quarta-feira, 31 de março de 2010

Civis quer que MP investigue repasse de verbas para empresas de ônibus

JAQUELINE RIBEIRO
Redação Tribuna

Representantes do Instituto Civis querem que o Ministério Público intervenha com o objetivo de encontrar uma solução para os graves problemas dos transportes coletivos em Petrópolis. “É importante que o Ministério Público acompanhe as discussões, talvez fazer um Termo de Ajustamento de Conduta com as empresas e com a Prefeitura, estabelecendo prazos para que essa situação seja resolvida”, afirma o presidente do Instituto Civis, Mauro Correa.
Segundo Mauro, o Civis fez uma análise do balanço de 2008 da CPTrans e frisa que outra questão que precisa ser investigada diz respeito ao repasse de recursos que a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes faz às empresas de transporte coletivo. “É preciso que o MP investigue essa questão e verifique se houve gestão temerária na empresa”, disse o presidente do Civis. Ele quer que os vereadores apurem a transferência de recursos da CPTrans para empresas de ônibus.
Mauro lembra que a empresa apresentou prejuízo da ordem de R$ 1,4 milhão, quase 43 vezes maior do que o verificado no exercício de 2007 (da ordem de R$ 32 mil). “A explosão do prejuízo da empresa num ano eleitoral (2008) exige uma explicação e apuração profunda de como o dinheiro público foi tratado pelos ex-dirigentes da CPTrans”, complementa Correa.
O Civis diz que dos 332 ônibus que rodam pela cidade, 221 têm o prazo de utilização vencido, portanto, cerca de 60% da frota não poderiam estar mais circulando. Boa parte dos ônibus tem até 12 anos de uso e se encontra em péssima situação de conservação. De acordo com o vice-presidente do Civis, Marcos Nóbrega, o problema dos ônibus que circulam em Petrópolis não é novo, mas foi agravado nos últimos anos, dada a omissão do governo passado em relação aos problemas existentes. O Civis questiona ainda a falta de atitude por parte da atual administração municipal ou a falta de divulgação das medidas que estão sendo tomadas, de acordo com promessas feitas pelo próprio prefeito Paulo Mustrangi, no Seminário Petrópolis 2014/2016.

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