quarta-feira, 31 de março de 2010

Civis quer que MP investigue repasse de verbas para empresas de ônibus

JAQUELINE RIBEIRO
Redação Tribuna

Representantes do Instituto Civis querem que o Ministério Público intervenha com o objetivo de encontrar uma solução para os graves problemas dos transportes coletivos em Petrópolis. “É importante que o Ministério Público acompanhe as discussões, talvez fazer um Termo de Ajustamento de Conduta com as empresas e com a Prefeitura, estabelecendo prazos para que essa situação seja resolvida”, afirma o presidente do Instituto Civis, Mauro Correa.
Segundo Mauro, o Civis fez uma análise do balanço de 2008 da CPTrans e frisa que outra questão que precisa ser investigada diz respeito ao repasse de recursos que a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes faz às empresas de transporte coletivo. “É preciso que o MP investigue essa questão e verifique se houve gestão temerária na empresa”, disse o presidente do Civis. Ele quer que os vereadores apurem a transferência de recursos da CPTrans para empresas de ônibus.
Mauro lembra que a empresa apresentou prejuízo da ordem de R$ 1,4 milhão, quase 43 vezes maior do que o verificado no exercício de 2007 (da ordem de R$ 32 mil). “A explosão do prejuízo da empresa num ano eleitoral (2008) exige uma explicação e apuração profunda de como o dinheiro público foi tratado pelos ex-dirigentes da CPTrans”, complementa Correa.
O Civis diz que dos 332 ônibus que rodam pela cidade, 221 têm o prazo de utilização vencido, portanto, cerca de 60% da frota não poderiam estar mais circulando. Boa parte dos ônibus tem até 12 anos de uso e se encontra em péssima situação de conservação. De acordo com o vice-presidente do Civis, Marcos Nóbrega, o problema dos ônibus que circulam em Petrópolis não é novo, mas foi agravado nos últimos anos, dada a omissão do governo passado em relação aos problemas existentes. O Civis questiona ainda a falta de atitude por parte da atual administração municipal ou a falta de divulgação das medidas que estão sendo tomadas, de acordo com promessas feitas pelo próprio prefeito Paulo Mustrangi, no Seminário Petrópolis 2014/2016.

Vários bairros sem energia por até 13 horas


O novo apagão da Ampla prejudicou bairros da região do Quitandinha e da Mosela, principalmente. Moradores indignados com os prejuízos. / ALEXANDRE CARIUS
A chuva que caiu na cidade na noite de segunda-feira seria a causa do apagão que atingiu vários bairros do município. Valparaíso e Centro foram atingidos, mas a região do Quitandinha foi a mais prejudicada e ficou quase 13 horas no escuro. Comerciantes ficaram indignados e afirmam que irão entrar com uma ação na justiça para garantir que os prejuízos sejam ressarcidos pela Ampla, empresa responsável pelo serviço.
Na Mosela, um transformador caiu e, em Quitandinha, entre as localidades atingidas estão toda a parte do bairro Espírito Santo, assim como as ruas Ceará, Pará e Amaral Peixoto. Na Rua Costa Rica, uma padaria teve um prejuízo aproximado de R$ 4 mil em mercadorias. Pela manhã, apenas as perdas de uma fornada de pão e cerca de R$ 2 mil em sorvetes já haviam sido contabilizados. Faltava ainda conferir os freezeres de refrigerantes e cervejas, entre outros. “Fazemos entregas de pão e, para garantir que não perderíamos os clientes, tivemos que comprá-lo noutras padarias para levar aos nossos clientes”, conta Ângelo Miguel da Silva, de 39 anos.
Ele conta que esta não é a primeira vez que a padaria, de propriedade de seu pai José Ladislau, de 72 anos, tem prejuízos com os apagões. “Mas, com certeza, estes foram os maiores. Das outras vezes, como o fornecimento era religado em menor tempo, perdíamos pouca coisa. Ficávamos irritados mas não brigávamos. Desta vez, extrapolaram todos os limites”, complementa Ângelo.
O comerciante acredita que uma das causas dos frequentes apagões, além da sobrecarga, já que a comunidade cresceu e a rede não foi reforçada, é a negligência. “A empresa conta com equipes que trabalham com a prevenção, fazem a poda das árvores. O problema é que o serviço não está sendo feito como deveria. O transformador que sempre desarma com qualquer chuva fica muito próximo a uma árvore. A rede de baixa tensão, por exemplo, passa pelo meio das folhagens”, explica.
No BNH do Quitandinha, 160 apartamentos ficaram sem a energia e, de acordo com a síndica Leila Mendes Duque, a interrupção no abastecimento acarreta uma série de problemas e prejudica, inclusive, a segurança dos moradores, porque os portões eletrônicos não funcionam, assim como os interfones e bomba d’água. “Além disso, por conta dos constantes apagões, há cerca de dois meses todos esses equipamentos queimaram. Fomos obrigados a trocar tudo. Os gastos foram de quase R$ 4,9 mil”, revela. Conforme Leila, ela já esteve pessoalmente na loja da empresa para reclamar do transformador citado pelo comerciante Ângelo, mas nunca obteve resposta. “A empresa precisa tomar as providências necessárias. Como em toda comunidade, no condomínio temos pessoas doentes, idosos, que precisam ainda mais do serviço. Espero que dessa vez tomem as medidas para garantir que as interrupções não voltem a acontecer”, disse.
O morador Odilon Lacerda de Andrade, da Rua Pará, acrescenta que os contatos com a concessionária se tornam impossíveis quando a luz acaba. “O 0800 só dá ocupado. O pior é que era só ligar uma chave. Não havia motivo para tanta demora”, conta. Já a aposentada Olga Straub, de 65 anos, complementa que não é necessário cair um temporal para a luz acabar. “Na segunda-feira, por exemplo, a chuva não estava tão forte. O problema é que ventou um pouco. Dessa forma, os galhos das árvores esbarraram na rede, fazendo com que o transformador desarmasse”.
Questionada, através de nota a Ampla disse que “as fortes chuvas e ventos que atingiram o Estado do Rio na noite de ontem (29/3) causaram interrupções no fornecimento de energia em alguns bairros de Petrópolis. Por causa das chuvas e raios, várias árvores caíram sobre a rede elétrica. A empresa esclarece que equipes começaram a reparar os danos ainda ontem à noite (segunda-feira) e ainda estão nas ruas para normalizar completamente o fornecimento”.
Em relação à poda, a empresa esclarece que não é responsável pelo serviço de poda na cidade. A poda só é feita pela Ampla quando galhos estão próximos à rede elétrica. “Quanto a ressarcimentos a danos elétricos, o comerciante pode procurar uma loja da empresa informando dia e hora da ocorrência que a empresa irá analisar caso a caso”, completou.

