os processos de licitação e ainda a reapresentação de todos os projetos previstos para a região, na íntegra, para a comunidade: “Precisamos atender aos interesses dos moradores e eles não foram respeitados nem ouvidos em momento algum. Não podemos esquecer que a prioridade é solucionar a questão das moradias das famílias que vivem no Vale”, destacou.

Bomtempo também solicitou informações sobre uma possível verba proveniente de uma emenda parlamentar no valor de R$ 2 milhões para a realização de obras de pavimentação do Vale do Cuiabá. A Prefeitura também fará um levantamento para a extensão da iluminação pública até o ponto final do ônibus do Vale e ainda a troca de lâmpadas. “Vivo no Cuiabá há 60 anos e nunca vou esquecer a dor que sentimos no dia 11 de janeiro de 2011, ao ver a nossa comunidade ser devastada. O mais difícil foi ver a inoperância do poder público, enquanto a nossa gente continuava sofrendo. Só o fato do novo prefeito estar aqui conosco, nos acalma. Nos sentimos mais amparados”, declarou a aposentada Maria Luiza Salgado.

Com relação ao pagamento do IPTU, o prefeito também tranquilizou os moradores que perderam as suas casas e já solicitou à Secretaria de Fazenda o imediato recadastramento das famílias: “Estou comprometido com o Vale do Cuiabá e vamos iniciar um trabalho para a região que seja sustentável, atendendo, principalmente, aos interesses dos moradores”, concluiu Bomtempo.

A criação da secretaria Extraordinária de Recuperação, Revitalização e Reconstrução do Vale do Cuiabá é o compromisso do prefeito com a região e será o principal canal de comunicação entre os moradores e o governo municipal. Entre as medidas que serão adotadas pela nova secretaria estão a construção de casas populares, a criação de uma lei específica para fomentar o desenvolvimento do comércio e a economia local, alémda criação do memorial em homenagem às vítimas das chuvas.



Redação Tribuna

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Prefeito denuncia sumiço de R$ 1,2 milhão de contas de doações

Em um dia marcado por protestos de moradores das áreas atingidas pelo temporal em janeiro de 2011, por conta da lentidão das ações do poder público para atender as vítimas da enxurrada, o prefeito Rubens Bomtempo denunciou o sumiço de R$ 1,2 milhão de contas bancárias abertas para recebimento de donativos. Segundo ele, em cinco dias - de 26 de dezembro de 2012 a 1º de janeiro desse ano - o saldo das contas SOS Doações caiu de pouco mais de R$ 1,2 milhão para apenas R$ 1 mil.

Bomtempo afirmou que, caso o dinheiro tenha sido utilizado para pagamento de fornecedores ou qualquer outro que não tenha relação com as vítimas da enxurrada, a questão será denunciada ao Ministério Público para que os responsáveis sejam punidos.
Durante reunião com moradores das áreas atingidas pelo temporal em 2011, no Centro de Cidadania, em Itaipava, o prefeito Rubens Bomtempo disse ser estranho que esse valor que saiu da conta tenha sido usado, em cinco dias, para atender vítimas da chuva de 2011, “já que todos reclamam que não receberam nada do governo Mustrangi”.
No portal transparência é possível verificar que as contas de Doações – Banco do Brasil, conta corrente 76.0005 (R$ 1.201.708,72), e Caixa Econômica Federal, conta corrente 90-8 (R$ 7.624,40) – tinham um saldo, em 26 de dezembro de 2012, de R$ 1.209.333,12. “Pedi ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica os extratos de movimentação dessas contas para verificar onde e quem recebeu este dinheiro que, afinal, foi doado para as vítimas. Se constatarmos que foi usado para pagar fornecedores, no final do governo passado, o que é um absurdo, vamos denunciar”, afirmou o prefeito.
Outra dúvida levantada pelo atual governo - que já motivou Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público no ano passado - é o destino de outra fatia dos recursos doados às vítimas do temporal. Embora exista um decreto fixando critérios para o pagamento de um bônus de R$ 4 mil para as famílias atingidas pela enxurrada, quase ninguém recebeu o dinheiro. De acordo com o advogado do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Hamilton Pinheiro, o decreto do ex-prefeito excluía quem estava recebendo o aluguel social, o que deixou a grande maioria das vítimas sem o benefício. “No nosso entendimento os pagamentos foram feitos de forma errada e, por isso, entramos com representação no Ministério Público, que apresentou uma ação civil pública contra governo municipal”, explicou o advogado.
O decreto citado pelo advogado do CDDH, foi publicado no Diário Oficial do Município, na edição de 27 de junho de 2012. O decreto instituiu o Programa deAuxilio Extraordinário às vítimas das áreas de nidas pelo Decreto nº 429, de 14 de janeiro de 2011. Elisângela Aparecida Oliveira Granja da Silva, 35 anos, moradora do Vale do Cuiabá, disse que o governo usou o dinheiro doado para as vítimas de forma errada. De acordo com ela, o dinheiro foi doado por particulares para as vítimas e por isso não poderia ter outro fim.

Redação Tribuna

sábado, 12 de janeiro de 2013

Mundo da Sustentabilidade


Como ter uma casa saudável, com boas energias
Posted: 12 Jan 2013 01:50 AM PST


Mais do que bonita, mais do que sustentável, uma casa pode ser saudável. É o que defende um time de profissionais que se reuniu recentemente em São Paulo durante o III Congresso Internacional de Geobiologia e Biologia da Construção. Em foco, como o nome já diz, está a geobiologia, área que estuda o impacto do espaço sobre a qualidade de vida.
Como se fosse uma medicina do hábitat, pronta para diagnosticar e curar algumas patologias da construção, esse conceito faz a ponte entre a saúde e o local habitado. “De aspectos técnicos, como a distribuição da planta, a escolha dos materiais e os princípios da boa arquitetura, a fatores menos convencionais, como a poluição eletromagnética e a existência de fendas ou veios d’água subterrâneos, tudo afeta o morador”, explica o geobiólogo Allan Lopes, coordenador do evento.

Norma do Ibama vai permitir melhorar gestão de resíduos
Posted: 12 Jan 2013 01:40 AM PST

Para padronizar a linguagem usada na prestação de informações sobre a geração de resíduos permitindo o gerenciamento desde a produção até a destinação final ambientalmente correta, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acaba de publicar a Lista Brasileira de Resíduos Sólidos na Instrução Normativa nº 13.
Dessa forma vai ficar mais fácil identificar, classificar e descrever um resíduo sólido e sua fonte geradora. Entre as fontes geradoras de resíduos perigosos incluem-se a extração mineral, os processos químicos orgânicos e inorgânicos, os de serviços de saúde e até aqueles gerados em casa.

Estudo do Pnuma alerta para aumento da poluição por mercúrio
Posted: 12 Jan 2013 01:15 AM PST


Estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) aponta riscos nas áreas ambiental e de saúde enfrentados por comunidades de países em desenvolvimento associados à exposição ao mercúrio.
Com o título Mercúrio: Hora de Agir, o trabalho aponta a América do Sul, a África e a Ásia como regiões do planeta atingidas por crescente despejo do metal no meio ambiente. O uso crescente do mercúrio nessas áreas está ligado à mineração de ouro e à queima de carvão para geração de eletricidade.

Mudança climática pode contaminar economia na próxima década
Posted: 12 Jan 2013 12:55 AM PST

A falta de capacidade dos países de se adaptarem às mudanças climáticas preocupa especialistas e pode influenciar também a economia global. Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, a questão é vista como o risco ambiental com maiores efeitos de contágio para a próxima década. O documento indica que os problemas econômicos e ambientais não podem mais ser tratados como aspectos distintos, mas devem ser abordados de maneira integrada.
Segundo a oitava edição do relatório Riscos Globais 2013, divulgado em Londres, a concentração das ações na busca de soluções para a crise econômica mundial está reduzindo os esforços para minimizar ou mitigar os desafios colocados pelas mudanças climáticas. Num momento de mudanças na economia e no meio ambiente, é preciso uma nova abordagem, que não seja excludente, para evitar a piora dos cenários de ambos os sistemas, sugerem os especialistas.





Dois anos depois, nada mudou no Cuiabá



SÁBADO, 12 JANERIO 2013 08:50
Dois anos após a tragédia que atingiu a região do Vale do Cuiabá, em Itaipava, o cenário é de total abandono. As casas em ruínas e o mato revelam o descaso e a total inércia do poder público com as vítimas. Até hoje, 24 meses depois, nenhuma casa foi erguida, as pontes levadas pela enxurrada não foram reconstruídas, as obras de contenção não foram realizadas e o posto de saúde da região continua funcionando em um contêiner.

A enxurrada de lama que atingiu a região, na madrugada do dia 12 de janeiro de 2011, destruiu tudo o que encontrou pela frente. Casas, prédios públicos e empresas foram invadidas e levadas pela correnteza. Ao todo, 73 pessoas morreram (boa parte por afogamento) e 15 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo dados do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
A força das águas dos rios Santo Antônio e Carvão, que transbordaram mais de cinco metros acima do nível da rua, levaram vidas e sonhos. Para quem sobreviveu a tragédia restaram tristes lembranças e a esperança de dias melhores. “É uma ferida que nunca vai cicatrizar”, disse a caseira Ana Ioras, de 48 anos. Ela, o marido e o filho, de 20 anos, Dois anos depois, nada mudou no Cuiabá moradores da localidade chamada de Ponto Final, são os únicos que ainda residem na área devastada pelo temporal.
Apesar das tristes lembranças, a família decidiu permanecer no local. “É triste olhar pelas janelas e não ver mais a vida que tinha aqui antes. Hoje, ao invés de ver as crianças correndo pela rua eu vejo destroços. Nos chamam de corajosos, mas acredito que não é a nossa hora de ir embora”, contou Ana.
No local, segundoAntônio Carlos Santana, marido de Ana, haviam mais de 50 casas. Hoje, restam menos de 10. “A chuva levou quase tudo e as outras estão sendo demolidas, aos poucos, pelo Inea”, contou o morador, acrescentando que 26 pessoas perderam a vida no Ponto Final do Vale do Cuiabá – dessas, seis ainda não tiveram os corpos encontrados. “Conhecia cada família que morava aqui. Olhar para esse terreno vazio me faz lembrar cada momento vivido naquele dia”, disse Antônio.
A casa da família, localizada no Sítio Coqueiros, resistiu a enxurrada e não foi interditada pela Defesa Civil. O sítio serviu de abrigo para 35 pessoas, que passaram três dias a espera de socorro. “Saímos de casa com a água quase na cintura. Estava tudo escuro e o barulho da chuva era assustador. Gritei chamando os vizinhos, para que eles buscassem abrigo aqui no sítio. Foi desesperador. A força da água derrubou o nosso muro e veio carregando tudo”, contou Ana.
A família passou a madrugada no meio do mato. Na manhã seguinte, eles voltaram para o sítio, onde ficaram na casa principal a espera de socorro. “As pessoas começaram a chegar. Algumas machucadas. Ficamos aguardando o salvamento, que só aconteceu três dias depois”, lembrou Ana. No sítio, dois corpos também foram encontrados.
Para o casal, dois anos após a tragédia, o sentimento é de descaso e revolta com a falta de apoio do poder público. “Eu não tive perdas materiais, mas vivi algo horrível. Vi amigos morrendo e outros perdendo tudo o que tinham. Vi o lugar em que moro ser devastado pela chuva e abandonado pelas autoridades”, lamentou Antônio.

Janaina Do Carmo
Redação Tribuna

Dois anos após tragédia das chuvas, mais de 100 mil moradores ainda vivem em áreas de risco na serra do Rio

Mapeamentos apontam que 28.150 casas estão "à beira" do perigo em sete cidades

Dois anos após a tragédia das chuvas, que deixou 918 mortos e centenas de desaparecidos na região serrana do Rio, mais de 100 mil moradores das sete cidades arrasadas pelas enxurradas ainda vivem sob a ameaça de um novo desastre. Os mapeamentos das áreas de risco, realizados pelo DRM (Departamento de Recursos Minerais), Inea (Instituto Estadual do Ambiente), prefeituras e defesas civis apontam que 28.150 casas estão "à beira" do perigo em Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Areal. Veja abaixo mapa das áreas de risco nas cidades serranas.Até hoje, os municípios ainda não se recuperaram por inteiro. Em todas as partes, há marcas do maior pesadelo já enfrentado pela serra fluminense, que completa dois anos nesta sexta-feira (11). Somente em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, as chuvas podem levar abaixo as encostas em mais de 200 pontos de deslizamentos em cada município.

Na avaliação do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio), 170 encostas foram classificadas como de altíssimo risco de deslizamento em toda a região serrana. O governo do Estado, no entanto, concluiu as obras de contenção em apenas 45 morros de Nova Friburgo e Teresópolis.

Segundo o secretário estadual de Obras, Hudson Braga, os investimentos dos governos federal e estadual em contenção de encostas (concluídas e em andamento) somam mais de R$ 400 milhões nas sete cidades. Ele admite que ainda há "muito trabalho pela frente nos próximos anos". Desde a tragédia, o Estado informa ter gasto R$ 2,3 bilhões em recuperação de rodovias e pontes, dragagem de rios e construção de casas.

Mais de 60 mil em risco em Nova Friburgo e Teresópolis

 O número de moradores que vivem em risco já passa de 60 mil em Nova Friburgo e Teresópolis, as cidades mais destruídas pela tempestade de 2011. Considerados de alto risco pela Prefeitura de Nova Friburgo, os bairros Três Irmãos, Alto Floresta, Granja do Céu, Vilage, Rui Sanglard, Jardinlândia e Tingly ainda estão à espera das obras de contenção de encostas.

Lá, a ameaça de deslizamentos bate à porta dos moradores até mesmo em dias de chuvas fracas. Segundo o governo do Estado, 35 sirenes de alerta foram instaladas em Nova Friburgo a fim de minimizar as consequências do mau tempo. Segundo o secretário municipal de Defesa Civil do município, coronel João Paulo Mori, as famílias que vivem em áreas de altíssimo risco estão sendo removidas para evitar novas tragédias.

— Nós sabemos que há casos de moradores que estão voltando para áreas consideradas de altíssimo risco. Mas estamos monitorando isso. Chegamos a demolir 75 casas de modo compulsório, com autorização da Justiça, para preservar a vida das pessoas. Além disso, as concessionárias de água e energia elétrica foram orientadas a não fornecer esses serviços nas áreas em que não há chance alguma de viver lá.

Em Teresópolis, onde mais de 400 pessoas morreram sob os escombros da tragédia, as obras de contenção chegaram a apenas em 17 encostas. O município também ganhou 23 sirenes de alerta, que são ofuscadas pelo cenário de destruição, como casas em ruínas e ruas empoeiradas.

Arrasado pelas chuvas, Vale do Cuiabá espera sirenes de alerta

No seu PLHIS (Plano Local de Habitação de Interesse Social), divulgado em novembro passado, a Prefeitura de Petrópolis admite que 12.168 casas estão ameaçadas por deslizamentos de terra no município. Além disso, segundo o Inea, cerca de 600 casas podem ser levadas pela fúria das águas em caso de violentas inundações dos rios Piabanha e Santo Antônio.

O Vale do Cuiabá, no distrito de Itaipava, está no caminho do rio Santo Antônio, que, em 2011, transbordou e matou 74 pessoas. Apesar do risco de novas enchentes, o bairro não recebeu nenhuma das 18 sirenes de alertas instaladas em Petrópolis. De acordo com a associação de moradores do lugar, mais de 200 famílias deixaram o lugar, que, antes do desastre, tinha aproximadamente 3.000 habitantes.

Localizado na área rural de Petrópolis, o Vale do Cuiabá era conhecido pela produção de hortaliças e criação de cavalos. Coberto pela poeira e cercado de escombros, o lugar ganhou ares de “deserto” desde janeiro de 2011. O cenário de devastação e o medo de novas catástrofes afastaram a família do agricultor Lair Carneiro, de 62 anos.

— Eu vivia no Vale do Cuiabá desde que nasci. É muito difícil abrir a janela de casa e ver que as plantações já não existem mais. Eu e minha esposa não queremos passar por tudo aquilo de novo.

