segunda-feira, 1 de julho de 2013

Após 2 anos, CPI vai investigar desvios de verbas para Serra do RJ

27/06/2013 20h27 - Atualizado em 27/06/2013 20h29

Valor desviado pode chegar a quase R$ 2 milhões.
Pedido de CPI foi feito pelos deputados; 29 assinaturas foram recolhidas.


Deputados conseguiram nesta quinta-feira (27) assinaturas para abrir uma CPI na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro(Alerj). Eles querem investigar a aplicação de verbas repassadas para reconstruir escolas destruídas durante a tragédia das chuvas na Região Serrana, em 2011, como mostrou o RJTV.
Dezenove escolas da Região Serrana foram visitadas pelos fiscais do Tribunal de Contas da União. Em 14 delas, eles descobriram irregularidades nas obras feitas por nove empresas.
Em alguns casos, diretores das escolas disseram que já tinham feito as obras com recursos próprios. Em outras escolas, os fiscais constataram que as obras sequer tinham começado. O valor desviado pode chegar a quase R$ 2 milhões.
As suspeitas de irregularidades foram mostradas em uma reportagem do Jornal O Globo no domingo (23). As denúncias tiveram repercussão na Assembleia Legislativa.
O pedido de CPI foi feito pelos deputados. Vinte e nove assinaturas foram recolhidas, número suficiente para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, mas para que a CPI seja efetivamente aberta, o deputado Paulo Melo, presidente da Alerj, precisa publicar a medida no Diário Oficial.
Depois de presidir a última sessão antes do recesso parlamentar, o deputado Paulo Melo saiu sem falar com a imprensa. Os deputados estaduais Comte Bitencourt e Marcelo Freixo são os autores do pedido de CPI.
“Há o número de assinaturas suficientes e há demonstração da Casa de apurar e dar transparência”, afirmou o deputado estadual pelo PPS Comte Bitencourt.
“O presidente é obrigado a abrir a CPI em 48 horas, é isso que diz o regimento, porque apresentamos um requerimento com essas assinaturas” Marcelo Freixo , deputado estadual pelo PSOL.
Outra denúncia também está sendo investigada pela Corregedoria da Alerj. A deputada Myriam Rios, do PSD, foi acusada de uso indevido da verba de combustível. “Eu levo muito a sério o meu mandato e todas as vezes que utilizei o cartão combustível foram em atividades parlamentares”, afirmou a deputada Myriam Rios.
Se não for publicada até sexta-feira (28), a abertura da CPI poderá ser discutida somente após o recesso parlamentar, no segundo semestre.

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