Marchesini também nega ter recebido propina
- Ex-secretário de Obras e de Fiscalização foi mais um ouvido na CPI da Alerj. Relatório final deve ficar pronto na segunda-feira
Marcello Medeiros
Foto: Divulgação
Ex-secretário de Obras do Governo JM, Marchesini informou que só tinha atuação nos canteiros de obras
Aconteceu nesta sexta-feira, 19, a última reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga os responsáveis pela tragédia causada pelas chuvas na Região Serrana. Foram ouvidos o vice-governador e secretário de Estado de Obras, Luiz Fernando Pezão, e o ex-secretário de Obras de Teresó-polis Paulo Roberto Marchesini. Ele foi acusado pelo proprietário da empresa RW Engenharia, José Ricardo de Oliveira, em depoimento à CPI, de negociar o recebimento de propina para a prestação de serviços na cidade. José Ricardo revelou que pagava 15% em cima do valor das obras. Marchesini não só negou as acusações, como disse que só executava os projetos, não tendo acesso a licitações. “Tinha contatos com as empresas só nos canteiros de obra, para fiscalizar”, resumiu.
Para o relator da CPI, deputado Nilton Salomão (PT), pelo depoimento do ex-secretário será necessário realizar uma investigação mais profunda, já que ficou comprovado que não havia uma fiscalização em torno das empreiteiras prestadoras de serviço. Ele também solicitou ao vice-governador Pezão o relatório atualizado das obras de encosta, os contratos fechados por municípios e o cronograma das obras que ainda serão realizadas. O relatório final da CPI deverá ser concluído na próxima semana.
Estiveram presentes os deputados Luiz Martins (PDT), Gustavo Tutuca (PSB), Janira Rocha (PSol), Zaqueu Teixeira (PT), Rogério Cabral (PSB), Sabino (PSC), André Lazaroni (PMDB), Alessandro Calazans (PMN), Altineu Cortes (PR), André Ceciliano (PT), Fábio Silva (PR), Domingos Brazão (PMDB), Ricardo Abrão (PDT) e Clarissa Garotinho (PR), além de outros representantes do Governo do estado. O relatório final da CPI deve ficar pronto na segunda-feira e será encaminhado ao Ministério Público, podendo gerar diferentes inquéritos para investigar as responsabilidades pela tragédia.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
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