segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Gelo no verão do Ártico pode sumir em 40 anos

A camada de gelo do Ártico durante o verão poderá desaparecer até meados do século, indica a versão preliminar do quinto relatório do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que será divulgado nesta sexta-feira.

A avaliação é um dos aspectos mais notáveis do relatório feito por mais de 800 cientistas de todo o mundo e que revisa estimativas anteriores sobre o quão rápido o gelo do norte está derretendo. Os estragos feitos pelo aquecimento global no Ártico evoluem numa velocidade bem maior do que previsto anteriormente.
Em 13 setembro, o gelo do mar Ártico atingiu sua menor extensão para 2013, de 5,1 milhões de km². Veja abaixo um vídeo pela Nasa que mostra o degelo na região entre maio e setembro deste ano. A extensão mínima de gelo foi a sexta mais baixa já registrada via satélite, e reforça a tendência de queda a longo prazo na extensão do gelo do Ártico.

Em setembro de 2012, o NSIDC - Centro Nacional de Neve e Gelo dos Estados Unidos anunciou que o Ártico apresentou um degelo recorde desde 1979, quando a região começou a ser monitorada por satélites. Na ocasião, a extensão da cobertura de gelo caiu para 3,41 milhões de km² - 50% menor que a média entre 1979 e 2000.

Veja o vídeo publicado pela NASA:

http://youtu.be/ktEAUO_Vpos


Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
27/09/2013

Relatório da ONU aumenta certeza de envolvimento humano no aquecimento global

O mundo está esquentando e os cientistas têm quase certeza de que isso é culpa do homem. Segundo o novo relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática, ligado à ONU), divulgado nesta sexta-feira, as pesquisas mais recentes apontam que existe 95% de certeza do envolvimento humano no aquecimento global. Há seis anos, quando o relatório anterior foi divulgado, a certeza era de 90%. A diferença parece pouca, mas é significativa em termos científicos e sugere que aumentou a precisão dos modelos climáticos usado pelo IPCC, que se esforça em recuperar a credibilidade abalada nos últimos anos.
Depois de lançar seu último relatório, em 2007, o IPCC foi alvo de críticas por ter politizado a questão climática a ponto de flertar com a manipulação de dados de pesquisas científicas. Num esforço para responder aos críticos, o novo relatório é fruto de uma depuração dos trabalhos anteriores — com informações mais precisas, abrangentes e recentes — e se mostra mais cauteloso em apontar certezas. Por isso mesmo, suas previsões são inquietantes.

Os novos modelos climáticos permitiram aos cientistas afinarem as previsões anteriores sobre o quanto a atmosfera terrestre seria sensível ao aumento de dióxido de carbono emitido pelos seres humanos. Como resultado, o IPCC baixou — um pouco — sua previsão de aquecimento global para este século. Enquanto o relatório de 2007 previa que esse aumento na temperatura iria ficar entre 1,1 e 6,4 graus Celsius, o novo relatório afirma que a temperatura deve subir entre 0,3 e 4,8 graus Celsius — o que está longe de ser tranquilizador. Os cientistas do IPCC também reconhecem que o aquecimento global sofreu uma pausa na última década, mas alertam que o efeito é apenas passageiro, e o mundo deve voltar a esquentar nos próximos anos.

O RELATÓRIO EM NÚMEROS
O IPCC divulgou seu mais novo relatório nesta sexta-feira. Os dados, que passaram por uma revisão mais cuidadosa do que nos textos anteriores, continuam preocupantes

1.A temperatura na Terra subiu 0,85 grau Celsius entre 1880 e 2012.

2.Entre 1951 e 2012, a média de aumento na temperatura foi de 0,12 grau Celsius por década. Os cientistas do IPCC afirmam ter 95% de certeza de que o ser humano é responsável pela maior parte desse aquecimento

3.Desde 1998 o ritmo de aquecimento do planeta caiu para 0,05 grau Celsius por década, mas os pesquisadores afirmam que esse hiato é passageiro.

4.A concentração de dióxido de carbono na atmosfera hoje é 40% maior do que no período anterior à Revolução Industrial, principalmente por causa da queima de combustíveis fósseis.

5.Até o final do século, a temperatura pode subir 4,8 graus Celsius, na pior das hipóteses. No melhor cenário, onde as emissões humanas de dióxido de carbono são reduzidas ao máximo, esse aumento pode ficar em 0,3 grau.

6.O aumento no nível do mar deve ficar entre 26 e 82 centímetros até 2100

7.Os pesquisadores afirmam que é extremamente provável que a cobertura de gelo do ártico continue a diminuir até o final do século. Nos verões, essa cobertura pode perder entre 43% e 94% de sua área.

A revisão do modelo não elimina os riscos do aquecimento global. Está mantida a previsão de uma maior quantidade de eventos extremos, como tempestades, furacões e secas. E os cenários para as cidades litorâneas são ainda piores. O relatório de 2007 não levava em conta o derretimento de geleiras na Groenlândia e na Antártica para calcular o aumento no nível do mar, previsto entre 18 e 59 centímetros. Agora, com os modelos mais completos, o IPCC prevê que o nível dos mares vai aumentar entre 26 e 82 centímetros, o que ameaçaria inúmeras cidades costeiras.

O relatório de trinta páginas divulgado nesta sexta-feira é o produto de um encontro de cientistas e representantes governamentais reunidos em Estocolmo, na Suécia, desde segunda-feira. O texto, que é chamado de Sumário para Formuladores de Políticas, é o resumo de um relatório técnico de mais de duas mil páginas escrito por 900 cientistas reunidos pelo IPCC e deve servir para guiar as políticas públicas dos países signatários. O texto divulgado nesta sexta-feira é apenas a primeira das quatro partes que compõem o relatório completo do IPCC.

Esse é o quinto relatório lançado pelo IPCC desde 1988. "A ciência do clima é muito dinâmica. No decorrer dos anos muitos dados novos são publicados e os modelos climáticos se refinam. Por isso, até o momento, os relatórios tiveram uma periodicidade de cerca de 5 ou 6 anos", afirma o físico Paulo Artaxo, pesquisador da USP e membro do IPCC, que participou da realização do relatório atual e do anterior. A periodicidade permite que os resultados sejam cada vez mais confiáveis e precisos.

Fonte:

Guilherme Rosa
Veja.com
27/09/2013

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Guarda flagra corte ilegal de árvores em Itaipava

Foto: Divulgação
O Grupamento de Proteção Ambiental (GPA) da Guarda Civil Municipal (GCM) conseguiu evitar o avanço de um desmatamento no distrito de Itaipava. A ação aconteceu na tarde da última quarta-feira, após uma denúncia. No local, os homens do GPA encontraram um acampamento montado dentro da mata fechada. Os homens que estavam no terreno conseguiram fugir, mas deixaram para trás foices, facões, serra elétrica e outros equipamentos para corte de árvores.
Mais de 40 espécies foram cortadas na região, localizada na Rua João Muniz Constâncio, no Condomínio Mirante Castelo. “Abriram uma clareira no terreno. A denúncia foi fundamental para conseguirmos impedir que o desmatamento avançasse na mata”, disse o chefe do GPA, Marcelo Menezes.
O acampamento improvisado foi desmontado pelo Grupamento e o material usado para a prática ilegal foi apreendido. Segundo Marcelo Menezes, o proprietário do terreno será notificado e intimado a recuperar a área desmatada. Ele também receberá uma multa pelo impacto ambiental provocado na região.
Entre janeiro e setembro deste ano, o GPA/GCM atendeu vistorias dos Ministérios Públicos Estadual e Federal e da Defensoria Pública, além de desmatamento, movimentação de terras, corte de árvores, animais em cativeiro e queimadas. Neste período, o desmatamento totalizou 240 ocorrências.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Tarifa Rio-Petrópolis pode cair para R$ 4,95

