- Serão quase 210 moradias em bairros escolhidos através de um estudo realizado pelo estado
Da Redação
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio que investiga os responsáveis pela tragédia das chuvas na Região Serrana, deputado Luiz Paulo (PSDB), disse que representantes do Governo do estado anunciaram à CPI que existem duas áreas definidas para construir 208 moradias em Petrópolis para os desabrigados: uma no bairro Mosela e outra na estrada de Itaipava para Teresópolis, depois do Hotel Capim Limão. “O anúncio feito era de 112 casas na Mosela e 96 em Itaipava, sendo que um estudo da Federação das Indústrias do Rio (Firjan) parece ainda indicar um terceiro local”, informou Luiz Paulo, que, nesta segunda-feira, 02, participou de uma reunião da CPI da Câmara Municipal de Petrópolis que também apura as causas da tragédia.
O secretário de Trabalho, Assistência Social e Cidadania de Petrópolis, Luiz Eduardo Peixoto, presente no encontro, afirmou que dentro de alguns dias os terrenos para a construção dos projetos habitacionais para as vítimas das chuvas de janeiro serão apresentados pelo prefeito Paulo Mustrangi. De acordo com Peixoto, até o início do próximo ano, os desabrigados receberão as residências. “Ao contrário da CPI municipal, presidida pelo vereador João Tobias (PPS), a nossa comissão tem o objetivo de buscar os responsáveis e enviar ao Ministério Público um encaminhamento para que eles sejam punidos. Foram muitos os responsáveis para que chegássemos até o nível de agora e, diante isso, não podemos mais ficar parados, pois são 906 mortos e mais de 400 desaparecidos”, frisou Luiz Paulo.
A necessidade de medidas profiláticas também foi destacada por Luiz Paulo. “A primeira é exigir do estado e das prefeituras um estudo geológico e geotécnico de todas as áreas de risco com o número de habitações que precisam ser relocadas, talvez com três graus de risco para determinar a prioridade das relocações. Sem este trabalho, não teremos uma perspectiva de futuro. Outra questão é termos uma posição rígida onde não poderá prevalecer o populismo eleitoral”, apontou. O bispo Dom Filippo Santoro pediu que uma outra medida fosse adotada na busca de soluções para os problemas: manter a memória. “O maior mal dos homens é a perda da memória. Não podemos esquecer um desastre como este e precisamos nos preparar para que isto não ocorra de novo”, reclamou.
Além dos problemas habitacionais enfrentados pela cidade, os participantes da audiência também falaram sobre a crise econômica que afeta a região. Representantes da Associação de Lojistas da Rua Teresa (Arte) verificaram, no fim de janeiro, queda de 80% no movimento. O Polo de Modas, que tem faturamento mensal de aproximadamente R$ 20 milhões, tem 1.200 lojas, e é responsável por 7.200 empregos diretos e cerca de 30 mil indiretos (considerando toda a cadeia produtiva).
A Associação de Guias de Turismo de Petrópolis também registrou perdas e frisou a importância de uma campanha para resgatar a imagem positiva da cidade para o País. O pedido foi reforçado pelo presidente da Câmara de Petrópolis, vereador Paulo Igor (PMDB): “Esta nossa reunião veio de encontro ao movimento iniciado na cidade pelo bispo, que pede uma ação em prol da recuperação urbanística de Petrópolis e da manutenção da memória. Temos que mostrar para o estado e para o Brasil que a cidade, embora ainda precise de recursos, já superou sua tragédia”.
Durante a audiência, também estiveram presentes os deputados federais Hugo Leal (PSC/RJ) e Fernando Jordão (PMDB/RJ), o deputado Marcus Vinícius (PTB), os secretários municipais de Saúde, Aparecida Barbosa; de Obras, Estênio dos Santos; de Governo, Wilson Franca; e de Tursimo, Charles Rossi, presidentes de entidades como o Petrópolis Convention Bureau e vereadores locais.
