- Criado em Terça, 12 Agosto 2014 16:42
Foto: Reprodução
A preocupação é porque a cidade já
enfrenta há anos o problema de mobilidade urbana e com a vinda de mais
pessoas, estima-se que o número de automóveis também aumente. E não é só
o centro da cidade que sofre com os engarrafamentos. Em Itaipava,
principalmente nos fins de semana, trechos que, normalmente são
percorridos em 5 ou 10 minutos, podem levar até uma hora.
A jornalista Renata Pompeu, de 39 anos,
morava no Rio e há cinco anos se mudou para um apartamento na Granja
Brasil, em Itaipava. Ao escolher a cidade para morar ela considerou a
melhoria na qualidade de vida, por causa do trânsito e também para fugir
da violência da cidade grande. Mas, de uns tempos para cá, Renata está
preferindo não sair de casa aos fins de semana para evitar o estresse de
ficar parada no trânsito. “A partir de quinta-feira começa o inferno.
Não importa a hora que você saia de casa que vai estar engarrafado. Nos
fins de semana então, fica impossível transitar, principalmente, entre
11h e 12h”, disse ela, que já chegou a levar uma hora para fazer o
trajeto entre Bonsucesso até a reta de Itaipava, próximo ao Colégio
Liceu. “Quando mudei não era assim, piorou nos últimos anos. Tenho visto
muita gente mudando do Rio para cá, o que está deixando a cidade cada
vez mais cheia. Também percebo que a construção da nova pista de subida
da serra tem sido o motivo desta migração, porque vai diminuir a
distância entre a cidade e a capital, mas acho que tudo isso é ilusão”,
destacou.
O presidente da organização, Roberto
Penna Chaves explicou que alguns estudos sobre mobilidade urbana para a
região de Itaipava já foram feitos. Neles, fazem parte além da
prefeitura, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Os projetos, que
juntos somam, aproximadamente R$ 80 milhões, incluem construção de
ciclovia ligando o Parque de Exposições até o supermercado Bramil,
alargamento da pista entre o Trevo de Bonsucesso e o Arranha-Céu e
ampliação da estrada do Catobira. A previsão é que estas intervenções
levem de um a dois anos para ficarem prontas, a partir da data de início
das obras.
Roberto comentou que também existe a
possibilidade de ampliação da Estrada Mineira indo até o Shopping
Itaipava. Além disso, ele disse que há um projeto que prevê o
alargamento a pista desde o Retiro até Pedro do Rio. Uma outra opção é
prolongar a pista até o Bramil, em Itaipava. “Já em Corrêas e Nogueira
seriam construídas rotatórias para evitar que o motorista saia a
esquerda de forma direta, o que influencia ainda mais nos
engarrafamentos e também a colocação de divisórias de pistas no trecho a
curto prazo. Os cruzamentos de pista junto às travessias provocam o
gargalo no trânsito. São pequenas intervenções que podem ajudar”,
afirmou.
Ele disse ainda que este é um projeto a
médio prazo. “Espero que cheguem a um entendimento final para a
construção de uma alternativa”, ressaltou.
A condição atual do trânsito, que vem
sendo alvo de reclamações de petropolitanos e turistas, Roberto atribui
ao aumento explosivo do setor imobiliário. “Com as melhorias na pista de
subida e a construção do Arco Metropolitano, vai incentivar um fluxo
grande de pessoas para virem morar aqui. Porque a cidade é mais
tranquila, o clima é agradável”, disse.
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