Prefeituras não pedem sirenes em três municípios

De acordo com a Defesa Civil do Estado, o projeto de instalação das sirenes no Vale do Cuiabá existe. A 56 km do vale, o pequeno município de São José do Vale do Rio Preto também não recebeu nenhuma sirene de alerta para novas enxurradas. De acordo com o levantamento do DRM, 69 encostas ameaçam desabar sobre 978 moradores. No entanto, segundo o secretário municipal de Planejamento e Gestão, Marco Corabi, a cidade não deve sentir os efeitos de outro desastre.

— O município não tem histórico de grandes tragédias. O que aconteceu aqui [São José do Vale do Rio Preto], em 2011, é que nós recebemos as águas dos rios de Nova Friburgo e Teresópolis, o que elevou o nível do Rio Preto e atingiu as casas que foram construídas irregularmente nas suas margens. Aqui acontece um caso ou outro depois de 2011. Não há necessidade de instalação de sirenes de alerta.

Os municípios de Areal e Sumidouro, que também foram atingidos pela tragédia das chuvas, não contam com sistemas de alerta. O DRM mapeou 142 áreas de deslizamentos nas duas cidades, o que põe mais de 2.000 moradores em risco. Apesar disso, as defesas civis municipais não pediram a instalação das sirenes nesses locais.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ato público vai relembrar os dois anos da tragédia

Um ato público no Terminal de Itaipava, vai relembrar os dois anos da tragédia que atingiu a região do Vale do Cuiabá e adjacências. A manifestação, acontece neste sábado, dia 12, a partir de nove horas. Além da participação de vítimas da chuva a mobilização também contará com a presença de representantes de entidades sociais. “Vamos lembrar este momento triste fazendo cobranças ao poder público. Queremos uma solução para o Posto de Saúde da Família (PSF), que ainda está funcionando em um contêiner, e queremos agilidade no processo de indenização das pessoas que estão na área de exclusão do Inea e também àquelas famílias que perderam tudo e que estão sem poder de negociação”, disse o presidente da Associação de Moradores do Vale do Cuiabá, José Quintella, acrescentando que durante o ato público serão recebidas doações de água que para as vítimas da chuva em Xerém, na Baixada Fluminense.
Para a coordenadora do Centro de Referência de Direitos Humanos, Eliana Rocha, será um momento de luto pelas mortes e pela falta de ações de recuperação do Vale do Cuiabá e adjacências. “A discussão é muito lenta. Em dois anos tudo ainda permanece na mesma situação. Acho que, por isso, os moradores do Cuiabá estão tão solidários com as vítimas das chuvas de Xerém”, disse a coordenadora.
A enxurrada que devastou a região do Cuiabá, na madrugada do dia 12 de janeiro de 2011 deixou um saldo de 73 mortos e pelo menos 18 desaparecidos (números contabilizados até janeiro de 2012). Além de Petrópolis, as chuvas atingiram outras seis cidades da Região Serrana do Estado (Teresópolis, Nova Friburgo, Bom Jardim, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Areal), deixando mais de 900 mortos. O temporal foi considerado a maior tragédia climática do Brasil.


Redação Tribuna

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

CIRCULAR INFORMATIVA - 01/2013
1- ASSUNTO: SISTEMA DE ALERTA DE CHUVAS

A DEFESA CIVIL informou através do Sr. Grotes, que foram instalados
Sistemas de Alertas de Chuvas em Petrópolis.
O sistema monitora o volume pluviométrico.
Foram instalados 06 ( seis) Sistemas de Alerta de Chuva com sirenes.
Foi instalado um ponto desse Sistema no Vale do Cuiabá.
Havendo um índice pluviométrico alto, grande volume de chuvas, o
sistema é acionado remotamente, e um carro de som percorre a região
informando as pessoas para que saiam das áreas de risco e se abriguem em
um local seguro.
Esse carro sai do Cuiabá e segue em direção do centro de Itaipava,
passando pelas regiões de Madame Machado, Benfica e Gentil.

2- TELEFONES PARA INFORMAÇÕES
A Defesa Civil disponibiliza os seguintes números de telefone
199 e (24) 2231-1736.