Da Redação
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio que investiga os responsáveis pela tragédia das chuvas na Região Serrana, deputado Luiz Paulo (PSDB), disse que representantes do Governo do estado anunciaram à CPI que existem duas áreas definidas para construir 208 moradias em Petrópolis para os desabrigados: uma no bairro Mosela e outra na estrada de Itaipava para Teresópolis, depois do Hotel Capim Limão. “O anúncio feito era de 112 casas na Mosela e 96 em Itaipava, sendo que um estudo da Federação das Indústrias do Rio (Firjan) parece ainda indicar um terceiro local”, informou Luiz Paulo, que, nesta segunda-feira, 02, participou de uma reunião da CPI da Câmara Municipal de Petrópolis que também apura as causas da tragédia.
O secretário de Trabalho, Assistência Social e Cidadania de Petrópolis, Luiz Eduardo Peixoto, presente no encontro, afirmou que dentro de alguns dias os terrenos para a construção dos projetos habitacionais para as vítimas das chuvas de janeiro serão apresentados pelo prefeito Paulo Mustrangi. De acordo com Peixoto, até o início do próximo ano, os desabrigados receberão as residências. “Ao contrário da CPI municipal, presidida pelo vereador João Tobias (PPS), a nossa comissão tem o objetivo de buscar os responsáveis e enviar ao Ministério Público um encaminhamento para que eles sejam punidos. Foram muitos os responsáveis para que chegássemos até o nível de agora e, diante isso, não podemos mais ficar parados, pois são 906 mortos e mais de 400 desaparecidos”, frisou Luiz Paulo.
A necessidade de medidas profiláticas também foi destacada por Luiz Paulo. “A primeira é exigir do estado e das prefeituras um estudo geológico e geotécnico de todas as áreas de risco com o número de habitações que precisam ser relocadas, talvez com três graus de risco para determinar a prioridade das relocações. Sem este trabalho, não teremos uma perspectiva de futuro. Outra questão é termos uma posição rígida onde não poderá prevalecer o populismo eleitoral”, apontou. O bispo Dom Filippo Santoro pediu que uma outra medida fosse adotada na busca de soluções para os problemas: manter a memória. “O maior mal dos homens é a perda da memória. Não podemos esquecer um desastre como este e precisamos nos preparar para que isto não ocorra de novo”, reclamou.
Além dos problemas habitacionais enfrentados pela cidade, os participantes da audiência também falaram sobre a crise econômica que afeta a região. Representantes da Associação de Lojistas da Rua Teresa (Arte) verificaram, no fim de janeiro, queda de 80% no movimento. O Polo de Modas, que tem faturamento mensal de aproximadamente R$ 20 milhões, tem 1.200 lojas, e é responsável por 7.200 empregos diretos e cerca de 30 mil indiretos (considerando toda a cadeia produtiva).
A Associação de Guias de Turismo de Petrópolis também registrou perdas e frisou a importância de uma campanha para resgatar a imagem positiva da cidade para o País. O pedido foi reforçado pelo presidente da Câmara de Petrópolis, vereador Paulo Igor (PMDB): “Esta nossa reunião veio de encontro ao movimento iniciado na cidade pelo bispo, que pede uma ação em prol da recuperação urbanística de Petrópolis e da manutenção da memória. Temos que mostrar para o estado e para o Brasil que a cidade, embora ainda precise de recursos, já superou sua tragédia”.
Durante a audiência, também estiveram presentes os deputados federais Hugo Leal (PSC/RJ) e Fernando Jordão (PMDB/RJ), o deputado Marcus Vinícius (PTB), os secretários municipais de Saúde, Aparecida Barbosa; de Obras, Estênio dos Santos; de Governo, Wilson Franca; e de Tursimo, Charles Rossi, presidentes de entidades como o Petrópolis Convention Bureau e vereadores locais.
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