sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Falta de coleta dá trabalho ao Corpo de Bombeiros

Sem coleta, moradores ateiam fogo ao lixo acumulado./Foto: Alexandre Carius.
A falta de coleta regular do lixo está levando moradores de alguns bairros a tomarem atitudes extremas. Caçambas estão sendo incendiadas durante a madrugada. Segundo os moradores, esta foi a alternativa adotada para evitar a proliferação de ratos e baratas que já estão invadindo as residências.

Segundo o Corpo de Bombeiros, desde o início do mês, eles estão recebendo chamadas para apagar fogo em lixeiras. Em média, são 15 ocorrências durante a madrugada. Segundo a corporação não houve incidentes mais graves e nenhum incêndio atingiu residências ou a fiação de alta tensão. As chamadas, de acordo com bombeiros, estão ocorrendo em toda a cidade, mas a frequência é maior no primeiro e segundo distritos. Entre os bairros, onde as lixeiras foram incendiadas, estão o Jardim Salvador e Caxambu. Nesses locais, a coleta não é feita há mais de 10 dias. S
egundo funcionários da Carfilub (empresa contratada, emergencialmente, pela Prefeitura para realizar a coleta de lixo) não há caminhões para realizar o serviço. “São apenas 10 carros, sendo que quatro ficaram parados hoje (ontem) por que apresentaram problemas. Além disso, os que estão em operação estão com os pneus carecas”, contou um funcionário. Ele acredita que apenas 10% do lixo esteja sendo recolhido em toda a cidade. “Há 15 dias eu não faço a minha rota por falta de carro para trabalhar”, contou o funcionário.
Segundo dados da Comdep, cerca de 300 toneladas de lixo são levados diariamente para o aterro sanitário de Pedro do Rio. A Carfilub Logística e Transportes Ltda está realizando o serviço de coleta de lixo na cidade desde o dia 21 de outubro. A empresa foi contratada após o rompimento do contrato com a Locanty por parte da Prefeitura. O contrato entre a empresa e o município tem duração de três meses e custa R$ 3.854 milhões.

Janaína do Carmo
Redação Tribuna
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Condomínios participam de disputa por economia de água


Nada melhor do que uma competição saudável para incentivar mudanças de hábito, não é mesmo? Funcionários e moradores de 15 prédios residenciais do bairro de Moema, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, viveram na pele essa experiência. Eles foram convidados a participar da Disputa de Condomínios, iniciativa que desafia edifícios a economizar água.

A ideia é conscientizar todas as pessoas que participam do dia a dia dos prédios - como moradores, zeladores, porteiros, faxineiros e empregadas domésticas - para a importância de reduzir os gastos hídricos e, em seguida, desafiá-los a poupar a maior quantidade possível do recurso.
Quem economizar mais vence a brincadeira e ainda ganha como prêmio equipamentos que facilitam a economia de água - entre eles, torneiras e descargas - para as áreas comuns do condomínio e, também, para todos os apartamentos.

Escolhidos a partir de uma rigorosa avaliação - que levou em conta critérios como tempo de construção, período em que foi feita a última reforma e tipo de medição dos gastos com água -, os edifícios passaram dois meses, junho e julho deste ano, participando da competição e, juntos, conseguiram baixar seu consumo em 73%, economizando cerca de dois milhões de litros do recurso - quantidade suficiente para uma pessoa viver por 2.670 anos.

O vencedor da brincadeira foi o condomínio Ponte di Rialto, que teve uma economia média de 14% no consumo de água, poupando mais de 200 mil litros do recurso nos dois meses de desafio.

Os bons resultados fez a iniciativa crescer. Em 2013, a Disputa de Condomínios - promovida pela Sagarana Comunicação, em parceria com a Sabesp - será ampliada para outros bairros de São Paulo e, ainda, será adaptada para ser realizada em estabelecimentos comerciais e colégios. Quer participar? Inscreva seu condomínio.

