quarta-feira, 4 de maio de 2011

Petrópolis tera duas áreas para construções de casas para desabrigados





Opresidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da AssembleiaLegislativa do Rio que investiga os responsáveis pela tragédia daschuvas na Região Serrana, deputado Luiz Paulo (PSDB), disse que representantes do Governo do estado anunciaram à CPI que existem duas áreas definidas para construir 208 moradias em Petrópolis para os desabrigados: uma no bairro Mosela e outra na estrada de Itaipavapara Teresópolis, depois do Hotel Capim Limão. “O anúncio feito era de 112 casas na Mosela e 96 em Itaipava, sendo que um estudo da Federação das Indústrias do Rio (Firjan), vai indicar um terceiro local”, informou Luiz Paulo, que,nesta segunda-feira (02), participou de uma reunião da CPI da Câmara Municipal de Petrópolis que também apura as causas datragédia.
Os ecretário de Trabalho, Assistência Social e Cidadania de Petrópolis, Luis Eduardo Peixoto, presente no encontro, afirmou quedentro de alguns dias os terrenos para a construção dos projetos habitacionais para as vítimas das chuvas de janeiro serão apresentados pelo prefeito Paulo Mustrangi. De acordo com Peixoto,até o início do próximo ano, os desabrigados receberão as residências. “Ao contrário da CPI municipal, presidida pelovereador João Tobias (PPS), a nossa comissão tem o objetivo de buscar os responsáveis e enviar ao Ministério Público um encaminhamento para que eles sejam punidos. Foram muitos os responsáveis para que chegássemos até o nível de agora e, diante isso, não podemos mais ficar parados, pois são 906 mortos e mais de 400 desaparecidos”, frisou Luiz Paulo.
A necessidade de medidas profiláticas também foi destacada por LuizPaulo. “A primeira é exigir do estado e das prefeituras um estudo geológico e geotécnico de todas as áreas de risco com o número de habitações que precisam ser relocadas, talvez com três graus derisco para determinar a prioridade das relocações. Sem estetrabalho, não teremos uma perspectiva de futuro. Outra questão étermos uma posição rígida onde não poderá prevalecer o populismo eleitoral”, apontou. O bispo Dom Filippo Santoro pediu que uma outra medida fosse adotada na busca de soluções para os problemas:manter a memória. “O maior mal dos homens é a perda da memória. Não podemos esquecer um desastre como este e precisamos nos prepararpara que isto não ocorra de novo”, reclamou.
Alémdos problemas habitacionais enfrentados pela cidade, os participantesda audiência também falaram sobre a crise econômica que afeta aregião. Representantes da Associação de Lojistas da Rua Teresa(Arte) verificaram, no fim de janeiro, queda de 80% no movimento. O Polo de Modas, que tem faturamento mensal de aproximadamente R$ 20 milhões, tem 1.200 lojas, e é responsável por 7.200 empregos diretos e cerca de 30 mil indiretos (considerando toda a cadeiaprodutiva).
AAssociação de Guias de Turismo de Petrópolis também registrouperdas e frisou a importância de uma campanha para resgatar a imagempositiva da cidade para o País. O pedido foi reforçado pelopresidente da Câmara de Petrópolis, vereador Paulo Igor (PMDB):“Esta nossa reunião veio de encontro ao movimento iniciado nacidade pelo bispo, que pede uma ação em prol da recuperaçãourbanística de Petrópolis e da manutenção da memória. Temos quemostrar para o estado e para o Brasil que a cidade, embora aindaprecise de recursos, já superou sua tragédia”.
Durantea audiência, também estiveram presentes os deputados federais HugoLeal (PSC/RJ) e Fernando Jordão (PMDB/RJ), o deputado MarcusVinícius (PTB), os secretários municipais de Saúde, AparecidaBarbosa; de Obras, Estênio dos Santos; de Governo, Wilson Franca; ede Tursimo, Charles Rossi, presidentes de entidades como o PetrópolisConvention Bureau e vereadores locais.


FONTE: http://diariodepetropolis.com.br/2011/05/02/petropolis-tera-duas-areas-para-construcoes-de-casas-para-desabrigados/

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