Foto: Marco Oddone
Durante encontro com o prefeito Rubens Bomtempo, o secretário de Transportes do Estado, deputado federal Julio Lopes, disse que vai apoiar o pleito do município para fazer parte do projeto do Bilhete Único e do BRT (transporte coletivo por ônibus rápido). “Se Petrópolis for beneficiado com este projeto, trará muitos benefícios para cerca de dez mil petropolitanos que descem diariamente para o Rio e enfrentam os problemas no trânsito”, afirmou o prefeito.
Segundo ele, com este projeto será criada uma pista exclusiva na BR-040, até um determinado ponto no Rio, permitindo que os petropolitanos possam chegar mais rápido sem enfrentar o trânsito. Neste ponto, com o bilhete único, os petropolitanos vão poder utilizar o sistema de transporte público do Rio pagando uma única passagem. “Se esta promessa se concretizar, será muito bom para Petrópolis e também para Duque de Caxias, e quem sai ganhando são os petropolitanos que descem e sobem todos os dias”.
A integração de Petrópolis ao projeto do Bilhete Único está sendo garantida através de projeto do deputado estadual Luiz Paulo Corrêa, que na semana passada conseguiu aprovar a proposta na Comissão de Constituição e Justiça. O projeto foi aprovado junto com a matéria apresentada pelo deputado estadual André Corrêa, beneficiando os municípios de Cachoeira de Macacu e Rio Bonito.
O encontro do secretário estadual Julio Lopes com o prefeito Rubens Bomtempo aconteceu na terça-feira, juntamente com o vereador Maurinho Branco, presidente da Comissão de Transporte Público e Mobilidade Urbana da Câmara Municipal. Durante o encontro, o secretário discutiu a possibilidade de trazer para Petrópolis dois importantes projetos implementados no estado, como propósito de tornar amobilidade urbana mais rápida e de qualidade: o BRT (transporte coletivo por ônibus rápido) e o Bilhete Único.
A sigla BRT vem do nome em inglês Bus Rapid Transit (transporte coletivo por ônibus rápido) e a rapidez é seu principal atributo. Um sistema que proporciona mobilidade urbana rápida, confortável e com custo eficiente, graças a um espaço de circulação exclusivo, com prioridade de passagem, operação rápida e frequente, contando com marketing de serviço voltado ao usuário. Este sistema de ônibus integra uma série de elementos físicos e operacionais antes exclusivos dos metrôs. Além de ganhar mais velocidade, devido a andar em via separada, o BRT é considerado um transporte de massa.
“Além de ser uma solução mais barata, o BRT é a melhor solução para as grandes e médias cidades, como é o caso de Petrópolis. Dependendo do projeto, transporta quase o mesmo número de passageiros de um sistema de metrô, mas custa cerca de vinte vezes menos”, disse o secretário, lembrando que no caso de Petrópolis a cidade seria beneficiada com um projeto do governo do estado de implantação do chamado “ligeirão” na Rodovia BR-040.
O vereador Maurinho Branco apresentou recentemente na Câmara Municipal indicação legislativa para que o governo municipal instale em Petrópolis o bilhete único, projeto do governo do estado que vem sendo adotado em várias cidades. Para o vereador, além de garantir ao petropolitano andar na cidade pagando uma única passagem, como acontece com o sistema integrado, permite ao usuário não ficar restrito apenas aos terminais.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

8 brasileiras integram Índice Dow Jones de Sustentabilidade


Oito empresas brasileiras integram a nova composição do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), que começa a valer no próximo dia 23. Nesta edição, o índice tem 333 empresas de 59 setores da indústria de 25 países.

O grupo seleto do Brasil é formado pelo Bradesco, Cemig, Embraer, Itaú Unibanco, Itaúsa, Petrobras, Banco do Brasil e a Fibria.
Para serem incluídas, elas passam por rigoroso processo seletivo, que analisa dados econômicos, desempenho ambiental e social, governança corporativa, gestão de risco, mitigação da mudança climática e práticas trabalhistas.

A seleção é conduzida pela RobecoSAM AG, empresa especializada em gestão de ativos e na oferta de produtos e serviços no campo de investimentos sustentáveis, e todo o processo conta com auditoria da Deloitte. Como todos os anos, foram anunciados, também, as empresas líderes em sustentabilidade nos 24 supersetores.

Lançado em 1999 como primeiro índice global de ações composto por companhias consideradas social e ambientalmente responsáveis, o DJSI tem o objetivo de orientar a alocação de recursos pelos gestores globais, estimulando a responsabilidade ética corporativa e o desenvolvimento sustentável.

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
16/09/2013

Cientistas obtêm energia a partir do esgoto

Cientistas americanos podem ter descoberto uma nova forma de produzir energia limpa a partir da águas suja, segundo um novo estudo publicado esta segunda-feira.

Engenheiros desenvolveram um método mais eficiente que consiste em utilizar micróbios para obter eletricidade a partir da água residual.

Eles esperam que esta técnica possa ser usada em usinas de tratamento de esgoto para neutralizar os poluentes orgânicos em "zonas mortas" de lagos e mares onde o desague de fertilizantes exaure o oxigênio, sufocando a vida marinha.
Por enquanto, a equipe de pesquisadores da Universidade de Stanford começou a trabalhar em pequena escala, com um protótipo do tamanho de uma pilha D, que consiste em dois eletrodos - um positivo e um negativo - mergulhado em uma garrafa de água residual, cheio de bactérias.

À medida que as bactérias consumiram a matéria orgânica, os micróbios se concentraram em torno do eletrodo negativo, expulsando os elétrons, que foram capturados, por sua vez, pelo eletrodo positivo.

"Chamamos isto de pesca de elétrons", explicou o engenheiro ambiental Craig Criddle, um dos principais autores do estudo, publicado na edição desta semana do periódico Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS).

"É possível ver que os micróbios constroem nanofios para descarregar o excesso de elétrons", acrescentou Criddle.

Os cientistas há muito conhecem estes micróbios, denominados de exoeletrogênicos, que vivem em ambientes sem ar (anaeróbicos) e que são capazes de "respirar" óxidos de minerais no lugar de oxigênio para gerar energia.

Ao longo dos últimos 12 anos, alguns grupos de pesquisa testaram abordagens diferentes para transformar estes micróbios em biogeradores, mas se mostrou difícil aproveitar a eficiência energética.

Segundo os cientistas, seu novo modelo é simples, porém eficiente, e consegue aproveitar cerca de 30% da energia potencial das águas residuais, aproximadamente a mesma taxa de painéis solares disponíveis comercialmente.

Eles admitiram existir menos energia potencial disponível nas águas residuais do que nos raios solares, mas afirmaram que o processo tem um benefício adicional: limpar a água. Isto significa que pode ser usado para compensar parte da energia utilizada atualmente para tratar o esgoto.

Fonte:

AFP
16/09/2013

Sydney terá jardim vertical mais alto do mundo

O maior expert em jardins verticais do mundo, Patrick Blanc, e o arquiteto estrelado Jean Nouvel uniram-se para criar aquela que será a parede viva mais alta já construída. A cobertura vegetal preencherá os 166 metros de altura de um novo prédio residencial que está sendo erguido em Sidney, na Austrália.

O tapete verdejante será composto por 190 espécies de plantas nativas do país e outra 160 espécies exóticas. Impacto visual é a palavra-chave do projeto, que pretende mudar o horizonte da cidade como uma montanha que se ergue no meio da paisagem de concreto da cidade.
As plantas e jardins dispostos em terraços funcionarão como uma extensão do ambiente de 6400 metros quadrados do One Central Plaza, que será composto de duas torres.

Um dos pontos altos – e ousados – do projeto é a instalação, entre as duas torres, de um heliostato, um dispositivo com espelhos, que se movimenta de modo a manter a luz solar refletida para o jardim e outras áreas do prédio, garantindo iluminação natural ao longo do dia.

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
19/09/2013

Cariocas poderão acompanhar evolução de áreas reflorestadas

A partir de hoje (20) a população carioca poderá acompanhar em tempo real a evolução do compromisso olímpico assumido pela Secretaria de Estado do Ambiente (Sea) para o plantio de 24 milhões de mudas da Mata Atlântica no estado, até 2016. A iniciativa integra o Projeto Contador de Árvores, que tem como principal objetivo incentivar, fortalecer e monitorar o plantio de mudas.