3- SITE DO INEA PARA MAIORES INFORMAÇÕES EM TEMPO REAL
Apresenta os detalhes sobre várias regiões de Petrópolis. O link abaixo está
configurado para o Vale do Cuiabá.

http://inea.infoper.net/inea/?
p=pesquisa&es=222243040&sen=CHUVAINTERVALO&leg=COTA&ag=null

4- FUNCIONAMENTO



Quando há previsão de chuvas fortes ou possibilidade de transbordamento
dos rios para a região monitorada, o Inea envia ALERTAS via mensagens
SMS, e-mail e informações atualizadas online via Facebook e Twitter.
Na página do Sistema, pode-se acompanhar na aba
Situação Atual os dados
de cada estação plotados no mapa, e na aba
Últimos Dados essas
informações são exibidas no formato de tabela. Em ambas as opções, o
usuário pode escolher o tipo de sensor que gostaria de observar, ou chuva ou
nível dos rios, e acompanhar em tempo real os estágios atuais do tempo em
cada município monitorado.
Através da aba
Histórico o usuário tem acesso aos dados diários de chuva e
nível de cada estação do sistema, escolhendo na parte superior da página a
preferência em observar o mesmo sensor para várias estações ou a mesma
estação com vários sensores.
Na aba
Boletim encontra-se a situação atual do tempo em cada região de
monitoramento do Sistema de Alerta, juntamente com a previsão do tempo
para o dia seguinte e a tendência para os próximos 2 dias.
Através da aba
Pesquisa, o usuário pode acessar o banco de dados do
Sistema de Alerta, observando todas as estações e os sensores monitorados
desde o início do Sistema de Alerta para cada estação instalada.
Link Alternativo
Caso a página institucional do Inea esteja inoperante, acesse diretamente os
dados do Sistema de Alerta através do link:
http://inea.infoper.net/inea/
Como se cadastrar?
Para receber informações do Sistema de Alerta via SMS e e-mail, não se
esqueça de informar o DDD e a cidade de interesse, cadastre-se enviando um
e-mail para:
alertainea@infoper.com.br ou alertainea1@gmail.com

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Coleta de Lixo até nos domingos para limpar a cidade

TERÇA, 08 JANERIO 2013 08:32
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Coleta no bairro Chácara Flora. / Foto: Alexandre Carius
Apesar de ainda haver acúmulo de lixo em várias comunidades do município, o serviço já começou a ser regularizado. Comunidades como Siméria, 24 de Maio, Campo do Serrano, Caxambu e algumas regiões do Alto da Serra, as coletoras estão vazias. Em alguns pontos, o recolhimento está sendo feito diariamente. No entanto, ainda existem comunidades locais em que a sujeira permanece. Nessas áreas, moradores acreditam na solução do problema, mas reclamam da demora.
Até a última sexta-feira, na Rua Osvero do Carmo Vilaça, Comunidade da Oficina, no Alto da Serra, a situação estava crítica. A quantidade de lixo, já estava dificultando a a passagem de veículos e com a chuva a situação da semana passada, a situação se agravou e acidentes, como quedas de pedestres e motociclistas, começaram a ocorrer, por conta chorume que escorreu pela rua. 

Na Rua Bartolomeu Sodré, no fim da tarde de domingo, moradores se surpreenderam com a chegada de um caminhão da Comdep para fazer a limpeza. O mesmo aconteceu no Siméria, onde o serviço está sendo feito diariamente. “O caminhão está vindo todo dia, desde a semana passada. Mas ficamos surpresos quando ele chegou aqui no domingo, antes das 10h”, diz o morador Carlos Alberto, solicitando, no entanto, que o caminhão vá até o fim da rua, na quadra de esportes da comunidade. “Fica a pouco mais de cem metros do viradouro do ônibus, mas apesar da proximidade, a limpeza não tem sido feita com tanta intensidade.

Por outro lado, ainda ontem pela manhã, no Chacara Flora, o problema ainda persistia em diferentes ruas, assim como na Alfredo Schilik, na coletora localizada na entrada da Rua Aldo Tamancoldi. “Estamos conscientes que o problema será resolvido, mas não dá mais para esperar. A situação só tem piorado e além do lixo residencial acumulado, ainda existe muito entulho ao redor das caçambas”, reclama o morador Sebastião José, de 67 anos.