Fonte:

Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável
23/11/2012

Programa “Papa-lâmpadas” ultrapassa 10 mil unidades recicladas

A Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) finalizou o mês de outubro com um total de 10.391 lâmpadas fluorescentes recicladas, no primeiro mês de atividades do programa que amplia os serviços de coleta de materiais recicláveis, o “Papa-lâmpadas”.
Após parceria com a Idéia Cíclica (Instituto para o Desenvolvimento Ambiental e Tecnológico), as lâmpadas passaram a ter seus componentes reaproveitados, com funcionalidade e segurança, conforme salientou o coordenador do Programa de Coleta Seletiva Porta a Porta, Claudionor Portílio.“Vínhamos recolhendo em hospitais, fábricas e residências, procurando um destino correto que seria a descontaminação. Esse número é resultado desse estoque e das lojas e empresas como Garboni e Werner, que entraram em contato solicitando a coleta, após o surgimento do programa”, disse.
O equipamento tritura e separa o vidro e o alumínio do mercúrio, e é montado sobre um tambor metálico de 200 litros com sistema triplo de filtragem: um para o pó fosfórico, outro para partículas de vidro e o terceiro para retenção de gases venenosos. O equipamento possui capacidade para compactar aproximadamente 850 lâmpadas.
O rompimento de uma lâmpada fluorescente lança uma poeira rica em vapor de mercúrio, de alta toxidade, que além de agredir o meio ambiente, é capaz de ir direto para os alvéolos pulmonares de quem estiver exposto ao pó. O sistema de operação do equipamento funciona a vácuo, e o operador se vê seguro dos riscos de contaminação.
 “Esta é uma opção excelente que encontramos para dar um destino a esse material. Esperamos manter esses bons números, e até superá-los com o tempo, e a divulgação de mais este serviço”, ressaltou o presidente da Comdep, Jorge Luiz Plácido.
Após o término da separação dos componentes, e descontaminação, a Idéia Cíclica se encarrega do transporte, e destinação correta de todo o resíduo oriundo do serviço. Não há quantidade mínima para a realização da coleta, que pode ser solicitada no centro de reciclagem pelo telefone 2243-3262.

sábado, 10 de novembro de 2012

Estado promete casas, mas reunião na Câmara termina sem ações concretas

SÁBADO, 10 NOVEMBRO 2012 08:02
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A reunião, presidida pelo vereador Silmar Fortes, teve a presença de um representante da Secretaria Estadual de Obras. / Foto: Marco Oddone.
Após um ano e dez meses, a Comissão Parlamentar de Inquérito Municipal (CPIM) das chuvas, formada logo após a catástrofe no Vale do Cuiabá, em Petrópolis, realizou a 16ª reunião na tarde de ontem, na Câmara de Vereadores. Apesar do governo estadual ter apresentado uma prévia dos projetos de habitação para a cidade, não houve adiantamento de outros problemas.

O representante da secretaria de Obras do estado, Gerard Fischgold, apresentou uma prévia do projeto de habitação para a cidade, que inclui a construção e montagem de 430 unidades habitacionais. “Alguns projetos já foram encaminhados à Caixa Econômica Federal, outros ainda vão ser enviados”, disse. Gerard citou ainda um pacote, já aprovado pelo Ministério das Cidades, de R$ 60 milhões para Petrópolis, no entanto, a verba já tem destino. “O dinheiro é direcionado ao plano de contingência enviado pelo município ao governo federal, que levantou mais de 60 áreas em estado de risco. Boa parte desta área poderá ter a prevenção de encostas”, lembrou.
Até o momento, são quatro terrenos, dois no Vale do Cuiabá, que somarão 130 unidades habitacionais, um em Itaipava, com 140 casas, e por último na Mosela, com 160. Este é o número no primeiro momento, já que serão necessárias mais de 800 unidades para suprir o número na cidade.