CARLA CAVALCANTE
Redação Tribuna

domingo, 28 de março de 2010

Promessa vaga de ressarcir prejuízo. E só

ROGERIO TOSTA
Redação Tribuna


O presidente da Ampla, Marcelo Llevenes, assumiu o compromisso de ressarcir todos os consumidores por prejuízos que tenham sido causados por quedas de energia nos últimos meses em Petrópolis. O anúncio foi feito durante a audiência pública, realizada na noite de sexta-feira, na Câmara Municipal, promovida pela Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
De acordo com os dados da Ampla, somente neste mês a empresa terá que ressarcir cerca de 500 mil clientes, num total de R$ 3 milhões. O presidente da Ampla ficou de enviar para a Comissão da Alerj e para Câmara Municipal os dados sobre Petrópolis. Marcelo Llevenes disse que determinou à equipe da Ampla em Petrópolis que tome todas as medidas para agilizar o processo de ressarcimento, fazendo os acordos, mas frisou: “assumimos nossa culpa, mas vamos ressarcir aqueles que comprovadamente tiveram prejuízos causados pelos nossos equipamentos”.
Presidida pelo deputado estadual, Marcus Vinicius (PTB), juntamente com o deputado estadual, Rodrigo Neves, a audiência pública serviu para que representantes de alguns setores, como hotéis e pousadas, associações de moradores e outras entidades, se manifestassem, cobrando da Ampla medidas urgentes e imediatas para fim aos apagões.
Luciana Périco, presidente da Associação de Moradores do Alcobacinha, criticou a Ampla pela demora na troca de um transformador em sua comunidade que, na sua avaliação, está obsoleto e não atende mais a demanda. “São três anos pedindo a troca e até agora nada. Quando a Ampla erra ninguém cobra e não há providências, mas quando deixamos de pagar a conta de luz, a empresa não pergunta antes, não faz contato, simplesmente manda uma equipe, que não atende aos apelos do morador e corta a luz sem verificar se a pessoa tem alguém doente que precisa da energia para sua sobrevivência”.
O deputado Marcus Vinicius contou que na semana passada uma festa não aconteceu porque não havia energia elétrica. Falando como consumidor, criticou a Ampla e disse que os petropolitanos não suportam mais ficar sem energia. “A cidade tem um grande potencial turístico e vem sofrendo com apagões desde novembro, uma situação que não pode continuar”.
O presidente do Petrópolis Convention & Visitors Bureau, Flávio Câmara, Carlos Eduardo, representando o Conselho Municipal de Meio Ambiente, e Farlem Macieira, da Associação Vale do Itamarati, foram unânimes nas críticas à empresa, pedindo que os serviços sejam melhorados. “Estamos cansados e esgotados. Fizemos investimentos para receber os turistas e muitos foram embora, pois não suportaram ficar numa cidade que vive com apagões”. Para ele, se a Ampla não realizar a melhoria definitiva na rede de abastecimento de energia, cada empresário vai entrar com uma ação individual contra a empresa cobrando na Justiça os prejuízos.
O coordenador do Indeccon, advogado Marcio Tesch, também participou do encontro e falou sobre os prejuízos que a empresa vem causando aos petropolitanos, avisando que já está tramitando na Justiça ação civil contra a Ampla e que qualquer cidadão pode fazer parte, caso queira acionar a empresa judicialmente. Dos 15 vereadores, apenas quatro participaram da audiência com a Ampla, sendo que apenas dois ficaram até o final do encontro.
O secretário de Obras, Stênio Nery dos Santos, representou o governo municipal na audiência, porém não apresentou a posição do governo sobre os apagões e não fez nenhuma cobrança, limitando-se a dizer que estava ali somente para ouvir. A posição do secretário, não agradou os representantes da sociedade civil que esperavam que o governo fosse cobrar da Ampla a conclusão das obras na Rua do Imperador e melhorias na rede de abastecimento em toda a cidade. Ao ser questionando sobre o pagamento de iluminação pública onde não tem, o secretário pediu que a pessoa entrasse com requerimento na Prefeitura, para que as medidas fossem tomadas, mas, lembrou que a pessoa vai entrar numa fila com mais de mil pedidos.
Ao final do encontro, ficou decidido criar uma comissão formada por representantes da sociedade civil, da Câmara Municipal, da Prefeitura e da Ampla, para discutir o problema e buscar uma solução, inclusive para os casos de ressarcimento. Além desta comissão, o deputado Rodrigo Neves disse que nesta segunda-feira, juntamente com o deputado Marcus Vinicius, vai protocolar na Comissão de Minas e Energia da Alerj ofício pedindo a instalação de uma subcomissão para acompanhar os investimentos da Ampla em Petrópolis.
Estes investimentos, segundo dados apresentados pelo presidente da empresa, Marcelo Llevenes, e pelos seus técnicos, será em torno de R$ 15 milhões. O plano de ação da empresa prevê 152 mil podas, substituição de rede em 40 quilômetros quadrados e a instalação de 30 equipamentos novos. Estes investimentos estão direcionados para o primeiro distrito e para toda região de Itaipava.




Inquérito no MPF já apura apagões


JAQUELINE RIBEIRO
Redação Tribuna


As interrupções no fornecimento de energia e falhas no atendimento aos clientes da concessionária de energia Ampla já são alvo de um Inquérito Civil Público instaurado em novembro do ano passado no Ministério Público Federal pelo procurador da República Charles Stevan da Mota Pessoa. O inquérito, instaurado em função dos problemas que os apagões vêm ocasionando à cidade, vai apurar eventuais deficiências no fornecimento e no serviço de distribuição de energia elétrica no Município de Petrópolis pela Concessionária Ampla, as constantes quedas de energia e interrupções no fornecimento.
O Ministério Público Federal apurou que nos últimos seis meses do ano passado foram registrados pela concessionária 58.706 atendimentos de emergência por falta de energia elétrica em Petrópolis. As informações prestadas pela Concessionária, em fevereiro deste ano, em resposta a um ofício do procurador Charles Stevan, mostram que o problema aumentou nos últimos meses de 2009, sendo o mês de dezembro o que concentrou os maiores problemas. No último mês do ano foram registrados 13.506 casos de emergência. Segundo informações prestadas pela empresa ao MPF, 40,3% destas interrupções foram relacionadas a quedas de árvores ou galhos sobre a fiação.
No inquérito, o procurador solicitou ao Procon de Petrópolis e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que os mesmos lhe enviassem dados sobre a quantidade de reclamações de Petrópolis formalizadas nos dois órgãos nos seis últimos meses do ano passado. Os números apresentados nos ofícios de resposta encaminhados pelos órgãos ao MPF mostram que apenas cerca de 1% da população busca os órgãos competentes para fazer suas reclamações. Enquanto a Ampla registrou 58.706 atendimentos em seis meses; na Aneel foram registrados apenas 58 reclamações, sendo 51 por interrupção no fornecimento de energia, e sete delas por variações e oscilação. Em janeiro deste ano, o Procon informou ter recebido em todo segundo semestre do ano passado apenas 16 reclamações sobre a concessionária Ampla, sendo todas elas referentes à discordância no valor de tarifas.
Já os dados fornecidos ao procurador pela Concessionária Ampla indicam o contrário. A comparação entre o número de atendimentos registrados pela Concessionária em julho do ano passado (8.841) e dezembro (13.506) comprova um aumento de mais de 50% nas reclamações à empresa. Em dezembro a Ampla registrou 4.665 atendimentos a mais do que em julho. Ainda segundo o levantamento, o mês de setembro foi o que teve menor número de problemas. Naquele mês a concessionária registrou 8.027 atendimentos de emergência.
Em resposta aos questionamentos do Ministério Público, a concessionária informou que em 2009 foram investidos R$ 5,2 milhões em serviços de manutenção e poda de árvores, em Petrópolis; e R$ 2,4 milhões em redes de energia com a substituição de condutores e cabos. A empresa informou, ainda, que no ano passado foram feitas em Petrópolis 29.040 podas de árvores, 278 postes foram substituídos, assim como 14,4 quilômetros de fios condutores e 505 substituições de estruturas. Naquela ocasião, a empresa informou ao MPF que para este ano estariam previstos investimentos de cerca de R$ 8 millhões na cidade, sendo R$ 4,7, em serviços de manutenção e podas e R$ 2,2 em substituições de redes.