O contador é um relógio digital instalado em uma escultura na parede externa do prédio do Jardim Botânico, na zona sul da cidade.
Ele contabiliza os dados de plantio de espécies de Mata Atlântica no território fluminense. Pelo site da Sea, o cidadão terá acesso a dados como os responsáveis pelo plantio, as espécies de mudas que serão utilizadas, o município e a dimensão da área reflorestada.

De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a meta é dobrar o tamanho da Mata Atlântica no Rio de Janeiro, nos próximos 20 anos. "Qualquer movimentação desse tipo envolve carro, avião e emissão de carbono, que é a grande febre do planeta. Quando plantamos árvores absorvemos carbono, vamos absorver todo o carbono produzido nas olimpíadas e na Copa do Mundo”.

Minc acrescentou que, com o plantio das árvores, será reforçada a proteção dos recursos hídricos, melhorando “a qualidade e quantidade da água para quem vive aqui". Ele acrescentou que até o momento cerca de 5,5 milhões de árvores já foram plantadas no estado.

De acordo com a secretaria, a Mata Atlântica é o bioma mais rico em biodiversidade do planeta, cobrindo atualmente apenas 7% de sua área original.

Além da perda de espécies, a degradação da floresta ameaça o equilíbrio do clima e o fornecimento de água doce na Região Sudeste, onde se concentra a maior parte da população brasileira.

Fonte:

Agência Brasil
20/09/2013

5 ideias para reinventar cidades e pessoas

“Essa cidade não tem jeito”. Se você mora em São Paulo ou em outro lugar com problemas comuns aos grandes centros urbanos já deve ter ouvido a frase em destaque, sempre proferida em tom de reprovação ou derrotista. Não precisar ser assim.

Pensadores e inovadores reunidos no TEDx City 2.0, nesta sexta, em SP, compartilharam ideias de soluções sustentáveis e ações colaborativas para mudar o futuro das cidades.
Como você enxerga sua cidade?

Como é possível mudar uma cidade, se seus habitantes só enxergam o que há de pior no lugar? Resgatar a autoestima das pessoas é o primeiro passo. E um caminho que cura. Âncora do programa CBN São Paulo, onde divulga iniciativas de melhorias para a cidade, a jornalista Fabíola Cidral aprendeu o valor desse pensamento quando fazia trabalho voluntário no Japão, em meio à destruição causada pelo terremoto e o tsunami de março de 2011.

Em Tóquio conheceu a senhora Tomoko, de 67 anos, dona de um semblante risonho. Curiosa, perguntou o segredo da disposição. “As pessoas não podem ficar tristes com a destruição, elas precisam mostrar na face a alegria de se reerguer”, respondeu a idosa. "É disso que cidades como São Paulo precisam", diz Fabíola, “da alegria das pessoas. É a força de transformar das pessoas que pode gerar mudanças".

Uma obra de arte coletiva em aberto

Como vamos ocupar o espaço público? Como vamos mantê-lo e como vamos usá-lo? Como “vamos” construir? As perguntas de Alexandre Delijaicov são sempre na primeira pessoa do plural. O professor da FAL-USP afirma que as “cidades são como obras de artes coletivas”. Mas uma obra que vive saques sucessivos ao seus espaços públicos.

“Os rios viraram canais de esgoto a céu aberto, emparedados por rodovias urbanas intransponíveis, pior que o muro de Berlim. Estamos abduzidos numa cidade de consumo inclemente, todo mundo hipnotizado”, diz. Sempre é tempo de recomeçar e fazer melhor.

Ele defende a criação do que chama de esquinas culturais, áreas de encontro, convivência e confiança. Não são guetos, mas áreas onde as diferenças convivem. “Nós precisamos transformar a condição humana para reverter o urbanismo “rodoviarista”, diz.

O que minha cidade tem de singular ?

Conexão, inovação e cultura. Eis um tripé capaz de gerar transformação. É a fórmula básica das chamadas cidades criativas, que têm a arte e a cultura como propulsoras de transformação urbana e social. “A cidade não é criativa, quem é criativo são os cidadãos”, afirma a economista e doutora em urbanismo Ana Carla Fonseca, mais conhecida como Cainha.

Diretora da Garimpo De Soluções, empresa pioneira em economia criativa e cidades criativas, ela destaca como a criatividade tem transformado problemas em soluções, começando pela inovação, que é a “capacidade de se reinventar”. Como uma antiga cadeia na Holanda que vira um hotel de luxo, ou como uma igreja abandonada no México que vira um teatro de marionete. Outro elemento é a cultura, “como a que vem sendo fortemente resgatada no Peru, com a valorização da gastronomia local e sua vocação”.

A conexão é outro dos pés. “Temos que resgatar bairros perdidos das cidades e religá-los”, sublinha, destacando que uma das coisas mais comuns de Londres é o passeio turístico London Walks (que conta a história da cidade, além de detalhes macabros, como os crimes cometidos por Jack, o Estripador). “Na Igreja de Santa Efigênia, em São Paulo tem marca de bala da Revolução de 1924. E não se conta essa história. As cidades precisam contar suas histórias”.

O carro do futuro será compartilhado

A cena se repete no trânsito de São Paulo, Recife, Paraná, onde quer que seja: o que se vê no carro, que anda-e-para-anda-e-para, é uma pessoa dirigindo e o vazio dos bancos restantes – ao menos, na maior parte do tempo. Este é um dos sinais da síndrome do “carrocentrismo”, como define o professor da Faculdade de Economia e Administração da USP Ricardo Abramovay.

Adepto da bicicleta, ele diz que o carro influencia a forma como cidades são construídas. “Cerca de 25% de área privativa dos apartamentos é tomada pela garagem”, destaca. Hoje, segundo o professor, o carro é um bem cujo uso é contrário àquilo ao qual ele se destina, já que não oferece mais mobilidade.

“Nós tivemos uma evolução técnica impressionante, mas pra quê?”, questiona. Abramovay é entusiasta de uma tendência que, pouco a pouco, vem crescendo no mundo, o compartilhamento de carros. “Precisamos estimular o uso compartilhado do veículo”.

Acupuntura urbana

Você se sente plenamente adaptado à cidade onde vive? Se a reposta for sim, algo pode estar errado com você. Agora se insônias e ansiedade fazem parte do seu dia a dia, é sinal de que algo saudável quer se manifestar. Soa estranho esse pensamento? Não para o psicólogo e acupunturista Maurício Piragino.

“Nossas cidades são loucas. E podem ser muito desumanas”, afirma. “Se você viver 65 anos, você vai ter passado quase 7 anos parado no trânsito de São Paulo. É mais tempo do que tiramos de férias durante a vida toda de trabalhador”.

O remédio para resolver isso, diz Piragino é a participação, através, por exemplo dos conselhos participativos das subprefeituras. “Quando eu espeto uma agulha em alguém, eu crio um equilíbrio. Na vida em sociedade, a participação em comum tem o poder de transformar”, compara.

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
20/09/2013

Cidades descobrem que pedalar é bem lucrativo

Enquanto o Brasil se apoia em políticas rodoviaristas e na redução de impostos de carros para fazer a economia "arrancar", outros países e cidades estão optando por "pedalar". Aos poucos, eles descobrem que cada centavo investido no ciclismo se traduz em mais saúde, meio ambiente de qualidade e numa economia mais vibrante.

Do velho continente chegam exemplos inspiradores. Por ano, o ciclismo rende à União Europeia nada menos do que 200 bilhões de euros (cerca de 600 bilhões de reais). Isso é mais que o PIB da Dinamarca.
Os cálculos, divulgados neste mês, são da Federação Europeia de Ciclistas e foram feitos com base em 2010. Na ocasião, 34 milhões pessoas (7,4% da população) diziam usar as bicicletas como principal meio de transporte em seus deslocamentos diários.

A meta da federação é que em 2020, o número de adeptos dobre, atingindo 15% da população do bloco. Com isso, dentro de sete anos, o ciclismo gerará 400 bilhões de euros por ano. É dinheiro de sobra para construir, por exemplo, mais de 800 novas universidades, segundo a Federação.

Ciclovias pesam menos no caixa...