Atraso no pagamento das indenizações

O presidente da associação de moradores do Vale do Cuiabá, José Quintela, garante que algumas pessoas não conseguem contato com o Inea para dar andamento às negociações dos terrenos. “Uma reunião a cada seis meses é muito tempo, não dá pra dar continuidade. O atendimento no canteiro social também não está agradando aos moradores, que acabam saindo de lá sem qualquer resposta aceitável”, disse. “O que não pode acontecer é isso, passar quase dois anos da tragédia e muitas pessoas ainda estarem sem qualquer resposta dos governos, seja municipal ou estadual”, lamentou o vereador Silmar Fortes sobre a demora do Inea em estabelecer as negociações comos moradores da área, para que eles sejam ressarcidos, seja pela compra assistida ou indenização do imóvel que não poderá mais ser utilizado.
Os representantes do Inea, no entanto, afirmaram que das mais de 800 pessoas que estão sendo assistidas, 265 estão em negociações adiantadas para o fechamento das indenizações, algumas também já optaram por ficar com uma das unidades habitacionais.
Presidida pelo vereador Silmar Fortes, a reunião contou com a presença de diversos órgãos ambientais e sociais de Petrópolis, além de representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Secretaria Estadual de Obras (Seobras). A CPIM foi criada para investigar os riscos de catástrofes e minimizar os constantes alagamentos e deslizamentos de terra, que todos os anos atingem diversas famílias petropolitanas. Entre a série de apontamentos feitos pela CPIM da chuva, se destacam o desmatamento realizado principalmente nos topos de morros e encostas assim como a falta de preocupação com a área de risco e inexistência de uma política habitacional ao longo dos anos. Além disso, a fiscalização dos trabalhos que estão sendo realizados para conter estes problemas constantes em Petrópolis.

Redação Tribuna

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Passados quase dois anos da tragédia da Região Serrana, casas ainda não foram construídas

Moradores da região mais atingida pelo temporal em janeiro de 2011 protestaram em frente ao Palácio Guanabara./Foto: Divulgação.
Vítimas das chuvas de janeiro do ano passado, do Vale do Cuiabá, realizaram na última terça-feira, dia seis, uma manifestação em frente ao Palácio Guanabara (sede do governo do Estado do Rio de Janeiro). Cerca de 60 moradores protestaram contra o atraso do pagamento das indenizações pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Segundo eles, existem famílias que já assinaram os acordos há 10 meses e até agora não receberam o dinheiro. “Não dá para entender por que essa demora para pagar as indenizações. Queremos agilidade neste processo e, acima de tudo, queremos respostas”, destacou o presidente da Associação de Moradores do Vale do Cuiabá, José Quintella. Ele faz parte do grupo de moradores que já assinaram os acordos e ainda não foram indenizados. “Assinei o meu acordo com o Inea em maio deste ano. Até agora estou aguardando. E existem pessoas esperando há muito mais tempo”, informou.
Além dos moradores do Vale do Cuiabá, vítimas da chuva de Teresópolis e Nova Friburgo também participaram do protesto. Os manifestantes foram recebidos pelo secretário estadual de Obras, Afonso Monerat. Os moradores entregaram a ele uma carta com um pedido de urgência para a construção das casas, além do pagamento das indenizações e a dragagem dos rios.
No próximo domingo, a tragédia que atingiu sete municípios da Região Serrana completa um ano e 10 meses sem que nenhuma casa tenha sido construída. Segundo Quintella, a manifestação em frente ao Palácio Guanabara foi a forma que os moradores encontraram para ser ouvidos pelas autoridades. “Não aguentamos mais reclamar e solicitar respostas sem que nada seja feito. É importante dizer que o Inea não está cumprindo o acordo com os moradores do Cuiabá”, frisou. Nesta sexta-feira, dia nove, o presidente da Associação de Moradores do Vale do Cuiabá estará participando, na Câmara de Vereadores, de um encontro com os membros da Comissão Especial da CPI das Chuvas. Segundo José Quintella, o secretário de Obras do estado garantiu que um representante do governo estadual iria participar da reunião. “Esperamos que neste encontro tenhamos algum posicionamento sobre o andamento dos processos, tanto das indenizações quanto das construções das casas”, disse.
Janaína do Carmo
Redação Tribuna

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Governo libera R$ 381 milhões para o enfrentamento a desastres naturais no país

O governo decidiu abrir crédito extraordinário, no valor de R$ 381,2 milhões, para atender às necessidades dos estados e municípios em casos de desastres naturais. A decisão está publicada na edição de hoje (19) do Diário Oficial da União. No texto, não há o detalhamento sobre a aplicação do dinheiro.

Nos últimos meses, a Região Sul do país tem sofrido com a temporada de chuva que provoca desabamentos, alagamentos e atinge cidades e o campo. Vários municípios do Rio Grande do Sul contabilizam vítimas e prejuízos nas colheitas.