domingo, 21 de março de 2010

UFRJ e Uerj têm interesse em Petrópolis

A instalação de campi universitários federais e estaduais em Petrópolis, uma antiga luta dos estudantes, depende exclusivamente da iniciativa política do governo municipal. Quem afirma são os coordenadores de campi da Uerj e da UFRJ. João Regazzi, coordenador de Estudos Estratégicos e Desenvolvimento da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Francisco Esteves, coordenador do Nupem-UFRJ, de Macaé, em entrevista à Tribuna de Petrópolis, afirmaram que as instituições têm interesse em instalar polos avançados e campi na cidade, mas que o primeiro passo deve ser dado pelas autoridades municipais. A questão é antiga na cidade. São mais de oito anos de reivindicações e promessas de políticos em períodos eleitorais. Em 2008, com a criação do projeto Reuni (Reestruturação das Universidades) um programa do governo federal voltado para a interiorização das unidades públicas de ensino, as esperanças reacenderam. De acordo com o presidente da Associação Petropolitana de Estudantes (Ape), Diego Vieira, no mesmo ano a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) iniciou o processo de interiorização e Petrópolis chegou a ser cogitada para a instalação de um polo. “Foi a nossa melhor oportunidade. Mas a falta de interesse e incentivo do governo municipal fez com que perdêssemos esta chance. O polo foi instalado em Xerém e mais uma vez os estudantes petropolitanos foram prejudicados”, comentou.
O professor Francisco Esteves, coordenador do Nupem em Macaé (Núcleo de Pesquisas Ecológicas da UFRJ), desconhece qualquer interesse da Prefeitura Municipal em instalar um campus da UFRJ. Ele conta que a vontade política é o principal meio para a iniciação do projeto. “O Nupem, criado em 94, foi o primeiro passo para a criação de um campus avançado na cidade de Macaé. A realização de concursos para docente permitiu que os professores se fixassem na região. A área onde se situa a cidade tem se desenvolvido muito nos últimos anos e apresenta uma carência crescente de profissionais qualificados”, disse. O campus universitário em Macaé foi inaugurado em julho de 2007 e são oferecidos cursos de Ciências Biológicas, Química e Farmácia.
Segundo dados do Ministério da Educação, o primeiro relatório do Reuni, preparado pelos reitores das instituições federais, mostra que foram criadas mais de 77 mil vagas desde 2006. E, pela primeira vez, as universidades brasileiras conseguiram inverter uma tendência histórica e investiram no desenvolvimento dos cursos noturnos. Apenas no período em que o Reuni foi implantado, as vagas noturnas subiram 63%. Nas licenciaturas, outra área prioritária para o ministério, o acréscimo foi de 27%. Localidades como Xerém, Teresópolis, Nova Friburgo, Cordeiro, Cabo Frio, Queimados e, agora, Três Rios, entre outros, foram contempladas com polos avançados e campi universitários.
A interiorização dos cursos superiores é prevista na Constituição de 1988, mas, com o programa do governo federal, as instituições passaram a receber recursos específicos para isso. Um exemplo é a Universidade Federal Fluminense (UFF) que teve o orçamento aumentado em 50%, segundo informação do coordenador João Regazzi. “As faculdades federais recebem recursos especiais para a instalação de campi em cidades do interior. A UFF abriu 12 campi em todo o Estado no último ano”, comentou.
Diferente da situação das instituições federais, a UERJ não conta com orçamento extra para instalar polos e campi em outras cidades. João afirma que o apoio e interesse das prefeituras é de fundamental importância para iniciar o processo. Em 2008, uma outra oportunidade foi “desperdiçada” em nossa cidade. João Regazzi conta que reuniões com o antigo governo foram realizadas, mas com a mudança da administração as negociações não avançaram. “O primeiro passo para a instalação do campus é a procura do governo municipal. Quando isso acontece nós realizamos pesquisas na cidade interessada. Procuramos saber quais as potencialidades do município. Em seguida realizamos um estudo com os estudantes. Perguntamos a eles qual curso da UERJ eles gostariam que tivesse na cidade e se tivesse o curso se haveria interesse em estudar na entidade”, disse.
Todo esse primeiro processo foi realizado em Petrópolis e pesquisadores da universidade chegaram à conclusão que um curso de arquitetura, voltado para restauração e reformas de monumentos e prédios antigos seria o ideal para a cidade. “Estamos abertos a negociações. Petrópolis tem potencial para abrigar um campus da UERJ e queremos que isso aconteça”, concluiu João. Assim como o coordenador da universidade estadual, o professor da UFRJ também destacou o potencial do município. “É preciso que as autoridades liderem um movimento e iniciem o processo. Só assim será possível instalar campi em Petrópolis”, concluiu Francisco Esteves.

JANAINA DO CARMO
Redação Tribuna

quinta-feira, 18 de março de 2010

Transporte ruim prejudica toda a cidade

A rotina dos atrasos nas linhas de ônibus no município está deixando os petropolitanos com os nervos à flor da pele. Sair de casa com duas horas e meia de antecedência já não é mais suficiente para garantir que o trabalhador chegará ao serviço no horário determinado. Ontem de manhã, por exemplo, o caos tomou conta do terminal de Itaipava. Quem chegou ao local às 7h30, com destino ao Centro, encontrou filas extensas e muitas pessoas tiveram que desembolsar R$ 4 para pagar um ônibus executivo. Este foi o caso de Rosinéia Moreira, que, apesar de ter saído de casa às 6h30, só conseguiu chegar no trabalho, no Centro, às 9h15. Segundo ela, dentro do terminal as filas estavam dando voltas e a falta de informação foi o que mais a deixou indignada. “O pior é que essa situação se tornou uma constante. Hoje (ontem) se agravou mais, mas todos os dias vivemos problemas parecidos”, reclamou.
Moradora em Pedro do Rio, mesmo enfrentando os atrasos que já se tornaram comuns, normalmente chega ao centro da cidade entre 8h15 e 8h20. Rosinéia explica que, em média, leva pouco mais de uma hora e meia para chegar no trabalho, mas ontem perdeu duas horas e quarenta e cinco minutos. “E só consegui ir para o trabalho porque peguei um ônibus executivo, cuja passagem custa R$ 4. Estamos sendo desrespeitados diariamente e ninguém faz nada”, complementa a moça.Outra prejudicada foi Elizabeth Aparecida. Moradora em Corrêas, ela conta que já está saindo de casa mais cedo há algum tempo. Ontem, quando chegou no ponto, na Estrada União e Indústria, pouco depois das 8h, logo percebeu que havia algo de errado. Dezenas de pessoas estavam aglomeradas e irritadas devido ao tempo que já haviam perdido no local. “Minutos depois, surgiram dois ônibus, mas foi impossível embarcar num deles porque estavam superlotados. Parecia que as pessoas estavam penduradas nas portas e janelas, o que considero uma grande falta de respeito”, disse, lembrando que nenhuma das pessoas que estavam com ela no ponto conseguiu embarcar.
Conforme Elizabeth, enquanto estava na expectativa de surgir um outro coletivo, recebeu a ligação de uma amiga que estava no terminal de Itaipava. “Trabalhamos no mesmo lugar e ela me avisou para embarcar no primeiro que aparecesse porque havia poucos ônibus e que meu atraso no trabalho poderia ser ainda maior”, contou. Atendendo a sugestão da amiga, ela também optou por um ônibus executivo e, mesmo pagando a tarifa de R$ 4, viajou sem conforto algum porque o veículo também estava lotado. “Viajei em pé de Corrêas até ao Centro. Sem contar que não tinha espaço para nada, nem mesmo para as pessoas se segurarem. Tenho saído de casa mais cedo para ver se não me atraso no trabalho, mas, mesmo assim, não está adiantando. Hoje (ontem), entrei na empresa às 9h15, o que deveria ter acontecido antes das 9h”, disse, salientando que, normalmente, chega entre às 8h45 e 8h50.
A doméstica diarista Ana da Conceição tem a mesma reclamação e acrescenta: “Nos tratam como lixo. Tive que viajar espremida num ônibus, sem o menor conforto. As pessoas já chegam estressadas nos empregos, até porque, para muitos patrões, a história de ônibus quebrado ou atrasado parece desculpa esfarrapada”, disse, acrescentando que por conta do problema, não conseguiu chegar a tempo na casa da cliente que atenderia ontem.


