segunda-feira, 1 de julho de 2013

Relatório do TCU revela mais irregularidades nas verbas destinadas a região serrana após tragédia em 2011

galdinoUm relatório feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou irregularidades no investimento de recursos liberados pelo governo federal para a Região Serrana do Rio. O dinheiro deveria ter sido empregado na recuperação de escolas estaduais atingidas pelo temporal em 2011. Algumas empresas terão que devolver os recursos, que chegam a quase R$ 8 milhões, repassados pelo governo do Rio à Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop). Há suspeita de direcionamento de contratos e irregularidades nas licitações.
Segundo o Ministério Público Federal, uma rede de empresários e funcionários públicos estaduais são suspeitos de desviar pelo menos R$ 1,9 milhão. Doze escolas deveriam ter sido beneficiadas com o recurso. Em quatro unidades de Nova Friburgo, o MPF comprovou as irregularidades. A Controladoria Geral da República enviou técnicos para avaliar os trabalhos feitos nas escolas da região, principalmente em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Entre os desvios, estão obras fantasmas e a execução de serviços que já teriam sido prestados.
O colégio Galdino do Vale Filho, no Centro de Nova Friburgo, é um dos casos mais graves. O prédio está fechado para obras há mais de dois anos. A empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A recebeu no início das obras cerca de R$ 733 mil para a reforma. Na placa da obra, um outro valor está informado: R$ 1,45 milhão. Homens trabalham na unidade que deveria estar pronta desde abril de 2012. De acordo com o relatório do Tribunal de Contas da União, há indícios de má fé dos fiscais que acompanharam a aplicação do recurso. A empresa terá que devolver aos cofres públicos o valor liberado inicialmente.
A escola Araras, em Petrópolis, foi visitada pela Comissão de Educação da Alerj. A empresa Engeproc Constutora Limitada recebeu mais de R$ 255 mil para as obras que deveriam ter sido feitas entre 24 de janeiro e 24 de abril de 2011. O presidente da comissão, deputado Comte Bitencourt, confirmou as informações do relatório feito pelo Tribunal de Contas. Ele disse ainda que vai visitar as outras unidades.
A equipe da Inter TV tentou falar com os responsáveis pelas empresas citadas, mas não houve resposta. Em nota, a Empresa de Obras Públicas e a Secretaria Estadual de Educação negam que houve desvio ou mau uso do dinheiro. Em relação à reforma no colégio estadual Galdino do Vale Filho, a Emop informou que o serviço foi concluído em dezembro de 2011 e que as obras atuais são feitas com verba somente do governo estadual.

Fonte: G1
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