Parte do Brasil, principalmente no Nordeste, sofre com a falta de chuva. No Piauí, por exemplo, produtores rurais advertem que a longa temporada de estiagem pode atingir o plantio de alimentos na região.

As autoridades públicas do país dispõem do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais, resultado de acordo de cooperação entre a Secretaria Nacional de Defesa Civil e o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina.

O objetivo da pesquisa é reunir e colocar à disposição pública informações sobre os registros de desastres ocorridos em todo o território nacional nos últimos 20 anos (1991 a 2010), por meio da publicação de 26 volumes sobre os estados e um sobre o Brasil.


Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Após 22 meses da tragédia no Cuiabá, casas não saíram do papel

QUARTA, 17 OUTUBRO 2012 09:14
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Vinte e dois meses após a tragédia do Vale do Cuiabá, foi apresentado um novo prazo para o início da construção das casas para os desabrigados da chuva. A nova data, novembro, foi apresentada durante reunião, realizada na semana passada, entre representantes da Secretaria de Obras do Estado (Seobras) e vereadores da comissão que acompanha os trabalhos de construção de casas. “Apesar de todo o atraso, a expectativa é boa para o início efetivo da construção das casas”, disse o vereador Silmar Fortes. 

As primeiras moradias começaram a ser erguidas em um terreno na Rua Alberto de Oliveira, na Mosela. No local, serão construídas 160 unidades de 45 metros quadrados, divididas em nove blocos de apartamentos com térreo e mais quatro andares. A empresa que realizará a obra – Arte a Metro – venceu a licitação realizada no fim do ano passado, mas os trabalhos – previstos para iniciar em março deste ano – não foram realizados devido a problemas no terreno. “A área pertencia à União, que agora a repassou para o estado.A titularidade do local era um dos empecilhos para a Caixa Econômica Federal (CEF) aprovar o projeto e repassar os recursos”, explicou Silmar. 

Em nota, a assessoria de imprensa da CEF informou que “a empresa vencedora da licitação ainda está no prazo de desenvolvimento do projeto, e após conclusão o projeto deverá ser entregue para aprovação pela Caixa e demais órgãos competentes”. 

Além da questão do terreno, o projeto da construção das casas também teve que ser alterado. Inicialmente, seriam construídos 10 estabelecimentos comerciais, mas a Secretaria de Obras do Estado resolveu modificar o projeto e o local destinado às lojas será uma área de proteção ambiental. 

A previsão é de que as unidades devem ser entregues dentro de um prazo de seis a oito meses, após o início das intervenções. Os recursos para a construção das casas para os desabrigados vêm do programa federal Minha Casa, Minha Vida. No contrato, a União entra com uma parte da verba e o que deveria ser custeado pelo morador será pago pelo governo do estado. 

Durante a reunião, também foi citada a questão do terreno em Itaipava para a construção de mais 180 casas. A área chamada de Cuiabá 1 fica localizada na Estrada de Teresópolis, próximo à pousada Capim Limão. “Segundo os representantes da Secretaria de Obras do Estado, o terreno já está todo regularizado, falta apenas a aprovação da CEF”, disse Silmar. 

Outra novidade apresentada no encontro é a construção de mais 70 unidades no terreno onde empresários estão construindo 26 casas. Na área, localizada no Vale do Cuiabá, serão construídas casas pré-moldadas, que já foram compradas pelo governo do Estado. 

“Nos próximos dias, vamos fazer uma visita neste terreno e ver onde serão erguidas essas casas pré-moldadas. Assim que estiver definido o local, a previsão é de que elas fiquem prontas em quatro dias”, contou Silmar. 

Antes da construções das casas no bairro Mosela e em Itaipava, a Secretaria de Obras do Estado irá apresentar os projetos para os vereadores. A reunião acontecerá na primeira semana de novembro. “É preciso ver esses projetos e entender melhor como tudo será construído”, concluiu o vereador.


