segunda-feira, 15 de março de 2010

Obras do Parque Fluvial saem do papel

Luiz Carlos Dias, coordenador da equipe que prepara o projeto: serão recuperados 26 quilômetros às margens de dois rios. / ALEXANDRE CARIUS


Estão previstas para começar no início do mês de abril as obras de implantação da primeira etapa do Parque Fluvial do Rio Piabanha, que prevê a recuperação de um trecho de 32 quilômetros de extensão da faixa marginal dos rios Piabanha (26 quilômetros) e Santo Antônio (seis quilômetros). A primeira etapa da obra foi licitada nesta semana e será executada por uma construtora da cidade. A primeira parte da obra compreende um trecho de aproximadamente três quilômetros às margens do Rio Piabanha. De acordo com o engenheiro da empresa Theopratique Obras e Engenharia Ltda, Luís Carlos Dias de Oliveira, que coordenou a equipe que elaborou o projeto do Parque Fluvial, a primeira etapa dos trabalho será feita no trecho entre a ponte dos arcos, nas proximidades do Parque Municipal de Itaipava, e a confluência com o Rio Santo Antônio. Este foi o trecho apontado inicialmente pela associação NovAmosanta, como o espaço ideal para a implantação do projeto, que em princípio se chamaria Parque Orla do Piabanha (POP).
“A idéia inicial proposta pela Yara Valverde, pelo Orlando Graef e pela NovAmosanta era de criar uma área de lazer e contemplação do rio Piabanha, no trecho entre a Ponte do Arcos e o Arranha Céu. Naquela época, o secretário estadual do Ambiente era o hoje ministro Carlos Minc, que gostou da idéia por acreditar que o parque é um instrumento importante de preservação do meio ambiente”, explica Luis Carlos.
O engenheiro da Theopratique conta que posteriormente o projeto foi ampliado. Hoje ele compreende uma área de 26 quilômetros ao longo do Rio Piabanha, entre as regiões do Retiro e de Barra Mansa; e outros seis quilômetros, entre a foz do Rio Santo Antônio e a localidade de Madame Machado, na Estrada Petrópolis Teresópolis. A etapa que começa a ser construída no mês que vem prevê a instalação de uma praça na área às margens da confluência entre os dois rios, além de uma área de três quilômetros de extensão para passeios de bicicleta e a cavalo.
“Esse projeto permitirá que Itaipava ganhe sua primeira praça. Ela será construída na área em que foi feita a correção da margem esquerda do Rio Santo Antônio, na confluência com o Piabinha. O projeto prevê que aquela área seja arborizada, receba um tratamento paisagístico e tenha bancos, iluminação pública e mesas. A idéia é fazer daquele um ponto de contemplação do rio, que terá a mata ciliar da margem recomposta”, explica Luís Carlos.
O engenheiro diz ainda que ao longo dos primeiros três quilômetros, que compreendem a primeira etapa da obra, serão construídas uma ciclovia e uma ecovia. “A idéia é que a ciclovia comece na altura da Ponte dos Arcos e dali a pessoa possa acessar a ciclovia que já existe no Parque Municipal, ou então seguir de bicicleta em um passeio até a confluência com o Ri o Santo Antônio, chegando à Praça. O projeto prevê também a integração da ciclovia com uma ecovia, permitindo também passeios a cavalo em um espaço paralelo a ciclovia. Para isso, será construído um rancho de apoio, onde os cavalos poderão ser desembarcados”, explica.
O projeto prevê ainda que seja executado um trabalho de paisagismo ao longo da ciclovia. “A margem do rio, inclinada, será reflorestada e feita a recomposição da mata ciliar, e o entorno da ciclovia e da ecovia será arborizado”, conta, lembrando que o projeto de implantação do Parque Fluvial foi elaborado por uma equipe multidisciplinar. “O projeto conceitual urbano e paisagístico foi feito pelo arquiteto Agnaldo Goivinho, que hoje é secretário de Planejamento da Prefeitura; o projeto de reflorestamento e paisagismo foi elaborado pelo Orlando Graef e o projeto do parque foi desenvolvido pelos nossos arquitetos: Rosângela Moura, Roberta Santos e Rodrigo Seabra”, diz o engenheiro Luís Carlos Dias, que coordenou o trabalho dos arquitetos no projeto.
JAQUELINE RIBEIRO
Redação Tribuna

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