quarta-feira, 3 de março de 2010

Centenas de raios em dois meses






Como foi noticiado ontem pela Tribuna, Gilberto Marques dos Santos foi eletrocutado na rua, na tarde do último domingo, no bairro Jardim Salvador. Sem ter como precisar os locais mais afetados por raios em Petrópolis, para que sejam feitas pesquisas de medidas preventivas, a Ampla constatou que nos meses de janeiro e fevereiro de 2010 houve a queda de 773 raios na cidade, 565 apenas em janeiro. Mais comuns no verão, as descargas elétricas, os relâmpagos, causam instabilidade no fornecimento de energia elétrica e mataram mais de 1,3 mil pessoas em consequência dos mais de 57 milhões de raios caídos no Brasil nos últimos 10 anos. De acordo com a Ampla, durante o ano passado foram registradas 136 mil descargas elétricas nos 66 municípios atendidos pela empresa, o que representa um crescimento de 35,2% em relação a 2008. Na comparação entre 2007 e 2009, o resultado é ainda mais impressionante: um aumento de 107%. Petrópolis está entre os municípios que mais são afetados, ocupando o 42º lugar no ranking das 92 cidades com maior índice de descargas atmosféricas no estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Em análise nas regiões do estado, o monitoramento feito pela Ampla revela que o Sul e o Noroeste concentram o maior número de quedas de raios, seguidas pela Baixada Fluminense e pela Região Serrana. Não por coincidência, a região Sul do Estado, em especial Angra dos Reis, atingida pelo temporal do fim de ano e dos últimos dias, registrou só entre os dias 1 e 12 de janeiro de 2010 a queda de mais de seis mil raios, mais do que o dobro do índice verificado em todo o mês de janeiro de 2008.
Outro exemplo pode ser verificado na Baixada Fluminense, mais especificamente nos municípios de Magé e parte de Caxias, onde foi detectada a ocorrência de cerca de 1, 3 mil raios no mesmo período. Os relâmpagos constituem-se de descargas elétricas transientes de alta intensidade de corrente, ou seja, superior a 10 mil ampères na atmosfera, conseqüência das cargas elétricas acumuladas, em geral, nas nuvens, o que ocasiona queda de raios que pode provocar curto-circuito, queima de equipamentos e acidentes fatais. Segundo a Ampla, para evitar danos materiais e físicos, é recomendável que durante os temporais sejam retirados os aparelhos que não estiverem em uso das tomadas, pois, ao atingir a rede elétrica, os raios podem provocar a queima de aparelhos sensíveis como refrigeradores, televisores e computadores. Também é aconselhável que evitem manusear, descalços ou molhados, equipamentos elétricos ou tomar banho com chuveiro elétrico ligado durante as tempestades.


MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna

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