Janaína do Carmo
Redação Tribuna

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Região serrana do Rio recebe R$ 840 milhões para obras de contenção, recuperação e infraestrutura

Do total, cerca de R$ 200 milhões serão investidos em obras de contenção de encostas, recuperação de áreas degradadas, reconstrução de pontes e na infraestrutura para a construção de novas moradias para as famílias atingidas pela catástrofe, que deixou mais de 900 mortos./Foto: Roque Navarro.
O governo do Rio assinou ontem (13) dois contratos internacionais de financiamento no valor de US$ 419 milhões, equivalente a cerca de R$ 840 milhões, para aplicar na região serrana, devastada pelas chuvas em janeiro de 2011. O dinheiro será liberado pela Corporação Andina de Fomento (CAF) – Banco de Desenvolvimento da América Latina.

Do total, cerca de R$ 200 milhões serão investidos em obras de contenção de encostas, recuperação de áreas degradadas, reconstrução de pontes e na infraestrutura para a construção de novas moradias para as famílias atingidas pela catástrofe, que deixou mais de 900 mortos. O restante, cerca de R$ 640 milhões, serão destinados para obras de melhorias e implantação de estradas.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, reconheceu que houve atraso nas obras de recuperação da região serrana, mas creditou a demora à complexidade das soluções. “O que nós estamos fazendo - e isto leva tempo de maturação - é deixando de fazer remendos e passando a fazer soluções definitivas para que os próximos governantes tenham condições de dar continuidade a um programa de prevenção,” disse.
Segundo Cabral, estão garantidos mais US$ 400 milhões com a CAF para serem investidos nas obras de reforma do Maracanã e na construção do Arco Metropolitano, nova rodovia que ligará as BRs 116, 101 e 040, retirando do município do Rio de Janeiro a maior parte do trânsito pesado de caminhões. O governador disse que a liberação dos recursos só depende de tramitação no Ministério da Fazenda e posterior aprovação pelo Senado.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Alerj quer documentação sobre indenizações pagas

O deputado Marcus Vinícius (PTB) está requisitando ao Instituto Estadual de Ambiente (Inea) a documentação referente à indenização das famílias que perderam as suas casas no Vale do Cuiabá em locais considerados pelo órgão como áreas de exclusão que não poderão ser mais habitadas. Pelo menos 20 famílias, vítimas das chuvas de janeiro de 2011,  teriam assinado acordo com o governo estadual, mas ainda não teriam recebido os valores.

Cerca de 340 famílias que viviam nas margens do Santo Antônio foram retiradas, segundo o Inea. Em seis meses, já teriam sido pagos R$ 14,5 milhões como compensação financeira pela realocação das famílias."Moradores estão pedindo ajuda ao Ministério Público Federal e cabe à Alerj, como fiscalizadora do Executivo, verificar se as indenizações estão realmente chegando aos moradores. Há reclamações de que os documentos foram assinados sem que constasse o prazo para o pagamento dos recursos. Alguns moradores dizem que assinaram os acordos há oito meses e não conseguiram receber", afirma Marcus Vinícius que é relator da Comissão de Representação instituída pela Alerj para acompanhar as ações do poder público para a recomposição das áreas afetadas pelas chuvas de 2011.

O governo do Estado reviu, no início do ano os valores das indenizações tomando por base o valor médio dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, o que estimulou os moradores da região a buscarem os acordos indenizatórios.  "A vida dessas pessoas mudou drasticamente. É preciso celeridade para que eles recebam os recursos e possam reiniciar suas vidas", completa Marcus Vinícius.


22 pontes construídas até o final do ano


A Secretaria de Estado de Obras garantiu nesta quarta-feira (12), na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), em reunião da Comissão de Representação, que 22 pontes na Região Serrana serão erguidas até dezembro. Outras 45 estruturas serão reconstruídas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). No total, o Estado investirá, apenas em pontes, R$ 105 milhões. Em fase de apresentação dos projetos e licitação, estão previstos R$ 81 milhões para a contenção de encostas.

"No caso de encostas, pontes e nas margens dos rios, a maior preocupação é das obras estarem concluidas antes das próximas chuvas de verão. Os órgãos responsáves vem garantindo que estarão prontas no prazo, mas vamos acompanhar", afirma Marcus Vinícius.

ONG produz vídeos com resultados de projeto na Região Serrana após chuva de 2011


No início de 2011, a Região Serrana do Rio de Janeiro foi palco da maior tragédia natural do Brasil quando temporais, enchentes e deslizamentos de terra deixaram mais de 900 mortos. A ONG CARE Brasil passou a atuar nas cidades de Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis com o projeto Somando Forças com a Região Serrana.
Graças ao investimento de centenas de indivíduos e dezenas de empresas e parceiros, a CARE pôde atuar nas três fases da ajuda humanitária: Resposta Emergencial; Reestruturação de Vidas; e Ações de Prevenção e Redução de Riscos de Desastres. Desde janeiro de 2011, o projeto já beneficiou milhares de pessoas nessas três cidades. Para demonstrar à sociedade o saldo desta iniciativa, a CARE Brasil elaborou dois vídeos institucionais com o balanço das duas últimas fases.


Fase II

s vídeos foram financiados por Arthur Wolkovier e produzidos pela Divina Imagem Produções para a elaboração das peças audiovisuais.

Fase III

Com a chegada do período das chuvas, que, no caso do Sudeste brasileiro, ocorre nos meses de verão, é fundamental que as lições aprendidas naquela tragédia sirvam para evitar que novos desastres ocorram. Para isso, a CARE Brasil já contribuiu com a estruturação de três Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDECs) na Região Serrana, como mostra o vídeo sobre a fase III.
Parceria- A União Europeia, por meio do Departamento de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia (European Commision Humanitarian Aind Departament – ECHO), investe no trabalho da CARE Brasil em prevenção e redução de riscos de desastres na região. O trabalho da CARE Brasil na Região Serrana é possível também graças ao investimento de indivíduos e ao financiamento das seguintes empresas (que em alguns casos também engajaram colaboradores e/ou clientes): Walmart, VALE,, Bank of America Merril Lynch, Kraft Foods, Vostu, Levi Strauss, HSBC, JP Morgan, Pfizer, PriceWaterhouseCoopers, B.Braun, Machado Associados. Outras empresas apoiaram a CARE Brasil mobilizando seus colaboradores e/ou clientes e fornecedores: Accenture, Banco Santander, Banco Societe Generale, Cisco, Dow Química, Escola Britânica de São Paulo – Saint Paul´s School, Good Card Embratec, Nike e Votorantim Metais. O Instituto C&A doou bens materiais.
Sobre a CARE Brasil- A CARE Brasil é uma ONG brasileira, com título de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que iniciou suas operações em 2001 com a missão de combater a pobreza enfrentando suas causas estruturais em regiões rurais e urbanas de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Trabalha na promoção do desenvolvimento local e sustentável das comunidades e territórios onde atua por meio de ações de inclusão social, fortalecimento da economia local, preservação do meio ambiente, inovação na gestão pública e mobilização social.
A CARE Brasil faz parte da rede da CARE Internacional, que tem sede em Genebra (Suíça) e está entre as cinco maiores ONGs do mundo. Com atuação em 84 países, a CARE beneficiou mais de 82 milhões de pessoas apenas em 2010, por meio da implementação de 905 projetos em quatro continentes: África, América Latina, Ásia e Leste Europeu. Para mais informações acesse www.care.org.br.

Governo confirma que 22 pontes serão erguidas na Serra ainda este ano

Ponte do Brejal, único acesso dos moradores, destruída nas chuvas de janeiro de 2011
A Secretaria de Estado de Obras (Seobras) apresentou nesta quarta-feira (12/09), na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o planejamento de construção e reconstrução de pontes e de obras para a contenção de encostas na Região Serrana. A expectativa é que a maioria das 22 pontes sob a responsabilidade da Seobras será erguida até o fim de 2012, ao custo de R$ 14 milhões. Os dados foram apresentados, em uma audiência, para a Comissão de Representação que acompanha os gastos e a atuação dos governos para a reestruturação da Serra após as enchentes, presidida pelo deputado Luiz Paulo (PSDB).