Na Rua Carmen da Ponte Marcolino, no Chácara Flora, a quantidade de lixo mostra que a coleta permanece irregular, assim como no acesso a Travessa Paulo Francisco Hoetz. “Não temos coleta de lixo desde antes do Natal. A situação está vergonhosa e nos questionamos sobre quanto tempo mais teremos que esperar”, diz outro morador. Na Estrada do Paraíso, a situação é a mesma em todas as coletoras. 

Na Rua Visconde do Bom Retiro, passagem obrogatória para muitos turistas que seguem para a Rua Teresa, o lixo e o entulho abandonado ocupa a calçada e se estende por aproximadamente dez metros. Ao redor da coletora existem caixas de papelão e pedaços de sofá.

Na semana passada, questionado sobre o problema, Hélio Dias, presidente da Comdep, destacou que  em alguns bairros a  coleta de lixo já está sendo normalizada, mesmo com as dificuldades provocadas pelas fortes chuvas que vem atingindo a região, e pelos problemas encontrados pela atual presidência ao assumir a Comdep,  como o serviço de Disque-Entulho desativado e um caixa com apenas R$ 24 mil.

“Estamos cobrando da atual empresa que presta o serviço, Cafilurb, que cumpra o contrato que termina no dia 18 deste mês, realizando a coleta regular do lixo no município. Para isso a empresa adquiriu mais seis caminhões, somando 20 veículos para realizar o serviço. Além disso 10 caminhões da Comdep  também estão sendo usados para auxiliar a coleta”, informou o presidente da companhia, Hélio Dias, na última sexta-feira.
Redação Tribuna

sábado, 5 de janeiro de 2013

Mais recursos para programas de aluguel social e de limpeza de rios

SÁBADO, 05 JANERIO 2013 10:32
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O prefeito Rubens Bomtempo fez na quinta-feira a primeira reunião com integrantes do Comitê de Ações Emergenciais: organização dos trabalhos./ Divulgação.
O prefeito Rubens Bomtempo garantiu junto ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e ao governador Sérgio Cabral, mais recursos para os programas do aluguel social e de limpeza de rios. O encontro de Bomtempo com o ministro e o governador aconteceu na manhã de ontem, no Palácio Guanabara. O prefeito destacou que mesmo assumindo o governo em situação gravíssima, não tendo encontrado materiais para atendimento às famílias atingidas pelas chuvas, combustível ou veículos para realizar as vistorias, conseguiu atenuar a situação e devolver a normalidade rapidamente à população, com o trabalho de mais de 700 servidores de diversas secretarias.
Bomtempo ressaltou ainda a importância de atuar em parceria com a União e o Estado e também a necessidade de criar alternativas junto ao Inea para que o município possa colocar em prática programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida: “É um absurdo não prevalecer a função social das Áreas de Preservação Permanente (APP’s) e o Inea não dar uma solução alternativa para a habitação popular deste país”.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirmou que a legislação para intervenções que envolvem risco precisa ser revista: “As exigências são inúmeras e inviabilizam diversos projetos nas áreas habitacionais e de infraestrutura. Para se ter uma idéia, dos recursos do PAC, foram liberados mais de 4,4 milhões para as regiões vulneráveis, mas menos de 15% foram utilizados para dragagem e contenção de encostas”.
Bezerra elogiou a atuação dos municípios e garantiu todo apoio às cidades atingidas, com serviços de assistência social, limpeza e desobstrução das vias. “Com relação às obras maiores, estruturantes na Baixada, costa verde e na serra, temos que fazer um levantamento e priorizar os casos mais graves”, ressaltou. O risco de proliferação de doenças com a crise do lixo nos municípios foi destacada pelo governador Sérgio Cabral. “O lixo agrava tudo. Lixo e chuva definitivamente não combinam. Vamos fazer uma reunião com todos os prefeitos para falar sobre o combate aos focos de dengue no estado e quero pedir uma atenção especial aos municípios que sofreram com as chuvas e que estavam com problemas na coleta do lixo, como Caxias e Petrópolis. Nesses municípios, além da dengue, precisamos dar atenção especial à proliferação de ratos”, avaliou.
O governador elogiou a determinação de Bomtempo para contratar 100 agentes que irão atuar no controle de endemias (desratização). Primeira reunião do Comitê de Ações Emergenciais O prefeito Rubens Bomtempo realizou na quinta- feira (3) a primeira reunião do Comitê de Ações Emergenciais. Além dos titulares de cada uma das 21 secretarias de governo, representantes de empresas subconcessionárias de serviços públicos como Águas do Imperador, Ceg e Ampla, também participaram do encontro, cujo objetivo é garantir o atendimento imediato no caso da ocorrência de chuvas.
Os estragos causados pela chuva que atinge a cidade desde a noite de quarta-feira trouxeram à tona problemas como a falta de material de apoio para as famílias atingidas. “Num momento crítico como esse, colchões e lonas que fazem parte do kit necessário para essas pessoas simplesmente não foram encontrados na Setrac”, relatou Bomtempo. O coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Rafael Simão, destacou a importância de todas as secretarias estarem mobilizadas para dar uma resposta mais rápida e efetiva às famílias que estão em áreas atingidas pelas chuvas. “No entanto, é necessário que todos estejam conscientes da importância de deixar as áreas de risco quando as sirenes forem acionadas”.

Redação Tribuna

Na Defesa Civil, preocupação com falhas no sistema de alerta por sirenes

SÁBADO, 05 JANERIO 2013 09:07
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Em toda a cidade foram instaladas 18 sirenes, que são acionadas por sistema remoto. Em caso de falha na comunicação, é preciso dispará-las manualmente./Foto: divulgação.
A Defesa Civil do município continua em estado de atenção, porque, apesar dos índices pluviométricos terem diminuído nas últimas horas, a chuva persiste na cidade. Na quinta-feira, as sirenes do Morin chegaram a ser acionadas e moradores procuraram os pontos de apoio da localidade, mas ontem de manhã já haviam retornado para casa, assim como a mulher que permanecia com a neta na Escola Municipal Alto Independência. Oito famílias continuam desalojadas.
Até ontem de manhã, um total de 66 ocorrências havia sido recebido pela Defesa Civil, mas a maioria, segundo o órgão, era referente a pedidos de vistoria. Entre elas estava a queda de um muro na Rua Custódio Ferreira da Costa, no bairro São Sebastião. Ninguém ficou ferido, mas o entulho ficou espalhado pela via, interrompendo o fluxo de veículos de grande porte.
Segundo o boletim da Defesa Civil, apesar da chuva ter se estendido por toda a madrugada, ocorrências não foram registradas no município. Os primeiros contatos com o órgão começaram pouco depois das 7h, todos referentes a pedidos de vistoria. Não ocorreram novos deslizamentos de terra. O maior índice pluviométrico foi de 88.5 milímetros, em 24 horas de chuva, marcado na região do Morin. No Independência, o índice caiu de 198 mm, registrado na noite de quinta-feira, para 79.5 milímetros no início da tarde de ontem. No Bonfim, chegou à marca de 98 mm.
Até o fim da manhã, as sirenes do sistema de alerta não haviam sido acionadas, mas havia a preocupação de novas falhas, como a ocorrida na madrugada de quinta-feira, no Siméria. Segundo o tenente-coronel Rafael Simão, coordenador da Defesa Civil, o sistema é acionado por um controle remoto, através da internet, mas, além da falta de luz, o ponto de internet também caiu, o que impediu que a medida fosse tomada.
Em casos como o ocorrido no Siméria, a solução é o acionamento manual, que atualmente cabe às equipes da Defesa Civil, mas o órgão estuda uma forma de agilizar também o acionamento manual, e uma das alternativas seria a contribuição dos agentes comunitários.
Em Petrópolis existem 18 sirenes, as quais, no caso da falha do sistema remoto, seriam imediatamente disparadas pelos agentes que ficarão com as chaves das cabines. No caso de falha, o agente será avisado e fará com que o alerta seja dado.

Redação Tribuna