Autobus diz que opera normalmente
Questionado, o Setranspetro esclareceu ontem que a Autobus continua realizando a operação com a quantidade máxima de veículos nas linhas 700 e 740 – Terminal Itaipava. Neste sentido, o sindicato informa que na manhã dessa quarta-feira os atrasos nas saídas dos ônibus do Terminal Itaipava foram gerados porque grande parte dos coletivos que retornavam para o distrito ficou retida em um engarrafamento que se formou na Rua Floriano Peixoto, no Centro, porque um poste caiu. Os veículos que estavam realizando o itinerário habitual ficaram parados por cerca de 30 minutos. Por volta das 8h, a Autobus e as demais empresas que passam pela Rua Floriano Peixoto, para seguir viagem para os bairros e distritos, foram informadas que deveriam mudar o itinerário para sair do Centro.
Através de nota, o Setranspetro ressaltou também que “nas últimas semanas, alguns veículos das linhas 600 e 640 - Terminal Corrêas, da Viação Petrópolis, deixaram de realizar a operação para passar por um programa de manutenção rigoroso, para que possam retomar a operação de forma mais regular e segura, apresentando menos problemas mecânicos. Dessa forma, as linhas 700 e 740 – Terminal Itaipava, da Autobus, apesar de receberem reforços no número de veículos, sofreram um grande aumento no número de usuários, o que, conseqüentemente, sobrecarregou a operação da Autobus, que só para realizar o embarque e desembarque dos usuários dentro do Terminal Corrêas, cada veículo chega a ficar parado por mais de 10 minutos.
O Setranspetro destaca que a Viação Petrópolis continua dando andamento na manutenção dos coletivos que atendem às linhas 600 e 640 - Terminal Corrêas e informa que existe a previsão da situação ser totalmente regularizada dentro de uma semana.
Mais uma vez, o Setranspetro vem a público destacar que a Autobus programa saídas a cada quatro minutos do Terminal Itaipava nos horários de pico, mas os engarrafamentos e retenções têm interferido significativamente no cumprimento dos horários das viagens, pois esses ocorrem nos horários de pico, tanto na parte da manhã quanto à tarde e em vários pontos ao longo de toda a Estrada União e Indústria, Retiro e Centro.
Provocados pelo grande número de veículos se deslocando ao mesmo tempo, pelo excesso de redutores de velocidade, pela falta de conservação de algumas vias, por estacionamentos e manobras irregulares e por acidentes de trânsito, os engarrafamentos provocam retenções, aumentam o tempo da viagem e impede que as linhas cumpram seus horários. Diariamente, cada ônibus que realiza viagens nas linhas 700 e 740 – Terminal Itaipava tem levado mais de 1h 20 minutos para realizar uma viagem, ao contrário dos 50 minutos que são previstos”.
Em relação à falta de ônibus e linhas para atender os trabalhadores noturnos de Itaipava e arredores, o Setranspetro informou que depende da CPTrans fazer a análise da necessidade e autorizar a criação e/ou expandir as linhas existentes ou ainda ampliar e/ou alterar horários. O Setranspetro orienta aos empresários a encaminhar as solicitações ao órgão.




Situação piorou depois de audiência na Câmara


ROGÉRIO TOSTA
Redação Tribuna


O caos no transporte público na cidade preocupa o vereador Marcelo Motorista, líder do PDT, pois na sua opinião são os rodoviários e a população os únicos prejudicados. “Tenho recebido relato de motoristas sobre o atraso no pagamento dos salários e de trabalhadores que diariamente chegam atrasados nas empresas. Se o Poder Público e as empresas não apresentarem uma solução, todo o sistema de transporte público vai ficar insustentável”.
Na avaliação do vereador, a situação piorou muito desde a audiência pública sobre o transporte, promovida pela Câmara, através da Comissão de Transportes e Trânsito. Por causa desta situação, Marcelo Motorista vai pedir aos membros da comissão – vereadores Jorginho do Banerj (presidente), Wagner Silva (vice-presidente) e Samir Yarak – que realizem nova audiência para discutir o problema.
Para ele, depois da audiência, a Comissão não se manifestou mais sobre a crise no transporte, mesmo reconhecendo que os vereadores em determinados momentos falaram sobre os problemas. O líder do PDT cobrou também da Prefeitura um posicionamento mais claro e objetivo, pois na sua opinião pouco foi realizado para melhorar o transporte após a abertura do terminal do Centro.
O vereador Marcelo Motorista não vê com bons olhos a intenção de determinados grupos da cidade, que querem licitação para contratação de novas empresas de ônibus. “Esta é um solução que pode ainda não resolver o problema do transporte público em Petrópolis, pois hoje, além da passagem cara, temos um sistema complicado, com um trânsito que a cada dia tem congestionamentos, com veículos a meu ver impróprios para topografia da cidade”, comentou o vereador.
Para o líder do PDT, antes de abrir uma licitação para contratação de novas empresas, é preciso definir uma política de transporte público que leve em conta o acesso às comunidades e que não se pode abrir novas ruas em Petrópolis. Aproveitando sua experiência como motorista, o vereador disse que é preciso definir o tipo de veículo que atenda às necessidades da população mas que contribua com a qualidade do meio ambiente, reduzindo a emissão de gás. “Os veículos com roleta na frente causam grande transtorno aos passageiros, pois vão sempre contra o movimento do carro. Isto ocorre porque a maioria das ruas em Petrópolis é subida e não plana, que a meu ver tem as condições ideais para este tipo de carro”.
Para Marcelo Motorista, a situação dos rodoviários (motoristas, cobradores, mecânicos e outros) também deve ser incluída numa política de transporte, “pois eles estão sofrendo pressão com horários apertados e salários atrasados”. O vereador disse que todo mês ouve de motoristas e cobradores reclamações dos salários e cestas básicas atrasadas. Na opinião dele, cabe ao Sindicato dos Rodoviários olhar estas questões e cobrar dos empresários melhores condições de trabalho.
O líder do PDT lembrou que este mês é o período do dissídio da categoria. “Acredito que cada empresa poderia dialogar mais com seus funcionários. Colocá-los a par da situação, das dificuldades, e juntos, com um diálogo franco, buscar uma solução. O que não pode é os trabalhadores serem pressionados a cumprir horário e depois receberem seus salários atrasados. Todos têm contas para pagar e ninguém trabalha direito sabendo que não terá dinheiro para alimentar as famílias e pagar as contas”.




Economia sofre prejuízos com má qualidade do transporte público


JUSSARA MADEIRA
Redação Tribuna


A má prestação do serviço de transporte público em Petrópolis vem afetando diretamente a economia e o turismo em Itaipava e arredores, porque os trabalhadores que utilizam as linhas que ligam o Centro aos distritos estão encontrando dificuldades de chegar dentro do horário previsto nas pousadas, restaurantes e diversas outras empresas situadas na região. O pior é que o problema acaba atingindo diretamente o turista.
Todos os dias, a coordenadora de eventos Gilda de Barros Daniel, moradora do Alto da Serra, busca alternativas para chegar na hora certa na empresa em que trabalha em Itaipava. Ela relata que não encontra problemas no trajeto entre o bairro e o Centro, mas já esperou por até uma hora e 15 minutos no ponto do ônibus da linha 700, da Autobus, na Rua Paulo Barbosa. Na quarta-feira da semana passada, por exemplo, ela chegou no ponto às 7h45 e só teve ônibus às 8h20. “O fiscal falou que o atraso tinha sido ocasionado porque houve uma batida de carro na estrada, mas não era verdade, porque o ônibus executivo chegou dentro do seu horário, sendo que faz o mesmo trajeto do outro coletivo”, contou. Para evitar chegar sempre atrasada,Gilda está utilizando a linha executiva da empresa e completando a tarifa com dinheiro do próprio bolso. “O problema é que a maioria dos trabalhadores não tem condições de pagar esta diferença”, ressaltou.
A coordenadora de evento não encontra dificuldades somente para chegar ao trabalho. O retorno para casa, ao final de um dia inteiro de trabalho, também é uma luta diária. Gilda encerra o expediente às 18h e relatou que, na grande maioria das vezes, fica no ponto por vários minutos, à espera de um coletivo em direção a Petrópolis. “Tem dias que só consigo chegar em casa às 20h30. Ou seja, gasto o mesmo tempo que gastaria se trabalhasse no Rio de Janeiro”, concluiu. Gilda também critica as péssimas condições dos coletivos da linha 700, que quebram durante o trajeto, e a falta de higienização adequada. “Os ônibus estão cheios de baratas”, ressaltou. A mudança do sistema de integração também é alvo de críticas. “A integração deixou de existir. O coletivo da linha 740 raramente passa. Tenho sorte da empresa em que trabalho ter se sensibilizado com a situação e estar me dando quatro passagens por dia, ao invés de duas”, ressaltou. E reclamar, segundo Gilda, não adianta. “Há alguns tempo, mandei um e-mail para a CPTrans reclamando do corte de horários e da situação dos ônibus, mas até hoje não recebi nenhuma resposta”, contou.