Exemplos de lugares que estão lucrando com as magrelas se multiplicam. Após descobrir os benefícios econômicos do transporte alternativo, o governo australiano quer aumentar o número de pessoas que fazem viagens curtas a pé ou de bicicleta. De acordo com um estudo, o país economiza mais de 21 dólares cada vez que uma pessoa resolver fazer de bike o percurso médio de 20 minutos de ir até o trabalho e voltar, e cerca de 9 dólares quando à pé.

Numa declaração feita em julho, o vice-primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, disse que a construção de vias para caminhar e andar de bicicleta é relativamente barata em comparação com outros modos de transporte. A ciclovia, segundo ele, custa cerca de US$ 1,5 milhão por quilômetro para planejar e construir.

...e estimulam o comércio local

Investir em melhorias na infraestrutura para bicicletas também ajuda o comércio local. E por um motivo muito simples: é mais fácil encontrar um lugar para encostar a bike do que achar uma vaga pra estacionar o carro.

Estudo feito pela prefeitura de Nova York descobriu que as vendas do varejo aumentaram até 49% entre a 8ª e 9ª Avenidas, após a instalação no local de uma pista segregada para ciclistas.

Outro estudo, de duas ciclovias em Seattle, no Canadá, feito pelo pesquisador Kyle Rowe, mostra em um caso, o aumento nas vendas no varejo de quase 400%. Impressionante, não?

A saúde também lucra
As vítimas de acidentes no trânsito são um custo para a sociedade e problema para qualquer país com sistema de saúde público. Só no Brasil, em 2011, houve 155.656 internações por acidentes de trânsito, com custo de R$ 205 milhões, segundo dados do Ministério da Saúde. Mas as magrelas podem reverter esse quadro.

Londres, por exemplo, que vive um “boom” de ciclistas na hora do rush – eles já representam um quarto do tráfego de veículos nas ruas da cidade durante o horário de pico – tem um bom motivo para vibrar com a "bikemania": a economia com os gastos de saúde. O relatório Cycling Revolution, divulgado em 2012, calculou que o benefícios para a saúde rendem £442 milhões por ano ao Reino Unido.

Outro exemplo de prevenção vem de Barcelona, na Espanha. Segundo estudo do Centro de Pesquisa em Epidemiologia Ambiental (Creal), o sistema público de bicicletas da capital catalã, conhecido como Bicing, é capaz de evitar 12 mortes por ano. A economia com prevenção de saúde na cidade em função do uso da bicicleta por seus habitantes é estimada em 621 mil euros.

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
22/09/2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Herói da tragédia de março é recebido em festa na DC

Foto: Marco Oddone
O agente da Defesa Civil Ricardo Corrêa visitou ontem a sede da Secretaria de Proteção e Defesa Civil. Passados seis meses da tragédia das chuvas de 17 de março, ele foi recebido pelo secretário Rafael Simão e pelos servidores da pasta. Muitos se emocionaram com o reencontro, já que Ricardo ficou 96 dias em coma após passar mais de oito horas soterrado, na madrugada de 18 de março.
Na noite de 17 de março, ele estava na Rua Espírito Santo, no Quitandinha, onde uma barreira havia deslizado e atingido algumas casas. Ele e outros agentes atuavamno socorro aos moradores da região. Ricardo afirmou que está ansioso para voltar a trabalhar. A visita desta terça-feira foi a primeira desde a inauguração da nova sede, na Rua Buarque de Macedo, no Centro. Antes da tragédia, ele participou da escolha do imóvel e da elaboração do projeto para o funcionamento da Defesa Civil no local.
“Gostei muito. Ficou ótimo. A Defesa Civil merecia isso, ter espaço para trabalhar. E aqui é mais acessível. A outra sede era muito afastada. A pessoa tinha que pegar um ônibus para ir ao Centro e outro para ir à Defesa Civil. Agora, a pessoa desce no Centro e vai apé”, disse Ricardo, referindo-se à sede que ficava no Campo do Serrano.
O agente ainda se recupera do acidente, faz fisioterapia e está de cadeira de rodas. Ele percorreu a unidade, conhecendo cada departamento. Como lembrou o secretário Rafael Simão, Ricardo Corrêa é instrutor das escolas estadual e nacional de Defesa Civil, já tendo percorrido o Brasil dando palestras.
“É muito importante receber aqui o Ricardo. Durante todo esse período, a equipe sentiu falta dele. Ele é um líder natural. Começou como voluntário na Defesa Civil e, por demonstrar determinação e companheirismo, mereceu lugar na equipe principal. A visita dele deixa a equipe mais animada para trabalhar na proteção da população”, disse o secretário Rafael Simão.
“A única dificuldade que eu tenho ainda é a parte motora. Estou fazendo fisioterapia, mas tudo é questão de tempo. Eu tenhomuita forçadevontade. Eu quero ajudar a Defesa Civil de alguma forma”, disse o agente

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ministério Público Federal acompanha obras de prevenção na Região Serrana

Foto: Reprodução
Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, que integram o Grupo de Trabalho (GT) Desastres Naturais e Moradia,  participam no próximo dia 23 de setembro de reunião para discutir a elaboração e efetivação de projetos na área de habitação e de prevenção de desastres naturais no Estado do Rio de Janeiro.  A reunião contará com a participação de representantes da secretaria estadual de Obras do Rio de Janeiro, da subsecretaria Extraordinária da Região Serrana do Rio de Janeiro e de representante do Ministério das Cidades, órgão incumbido da realização de obras preventivas de desastres naturais, como de muros de contenção de encosta e drenagem de rios.
“A reunião pretende acompanhar as obras de prevenção de desastres naturais executadas ou a executar no estado do Rio de Janeiro. Sabe-se que uma parte significativa da população desalojada, que recebe aluguel social do governo, passou a residir em outras áreas de risco, estando sujeitas à incidência de novos desastres", disse a procuradora da República Luciana Fernandes Portal Gadelha, uma das coordenadoras do GT.
A reunião acontece na sede da Procuradoria da República no estado do Rio de Janeiro, às 9h30. Dentre os convidados, estão também as secretarias estaduais de Habitação e do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, a Procuradoria Geral do Estado no Rio de Janeiro, a Empresa de Obras Públicas – RJ, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro (CEHAB).

O GT Desastres Naturais e Moradia

O MPF no Rio de Janeiro, buscando uma atuação coordenada dos procuradores da República no tema, criou o Grupo de Trabalho (GT) Desastres Naturais e Moradia com o objetivo de acompanhar ações preventivas do Poder Público relacionadas à minimização de desastres naturais. O GT cobra a aplicação da lei nº 12608/2012, que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e estabelece ser dever da União, estados e municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastres, sendo prioridade as ações preventivas.
Compõem o GT Desastres Naturais e Moradias 18 procuradores da República, 3 da capital e 15 do interior do estado. O procurador da República Jaime Mitropoulos atua como coordenador e a procuradora Luciana Fernandes Portal Gadelha como coordenadora substituta.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Fairphone quer mudar a relação das pessoas com eletrônicos

A alta demanda no consumo de dispositivos eletrônicos traz um viés social — e ambiental — que poucas pessoas consideram quando vão comprar um smartphone ou tablet.

Recursos minerais extraídos de áreas em conflito e más condições de trabalho são alguns dos problemas que constantemente estão por trás do design futurista e da enorme gama de recursos desses dispositivos.

Mas uma organização holandesa sem fins lucrativos, chamada Fairphone, resolveu mudar este cenário ao idealizar e produzir um smartphone socialmente correto.
O smartphone usará a tecnologia Dragontrail Glass (resistente a arranhões) para o visor sensível ao toque de 4,3 polegadas; processador quad core Mediatek 6589; 16GB de memória interna; câmera traseira de 8 megapixels e frontal de 1,3 megapixels; e sistema operacional Android 4.2.

INFO conversou com Emma Furniss, gerente de negócios da empresa, sobre o processo de desenvolvimento do smartphone e projetos futuros.

- Como surgiu a ideia de criar a empresa?

A Fairphone surgiu há três anos como uma campanha para conscientizar as pessoas sobre os conflitos que existem em torno da extração de minerais e cresceu como uma empresa social que aborda toda a cadeia de fornecimento de aparelhos eletrônicos.