Segundo o superintendente de Projetos e Acompanhamento de Obras da Subsecretaria Extraordinária da Região Serrana, José Beraldo, ainda há 45 pontes que serão reconstruídas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), ao custo de R$ 91 milhões. “Para a construção dessas novas pontes, foi necessário ser feito um estudo específico de toda a região, porque as que existiam já não podiam ser simplesmente reconstruídas. Estamos fazendo novas unidades que suportem fortes chuvas e, assim, poderemos ter o trabalho de prevenção de desastres”, justificou Beraldo.
O deputado Luiz Paulo sublinhou que a principal cobrança da comissão refere-se à demora para a conclusão das obras antes que a época de chuvas fortes recomece. “O trabalho começou desorganizado por parte das entidades públicas responsáveis pela reconstrução da Região Serrana, mas parece que, agora, elas se acertaram no seu planejamento. Por isso, somente nesse instante começamos a ver resultados. A comissão continuará cobrando das entidades para que as obras terminem o quanto antes”, disse.
Na primeira parte das obras já concluídas na Serra, o Governo estadual liberou cerca de R$ 147 milhões, que foram utilizados em intervenções nos municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, e o Governo federal liberou R$ 81,6 milhões para a contenção de encostas. O superintendente apresentou a previsão de custos para as próximas ações na região: em fase de apresentação dos projetos e licitação, estão previstos R$ 80 milhões para a construção e reconstrução de pontes e, R$ 81 milhões para o trabalho em encostas.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Moradores do Cuiabá querem o apoio da presidente Dilma

Moradores de Itaipava e da região atingida pela tragédia de janeiro de 2011 estão promovendo um abaixo-assinado a ser encaminhado à presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de ter o apoio dela para solução dos problemas que ainda existem na região. Os coordenadores do movimento pediram o apoio da Frente Pró-Petrópolis (FPP), para que junto com as assinaturas dos moradores vá também um abaixo-assinado de pessoas e entidades que apoiam a luta e reivindicação da população que até hoje sofre por causa da tragédia.
Na carta, os moradores afirmam que estão buscando o apoio da presidente por se sentirem desamparados e sem saber a quem recorrer, tendo a certeza de que ela neste momento é a única esperança deles. “Esta carta aberta, com agradecimentos pelas providências tomadas no âmbito da União, também carrega nossas mágoas, com relação às ações do estado e do município, que deixam muito a desejar e muito nos tem prejudicado”, afirmam os moradores no texto.
Entre as várias reclamações dos moradores está a de que eles sejam respeitados pelas autoridades (estado e município) que lidam com o cotidiano deles, frisando que “tenham em mente que muitos de nós perdermos tudo, inclusive parentes e amigos”. Na carta, os moradores lamentam ser tratados com desprezo e pelas dificuldades que enfrentam, inclusive para entrar com ações na Justiça.
Eles afirmam que “para nós o tempo voa e os prejuízos se acumulam, enquanto para os burocratas nada os afeta ou incomoda, não são responsabilizados”. Além do texto principal da carta, os moradores apontam as principais situações que os incomodam, como falta de respeito no relacionamento do estado, para com a população e planejamentos feitos à revelia da população, que não é ouvida, embora seja a mais interessada e prejudicada, entre outros itens.

FONTE: JORNAL TRIBUNA DE PETRÓPOLIS

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Governo do Estado fará obras na Região Serrana com R$ 540 milhões da União

Inea realiza ações emergenciais em rios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis com R$ 91,3 milhões do Fecam

  O Governo Federal liberou R$ 540 milhões para obras de recuperação de rios dos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, na Região Serrana do Rio, afetados pela tragédia provocada pelas chuvas de fevereiro de 2011, que resultou na morte de mais de 900 pessoas.


 O anúncio foi feito hoje (28/08) pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e pela presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, em coletiva à imprensa.

 As intervenções nos três municípios da Região Serrana, a serem executadas pelo Inea com recursos federais, abrangem a dragagem e a canalização de um total de 27 quilômetros de rios, a construção de novas pontes, a implementação de parques fluviais e o reassentamento de 1.620 famílias. As obras deverão começar em novembro de 2012, com previsão de serem concluídas em dezembro de 2015.