Turismo prejudicado
Dos 16 funcionários da Pousada Arcádia, localizada no centro de Itaipava, 10 moram no primeiro distrito e utilizam o transporte público. Os problemas com os atrasos têm sido frequentes ultimamente, relatou o gerente Luciano Faria. Principalmente nos feriados, apontou, quando o número de coletivos que circulam é reduzido pela empresa. O problema acaba afetando diretamente a qualidade do serviço oferecido aos hóspedes. Na última terça-feira, por exemplo, dia 16 de março, feriado do aniversário de Petrópolis, o café da manhã foi servido com 25 minutos de atraso porque a funcionária responsável pelo serviço não conseguiu chegar no horário previsto. Havia 14 hóspedes na pousada. O gerente conta que foi obrigado a contar com a compreensão deles, “mas alguns reclamaram, e com razão. Os hóspedes não têm nada a ver com isso e querem o serviço pelo qual pagaram. É uma situação muita chata, porque tentamos evitar levar problemas a quem está hospedado”, disse.


Faltam “corujões”
A vida noturna de Petrópolis ficou praticamente restrita aos distritos, onde há grande concentração de bares, restaurantes e boates. Estas empresas, que atendem aos turistas e aos próprios petropolitanos, oferecendo lazer, empregam centenas de funcionários, mas quem trabalha no turno da noite nestes estabelecimentos também é vítima da má prestação do serviço do transporte público. São poucas as linhas que atuam na madrugada, e o problema se agrava nos finais de semana, quando o número de coletivos é reduzido. Segundo o empresário e presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Luiz Fernando Velloso, os empregados ficam sem condições de ir para casa e, muitas vezes, os patrões, que obrigatoriamente pagam o vale-transporte, se vêem na condição de fazer a função do transporte público e usar seus veículos para levar os funcionários para casa após o expediente. “Temos casos de funcionários que saem do trabalho à uma hora da madrugada e só conseguem chegar em casa às quatro ou cinco horas da manhã.




Estudantes têm problemas nas escolas por causa de atrasos


JANAINA DO CARMO
Redação Tribuna


Os constantes atrasos dos ônibus que fazem a linha Roccio, da Viação Esperança, estão prejudicando estudantes do Colégio Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio. De acordo com as normas da escola, os alunos que chegam depois do horário recebem advertência e após a terceira comunicação fica impedido de entrar na escola. Geralda Silva de Oliveira, mãe de uma aluna do sétimo ano, está indignada. “Minha filha já recebeu advertências e a culpa não é dela, simplesmente não tem ônibus no horário certo e ela acaba chegando atrasada”, protestou.
Geralda conta que o primeiro horário do ônibus que faz a linha do bairro sai às 05h50, mas ultimamente o coletivo tem tido atrasos superiores a 30 minutos. De acordo com a mãe da estudante, o ônibus tem saído do bairro por volta das 06h30. “A minha filha tem que chegar no colégio até 07h15, mas nos últimos dias ela vem chegando depois das 07h20. Não sei o que fazer se ela não puder entrar no colégio, eu trabalho e não tenho como levá-la”, disse.
Além das advertências, a menor tem perdido matérias importantes e a preocupação da mãe é com o início da provas. Geralda conta que o inspetor do colégio entende a situação da aluna e que outros estudantes estão passando pelo mesmo problema.
“Eles não têm como identificar quem realmente está atrasado por causa do ônibus e aquele que fica na rua, por isso todos estão recebendo as advertências. Vou procurar a empresa e explicar o que está acontecendo, eles vão ter que dar um jeito”, concluiu.

Light e Ampla terão que indenizar mais de um milhão de clientes

As concessionárias Light e Ampla terão que indenizar cerca de um milhão de clientes no estado do Rio de Janeiro, por causa do excesso de interrupções do fornecimento de energia elétrica no mês de janeiro. Pela decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as duas terão que abater cerca de R$ 5,8 milhões das contas de luz de abril, o que dá em torno de R$ 5,80 por indenizado.

Para a Light, o montante será de R$ 2,8 milhões, para 550 mil indenizados. Já a Ampla irá abater R$ 3 milhões da conta de 500 mil clientes.

De acordo com Nelson Hubner, diretor-geral da Aneel, se as concessionárias excederem o limite de interrupções nos meses seguintes a janeiro, terão que realizar novas indenizações aos seus clientes. Além disso, a Light já foi multada em R$ 9,5 milhões pela agência, que ainda analisa o processo relativo à Ampla.

Em reunião realizada na terça-feira (16), com a presença do ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, as duas concessionárias prometeram antecipar investimentos para melhorias no fornecimento.

Fonte: Agência Rio

segunda-feira, 15 de março de 2010

Audiência pública na Alerj para investigar apagões

A pedido do deputado Marcus Vinícius (PTB), a Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) realizará uma audiência pública para discutir os cortes de energia provocados pela concessionária Ampla energia e Serviços S.A., como o que ocorreu na cidade durante o carnaval. A reunião será feita no dia 22 de março, uma segunda-feira, às 18h, na Câmara Municipal de Petrópolis.
“O descaso da Ampla é questão de denúncia ao Ministério Público, é caso de polícia. Esta concessionária é um desastre para a economia do Estado do Rio de Janeiro. Faltar luz de 8 horas da manhã até meia-noite, e também de madrugada, como ocorreu em diversos bairros do nosso município durante o carnaval é inadmissível. Não dá mais para continuar a conviver com esse absurdo”, ressaltou o parlamentar.
O objetivo da reunião será ouvir os representantes da empresa, conhecer o plano estratégico da empresa e ouvir as queixas dos usuários. “Precisamos buscar, através do encontro da população com a concessionária, uma linha de entendimento. O povo petropolitano encontrará voz nesta audiência realizada pelo parlamento, que tem a obrigação de representá-los”, frisou Marcus Vinícius.

Usuários podem cobrar danos morais pelos apagões

O Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idecon) tem uma boa notícia para os petropolitanos, pois agora as pessoas poderão entrar na Justiça em casos como a demora no restabelecimento de energia elétrica. Segundo o presidente do instituto, Dr. Márcio Tesch, não há como processar a empresa apenas quando o serviço for interrompido por conta de descarga elétrica, entretanto, devido ao tempo de demora da luz, as pessoas poderão recorrer a este tipo de medida. “A breve interrupção por falha operacional não pode caber a ação moral, mas caso o consumidor espere por muitas horas pela volta da energia, aí assim deve seguir este caminho”, afirmou.
Tesch cita o artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor, onde consta que qualquer serviço público deve ser prestado com eficiência, entretanto, destaca a importância dos cidadãos reivindicarem os seus direitos. “Tem que haver mobilização da população cobrando soluções já que se pode fazer isso em situações como os apagões”, disse. De acordo com Márcio Tesch, atualmente, o Indecon tem recebido muitas queixas de pessoas insatisfeitas com quedas de energia, porém, com relação ao setor empresarial, ainda não possui dados precisos. “Vamos para a terceira ação civil cobrando danos materiais. Também estamos entrando com ações individuais contra danos morais. Temos diversas queixas e vamos fazer um histórico delas. Por mês, recebemos geralmente mais de 50 reclamações, mas acho que tenha muito mais do que isso”, explicou o advogado.
Márcio Tesch acredita que uma das prováveis causas para as inúmeras falta de luz é a ineficiência dos serviços prestados pela concessionária Ampla. “Porque se reclama de apagões nos distritos? Por conta da precariedade no sistema. Veja que a demanda é grande e os equipamentos obsoletos. Na audiência da Alerj, eles falaram que tiveram mais de R$ 2 milhões em investimentos, ou seja, hoje a demanda aumentou e o lucro está ainda no crescimento dos usuários. Por isso, os consumidores têm que exigir os seus direitos”, comentou.

Obras do Parque Fluvial saem do papel

Luiz Carlos Dias, coordenador da equipe que prepara o projeto: serão recuperados 26 quilômetros às margens de dois rios. / ALEXANDRE CARIUS


Estão previstas para começar no início do mês de abril as obras de implantação da primeira etapa do Parque Fluvial do Rio Piabanha, que prevê a recuperação de um trecho de 32 quilômetros de extensão da faixa marginal dos rios Piabanha (26 quilômetros) e Santo Antônio (seis quilômetros). A primeira etapa da obra foi licitada nesta semana e será executada por uma construtora da cidade. A primeira parte da obra compreende um trecho de aproximadamente três quilômetros às margens do Rio Piabanha. De acordo com o engenheiro da empresa Theopratique Obras e Engenharia Ltda, Luís Carlos Dias de Oliveira, que coordenou a equipe que elaborou o projeto do Parque Fluvial, a primeira etapa dos trabalho será feita no trecho entre a ponte dos arcos, nas proximidades do Parque Municipal de Itaipava, e a confluência com o Rio Santo Antônio. Este foi o trecho apontado inicialmente pela associação NovAmosanta, como o espaço ideal para a implantação do projeto, que em princípio se chamaria Parque Orla do Piabanha (POP).
“A idéia inicial proposta pela Yara Valverde, pelo Orlando Graef e pela NovAmosanta era de criar uma área de lazer e contemplação do rio Piabanha, no trecho entre a Ponte do Arcos e o Arranha Céu. Naquela época, o secretário estadual do Ambiente era o hoje ministro Carlos Minc, que gostou da idéia por acreditar que o parque é um instrumento importante de preservação do meio ambiente”, explica Luis Carlos.
O engenheiro da Theopratique conta que posteriormente o projeto foi ampliado. Hoje ele compreende uma área de 26 quilômetros ao longo do Rio Piabanha, entre as regiões do Retiro e de Barra Mansa; e outros seis quilômetros, entre a foz do Rio Santo Antônio e a localidade de Madame Machado, na Estrada Petrópolis Teresópolis. A etapa que começa a ser construída no mês que vem prevê a instalação de uma praça na área às margens da confluência entre os dois rios, além de uma área de três quilômetros de extensão para passeios de bicicleta e a cavalo.
“Esse projeto permitirá que Itaipava ganhe sua primeira praça. Ela será construída na área em que foi feita a correção da margem esquerda do Rio Santo Antônio, na confluência com o Piabinha. O projeto prevê que aquela área seja arborizada, receba um tratamento paisagístico e tenha bancos, iluminação pública e mesas. A idéia é fazer daquele um ponto de contemplação do rio, que terá a mata ciliar da margem recomposta”, explica Luís Carlos.
O engenheiro diz ainda que ao longo dos primeiros três quilômetros, que compreendem a primeira etapa da obra, serão construídas uma ciclovia e uma ecovia. “A idéia é que a ciclovia comece na altura da Ponte dos Arcos e dali a pessoa possa acessar a ciclovia que já existe no Parque Municipal, ou então seguir de bicicleta em um passeio até a confluência com o Ri o Santo Antônio, chegando à Praça. O projeto prevê também a integração da ciclovia com uma ecovia, permitindo também passeios a cavalo em um espaço paralelo a ciclovia. Para isso, será construído um rancho de apoio, onde os cavalos poderão ser desembarcados”, explica.
O projeto prevê ainda que seja executado um trabalho de paisagismo ao longo da ciclovia. “A margem do rio, inclinada, será reflorestada e feita a recomposição da mata ciliar, e o entorno da ciclovia e da ecovia será arborizado”, conta, lembrando que o projeto de implantação do Parque Fluvial foi elaborado por uma equipe multidisciplinar. “O projeto conceitual urbano e paisagístico foi feito pelo arquiteto Agnaldo Goivinho, que hoje é secretário de Planejamento da Prefeitura; o projeto de reflorestamento e paisagismo foi elaborado pelo Orlando Graef e o projeto do parque foi desenvolvido pelos nossos arquitetos: Rosângela Moura, Roberta Santos e Rodrigo Seabra”, diz o engenheiro Luís Carlos Dias, que coordenou o trabalho dos arquitetos no projeto.
JAQUELINE RIBEIRO
Redação Tribuna

sábado, 13 de março de 2010

Apagão da Ampla deixa rua sem energia por 20 horas

A demora para o restabelecimento da energia elétrica por parte da concessionária Ampla, empresa responsável pelo abastecimento e distribuição de luz em todo o Estado do Rio, causou revolta nos moradores da Rua Aristides Ladeira, no bairro Provisória. Segundo o autônomo Cláudio Santos Dutra, de 47 anos, foram mais de 20 horas de espera e insatisfação, mesmo após o setor de emergência da companhia ter recebido inúmeras ligações da comunidade local. “A rua está sem energia desde às 18h de quarta-feira e já reclamamos cinco vezes”.
Segundo o morador, durante uma das conversas que teve com as atendentes da concessionária, foi informado de que uma equipe de urgência seria enviada até a Aristides Ladeira, masnada se resolveu até o início da tarde de ontem. “A moça da Ampla disse que havia 25 ligações, mas ainda estamos sem luz”, afirmou Cláudio. A esposa dele, Cirlene Martins do Couto, diz que as quedas de luz no lugar são constantes, mas o fornecimento é restabelecido em duas ou três horas.
“Aqui sempre tem esse problema, só que não sei se é o transformador que não suporta, mas desta vez bateu recorde”, reclamou ela. O fato, porém, acabou prejudicando o trabalho da costureira, ocasionando ainda danos aos alimentos que estavam dentro do freezer. “Tinha que entregar o trabalho hoje na confecção, mas por conta disso não pude completá-lo. Além disso, todas as carnes na geladeira estão estragando, está tudo mole, o frango e o peixe”, comentou Cirlene Martins.
Jordicina Pereira Alves Teixeira, ex-agente de saúde, reside há mais de 30 anos na localidade e, para ela, a fiação elétrica está obsoleta, provocando as sucessivas quedas de luz. “Moro aqui neste tempo todo e a rede é muito velha. Fizemos vários pedidos, ainda na época da antiga Cerj, mas não conseguimos nada até hoje e qualquer vento que der acaba a luz”, contou a moradora do Provisória.
De acordo com ela, a comunidade se uniu com a ideia de enviar um ofício para a Ampla, pedindo a troca de toda a fiação, mas não obteve nenhuma resposta por parte das duas companhias.

JOSÉ ÂNGELO
Redação Tribuna

Falhas na distribuição de energia levam Aneel a adotar fiscalização especial na Ligh

A partir de segunda-feira (15), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciará uma fiscalização na área de cobertura da Light, na capital fluminense, onde a interrupção de energia vem se sucedendo desde novembro do ano passado. Ontem (12), os comerciantes e empresas do centro da cidade enfrentaram o quarto dia consecutivo de falhas na distribuição.