Atualmente, contamos com um time de 10 pessoas de diversas formações incluindo designers, engenheiros, cientistas políticos, administradores e comunicadores. Mas não dependemos apenas deles. Nós temos uma comunidade ligada à Fairphone que trabalha de forma colaborativa por meio de diversas outras empresas e organizações.

Bas van Abel, um dos diretores criativos da Waag Society, foi o responsável por iniciar o projeto da Fairphone, pois ele acredita que precisamos mudar a relação entre as pessoas e seus produtos.

- E como a Fairphone está tentando mudar essa relação pessoas-produtos?


O celular é o ponto inicial para uma conversa sobre a abertura de produtos e sua rede de abastecimento, levantando para os consumidores essas questões referentes aos impactos ambientais da produção de eletrônicos. E uma vez que somos parte deste sistema e o entendemos, nós podemos avançar e melhorar estas percepções como, por exemplo, ao assegurar boas condições de trabalho para todos os envolvidos na produção.

- Quais seriam as principais preocupações com relação à fabricação do smartphone?


Em primeiro lugar, o principal problema é a complexidade da cadeia de suprimentos que peca em transparência e sustentabilidade. E, se você não entende como o sistema funciona, é muito difícil mudá-lo. Indo passo a passo, a Fairphone pretende deixar a história por trás da produção de eletrônicos mais transparente.

- Como vocês definiram a concepção do Fairphone?

O método escolhido foi inspirado na concepção de que se você não pode saber a origem do aparelho, então você não deveria ser o dono dele. Portanto, para mudar as coisas como são, nós precisaríamos abrir e entender a cadeia de suprimentos.

Mas essa cadeia de abastecimento global é muito complexa para ser tratada como um todo. E por isto que decidimos começar com um único produto. Um smartphone aberto e de alto desempenho feito de forma transparente. É um passo de cada vez.

E produzir um celular nos permite levantar essas questões. Hoje em dia, o telefone é o objeto que praticamente todos possuem e é também um símbolo deste nosso mundo conectado. Desta forma, o smartphone é um prático ponto de partida para contar a história de como nossa economia funciona.

- A Fairphone acredita que deveria haver limites na produção de um smartphone? Ou o mais importante deveria ser como esse produto é manufaturado?

O volume pode estar diretamente relacionado ao aspecto justo da fabricação. Precisamos ter cuidado com a pressão que colocamos sobre a cadeia de abastecimento. Vem sendo constante essa alta demanda e prazos apertados que colocam pressão no setor. E isto pode levar a péssimas condições de trabalho, tais como longas jornadas e baixos salários. Como uma empresa social, nós não aceitamos esta metodologia. Para nós este crescimento precisa ser controlado e o tempo de entrega dos aparelhos pode sim ser maior do que estamos acostumados hoje.

- Por que usar o Android e não optar por outra plataforma, de fato, aberta?


Nós escolhemos esse sistema para garantir que teríamos um aparelho estável e funcional desde o início. Nós trabalhamos em parceria com a Kwame Corp. para criar uma interface organizada e amigável para nosso smartphone. Mas também estamos unindo forças com plataformas abertas como o Ubuntu e Firefox . A ideia é oferecer aos usuários outras opções de sistemas operacionais.

- Quais serão os diferenciais do aparelho?

Estamos produzindo um aparelho de alta performance e cheio de funções. Mas ao mesmo tempo é importante notar que a Fairphone pretende desenvolver um telefone que irá durar, tanto em termos de software quanto de hardware. Nós também iremos vender peças separadas do smartphone em nosso site e realizaremos atualizações constantes no sistema.

- E quando vocês pretendem lançar o Fairphone no mercado?

Nós iniciamos uma campanha de pré-venda há dois meses com a oferta de 20 mil smartphones. O aparelho custará 325 euros e até o momento já vendemos mais de 12 mil unidades - precisávamos vender 5 mil para iniciar a produção. Isso demonstra que existem pessoas que querem investir na mudança, colocando o ser humano e o meio ambiente em primeiro lugar. O desenvolvimento e a produção estão em progresso e também estamos investindo na distribuição e ajustes do pós-venda. As entregas devem começar em meados de novembro.

- Após o lançamento do smartphone, quais serão os planos da Fairphone?

Por enquanto, nossos esforços ainda são em assegurar a produção de qualidade dos telefones, bem como sua distribuição e suporte pós-venda. Após o Fairphone começar a ser entregue, pretendemos discutir com nossa comunidade sobre melhorias e intervenções futuras. Nós estamos ajustando equipes de pesquisa para cinco grandes áreas de atuação (materiais preciosos, transparência na produção, design inteligente, negócios justos e valor duradouro), onde iremos definir os próximos objetivos para cada tópico.

Assista um vídeo sobre a empresa e o Fairphone:


http://vimeo.com/66409578

Fonte:

Monica Campi
Info
09/09/2013

Prédios "verdes" movimentam mais de R$13 bilhões no Brasil

O mercado da construção sustentável tem passado ileso pelo desempenho errático da economia brasileira nos últimos anos. De acordo com um estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young), em 2012, os prédios verdes movimentaram R$ 13,6 bilhões no país.

A pesquisa, feita a pedido do GBC Brasil, braço local do americano Green Building Council, entidade que concede o selo Leed de construção sustentável, indica que o valor dos imóveis que reivindicam a certificação alcançou 8,3% do total do PIB total de edificações em 2012, que foi de R$ 163 bilhões.
De acordo com a consultoria, a demanda do consumidor por esse tipo de edifício e a crescente evidência de que eles conferem vantagens de mercado quantificáveis - que vão da economia de energia e corte de custos operacionais à valorização imobiliária – contribuem para a alta desse mercado.

“Percebemos que a certificação desperta interesse dos investidores, principalmente em empreendimentos comerciais de alto padrão”, diz Luiz Iamamoto, gerente sênior da EY.

Certificações

A pesquisa levou em conta projetos registrados para o selo Leed. Mas além das certificação americana, é possível pleitear o selo Aqua de construção sustentável, concedido pela Fundação Vanzolini.

Entre 2009 e 2012, o número de certificações de prédios segundo padrões ecológicos cresceu 412% no Brasil. São Paulo é o estado com mais edifícios certificados, seguido do Rio de Janeiro e do Paraná. (Infográfico mostra os números do mercado da construção sustentável no país).

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
10/09/2013

Brasileiros criam case sustentável para iPad

O casal de brasileiros Carla Martins e Gustavo Arguello transformou um desejo pessoal em um projeto concreto, o Plicopa. A start up londrina fabrica cases para iPad e iPad mini com papelão.

Além da preocupação com a sustentabilidade, já que o material escolhido é 100% reciclável, os brasileiros decidiram apostar em um produto que também fosse funcional. Além de proteger o tablet, o Plicopa oferece três posições para o gadget. Uma para digitação horizontal, outra vertical e uma com inclinação de 90 graus para apresentações ou mesmo reprodução de vídeos.
Para entender mais sobre o projeto, INFO conversou com Gustavo Arguello.

INFO: Como surgiu a ideia de um case de papelão?

GA: Meu primeiro teste foi com um case normal. O que me incomodava mais era a posição na hora de escrever. A parte em alumínio em contato com a mesa me incomodava muito. Dessa dificuldade com a smartcover, decidi fazer meu próprio case. Já trabalho com cartotécnica faz 12 anos e sou fissurado em papel. Minha mãe tirou sarro de mim, quando eu disse que ia fazer algo de papelão. Depois de estudar algumas fórmulas, cheguei nas dobras e três posições de apoio para o tablet. Dá para deixar ele na vertical e conectar o cabo de recarga. Na horizontal, para digitação e em uma terceira posição com um ângulo de 90 graus, para ficar ao lado do monitor, por exemplo. Cheguei no desenho certo depois de 50 tentativas. Fiz um para mim e fiquei usando. A Carla, minha esposa, me convenceu a transformar isso no Plicopa. Eu achei que ninguém ia gostar, mas as pessoas mostraram muito interesse e me perguntavam onde havia comprado o meu. Fomos atrás da patente, dos fornecedores do material e do que precisaria ser feito para levantar o projeto.

INFO: O material é um papelão comum? A sustentabilidade foi uma preocupação?

GA: Usamos um papelão reciclável com certificação ambiental. Muitos produtos de papelão não são verdadeiramente recicláveis. Essa é uma grande preocupação nossa. O papelão que usamos é mais resistente que o normal. A espessura é de 1 milímetro, de fibra longa.Isso evita que as dobras e partes móveis se desgastem e percam sustentação.

INFO: Vocês iniciaram um processo de crowdfunding, que não chegou a vingar. Qual a mudança agora?

GA: Quando lançamos o projeto de crowdfunding estávamos na Itália. Lá os custos para se abrir uma empresa são muito altos e por isso precisávamos de uma certa quantia com o funding. Agora que estamos na Inglaterra, o processo para abrir uma start up é mais simples. Também amadurecemos o negócio.

INFO: Quando o produto será lançado? Será possível comprar no Brasil?
GA: Lançamos o produto em Londres neste sábado, 13, com uma ação de guerrilha na Apple Store Oxford Circus. A versão para iPad mini custa 29,16 libras e a para iPad 29,75 libras. Oferecemos um grande número de estampas, feitas por designers parceiros da Plicopa, mas também há uma versão branca que só traz o logo do produto. Os brasileiros poderão comprar em nosso site sem problemas, mas há despesas de envio. O cálculo de expedição é feito na hora.

Fonte:

Cauã Taborda
Info
15/09/2013

Gasolina Aditivada ou Gasolina Comum?

Diferente do que muitas pessoas pensam o aditivo não aumenta a potência da gasolina.
A Gasolina comum ao passar pelas partes do motor do carro (nas válvulas e no pistão) deixa resíduos, sujeiras que são uma espécie de goma.
Com o passar do tempo, o acúmulo desta goma, dificulta a mistura da gasolina com o ar, que provoca a queima e gera energia para o motor funcionar. Diminuindo, assim, a eficiência do carro.
Diferente do que muitas pessoas pensam o aditivo não aumenta a potência da gasolina.
A grande diferença da gasolina aditivada para a gasolina comum, é que a aditivada possui uma espécie de detergente.
Este detergente (aditivo) ao passar pelo motor dissolve a goma, evitando o acúmulo de mais resíduos, assim a sujeira vai junto com o combustível e também é queimada.

* Com informações de Brasilescola.com

Alerj instala comissão para investigar obras da serra

Foto: Marco Oddone
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) está instalando, a pedido do deputado petropolitano Bernardo Rossi (PMDB), uma Comissão Parlamentar Especial para acompanhar as obras da nova pista de subida da serra na BR-040. Pontos obscuros como o custeio de mais de R$ 700 milhões pelo governo federal e ações pontuais como retirada de famílias serão acompanhados, levantados e documentados. A comissão será formada pelo próprio Bernardo e mais seis parlamentares. Ela vai funcionar por seis meses e suas atividades ainda poderão ser prorrogadas por mais 90 dias. A comissão vai pedir documentação da obra no Ministérios do Meio Ambiente, dos Transportes e das Cidades, ANTT, Ibama, Secretaria de Estado do Ambiente e Inea e todos os órgãos competentes.
“A comissão vem se somar ao procedimento já aberto pelo Ministério Público Federal e esperamos poder contribuir com as apurações que vão desde possíveis prejuízos ao aquífero da cidade e um aumento de pedágio", antecipa Bernardo Rossi, que esteve nesta sexta-feira (13.09) com os moradores da Rua Luiz Winter, no bairro Duarte da Silveira, área em que muitas casas serão derrubadas para a  construção de um túnel. "Esse já é um ponto onde falta respeito e informação aos moradores e mais: uma mudança no cronograma de obras não explicada", completou.
Pelo menos 25 casas da região serão demolidas para a construção do túnel. Há um ano, Pedro Jonsson, presidente da Concer, se reuniu com os moradores da localidade anunciando a intervenção e a demolição das casas, mas sem estipular prazos e sem abertura de negociações pela indenização dos imóveis. Há um mês, os moradores foram surpreendidos com grande movimentação de terra.
“Se tivermos que sair, vamos sair, é claro. Mas, precisamos ser informados, ter uma ideia de indenização, de prazos, afinal, ninguém muda de casa, de tipo de vida de uma hora para a outra. Depois desse encontro com Pedro Jonsson não recebemos mais nenhuma informação, o que sabemos é fruto do que os operários comentam", disse Josiane Ribeiro, de 34 anos, que mora desde que nasceu na localidade. Seu avô, João Batista, foi o primeiro morador do local, há 90 anos.
“O que falta é respeito a esses moradores. É essa falta de informação que eles estão submetidos e todos nós, uma cidade inteira que depende da estrada também está. A BR-040 não é uma propriedade da Concer. Ela é um patrimônio de Petrópolis porque é nosso principal acesso", protesta Bernardo Rossi.
A construção do túnel seria a quarta etapa da obra, dividida em cinco lotes, mas uma enorme movimentação de terra no bairro pegou os moradores de surpresa. Pelo menos 80 homens estão trabalhando diretamente neste trecho."Se a obra começa pela nova praça de pedágio em Xerém, porque a Concer está fazendo uma intervenção que deveria ser posterior e, para a qual ela já admitiu não ter o dinheiro suficiente?", questiona Bernardo Rossi.
Para o parlamentar, nesta fase da obra também não é justificado o uso do mirante do Belvedere como depósito de material. "O que tememos é que a Concer, que só tem R$ 280 milhões para iniciar uma obra que ela mesma orçou em R$ 1 bilhão transforme toda a subida da serra em um canteiro de obras e depois a conclusão da intervenção fique atrelada a uma prorrogação do contrato da concessionária que termina daqui a oito anos. Tememos pela viabilidade da obra, pela qualidade da nova pista, pelo aumento do pedágio", completou Bernardo Rossi.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Prefeitura anuncia Plano de Contingência para o dia 29 de novembro




Foto: Diulgação
A prefeitura começará a colocar em prática no dia 29 de novembro – Dia Municipal de Redução de Desastres – o Plano de Contingência de Petrópolis. O documento será construído em conjunto pela Defesa Civil e demais secretarias de governo e órgãos estaduais. O plano tem como objetivo otimizar a resposta do município aos desastres das chuvas. A intenção do governo é que o número de mortes em Petrópolis chegue a zero no caso de fortes chuvas.
A apresentação do cronograma do plano aconteceu na noite da última segunda-feira (09/09), na sede da Defesa Civil, na Rua Buarque de Macedo, no Centro. O vice-prefeito Luiz Fernando Vaz, secretários de governo e representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Ministério Público e da Câmara Municipal participaram da apresentação feita pelo secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão, e pelo diretor de Administração da secretaria, major Gileno.
O plano será elaborado até o dia 30 de outubro. A ideia é que cada instituição participante apresente a relação de recursos materiais e humanos existentes para o atendimento a emergências e desastres. Com o Plano de Contingência, a função de cada órgão ficará bem definida na prevenção de tragédias. No dia 31 de outubro, o plano será assinado pelo prefeito.
“O governo tem investido muito em prevenção. Este é o período que temos para preparar, não só a Defesa Civil, como a população para as chuvas de novembro a abril”, disse o secretário Simão. O vice-prefeito Luiz Fernando Vaz completou que a prevenção de tragédias é uma tarefa que abrange todo o poder público municipal e estadual. Ele também afirmou que é preciso um trabalho conjunto nesse setor.
Sirenes testadas para garantir bom funcionamento no verão – No dia seguinte à apresentação do cronograma, a Defesa Civil realizou o teste mensal das 18 sirenes instaladas em Petrópolis. Os equipamentos compõem o Sistema de Alerta e Alarme – principal ferramenta da Defesa Civil para a prevenção a curto prazo de tragédias causadas pelas chuvas.
Cinco sirenes foram acionadas remotamente, pela internet, da sede da Defesa Civil. As outras 13 tiveram que ser acionadas manualmente. Antes do próximo verão, todas as 18 poderão ser acionadas à distância, por meio de fibra óptica e internet 3G. O secretário Rafael Simão, explicou que o teste mensal das sirenes, a cada dia 10, é a garantia da secretaria de que o sistema está sendo melhorado.
“É a melhor ferramenta que a Defesa Civil possui hoje para avisar as comunidades. Quando temos a confirmação de uma chuva forte em um dado espaço de tempo, fazemos o acionamento. As pessoas que moram em locais de risco vão buscar um local seguro, não necessariamente um ponto de apoio. Pode ser a casa de um amigo ou parente”, disse o secretário.
Ao todo, a cidade também possui 27 pluviômetros automáticos instalados pela Defesa Civil em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Cerca de mais 30 pluviômetros semiautomáticos estarão em funcionamento ainda neste mês, e estão previstas outras dezenas de equipamentos para Petrópolis. Com os pluviômetros, a Defesa Civil acompanha em tempo real a incidência de chuvas nas áreas de risco, podendo acionar as sirenes.
Até o fim do ano, serão criados 50 Núcleos Comunitários De Defesa Civil (Nudecs), formando 1,5 mil agentes comunitários, que passarão a atuar na prevenção de desastres. Eles ajudarão na orientação dos moradores no casos de as sirenes serem acionadas.

Apenas 1% do lixo de Petrópolis é reciclado

Foto: Reprodução
Petrópolis produz mais de 7 mil toneladas de lixo por mês, que são recolhidos pela Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep). Deste total, no entanto, são recolhidas apenas 80 toneladas de lixo reciclável, em apenas cinco bairros da cidade, pelo projeto Coleta Seletiva, ou seja, pouco mais de 1% de resíduos gerados é levados para a reciclagem. O restante do material produzido pelos outros bairros, que também poderiam ser separados e levados para a reciclagem, ainda é despejado no aterro sanitário junto com o restante do lixo.

O projeto municipal Coleta Seletiva funciona desde junho de 2010 e permite o reaproveitamento de materiais que seriam antes destinados ao aterro sanitário, que fica em Pedro do Rio. O lixo reciclável coletado é encaminhado para os Centros de Inclusão Social (cooperativas), onde é reaproveitado e transformado em artesanato e outros produtos. Hoje, o projeto acontece apenas nos bairros Mosela, Bingen, Morin, Valparaíso, Alto da Serra e Centro e, segundo a Comdep, recolhe cerca de 80 toneladas por mês de material reciclável.

Segundo a Comdep, são recolhidas 250 toneladas de lixo diariamente em Petrópolis, de domingo a domingo, e há intenção de expandir o programa Coleta Seletiva por toda a cidade, mas ainda não há previsão para quando isso vai acontecer.

Hoje, em Petrópolis, não há lixeiras nas ruas com separação de materiais, nem nas escolas e nas indústrias, justamente porque não há coleta diferenciada. Quando o projeto Coleta Seletiva foi criado, a Comdep explicou que cerca de 85% do lixo doméstico pode ser reciclado, e a expectativa é de reduzir em até 30% o volume de resíduos gerados no município, mas hoje a cidade está ainda bem abaixo do esperado, já que recicla um pouco mais de 1% do lixo que produz.

A diferença de material reciclado em todo o país é muito grande, apenas na capital, no Rio, somente 3% do lixo produzido vai para a reciclagem, mas a prefeitura diz que até 2016 o índice deve chegar a 25%. O Japão hoje recicla 50% e em toda a Europa a faixa é de 30%.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Defesa Civil faz exercício de acionamento do Sistema de Alerta na terça-feira

A ideia é que os moradores se familiarizem com o som para que, em caso de ocorrências, atendam ao chamado no momento do incidente, reduzindo assim os riscos.


A Secretaria de Proteção e Defesa Civil realizará na próxima terça-feira, 10/09, um exercício de acionamento do Sistema de Alerta e Alarme de Petrópolis. As 18 sirenes instaladas nas dez comunidades em que há o sistema serão acionadas às 10h. A ideia é que os moradores se familiarizem com o som para que, em caso de ocorrências, atendam ao chamado no momento do incidente, reduzindo assim os riscos.
As sirenes estão instaladas no Quitandinha, Ferroviários, Vila Felipe, João Xavier, Sargento Boening, São Sebastião, Siméria, Independência, Dr. Thouzet e 24 de Maio. Os alertas não são dados quando vai chover, mas sim quando há risco de deslizamento na comunidade. O secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão, destacou a importância do sistema para a prevenção de novas tragédias das chuvas em Petrópolis.
“Atualmente, esta é a melhor medida a curto prazo para reduzir o risco de escorregamento. O sistema é uma inovação que representa um instrumento de resposta eficaz quando os índices pluviométricos atingem níveis elevados”, disse o secretário.Toda vez que a sirene é acionada, os moradores devem procurar lugares seguros, como casas de parentes e amigos ou pontos de apoio indicados pela Defesa Civil.
A Secretaria de Proteção e Defesa Civil vem trabalhando para reduzir ao máximo os riscos de desastres com vítimas nas chuvas do próximo verão. Além do exercício de acionamento do Sistema de Alerta e Alarme, a Defesa Civil deu início, em agosto, à instalação de pluviômetros automáticos e semiautomáticos em áreas de risco, em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Outra frente é a formação de agentes comunitários: até o fim do ano, a secretaria irá instalar 50 Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs), que vão favorecer o planejamento e a execução das ações da secretaria, além de disseminar a percepção de risco.

Como esta embalagem pode reduzir o desperdício de alimento

Por ano, quase metade dos alimentos produzidos no mundo vão parar no lixo. Mas uma simples embalagem de papel pode ajudar a reduzir este desperdício.Trata-se do FreshPaper, um dos projetos vencedores do prêmio Index 2013, que reconhece as soluções de design sustentável para enfrentar desafios globais.

Desenvolvido pela jovem designer indiana Kavita Shukla, o FreshPaper é uma simples folha de papel repleta de especiarias orgânicas, que inibem o crescimento de bactérias e fungos, aumentando de duas a quatro vezes o prazo de validade de frutas e legumes e vegetais.
A ideia surgiu de uma dor de barriga, que não aconteceu. Explica-se. Há alguns anos, enquanto visitava familiares na Índia, a estudante acidentalmente bebeu um pouco de água da torneira. Preocupada, sua avó deu-lhe um "chá de especiarias", para evitar que a menina adoecesse. A fórmula bendita não só impediu que Kavita sofresse alguma infecção, como aguçou a curiosidade da jovem.

Depois de anos de experiências com as especiarias (começando com um projeto de ciências no ensino médio), ela descobriu uma nova aplicação do remédio - uma maneira surpreendentemente eficaz para manter os alimentos frescos.

Aos 17 anos, ela foi premiada com uma patente para o FreshPaper. Hoje, a embalagem está disponível nas lojas de todo o Estados Unidos, incluindo as gigantes Whole Foods e Wegmans, e é utilizada por s agricultores e famílias em mais de 35 países.

Agora, com sua empresa social a Fenugree, Kavita pretende usar os 100 mil euros que recebeu do Index, para aumentar a distribuição da embalagem na África e na Índia através de parcerias com ONGs e instituições de pesquisa.

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
02/09/2013

Rio lança Pacto da Reciclagem para ampliar coleta seletiva

A Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) lançou na manhã de hoje (02) o Pacto da Reciclagem para estimular a redução e a reutilização de resíduos. O programa reúne diversos projetos direcionados ao reaproveitamento de resíduos sólidos no estado. Entre os objetivos da iniciativa, está o fortalecimento da cadeia de reciclagem e o tratamento adequado de lixo.

De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a principal meta é que o índice da coleta seletiva, que atualmente está em aproximadamente 3%, chegue a 10% até o ano que vem.
Segundo Min, o Rio de Janeiro é o estado mais avançado quando se trata da extinção de lixões e cerca de 92% dos resíduos sólidos no estado são encaminhados para aterros sanitários – apenas 8% vão para lixões.

“O Rio está muito avançado em terminar todos os lixões. Há seis anos, 90% do lixo ia para lixão e 10% para aterros. Hoje inverteu. A própria ministra [do Meio Ambiente] Izabella [Teixeira] admitiu que o Rio de Janeiro será o único estado que ano que vem vai cumprir a meta nacional de acabar com todos os lixões”, disse o secretário.

Minc informou que, apesar do avanço, o Rio está muito atrasado em relação à reciclagem de resíduos. “O estado do Rio e todos os outros estão atrasadíssimos e como estamos acabando com os lixões, o esforço todo vai se concentrar na reciclagem. Todo mundo é a favor da reciclagem, mas ninguém consegue fazer. Então, temos de preparar a prefeitura e apoiar os catadores [de lixo] em 41 municípios do estado”.

Para Carlos Minc, iniciativas como a Fábrica Verde, que recicla computadores e estimula a inclusão digital em comunidades pacificadas; a Ecomoda, que reutiliza roupas velhas e retalhos para cursos na área de moda; e o Prove, que recicla óleo vegetal, são projetos importantes para que o índice de reciclagem aumente no estado.

“A reciclagem significa você gerar emprego para os catadores, significa reaproveitar o alumínio, o plástico, o papel. Acabar com o lixão já é bom, essa batalha a gente está vencendo, mas ainda falta vencer a batalha do Pacto da Reciclagem”, finalizou o secretário.

Fonte:

Agência Brasil
02/09/2013

Jardim vertical “nasce” em prédio de Paris

Bem numa esquina de Paris, a parede de um prédio ganhou vida. Como um oásis, o jardim vertical quebra a visão monótona do concreto das ruas e prédios. Não por acaso, a fachada ganhou o nome “Oásis de Aboukir”. Ela foi criada para a Semana de Design de Paris, que acontece entre 9 e 15 de setembro.

O responsável pela empreitada é Patrick Blanc, badalado desenhista, inventor, cientista e botânico francês. Com sua equipe, ele começou a instalar a estrutura em abril, na esquina das ruas Aboukir e Petits Carreaux. A inauguração oficial está prevista para o dia 10.
Ao longos dos últimos meses, moradores e transeuntes assistiram o jardim florescer. É um verdadeiro espetáculo, onde plantas das mais variadas espécies se misturam numa explosão de verdes profundos, amarelos e vermelhos.

Esta não é a primeira investida de Blanc na cidade. Ele coleciona outros projetos igualmente fascinantes, como o jardim vertical do Musée du Quai Branly, um dos mais famosos.

Tendência mundial

Com espaços urbanos virando coisa rara nas grandes cidades, os jardins verticais têm se revelado uma solução engenhosa para inserir áreas verdes nos centros sem que seja necessário expandir a ocupação horizontal. Eles aumentam a biodiversidade e ao mesmo tempo proporcionam a melhoria no consumo de energia dos edifícios, já que ajudam a controlar a temperatura interna.

Recentemente, Londres revelou sua maior parede verde já construída. Carinhosamente apelidada de "Os pulmões verdes de Victoria', a fachada brotou em um famoso hotel da cidade, o Rubens at the Palace.

Fonte:

Vanessa Barbosa
Exame
04/09/2013

Benefícios de andar de bicicleta

Andar de bicicleta está se tornando cada vez mais uma atividade comum entre os brasileiros. Eleita pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o transporte ecologicamente mais sustentável do planeta, pode ser uma alternativa para ir trabalhar ou estudar ou uma atividade benéfica para praticar nos finais de semana pelos parques ou ciclofaixas das cidades.

Segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), cerca de 7% dos brasileiros utilizam a bicicleta como meio de transporte principal, o que contribui para a diminuição do impacto da poluição no meio ambiente.
Atualmente, diferentes projetos procuram estimular o uso de bicicletas nas cidades do país e incentivar essa atividade, que além de melhorar a qualidade de vida e diminuir o stress, colabora para outros benefícios do corpo e da mente.

“Ao pedalar, o ciclista exerce uma força sobre os pedais que auxilia no fortalecimento de grandes grupos musculares, como das pernas, coxas e abdominais”, explica a fisioterapeuta pertencente ao Núcleo de Conhecimento Técnico da Mercur, Tânia Fleig.

“Também melhora a frequência cardíaca, acelera o metabolismo, auxilia na redução do colesterol e na perda de peso”, acrescenta a profissional.

Segundo a fisioterapeuta, pedalar não exerce impacto sobre as articulações, músculos e tendões, facilitando a execução da atividade física em pessoas com problemas articulares e também é considerada uma atividade social que pode ser realizada com amigos e familiares.

Antes de começar a pedalar é importante consultar um profissional da saúde para avaliar o condicionamento e resistência física, além de adquirir os acessórios necessários de proteção, como por exemplo, luvas de ciclismo, também usadas na academia, para fazer musculação.

“Luvas que possuem a palma antiderrapante e abertura na parte superior facilitam a transpiração causada pelo tempo que o ciclista permanece segurando o guidão. Se forem fabricadas em Neoprene, ajudam no alívio do estresse muscular causado pelo esforço, pois retém o calor corporal, prevenindo lesões”, finaliza a profissional.

Vale lembrar que jamais deve-se praticar exercício em jejum. Portanto quando a pessoa optar por pedalar, seja na academia ou indo para o trabalho, é importante fazer uma refeição leve antes de pegar a bicicleta, além de manter a hidratação com a ingestão de água ou isotônicos.

Outros detalhes precisam ser observados, caso o ciclista opte por pedalar nas ruas da cidade. Entre eles estão:

1 - Utilize roupas chamativas para evitar o risco de colisões com automóveis.

2 - O uso de capacetes e óculos também são recomendados;

3 - Nunca pedale na contramão. Ande sempre a direita da pista ou quando tiver, na ciclofaixa;

4 - Cuidado ao utilizar fones para ouvir música. É preciso ter atenção no trânsito;

5 - Leve sempre uma garrafa com água.

Fonte:

Runners
05/09/2013

Câmara aprova lei do "Lixo Zero"

O projeto alterando o Código de Posturas do Município, criando multa, de R$ 50 a R$ 2 mil, para quem depositar lixo em local proibido, foi aprovado esta semana na Câmara Municipal e encaminhado ao prefeito Rubens Bomtempo para ser sancionado. 
O chefe do Executivo terá 15 dias para publicar o projeto e se não fizer, caberá ao presidente da Câmara, vereador Paulo Igor publicar a matéria. Sobre este projeto, o presidente da Comdep, Hélio Dias, destaca que o povo petropolitano é ordeiro, mas algumas pessoas ainda insistem em jogar lixo no chão. “Por isso, a Prefeitura também busca incentivar ações educativas feitas pelo terceiro setor e pelas comunidades, participando de ações importantes relacionadas ao destino e ao manejo do lixo”. 
De acordo com informações da Comdep, a maior quantidade de detritos retirados do Centro Histórico é removida de dentro das coletoras e, para garantir mais comodidade aos cidadãos, 300 novas coletoras já foram instaladas e outras mil estão em processo de compra. O projeto aprovado na Câmara proibi depositar ou jogar lixo nos espaços públicos como praça, calçadas, vias públicas, lagos, parques, encostas, rios, áreas protegidas ou qualquer outro local não autorizado pelo Poder Público. A multa será média quando o lixo for igual ou inferior a uma latinha de alumínio; será grave quando for superior a uma latinha; e gravíssima quando for superior a um metro cúbico.
O vereador Silmar Fortes disse que atualmente é grande a quantidade de lixo descartado impropriamente nos espaços públicos, gerando um severo impacto negativo ambiental, assim como o lixo jogado na rua pelas pessoas, mesmo estando próximo as lixeiras ou coletoras de lixo. “É importante ressaltar que o lixo jogado na rua, nas margens do rios e encostas apresenta diversos problemas como agravamento de enchentes, entupimento de bueiros, aumento de gastos com a limpeza pública e outros causando sérios problemas em períodos de chuva forte”, frisou o vereador. O projeto teve apoio dos vereadores, que consideram importante, já que um dos problemas quando chove forte são os lixos jogados em áreas públicas e principalmente na margem dos rios. 
O vereador Silmar Fortes disse que objetivo é contribuir para mudança de cultura e também numa ação preventiva. Ele destaca a importância de uma legislação voltada a coibir o comportamento ilícito, diminuindo a quantidade de lixo descartado impropriamente, frisando que muitas pessoas tem o cuidado de depositar o lixo nos locais certos coletoras.