 Mesmo com a demora na liberação dos recursos do Governo Federal, o Governo do Estado, por intermédio do Inea, já vinha executando, com R$ 91,3 milhões do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental), obras emergenciais em regiões atingidas pela tragédia ambiental nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

 A presidente do Inea, Marilene Ramos, detalhou o que já foi feito com verbas do governo estadual e o que será realizado, com os recursos federais, nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

 Segundo ela, em Teresópolis, o Governo do Estado já realizou a dragagem de 1.720 metros do Rio Príncipe, beneficiando cerca de  12 mil pessoas. “Com a liberação da verba por parte do Governo Federal, de imediato, R$ 160 milhões serão aplicados em obras de dragagem de 7.400 metros de rios e no reassentamento de 360 famílias. As obras irão beneficiar 57.500 habitantes, o equivalente a 35% da população total desse município.”

 Em Nova Friburgo, o Governo do Estado realizou o controle de inundação e a recuperação ambiental em 2.200 metros de extensão do Córrego Dantas e na demolição da Barragem Energisa, dentre outros serviços. Neste município, serão investidos mais R$ 269 milhões na recuperação de rios e no reassentamento de 600 famílias, beneficiando uma população estimada de 90 mil pessoas.
  
“Já em Petrópolis”, continuou Marilene, “que inclui o distrito de Itaipava, o Inea efetua a dragagem de 1.400 metros do Rio Santo Antônio. De imediato, serão aplicados R$ 72 milhões para a dragagem e recuperação de 10 km de rios e o reassentamento de 600 famílias que vivem às margens desses corpos hídricos. As obras irão beneficiar a 71 mil pessoas da região.”
  
Dos recursos federais, R$ 39 milhões restantes serão destinados a iniciativas sociais e à continuidade de obras já em andamento na Região Serrana, como de microdrenagem dos bairros Cristina Ziede e Duas Pedras, em Nova Friburgo.

 Atraso da verba federal

O secretário Carlos Minc explicou que o atraso na liberação dos recursos federais “deveu-se, principalmente, à corrupção explícita por parte de alguns prefeitos da Região Serrana. Por isso, o que era emergencial, deixou de ser. Os projetos foram elaborados pela equipe do Inea e estavam prontos desde aproximadamente julho do ano passado. Então, com recursos do Fecam, de R$ 91,3 milhões, fizemos obras emergenciais. Agora, com a liberação dos recursos federais, vamos prosseguir com essas obras”.

 Minc fez questão de eximir a União de qualquer culpa pelo atraso na liberação das verbas: “De forma alguma podemos botar a culpa no Governo Federal, pois a União é nossa parceira em obras como a do Projeto Iguaçu, por exemplo, de recuperação ambiental de rios da Baixada Fluminense. O Governo Federal será também nosso parceiro na recuperação dos rios Alcântara e Imboaçu, em São Gonçalo”.

 Em relação às intervenções no Município de São Gonçalo, na Região Metropolitana, Minc se referiu ao início, em outubro, das obras de recuperação dos rios Alcântara e Imboaçu e do reassentamento de sua população ribeirinha. Os recursos para essas obras, de cerca de R$ 80 milhões, virão dos governos Federal e do Estado.

 Voltando à Região Serrana, Minc informou que, com recursos do Fecam, já foram investidos R$ 91,3 milhões nas seguintes obras: contratação de projetos de controle de cheias em Nova Friburgo (Rio Bengalas, Córrego Dantas, Barragem Cardinot, microdrenagem dos bairros Cristina Ziede e Duas Pedras); em Teresópolis (rios Imbuí, Príncipe e Paquequer e barragens para o controle de cheias); e em Petrópolis (rios Santo Antônio, Carvão e Cuiabá). “As obras também incluíram o cadastramento e o reassentamento de 420 famílias. Até novembro deste ano, vamos finalizar essas obras emergenciais.”
Ao destacar a importância das obras para Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, Minc enfatizou que, se não houver a colaboração e a parceria com os prefeitos, o problema dificilmente será solucionado definitivamente:

 “É necessário que esses prefeitos não deixem que as pessoas voltem a ocupar as margens desses rios. Devem ainda intensificar a coleta de lixo e ações de educação ambiental. Inclusive uma equipe de geólogos do Departamento de Recursos Minerais (DRM), do Governo do Estado, fez um mapeamento das áreas de risco dos municípios da Região Serrana, e que foi entregue para os respectivos prefeitos. Se esses prefeitos incentivarem novamente a ocupação dessas áreas, responderão por crime de responsabilidade.”