O diretor da Aneel, Edvaldo Alves Santana, teve um encontro nesta tarde com o presidente da Light, Jerson Kelman, para comunicar oficialmente a decisão. Segundo Santana, a fiscalização abrangerá todas as ocorrências recentes, “mas, principalmente, um plano que eles apresentaram em função das ocorrências de novembro e dezembro”.

A Aneel quer saber os itens do plano que podem ser antecipados para resolver mais rapidamente os problemas. “Porque não adianta ficar só multando, multando, sem ter soluções para os problemas”, afirmou o diretor.

Edvaldo Santana considerou pertinentes as primeiras ações já delineadas pela Light e anunciadas por Jerson Kelman. Elas incluem a colocação de trancas nos bueiros para evitar o furto de cabos de cobre, além de investimentos em distribuição, manutenção e recursos humanos, com a implantação de equipes especializadas por zonas geográficas. Será dada prioridade à rede subterrânea. “Ele falou coisas importantes que vão na direção da solução do problema”, disse Santana.

O diretor da Aneel não confirmou nem descartou a possibilidade de aplicação de nova multa à concessionária de energia. Em razão dos apagões de 2009, ela foi multada em R$ 9,5 milhões, mas recorreu. Santana disse que de 2008 para cá, as multas dadas pela Aneel à Light somam quase R$ 16 milhões. “Agora, o que interessa é o que deve ser feito para resolver o problema. Isso é que é mais importante para a Aneel. Não só multa”.

A Light pretende apresentar à Aneel uma proposta de termo de ajustamento de conduta (TAC), visando a converter os R$ 9,5 milhões em investimentos não remunerados para os acionistas no valor de R$ 12 milhões. Santana explicou que a agência irá avaliar a proposta, mas esclareceu que isso não será feito de forma automática.

“Vai depender de se a empresa já não teve um TAC antes que não foi cumprido, em que estágio se encontra essa fiscalização atual. Mas sempre que uma multa puder ser revertida em investimento e isso for concreto, para a Aneel é bom. O ideal é que volte para a sociedade que foi afetada pelo que ocorreu”.

Santana avaliou que os problemas de falta de energia que vêm ocorrendo com relativa frequência nos grandes centros urbanos ainda não podem ser generalizados em todo o país. Afirmou, por outro lado, que atualmente constitui um risco para qualquer empresa deixar de investir em manutenção, especialmente na parte de distribuição. “Hoje, a empresa reduzir o valor de investimento é uma operação de elevadíssimo risco”.

Isso pode implicar em comprometimento do reajuste tarifário. Ou seja, se uma empresa não cumprir o volume de investimento que prometeu à Aneel, ela vai acabar gerando um reajuste tarifário menor. “Além disso, tem multas pelo não cumprimento de metas, além de multas decorrentes da fiscalização que podem chegar a 1% da receita. Portanto, eu não acredito que isso esteja acontecendo”, afirmou Santana.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ampla reduz tarifa de energia elétrica em 66 municípios do RJ

Concessionária obedece determinação da Aneel

A Ampla (concessionária de distribuição de energia) vai reduzir a tarifa de energia elétrica de consumidores de 66 municípios do Estado do Rio de Janeiro.

As tarifas foram reajustadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). As novas tarifas entrarão em vigor a partir da próxima segunda-feira (15) e valem para 2,3 milhões de unidades consumidoras nos municípios beneficiados. Entre os municípios atendidos pela empresa estão: Niterói, Teresópolis, Petrópolis, Cabo Frio e Saquarema.

O efeito médio a ser percebido pelos consumidores da Ampla será de menos 4,7% na conta de luz.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Aneel obriga Ampla a baixar tarifas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça redução de 5,09% na tarifa dos consumidores atendidos em baixa tensão (em sua maioria residências, comércio e domicílios rurais) pela Ampla. Os grandes consumidores (atendidos em média e alta tensão), por sua vez, terão redução que irá variar de 0,96% a 7,5%. Os índices passarão a valer a partir de 15 de março.

A redução da tarifa da Ampla foi impactada pela queda do dólar de 24%, em 2009, o que acabou por reduzir os custos de compra de energia de Itaipu pela distribuidora. O índice também foi afetado pela Compensação de Valores da Parcela A (CVA), que teve efeito negativo em 2,9%, uma vez que os pagamentos realizados pela Ampla em 2009 foram menores do que os previstos em sua última revisão tarifária.

- Em 2010, a tarifa dos consumidores de baixa tensão da Ampla em relação ao ano passado caiu 5,09%, enquanto a inflação medida no mesmo período pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) variou 0,24% e pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 4,73%. Só para se ter uma idéia de como o consumidor vem se beneficiando com as sucessivas reduções na tarifa da Ampla, prova da boa gestão que a empresa vem fazendo, com esse índice, a tarifa da Ampla volta a patamares de 2005. O valor da tarifa nominal a partir de 15 de março será cerca de 1,7% menor do que o praticado em 2005, enquanto o IGP-M variou 24,42% e o IPCA 27,72% - disse o diretor de Relações Institucionais e comunicação da Ampla, André Moragas.

domingo, 7 de março de 2010

Alerj e Câmara unem forças contra a Ampla

Em parceira com a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e com o Instituto de Defesa do Cidadão Consumidor (Indeccon), a Câmara de Vereadores de Petrópolis vai promover uma audiência pública para cobrar que a concessionária Ampla tome providências para resolver o problema dos apagões que se tornaram cada vez mais frequentes. O problema vem prejudicando o segmento de turismo da cidade e trazendo prejuízos para comerciantes, empresários e moradores de diferentes bairros e distritos de Petrópolis. Esta semana, o presidente da Câmara, Bernardo Rossi, conversou com representantes do Indeccon e da Alerj, e colocou a Câmara de Vereadores à disposição para junto com as demais entidades e com os vereadores petropolitanos apertar o cerco à concessionária de energia.
“Não é de hoje que esta Casa cobra da Concessionária Ampla mais retorno à cidade, e que nós, vereadores, criticamos a morosidade desta empresa”, disse, lembrando que um estudo feito pela Firjan no ano passado mostrou que a Ampla ocupava o oitavo lugar entre as empresas com tarifa mais cara no país. “Fomos procurados pelo deputado estadual Marcus Vinicius e pelo presidente do Indeccon, Márcio Tesch para conversar sobre esta questão dos apagões que estão prejudicando os petropolitanos e trazendo prejuízos à economia da cidade. Estamos firmando uma parecia entre a Alerj, o Indeccon e a Câmara de Vereadores para fazer uma audiência pública aqui na Casa e cobrar aos responsáveis pela Ampla, melhorias neste, que é um serviço essencial”, afirma Bernardo Rossi, acrescentando que a data da audiência pública está sendo definida.
O presidente do Indeccon, Márcio Tesch, que está à frente de três ações coletivas instauradas na 4ª Vara Cível de Petrópolis contra a concessionária Ampla por conta de apagões, explica que o objetivo é mobilizar, não só autoridades políticas, como também representantes de entidades para cobrar melhorias nos serviços da Ampla. “Estamos convocando entidades para a formação de uma frente municipal contra os apagões. Nesta audiência pública com representantes da Ampla, queremos que a empresa dê uma satisfação aos petropolitanos sobre os apagões”, afirma Tesch.
Com esse intuito, o Indeccon encaminhou um ofício ao diretor da Ampla, Sérgio Carvalho, que comanda operacionalmente o trabalho da empresa em Petrópolis e outras áreas da região serrana. “Convidamos também a Prefeitura e entidades como a Câmara de Dirigentes Lojistas, o Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis e a Associação Comercial e Empresarial de Petrópolis. A intenção é mobilizar as entidades para juntos exigirmos providências da concessionária, que é alvo de inúmeras reclamações devido à falta de solução para os apagões. Vamos cobrar a Ampla de forma incisiva. Eu vou mostrar tecnicamente porque entendemos que os usuários têm direito ao dano moral que estamos pedindo na Justiça”, diz.
Tesch lembra que a data da audiência pública está sendo definida com o deputado Marcus Vinicius e com o vereador Bernardo Rossi, que já assumiu o compromisso de disponibilizar a Câmara de Vereadores para a realização da audiência pública.

