'Prefeituras não apresentam projetos para as obras', justifica governo.
Há suspeita de desvio de verba por empresários e funcionários públicos.
Quase R$ 70 milhões destinados a reformas de escolas da Região Serrana do Rio de Janeiro, que foram atingidas pelas chuvas de 2011, continuam parados nos cofres do estado, como mostrou o RJTV. A Secretaria Estadual de Educação alega que os investimentos não foram feitos porque as prefeituras da região não apresentam projetos para as obras.
Um prédio que abrigava uma escola e uma creche da Prefeitura de Nova Friburgo continua interditado porque pedras ameaçavam rolar do alto de uma encosta. Há dois anos, essas unidades passaram a funcionar em locais improvisados. A creche com cerca de 30 crianças foi parar em um depósito.
A escola municipal professor Adezir Almeida Garcia passou a funcionar em uma casa onde o mofo é aparente e a fiação elétrica fica exposta. As seis turmas têm pouco espaço para estudar e nenhum pátio ou área de lazer para o recreio dos alunos.
saiba mais
Suspeita de desvio
Seis meses depois da tragédia que deixou 900 mortos na Região Serrana, o Governo Federal liberou R$ 74 milhões para a recuperação de escolas danificadas pelas chuvas. Desse total, quase R$ 13 milhões foram gastos pela empresa de obras públicas do estado (EMOP) na reforma de escolas nas áreas castigadas. A aplicação desse dinheiro é investigada pela Controladoria Geral da União, pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União.
Seis meses depois da tragédia que deixou 900 mortos na Região Serrana, o Governo Federal liberou R$ 74 milhões para a recuperação de escolas danificadas pelas chuvas. Desse total, quase R$ 13 milhões foram gastos pela empresa de obras públicas do estado (EMOP) na reforma de escolas nas áreas castigadas. A aplicação desse dinheiro é investigada pela Controladoria Geral da União, pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União.
A suspeita é que empresários e funcionários públicos tenham desviado cerca de R$ 1,9 milhão.
Na semana passada, a Assembleia Legislativa aprovou a criação de uma CPI para apurar o caso. Mas a maior parte da verba liberada pelo Governo Federal, cerca de 91%, permanece sem uso. Um documento mostrado na reportagem confirma que R$ 67 milhões ainda estão parados na conta da Secretaria de Educação.
Na semana passada, a Assembleia Legislativa aprovou a criação de uma CPI para apurar o caso. Mas a maior parte da verba liberada pelo Governo Federal, cerca de 91%, permanece sem uso. Um documento mostrado na reportagem confirma que R$ 67 milhões ainda estão parados na conta da Secretaria de Educação.
Em novembro de 2011, a Secretaria chegou a comunicar oficialmente a prefeitura de Nova Friburgo sobre a existência da verba, mas nenhum projeto para a recuperação de escolas havia sido apresentado.
De acordo com a Segundo a Secretaria Estadual de Educação, se a situação permanecer a mesma, os R$ 67 milhões terão que ser devolvidos ao Governo Federal daqui a cinco meses.
A Secretaria de Educação de Nova Friburgo informou que as escolas estão nessa situação porque a prefeitura não consegue encontrar um lugar seguro para novas construções e afirmou que não sabia que o dinheiro estava liberado.
Depois da entrevista ao RJTV, a Secretaria de Educação de Nova Friburgo disse que apresentou projetos para as reformas das escolas, mas a Secretaria de Educação do Estado nega que tenha recebido.
Sobre as investigações a respeito da aplicação de verbas para obras em escolas da região, a EMOP nega irregularidades e diz que contratou uma perícia para provar a destinação correta dos recursos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário