terça-feira, 9 de agosto de 2011

Novo prefeito de Teresópolis quer pedir mais verbas ao Estado

Rio - O novo prefeito de Teresópolis, Arlei de Oliveira Rosa (PMDB), afirmou que vai tentar marcar um encontro com o governador Sérgio Cabral, para tentar disponibilizar mais recursos para o município da Região Serrana. Em seu primeiro dia após ser empossado, Arlei revelou que suas prioridades serão as questões do aluguel social e a reconstrução de casas, para as vítimas da chuva de janeiro na Região Serrana.

Arlei, que foi conduzido ao cargo neste domingo, era presidente da Câmara Municipal e substituiu o vice-prefeito Roberto Pinto, morto na manhã do mesmo dia, pouco mais de 48 horas após assumir o cargo. Pinto estava a frente do município, após decisão dos vereadores que afastaram o prefeito eleito, Jorge Mário, por 90 dias, devido a denúncias de irregularidades no uso das verbas enviadas após a tragédia climática.

48 horas como prefeito

Pinto morreu na manhã deste domingo, apenas dois dias após assumir o cargo. Ele tinha 67 anos e foi empossado na sexta-feira após o afastamento do então prefeito Jorge Mario por 90 dias.




O prefeito interino era ortopedista e deixa mulher, seis filhos e netos. O corpo de Robertão, como era conhecido, será sepultado às 18h deste domingo no cemitério da cidade. "Ele realizou um sonho ao assumir a prefeitura. Infelizmente, ele não conseguiu concretizar este sonho de reestabelecer a cidade", disse Sergio Nazareth, secretário de Governo e amigo de Pinto.



Afastamento por 90 dias

Na última terça-feira, por 12 votos a zero, a Câmara Municipal de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, afastou o prefeito Jorge Mário (sem partido) por 90 dias. Ele é suspeito de desviar recursos públicos liberados para a reconstrução da cidade após as chuvas de janeiro que mataram 392 pessoas somente no município.

Durante esse prazo, uma comissão vai investigar as denúncias apontadas em um relatório da Controladoria Geral da União.

As suspeitas recaem sobre uma construtora contratada por R$ 1,5 milhão para a remoção de barreiras e desobstrução de ruas. Os contratos da prefeitura com a empresa também são alvo de investigação do Ministério Público Estadual.

Já o Ministério Público Federal (MPF) apura o pagamento de propina a empresários para aprovação de contratos. A denúncia é dos responsáveis pela construtora. Segundo eles, a pedido do vereador Cláudio Melo (PT) e do presidente do partido José Carlos Porto, o MPF foi acionado para que fossem citados na investigação Jorge Mário, José Alexandre, então secretário de Governo, e outras empresas que atuaram nas obras em Teresópolis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário