Paulo de Souza, do Comitê do Piabanha, falou sobre os projetos para a recuperação e reflorestamento das áreas. Foto Marco Oddone
Redação Tribuna
Com aprovação da lei que cria o Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais, denominado Produtores de Água e Floresta, o município está apto a promover o projeto de recuperação e manutenção das florestas e mananciais do Taquaril e Brejal. Desenvolvido em parceria com a Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH), serão utilizados R$ 2.350 milhões no reflorestamento de 30 hectares e em 30 hectares para manutenção das áreas de floresta.
O presidente do Comitê do Piabanha, Paulo de Souza Leite falou sobre a importância deste investimento, frisando que esta ação trará benefícios para os produtores rurais, assim como para a bacia hidrográfica do Paraíba do Sul. “O produtor precisa de três coisas fundamentais, o solo, o sol e água e este projeto não só aumenta a capacidade hídrica da região, mais melhora a qualidade de vida e também a qualidade da água”.
O Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP) lançou edital sobre o edital de PSA Hídrico e a REDEH ficou em primeiro lugar, sendo que apenas dois projetos foram aprovados para o Estado do Rio, este e o que será desenvolvido pelo Inatus em Areal, Paty de Alferes e Paraíba do Sul. Para Paulo Souza um dos pontos interessantes do projeto é que os produtores rurais que participarem do projeto vão receber anualmente cerca de R$ 200 por hectare.
Para o secretário Municipal de Agricultura, Leonardo Faver, que ajudou a elaborar a lei aprovado pela Câmara e que será sancionada nos próximos dias pelo prefeito Rubens Bomtempo, é a primeira vez que uma política pública vai pagar pela preservação e conservação de uma área rural. “Esta é uma medida que vai valorizar a propriedade rural e pagar o cidadão que produz água e trabalha pela preservação”, comentou o secretário.
O objetivo do projeto que será desenvolvido no Taquaril e Brejal é promover a restauração de florestas próximas a mananciais e cuidar das que existem. Para o presidente do Comitê Piabanha o reflorestamento vai trazer outros benefícios além de aumentar o volume de água e melhorar sua qualidade, que é cuidar do solo, reduzir o assoreamento dos rios e evitar o escorregamento.
Além do convênio assinado entre a CEIVAP e a Prefeitura, o Comitê Piabanha criou um grupo de trabalho que vai acompanhar o desenvolvimento do projeto e ao final apresentar um relatório com erros e acertos para servir de subsídios para novos projetos. “Vamos desta maneira procurar recursos para que este o projeto posso continuar, sendo desenvolvido em outras áreas”.
Ele comentou ainda que o Conselho Estadual de Recursos Hídricos também reativou um Grupo de Trabalho que estava desativado para também acompanhar o projeto e trabalhar em ações para captação de recursos para ampliá-lo. Para o presidente do Comitê Piabanha o reflorestamento e manutenção das áreas de mananciais tem tudo para dar certo e ser ampliado para toda a região do Comitê.
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