sexta-feira, 29 de julho de 2011

Estado começa a cadastrar famílias da faixa de exclusão

Vítimas da cheia do Rio Santo Antônio,


Alessandra e Celi Vilela foram ontem ao escritório do Estado,


em Itaipava, fazer o cadastramento. / Alexandre Carius



Os moradores de Itaipava que tiveram suas residências incluídas na Faixa Marginal de Exclusão começaram ontem a fazer o cadastramento e agendamento das visitas para o levantamento métrico das moradias, que está sendo realizado pela Secretaria de Estado da Casa Civil. Os trabalhos fazem parte da primeira etapa do processo de reassentamento das famílias. De acordo com o estudo do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), 340 edificações estão na área de exclusão e deverão ser demolidas.
Apesar dos serviços de cadastramento terem começado, quem procurou o escritório montado pela Casa Civil, no Shopping 2000, em Itaipava, ainda continuou com muitas dúvidas sobre os valores das indenizações e como será o processo de compra assistida. “Fiz todo o cadastro, mas não conseguiram me responder como será o processo para compra assistida. Disseram que temos que esperar, que só após o levantamento métrico das residências os valores serão divulgados. Agora vamos ter que esperar”, contou a dona de casa Alessandra Vilela, moradora da região de Benfica.
A residência de Alessandra foi totalmente invadida pelas águas do Rio Santo Antônio e foi incluída na Faixa Marginal de Exclusão divulgada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) na última semana. Alessandra recebe o aluguel social do estado, mas já voltou para casa. “A minha residência não foi danificada. Vou continuar lá até que essa situação seja resolvida”, ressaltou a dona de casa.
Outra moradora da região de Benfica, Celi Vilela também compareceu para fazer o cadastramento. Ela informou que irá optar pela unidade habitacional que será construída pelo governo. “Fiz o cadastro e agora vou aguardar. Não há mais o que fazer”, comentou a moradora. O cadastramento que está sendo feito pela Casa Civil é simples, são pedidos apenas o comprovante de residência e o número do CPF. No ato do cadastro, os moradores também informam por qual modalidade irão optar (compra assistida, indenização ou unidade habitacional), mas de acordo com os moradores a escolha é só em nível de cadastro e pode ser escolhida outra opção após a definição dos valores. “Eu vou preferir a compra assistida, mas conforme for eu posso escolher outra opção. Eles disseram que as escolhas neste primeiro momento não são definitivas”, frisou Alessandra.
O casal Josiane Aleixo e Heitor Sampaio, moradores também de Benfica, procurou o escritório para obter informações sobre as modalidades de reassentamento oferecidos pelo estado. De acordo com eles, o trabalho de metragem já foi realizado pelos técnicos do Inea. “Queremos uma orientação sobre o que fazer. Nossa casa foi incluída na faixa vermelha, mas não sabemos o que vai acontecer a partir de agora”, comentou Heitor. De acordo com representantes da Casa Civil, o processo de cadastramento e metragem das residência deve ficar pronto até o fim do ano.

JANAINA DO CARMO
Redação Tribuna

Nenhum comentário:

Postar um comentário