quinta-feira, 4 de março de 2010





Estamos providenciando uma pequena reforma no clube
Os dois quartos dos fundos, já terminamos.
Neste mes estamos reformando a varanda do clube, as paredes e o teto do salão.
Conforme as fotos em anexo.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Centenas de raios em dois meses






Como foi noticiado ontem pela Tribuna, Gilberto Marques dos Santos foi eletrocutado na rua, na tarde do último domingo, no bairro Jardim Salvador. Sem ter como precisar os locais mais afetados por raios em Petrópolis, para que sejam feitas pesquisas de medidas preventivas, a Ampla constatou que nos meses de janeiro e fevereiro de 2010 houve a queda de 773 raios na cidade, 565 apenas em janeiro. Mais comuns no verão, as descargas elétricas, os relâmpagos, causam instabilidade no fornecimento de energia elétrica e mataram mais de 1,3 mil pessoas em consequência dos mais de 57 milhões de raios caídos no Brasil nos últimos 10 anos. De acordo com a Ampla, durante o ano passado foram registradas 136 mil descargas elétricas nos 66 municípios atendidos pela empresa, o que representa um crescimento de 35,2% em relação a 2008. Na comparação entre 2007 e 2009, o resultado é ainda mais impressionante: um aumento de 107%. Petrópolis está entre os municípios que mais são afetados, ocupando o 42º lugar no ranking das 92 cidades com maior índice de descargas atmosféricas no estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Em análise nas regiões do estado, o monitoramento feito pela Ampla revela que o Sul e o Noroeste concentram o maior número de quedas de raios, seguidas pela Baixada Fluminense e pela Região Serrana. Não por coincidência, a região Sul do Estado, em especial Angra dos Reis, atingida pelo temporal do fim de ano e dos últimos dias, registrou só entre os dias 1 e 12 de janeiro de 2010 a queda de mais de seis mil raios, mais do que o dobro do índice verificado em todo o mês de janeiro de 2008.
Outro exemplo pode ser verificado na Baixada Fluminense, mais especificamente nos municípios de Magé e parte de Caxias, onde foi detectada a ocorrência de cerca de 1, 3 mil raios no mesmo período. Os relâmpagos constituem-se de descargas elétricas transientes de alta intensidade de corrente, ou seja, superior a 10 mil ampères na atmosfera, conseqüência das cargas elétricas acumuladas, em geral, nas nuvens, o que ocasiona queda de raios que pode provocar curto-circuito, queima de equipamentos e acidentes fatais. Segundo a Ampla, para evitar danos materiais e físicos, é recomendável que durante os temporais sejam retirados os aparelhos que não estiverem em uso das tomadas, pois, ao atingir a rede elétrica, os raios podem provocar a queima de aparelhos sensíveis como refrigeradores, televisores e computadores. Também é aconselhável que evitem manusear, descalços ou molhados, equipamentos elétricos ou tomar banho com chuveiro elétrico ligado durante as tempestades.


MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna

Apagão da Ampla traz prejuízos ao comércio na Imperador e 16 de Março

Mais uma vez, comerciantes do Centro amargaram prejuízos por conta de quedas de energia. Por mais de uma hora, a maioria das lojas e residências da Rua do Imperador ficou no escuro. Vendas com cartão de crédito, por exemplo, ficaram impossibilitadas. Segundo a Ampla, o problema teria sido causado por um alimentador de energia. A luz apagou por volta das 12h.
A concessionária explicou que o apagão teria afetado apenas parte do Centro, mas, em menos de dois minutos, os técnicos da empresa realizaram uma manobra emergencial e conseguiram restabelecer o serviço em alguns pontos da cidade. Na Rua 16 de Março, poucos estabelecimentos não foram atingidos, enquanto na Rua do Imperador todo o lado ímpar ficou sem energia.
Uma loja de produtos de beleza foi uma das prejudicadas. “Um dos horários de maior movimento começa a partir das 11h e se estende por todo o período de almoço. Além disso, a maioria das vendas é feita nos cartões de crédito ou débito. Sem luz, as máquinas não funcionam”, disse a caixa Isabel Cristina de Souza. Ela ressalta que, de 10 vendas, oito são pagas no cartão. “Em poucos minutos, seis clientes foram embora sem levar nada porque não tinham como pagar. Outros ainda tinham algum dinheiro no bolso, por isso o prejuízo não foi total”, completou.
Na mesma loja, a vendedora Viviane Fragoso acrescenta que, mesmo sem depender de cartão, muitos clientes estavam desistindo de comprar: “No escuro, não conseguem olhar as mercadorias. A situação já está se tornando comum, e apenas em fevereiro, em horário comercial, o problema ocorreu duas vezes”.
O comerciante Eduardo Marques, proprietário de uma padaria, disse que a preocupação aumenta de acordo com o tempo sem o abastecimento. “Em fevereiro, o apagão aconteceu três vezes. A última no Carnaval. Nesta, abaixei as portas antes do horário de fechamento. Naquele dia, entre 20h e 22h, foram quatro quedas de energia”, lembra.
Para não perder a venda, as atendentes de uma ótica da Rua do Imperador levaram um espelho para a calçada para que o cliente pudesse experimentar o óculos. Ainda na Rua do Imperador, uma papelaria teve que impedir a entrada de clientes, fechando a porta do estabelecimento com carrinhos de compra. No local, funcionários explicaram que o maior movimento da loja é com pagamentos em cartão.
Em Pedro do Rio, a situação é ainda mais grave. Lá, os moradores estavam sem o abastecimento desde às 16h de segunda-feira. De acordo com o morador Ivan de Sá Earp Hertz, a situação está cada vez mais comum. “Em 30 dias, ficamos sem luz por aproximadamente 80 horas. A falta de abastecimento é diária, e agora já estamos há quase 24 horas no escuro”, reclamou ele, às 15h de ontem.
Segundo ele, a promessa da concessionária era de que o religamento acontecesse até às 12h. “Hoje (ontem) de manhã, mais uma vez liguei para a Ampla para reclamar e me deram esse prazo. Mais uma vez não cumpriram”, disse. O engenheiro acredita que a empresa esteja com déficit de funcionários. “Acho que a demanda aumentou. No centro da cidade, se empenham mais para restabelecer o serviço, enquanto aqui as medidas para sanar definitivamente o problema não são tomadas”, contou, acrescentando que, normalmente, uma equipe de emergência é mandada ao local, apenas liga uma chave e vai embora.

CARLA CAVALCANTE
Redação Tribuna

segunda-feira, 1 de março de 2010

Empresas mais acionadas nos Juizados Especiais Cíveis em janeiro

A Light, a Telemar (Oi - Telefonia Fixa) e a Ampla foram as empresas mais acionadas nos Juizados Especiais Cíveis do Rio, no mês de janeiro, de um total de 30. A primeira teve 2032 ações ajuizadas pelos consumidores, seguida de 1991 da Telemar e 1750 da Ampla. Outras que também tiveram ações reclamadas nos JECs da Justiça Estadual foram a Globex Utilidades (Ponto Frio Bonzão), com 1094, Banco Itaú (989) e Casa Bahia Comercial (940).


Já em dezembro do ano passado, as mais acionadas foram a Telemar (2198), a Light (2026) e a Ampla (1334), seguidas do Banco Itaú (1243), da TNL (Oi Telefonia Celular), com 1018 processos ajuizados e BCP (Claro- ATL-Algar, ATL e Telecom Leste), com 938.

A relação completa dos fornecedores de produtos e serviços mais acionados na Justiça se encontra no site do TJRJ (www.tjrj.jus.br) – consulta Jurisprudência – Juizados Especiais – empresas mais acionadas.

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro